quarta-feira, junho 20, 2012

América 1x0 ASA...



Se o Nazarenão tivesse uma boa cobertura e cadeiras confortáveis, os heroicos torcedores americanos que se deslocaram de Natal para Goianinha na terça-feira de noite fria e chuvosa, bem que poderiam ter tirado uma soneca durante o primeiro tempo...

 Imaginem um joguinho sonolento e chato.

No segundo tempo, o América abandonou as firulas e preciosismos que ajudaram a manter o placar em branco na primeira etapa e resolveu impor sua melhor qualidade...

Não deu outra...

Aos 17 minutos, Soares recebeu um ótimo lançamento de Norberto e na corrida tocou de cabeça para vencer o goleiro Gilson, abrindo o marcador.

Mesmo que aqui e ali, levasse uns sustos, o América jogava melhor e buscava aumentar o placar...

Por pura infelicidade, o segundo gol só saiu aos 44 minutos quando Junior Xuxa sozinho, recebeu um passe de Lúcio e tocou com calma e categoria para as redes do ASA...

Foi pouco diante do maior volume de jogo dos rubros na segunda etapa.

A vitória por dois gols de diferença colocou o América provisoriamente na liderança isolada Série B...

Se as coisas continuarem assim, muito breve o América vai deixar de ser uma grata surpresa e se transformar num forte e consistente aspirante ao acesso.




Sozinhos entre os suecos, os dois franceses não foram incomodados...


Imagem: Getty Images

Inglaterra 1x0 Ucrânia...


Imagem: AFP/Sergei Supinski


Os ucranianos sabiam que precisavam fazer um papel melhor que os poloneses, pois suas dificuldades no campo econômico, bem maiores que seus parceiros na empreitada de realizar o segundo maior evento futebolístico do planeta, atraiam criticas...

O autoritarismo e os resquícios ainda existentes dos anos de domínio soviético em sua politica que ainda avança em busca de uma democracia mais plena atraiam olhares desconfiados.

Esta soma incomodava a população e as autoridades que se esforçaram para passar ao mundo a melhor imagem possível à organização e a liberdade de expressão...

No entnato, no campo esportivo, a tarefa era aparentemente mais amena.

A França, era o adversário mais difícil a ser batido...

Já a Inglaterra com seu jogo pragmático e a Suécia com seu futebol irregular, davam esperanças de chegar mais além.

Na primeira partida contra os suecos, a vitória aconteceu e confirmou as expectativas...

Contra a França, a derrota esperada não abalou a confiança e os ucranianos se prepararam para enfrentar os ingleses, respeitando sua tradição, mas sem medo...

A partida começou com a Ucrânia melhor...

Marko Dević e Yevhen Konoplyanka assustaram a defesa inglesa, que depois, reagrupada e coesa, impediu maiores perigos ao gol de Hart.

Seguros na defesa os ingleses saíram para o jogo e aos 24 minutos da primeira etapa, pela primeira vez ameaçaram o gol de Pyatov, através de Steve Gerrad.

Na segunda etapa, o sonho dos ucranianos virou pesadelo...

Depois de um cruzamento de Gerrard, Pyatov falhou e Rooney que voltava a equipe, livre de marcação tocou para o gol vazio.

A partir daí, o jogo se transformou numa disputa entre os ansiosos e nervosos ucranianos, contra os experientes, calmos e seguros ingleses.

A necessidade de se superar acabou abalando a equipe de Oleg Blokhin, que deixa a Eurocopa frustrada por saber que a Inglaterra não era um adversário tão perigoso assim.

 
Os jogos da quartas de final...

Espanha x França
Inglaterra x França
Alemanha x Grécia
República Tcheca x Portugal



Se vira meu filho...


Imagem: AFP/Sergei Supinsky

Suécia 2x0 França...


Imagem: AFP/Jonathan Nackstrand



Cada vez mais me convenço que existe algo no torcedor europeu que precisa ser mais bem analisado para que possamos entender o fenômeno de estádios lotados e plateias vibrantes mesmo quando os resultados são ruins.

A Suécia no jogo de ontem contra a França pode ser um bom exemplo...

Desclassificada, depois de uma campanha decepcionante, ainda sim, tinha a seu favor a maioria esmagadora da torcida presente.

Alguns podem tentar justificar afirmando que a Suécia é mais próxima da Polônia e da Ucrânia que a França e que isto proporcionou a maioria aos escandinavos... é verdade.

Mas como justificar o apoio incondicional dos torcedores a uma equipe que decepcionou e que nada mais almejava na competição?

Esse é o ponto.

Vibrantes, os torcedores suecos viram sua equipe apresentar um futebol bem diferente dos dois primeiros jogos...

Devem ter se perguntado, porque só agora?

Ah, se tivessem jogado assim antes...

A técnica seleção francesa também se assustou...

Os 57% por cento de posse de bola e os 24 chutes dados ao gol de Isaksson não intimidaram os suecos...

