sábado, outubro 25, 2014

ABC derrota o Paraná e se aproxima da borda do pântano...




O ABC venceu...

Na verdade, quem venceu mesmo foi o João Paulo, que entrou e fez o que o time não conseguia fazer...

Chutar certo...

Chutou duas vezes...

Acertou e garantiu três deliciosos pontinhos.

Mas, por pouco, o assistente com a anuência do árbitro, não estraga tudo...

Adaílton aos 30 minutos, em impedimento, diminuiu e o ABC que não fez nenhuma grande partida acabou passando por alguns apertos.

Deu sorte...

O Paraná só ameaçou.

A vitória por 2 a 1 diante do Paraná fez o ABC dar um salta na tabela...

Precisa torcer contra o Bragantino amanhã, para se manter na décima quarta posição e dar um respirada.

Mas, é bom lembrar que o alvinegro não deixou o pântano...

Continua atolado...

Apenas livrou a cintura da lama, mas as canelas continuam enterradas.

Cleveland Cavaliers fan...

Imagem: Getty Images

Na disputa entre os Américas... deu o América de Minas Gerais.



Lá pelas bandas das Minas Gerais, em Belo Horizonte, no estádio Independência, o América de Natal entrou em campo com moral... 

Havia vencido o Vasco de forma inquestionável.... 

Normal que os americanos, mineiros, mostrassem respeito e preocupação. 

Tinham razão... 

Aos 12 minutos, numa saída atabalhoada dos mineiros, a bola acabou nos pés de Emerson... 

Não deu outra, gol dos americanos do nordeste. 

A vitória sobre o Vasco, não foi obra do acaso, pensei... 

Agora vai. 

Mas... 

Neto, logo depois de tomar um cartão amarelo, numa entrada por trás, atingiu Gilson e foi expulso. 

Aí, o América que venceu ao Vasco, sumiu e o América que se arrasta na zona de rebaixamento voltou... 

E voltou em grande estilo... 

Encolhido e acuado deu campo para o adversário... 

Foi um péssima opção. 

Andrey se desdobrava e eu, imaginei que com um pouco de sorte e uma marcação determinada,  os 10 americanos restantes segurariam o placar... 

Me enganei... 

Aos 34 minutos, depois de insistir e insistir, os mineiros encontraram a brecha... 

Gilson, entrou pelo meio da defesa rubra e sem marcação tocou para as redes... 

Três minutos depois, Andrei Girotto, subiu no meio de um monte de camisas vermelhas e tocou de cabeça, sem chance para Andrey... 

Daí em diante, o América das Minas Gerais fez a bola rolar até que o árbitro encerrasse a partida.

Para piorar, o Icasa venceu...

O Bragantino e o Oeste jogam amanhã... 

Jogam sabendo o que tem que fazer. 

O América, antes décimo sétimo, agora décimo oitavo, continua tendo que confiar nas orações e nos tropeções de seus adversários que estão a sua frente na tabela... 

Por sorte, não existe a menor chance de perder posições... 

Vila Nova e Portuguesa estão muito distantes para incomodar. 

sexta-feira, outubro 24, 2014

Churrasquinho lusitano à moda potiguar...

Charge: Mário Alberto

Viva as avozinhas de Limpopo, África do Sul...

Imagem: Autor Desconhecido

Velhos não são os trapos... 

Elas dizem e prometem repetir até convencerem toda as pessoas.

“Elas” são as Vakhegula Vakhegula (Avozinhas Avozinhas, na língua tsonga falada nas províncias do nordeste da África do Sul).

Há poucos dias, publiquei uma foto dessas senhorinhas sul-africanas, depois de ler no jornal “O Publico” de Portugal uma matéria sobre elas...

Pensei em copiar e colar a notícia, mas resolvi ler um pouco mais e formar minha própria opinião.

A equipe foi formada em 2006...

No Brasil pouco se fala sobre o assunto, mas na Europa, África, Estados Unidos, Canadá, Austrália e Nova Zelândia elas são um sucesso...

