Quem imaginou uma Austrália destroçada pelo futebol “travesso” de Gana; ficou certamente, bastante decepcionado...
Afinal, os rapazes da terra do canguru e do coala, jogam futebol por pura paixão pelo esporte, pois na maior ilha do mundo, o futebol e um esporte secundário...
Lá, primeiro o rúgbi, que chamam de Footy, depois, o cricket e o golf, só então, o soccer aparece.
Jogar futebol na Austrália não dá status e nem fama...
Na partida contra Gana, australianos fizeram o que sempre fazem, correm atrás da bola, erram passes, tropeçam em si mesmos e lançam bolas altas da área na tentativa de encontrar algum de seus atacantes altos, que as toque para o fundo do gol adversário...
Toda via, os australianos fizeram outra coisa que também sempre fazem, só que bem melhor: aplicação tática e a marcação “custe o que custar”.
Competitividade é uma característica deles: e, correr atrás do adversário e tomar-lhe a bola, é o ponto alto, mas o que fazer com ela depois, já são outros quinhentos.
Claro que essa aplicação e essa marcação incansável, nem sempre dá certo; principalmente quando enfrentam um adversário melhor qualificado e mais objetivo.
Mas, ontem contra Gana, deu!
Mas por que Gana se deixou subjugar por uma equipe mais frágil tecnicamente e com um jogador a menos?
A equipe da Gana tem virtudes, mas infelizmente, seus defeitos acabam por superá-las...
A defesa joga em linha e isso é fatal quando se joga, contra ataques rápidos...
O meio campo tem volantes eficientes na marcação e meias habilidosos, mas pecam pelo excesso na troca de passes e pela pouca objetividade...
Seus atacantes são rápidos, fortes e técnicos, mas sua pontaria é sofrível e entre passar a bola para alguém melhor colocado e tentar o chute; tentam o chute.
Mas o pior, é que Gana, assim como suas irmãs de continente, carrega um peso terrível: os goleiros bisonhos.