Rápidos na saída para o contra ataque, os comandados por Erik Hamrén, foram mais eficientes e mais incisivos e dos 12 chutes que deram ao gol de Lloris, 5 foram para fora, dois se chocaram com as traves e dois terminaram no fundo das redes francesas.

Zlatan Ibrahimović, aos 9 minutos do segundo tempo, marcou um dos gols mais bonitos do torneio (Balotelli marcou o outro contra a Irlanda) e, Sebastian Larsson aos 46 minutos, fechou o marcador...

A França que começou o jogo como líder do grupo, terminou em segundo lugar e vai enfrentar a Espanha num jogo que promete.



Polaca...


Imagem: Eurogirls

terça-feira, junho 19, 2012

A morte de Stéphanne Brosse...


Summits of My Life Trailer from Summits of My Life on Vimeo.



 
No domingo próximo passado (17), o tricampeão francês de esqui de montanha, Stéphane Brosse, morreu ao cair de uma altura de 600 metros, quanto tentava atravessar o Monte Branco em Aiguille d' argentiere, na fronteira entre a Suíça e a França.

Stéphanne Brosse em estava em companhia do catalão, Kilian Jornet...

Juntos faziam parte do Projeto de Kilian Jornet, “O Cumes de Minha Vida”...

O acidente aconteceu quando parte de uma geleira se rompeu provocando a queda de Stéphanne Brosse.

O corpo de Brosse foi regatado pelas autoridades suíças e será aberto um inquérito sob a responsabilidade do Ministério Público de Bas-Valais, região no Cantão de Valais na Suíça.

Kilian Jornet, não se feriu, passa bem e se encontra junto aos familiares de Brosse a quem procura dar todo o apoio possível.


Os fins justificam os meios... todos os meios.


Imagem: Autor Desconhecido


Imagem: Autor Desconhecido


O tempo novamente foi o senhor da razão...

Mas confesso que estou também muito curioso para saber em qual texto de Sergey Nechayev ou Antônio Gramsci eles vão se apoiar para justificar tal acordo...

Entretanto, sei que vão conseguir, afinal, justificaram o pacto Molotov-Ribbentrop e depois, justificaram o abraço que Carlos Prestes, marido de Olga Benário, deu em Getúlio Vargas, o homem que ordenou a Felinto Müller que entregasse Olga, para a Gestapo...

Não preciso de uma ideologia para viver, elas não me servem, pois não tenho estômago para conviver os seus pragmatismos patológicos.

Homens livres não se submetem a ideologias, pois todo submisso tão logo se dobra, entrega sem pudor, sua liberdade e seus princípios.


Tempestade sobre Donetski...


Imagem: Action Images/Carl Recine/Livepi

Resposta aos leitores Fabiano Costa e Rodrigo...




Caro Fabiano, 

Começando pelo fim:

O apelido de “Fúria” nada tem haver com o regime de Francisco Franco (Juan Francisco Paulino Hermenegildo Teódulo Franco y Bahamonde), ditador que governou a Espanha de 1933 a 1975, ano em que morreu.

Nos Jogos Olímpicos de 1920, disputados na cidade de Antuérpia na Bélgica, a recém-formada seleção espanhola, participava pela primeira vez de um torneio internacional e na partida disputada contra a Suécia no dia 1 de setembro, perdiam por 1x0...

Aos 27 minutos do segundo tempo, Jose Maria Belauste, após um cruzamento na área sueca, se enrolou com os zagueiros e aos trancos e barrancos acabou entrando com bola e tudo...

Este gol deu a vitória aos espanhóis por 2x1 e no dia seguinte, um jornal holandês publicou uma matéria sobreo jogo, onde enaltecia a força, a garra e a raça de Bealuste...

A manchete do jornal foi a seguinte: 

“La Furia Española”...

Foi assim que nasceu o apelido da seleção da Espanha...

E que curiosamente, não é obra de nenhum espanhol e sim de um holandês.

Sobre o fato da seleção da Espanha usar o Brasão de Armas do país ao invés do escudo da Federação, também nada tem haver com a ditadura.

Com informação extra, a seleção da Polônia também usa o Brasão de Armas do país no centro da camisa, mas um pouco mais para a esquerda, está o escudo da federação.


Caro Rodrigo,

A Deutscher Fussball Bund, não tem dois escudos...

O escudo institucional é diferente do escudo usado na camisa da seleção por questões históricas...

O uniforme preto e branco homenageia as cores do Império Alemão e o Brasão utilizado na camisa, é em homenagem a “Haus von Hohenzoller”, ou Casa dos Hohenzoller...

A família Hohenzoller fundou a Prússia e mais tarde governou o Império Alemão.

Abaixo, você verá o escudo institucional da DFB, o escudo da seleção e o Brasão Nacional da Alemanha.





Imagem: Arquivo do Fernando Amaral FC



Imagem: Arquivo Fernando Amaral FC



Imagem: Arquivo Fernando Amaral FC



O sorriso meigo da croata...


Imagem: AP/Darko Bandic