Sucesso que foi impulsionado pela Copa do Mundo de 2010, realizada na África do Sul e que incentivou nos países citados, pessoas a copiarem a iniciativa das Avozinhas, Avozinhas.

Como se entra no time?

O critério principal é a idade...

A experiência tem prioridade sobre a juventude e as portas estão abertas para mulheres a partir dos 50 anos...

No entanto, não há limite, a não ser é claro, aquele imposto pelas forças de cada uma.

De quem foi a ideia?

A idealizadora é Beka Ntsanwisi. 

“Estive muito doente e, de cada vez que ia a um hospital, ficava impressionada pela quantidade de mulheres mais velhas com quem cruzava e pelas condições de saúde em que estavam...”

Em meio a luta contra a doença Beka decidiu lançar um projeto que levasse as mulheres mais velhas a manterem-se ativas...

“O objetivo era evitar que ficassem em casa e cedessem à solidão. Algumas nem conseguiam caminhar normalmente, tudo o que faziam no tempo livre era tricotar ou ficar sentadas. Com o futebol correm, gritam, lutam... mantêm-se jovens”.

Vencida a luta contra o câncer, Beka deu o ponta pé inicial ao projeto e seu primeiro desafio foi convencer as mulheres a quem procurava...

“Elas temiam machucar-se, quebrar uma perna...”

A insistência deu frutos e não demorou muito, Beka tinha à seu lado, senhoras entusiasmadas e felizes por se sentirem vivas novamente.

O melhor no entanto, foram os resultados positivos...

Mulheres que antes se debatiam com problemas de saúde, como pressão arterial elevada, tiveram sensível melhora...

No aspecto físico e mental, as mudanças são visíveis.

Nos treinos, as canções são uma constante...

As saias coloridas chamam a atenção e elas, já tem suas vedetes...

Beatrice Tshabala é tratada por Messi e Christina Machede é Maradona.

De onde elas vem?

As “avozinhas do futebol” surgiram na township (zonas pobres nas periferias das cidades e que, durante o apartheid, estavam reservadas aos não-brancos) de Nkowankowa, na província de Limpopo. 

Foi tudo muito rápido, em pouco tempo, sete outras equipes tinham sido criadas e treinavam regularmente....

Daí para a criação de um campeonato, foi um passo...

Surgiu o Top Eight, disputado duas vezes por ano entre os oito principais times da província...

 “O meu sonho é ter um campeonato africano das avós”, diz Beka Ntsanwisi, que é conhecida na província de Limpopo como “Madre Teresa”. 

Agora, o mais curiosos...

Beka, não joga em nenhuma equipe...

Seu trabalho é junto as comunidades pobres da região, prestando cuidados às crianças e num projeto de combate à AIDS...

Aos 45 anos, ainda é relativamente jovem para integrar as Vakhegula Vakhegula – cuja jogadora mais velha tem 79 anos. 

Mas Beka sonha...

“Um dia quero jogar com elas”.

Texto baseado na matéria do jornal "O Público" de Portugal.

quarta-feira, outubro 22, 2014

E os botafoguenses oram desesperados para "São Jefferson..."

Charge: Mário Alberto

O ABC é goleado em Santa Catarina e já sente o bafo de seus perseguidores...

Em Joinville, o ABC voltou a decepcionar...

Perdeu por 3 a 0 para o agora, vice-líder, Joinville.

No início, logo de cara, mostrou que não tinha como ir além de suas limitações, técnicas e de comando...

O alvinegro precisava pelo menos de um empate.

Fugir das redondezas da zona de rebaixamento era primordial, essencial...

Horas antes o América havia vencido...

O Icasa idem...

Esses resultados encurtaram a distância entre a luz e a escuridão.

Por sorte, o Oeste perdeu e o Bragantino, também...

Portanto qualquer pontinho era imperativo.

Mas nenhum ponto foi conquistado...

Ao contrário, o ABC foi goleado e com isso, deixa de estar ameaçado e passa a ser fustigado...

