Copiei e colei na íntegra a postagem de Marcos Lopes em seu blog...
O Assunto trata de pérola produzida pela mente brilhante do senhor Alexandre Kalil, presidente do Atlético Mineiro.
Vamos lá...
O título da postagem é: “Torcida do norte e do nordeste, não vale para os clubes”.
Comecemos com perguntas:
Que clubes senhor Kalil?
Quantas procurações o senhor tem em mãos para falar em nome de todos os clubes?
Quem são os outros clubes que não se interessam pelas torcidas do norte e do nordeste, além do clube que o senhor preside?
Diga-nos quem são esses clubes, por favor!
Continuando com Marcos Lopes:
Alexandre Kalil disse que o que vale são os torcedores da cidade e os que vão para o estádio: “para os clubes do sudeste este negócio de ter torcedores no norte e nordeste não vale nada. O torcedor do nordeste tem que torcer pelos times do nordeste. Para os clubes o que vale é o torcedor que vai ao estádio, que paga ingresso. O resto é balela. Pesquisa deste ou daquele instituto dizendo que o time tal e qual do Rio, São Paulo ou Minas tem um grande número de torcedores no nordeste não vale nada. Este torcedor não vale nada para os clubes”.
Bem, se pude entender a profundidade do pensamento, o nobre empresário descarta todo e qualquer torcedor que não vá ao estádio...
Contraditório, creio eu...
Então, aquele torcedor do norte e do nordeste que vai ao estádio ver os jogos do Atlético na Série A e na Copa do Brasil, vale?
E os torcedores do Atlético que moram em Uberlândia, Juiz de Fora, Montes Claros, Governador Valadares e Uberaba, além de outras cidades mineiras e que não vão ao estádio, também não valem?
Imaginem que potencia é o Atlético na cabeça do senhor Kalil!
Enquanto os presidentes de Vasco, Flamengo e outros, fazem questão de enaltecer os torcedores que seus clubes possuem em outros estados, o senhor Kalil os rejeita...
Que homem de visão!
Que brilhante!
Ele rejeita até mesmo aquele torcedor que compra os jogos do Atlético no sistema de canais fechados e que com isso, é responsável pelas tão amadas cotas que seu clube recebe da televisão – tudo porque esse cidadão não vai ao estádio.
Mas, ele é coerente com seu raciocínio destrambelhado...
Veja só:
Kalil disse ainda que é bobagem falar de marketing: “é conversa fiada. Nenhum clube se sustenta ou paga seus jogadores, comissão técnica e funcionários vendendo camisas, botons, ou pulseiras. É bobagem querer comparar o que acontece na Europa com os clubes daqui. Lá eles estão quebrando e nós não podemos copiar”.
Viram?
O cara é a coerência em pessoa!
Se ele não aprova o marketing, não há razão para cativar ninguém...
O Atlético não precisa...
Bastam os atleticanos que vão ao Mineirão e a outros estádios onde o clube jogar.
Para o senhor Kalil, encher estádio é o que importa – dane-se o torcedor, seu conforto, sua segurança, seu transporte e a qualidade do que ele comer ou beber.
Mas ainda há um fato estarrecedor – o senhor Kalil descobriu a pólvora ao afirmar que os clubes não se sustentam e nem pagam salários com os itens acima citados...
Nisso ele tem razão!
Mas também é verdade que o marketing não existe só para fazer o torcedor a comprar tais itens...
O marketing existe para fazer com que todo um processo mercadológico funcione em benefício de um determinado produto ou empresa – incluído o Atlético Mineiro.
O marketing é algo mais amplo, aliás, bem mais amplo do que a pobre mente do senhor Kalil é capaz de compreender.
Para finalizar o festival de baboseiras, o senhor Kalil, afirma que não devemos copiar o que acontece na Europa, pois os clubes de lá estão quebrando...
Pobre senhor Kalil!
Se ele gosta tanto de torcedor que vai a estádio e acha que isso é o que vale, devia repensar sua posição em relação à quebradeira dos clubes europeus, pois a média de publico da Série A brasileira é tão baixa em relação à Europa, que a Bundesliga 2 (Segunda Divisão) alemã, tem média maior.
Por outro lado, o senhor Kalil, como empresário que é, deveria saber que as dificuldades enfrentadas pelos clubes na Europa e a redução de seus investimentos, se deveu a crise econômica mundial – as grandes equipes do continente europeu, por serem empresas e valerem bilhões, pertencem ao sistema financeiro mundial – mundial senhor Kalil e não, nacional, regional, nacional ou municipal, como são os nossos.
Mas talvez, para o senhor Kalil, ter a montadora de veículos Audi investindo 90 milhões de euros nas ações do Bayern de Munique seja sinal de quebradeira...
Claro que não devemos contar com 75 milhões de euros que a Adidas desembolsou para também ser acionista do Bayern...
Nem tão pouco, os 175 milhões de euros que a Deutsch Telekom pagou para ter seu nome nas camisas da equipe alemã devem ser computados, pois esses clubes estão quebrados.
Por outro lado, é possível que na cabecinha do senhor Kalil, gerar 295,3 milhões de euros em um ano e ainda assim ficar atrás de Real Madrid, Manchester United e Barcelona, deva se rum sinal de a ruína esteja próxima para os bávaros.
Pois é...
Não vou ficar aqui enchendo a cabeça do senhor Kalil com números, pois Alexandre Kalil, e aqueles que como ele crêem em tais aberrações, não vão acreditar – essa gente não lê e nada sabe...
O mundo dessa gente se resume a circunferência do próprio umbigo e isso, para mim, explica tanta opinião sem pé e sem cabeça.
Quisera o senhor Kalil estar à frente de clubes quebrados como o Wolsburg, o Tottenham, o Benfica, o Grasshopers e tantos outros, que a cada ano, vem aqui, e levam por punhado de “merrecas” os Diego Tardelli que tanto valor tem para o Atlético.
Estão mesmo quebrados, bem estão nossos clubes que devem a Rede Globo milhares de reais, pegos adiantados para pagar as grandes gestões de gente como o senhor Kalil.
Vanderlei Luxemburgo que o diga, vai receber 1 milhão de luvas e 500 mil reais mensais para dirigir o clube do senhor Kalil.
Tenha paciência senhor Kalil...
O senhor é uma mala!