Lendo o blog do Ricardo Silva, na sexta feira dia 16, me deparei com a declaração de Francisco Diá sobre suas pretensões futuras...
Ao ser questionado sobre uma possível volta ao Alecrim para a Série C deste ano, Francisco Diá, segundo Ricardo Silva teria tido: “Que conversa é essa de Série C”? “Meu negócio é Série A ou B”!
No sábado, logo pelas primeiras horas da manhã, voltei ao blog do Ricardo e li que algumas pessoas teriam reagido às declarações de Diá com alguns adjetivos pouco corteses...
O próprio Ricardo discorda dos que afirmaram ter sido Diá um “boçal”, “pedante” e “atrevido”, mas diz que em sua opinião, Diá “pisou na bola”...
De minha parte, discordo de todos e vou tentar explicar o motivo:
O jornalista Vladir Lemos em seu blog “Letras, ataques e firulas”, lembra uma obra de Luigi Pirandello – dramaturgo, poeta e romancista siciliano, que morreu em 1936 -, “Um, nenhum e cem mil”...
Nesta obra, Pirandello trata da história de um homem, que a partir de um comentário trivial de sua mulher, começa a descobrir que é visto pelo outros de uma maneira bem diferente do que imaginava.
Por coincidência, também li o texto de Pirandello – nos velhos tempos do teatro amador do Colégio Pré Universitário de Brasília – e, imagino que mesmo sem saber, Francisco Diá, viva o mesmo drama de Vitangelo Moscarda, o personagem central de “Um, nenhum e cem mil”...
Diá como todos nós, imagina ser um, mas, porém, o que ele imagina ser não corresponde à forma como os outros o vêem...
Francisco Diá se imagina assim:
Acredita que é um gênio...
Pensa ser um injustiçado...
E, tem a convicção de está bem acima da maioria dos seus pares...
Para ele, seu “olho clínico” vê bem além do óbvio.
Seus amigos o pintam como um sujeito humilde, bondoso, paciente e trabalhador...
Dizem que Diá está pronto e preparado para ascender ao Olímpo e prostrar Zeus aos seus pés...
E, concluem que se isso ainda não ocorreu, não é por culpa de Diá e sim, pelo preconceito e pela falta de visão dos ignorantes...
Já, a maioria das pessoas que vivem distantes de Diá, o vêem como um falastrão, folclórico e inconstante.
Diá assim como Vitangelo Moscarda, não é o que imagina ser, não é o que seus amigos imaginam que ele é e nem tão pouco, é o que as pessoas pensam que ele é...
Portanto, Diá não “pisou na bola” ao fazer a afirmação que fez, pois ele crê em cada palavra dita...
Diá, não é um boçal, pedante e atrevido; é apenas um homem que imagina que ao dizer o que acredita ser, será reconhecido como tal!
No fundo Diá não é nada disso, mas também, não deixa de ser um pouco de tudo isso.