Como esperar apoio do torcedor, como encontrar desculpas para justificar uma queda tão vertiginosa...

Trocar o comando faltando sete jogos, é se colocar nas mãos de qualquer treinador esperto, rodado, acostumado com os labirintos do mundo da bola...

Qualquer um dirá: “eu vou, mas cocem o bolso, pois não saio de casa por menos que um montão.”

Triste situação.


terça-feira, outubro 21, 2014

Os futuros Bafana, Bafana...

Imagem: Autor Desconhecido

O América em noite de gala, volta a vencer o Vasco, 39 anos depois...

Em 1975, o Vasco perdeu para o América, no Rio de Janeiro...

1 a 0 em pleno estádio de São Januário.

O pequeno público presente – 4.046 – calou-se depois que Washington aos 20 minutos marcou o gol rubro...

Calados estavam e calados ficaram diante da gigantesca zebra que passeou soberana no relvado vascaíno...

Calados e chocados, voltaram para casa.

Eu, tinha 18 anos, estava prestes a completar 19 e por pouco não fui ao jogo...

Estava tudo combinado, mas meu pai me chamou à Brasília e lá se foi o programa previamente marcado com os amigos.

Em Brasília, soube do resultado, fiquei chocado, na verdade irritado, inconformado, arrasado...

Aos 18 anos, o futebol vive em você e uma derrota não esperada se torna um drama gigantesco.

Esse foi o time do América que silenciou São Januário em 75...

Valdir Appel; Ivan (Carmindo), Queiróz, Odélio (Mário Braga) e Zeca; Olímpio, Washington e Pedrada; Humberto Ramos, Élcio e Ivanildo.
Técnico: Sebastião Leônidas.

Esse foi o time do Vasco que se curvou ao América de Natal pela primeira vez em sua história...

Mazarópi; Toninho, Moisés, Renê e Deodoro; Alcir Portela, Gaúcho (Uiliam) e Ademir; Freitas, Jair Pereira e Luís Carlos.
Técnico: Mário Travaglini.

Passados 39 anos e quase um mês, estou eu no Rio Grande Norte, não como um visitante, mas como um residente...

Vivendo em Natal, cidade que escolhi para morar, trabalhar e onde criei meu filho...

Lugar onde sou feliz e fiz amigos...

Natal, hoje, minha casa, meu lar.

39 anos depois, uma nova derrota do Vasco para o América...

Engraçado, não me senti chocado, irritado, inconformado ou arrasado...

Na verdade, compreendi que não foi uma derrota do Vasco, mas uma vitória do América - o tempo e a maturidade nos dão sabedoria para separar o joio do trigo...

Uma grande vitória, uma indiscutível vitória.

Uma vitória construída por Roberto Fernandes, entre um aeroporto e outro...

Conversando, incentivando, inflamando e podando os galhos secos e ruins.

Uma vitória de Rodrigo Pimpão, que grande gol...

Uma vitória de Alekito, que ao entrar foi tratado com deboche, mas quando a bola rolou, mudou o ritmo da partida e veloz, fez o América correr.

Ah, esse América estranho...

Que se agiganta contra os poderosos e claudica contra seus iguais e inferiores.

Os três pontos conquistados diante do Vasco, aproximaram os rubros de Oeste e de ABC...

Diminuíram a distância do Bragantino. 

Porém, o Icasa chegou mais perto.

A luta daqui por diante será ainda maior...

Nenhum deslize, nenhum erro, nenhuma apatia poderá ser tolerada.

Quanto ao Vasco, pouco ou nada mudou...

Continua onde estava...

Vai voltar à primeira divisão...

Infelizmente, não por seus méritos, mas pelo demérito de seus adversários...

Se o futebol fosse feito de justiça, o melhor seria o Vasco não subir...

Mais um ano na Série B, seria de grande valia para que os torcedores do Vasco deixassem de ser ingênuos e crédulos e exigissem o Vasco de volta.

Domando ondas...

Imagem: GYI/Cameron Spencer