quarta-feira, fevereiro 13, 2019

Tragédia no Flamengo motiva pedido de CPI para investigar clubes formadores...

Imagem: Ricardo Moraes/Reuters

Tragédia no Flamengo motiva pedido de CPI para investigar clubes formadores

Requerimento no Congresso pretende apurar condições de alojamentos e violações dos direitos de jovens jogadores em categorias de base

Por Breiller Pires para o El País

O incêndio que destruiu o alojamento das categorias de base do Flamengo e deixou dez garotos mortos no centro de treinamentos do Ninho do Urubu segue gerando repercussões além da esfera esportiva.

Pelos indícios de falhas e omissões levantados até o momento, sobretudo no embate de versões entre a Prefeitura do Rio de Janeiro e o clube rubro-negro, que não tinha o certificado de segurança do Corpo de Bombeiros nem alvará de funcionamento para o CT, a deputada federal Erika Kokay (PT) irá protocolar nesta terça-feira um pedido para instalação de CPI com objetivo de apurar o caso e, de maneira mais abrangente, a situação dos alojamentos que abrigam crianças e adolescentes em clubes de futebol.

A abertura da comissão na Câmara dos Deputados depende de pelo menos 171 assinaturas —um terço dos parlamentares da Casa.

Além de fazer um levantamento sobre as condições de escolinhas e centros de treinamentos de base no país, a CPI se debruçaria sobre outras violações ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) relacionadas ao futebol, como as recorrentes denúncias de abuso sexual de jovens atletas.

“Esse incêndio no Flamengo revela uma situação crítica no futebol brasileiro”, afirma Kokay, que, em 2014, presidiu a CPI da Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, responsável por investigar abusos de jogadores por técnicos, dirigentes e olheiros.

“Caso se confirme a documentação incompleta do alojamento, o clube descumpriu aspectos legais que poderiam ter preservado vidas. Percebemos que há uma cadeia de violações sistemática aos direitos dos garotos que sonham se tornar jogadores. Por isso é preciso saber como eles estão sendo tratados em outros centros de formação e estabelecer regras mais rígidas, com vistoria periódica dos conselhos tutelares nos clubes formadores.”

Nesta segunda-feira, o comitê de crise instituído pelo Flamengo, encabeçado pelo presidente Rodolfo Landim, se reuniu com representantes da prefeitura, Corpo de Bombeiros, Defensoria Pública e Ministério Público.

Durante a reunião, o clube reiterou que vem prestando apoio aos três atletas feridos e assumiu a responsabilidade de bancar indenizações às famílias das vítimas.

Negociações para um acordo, que pode envolver o pagamento de pensão, serão mediadas pela Defensoria Pública. A força-tarefa do Ministério Público do Trabalho (MPT) deu prazo de 48 horas para o Flamengo apresentar todos os contratos de jogadores da base.

Se constatar irregularidades nos vínculos, o órgão pode abrir uma ação civil pública contra a diretoria.

Por meio da assessoria de comunicação, o clube confirmou ao EL PAÍS que, entre as dez vítimas, apenas o meia Gedson Santos, 14 anos, não tinha contrato de formação.

Natural de Itararé, interior de São Paulo, ele estava alojado no Ninho do Urubu desde o sábado anterior à tragédia e foi aprovado em um teste realizado no início da semana passada.

De acordo com interpretação do MPT, o alojamento de atletas sem vínculo formal configura violação à Lei Pelé, que regulamenta os contratos entre clubes e jogadores no Brasil.

O Flamengo também será investigado por supostamente descumprir norma do ECA sobre a garantia de convívio familiar.

A maioria dos 26 garotos que estavam alojados na noite do incêndio provinha de outros Estados e cidades.

Alguns deles relataram permanecer períodos de até um ano sem visitar a família por causa da rotina de treinos e competições — realidade comum em grandes clubes.

Também nesta segunda-feira, representantes do Conselho Estadual de Defesa da Criança e do Adolescente visitaram o Ninho do Urubu para vistoriar as instalações da base em um conjunto de contêineres.

Embora o Flamengo tivesse registro no Conselho Municipal dos Diretos da Criança e do Adolescente, o CT nunca havia sido vistoriado pelos órgãos antes do incêndio.

A prefeitura do Rio esclarece que o cadastro no Conselho não isenta o Flamengo de cumprir exigências técnicas de segurança, como a certificação dos Bombeiros, por se tratarem de diferentes competências em cada regimento.

O ECA prevê, de forma genérica, que, para uma instituição obter o registro no Conselho Municipal, é preciso oferecer “instalações físicas em condições adequadas de habitabilidade, higiene, salubridade e segurança”.

O Conselho Municipal do Rio não respondeu por que conferiu registro ao clube sem que houvesse vistoria prévia das instalações.

Já a prefeitura alega que, apesar das 31 multas que aplicou ao Flamengo por falta do alvará de funcionamento, não interditou o CT pelo fato de não ter “poder de polícia”.

As causas do incêndio ainda não foram descobertas.

“Além das responsabilidades do clube, houve falha do sistema de garantia dos direitos da criança e adolescente”, afirma Cristiane Maria Sbalqueiro Lopes, procuradora do MPT no Paraná e integrante da Coordenadoria Nacional de Combate à Exploração do Trabalho da Criança e do Adolescente (Coordinfância).

“As políticas públicas contra a violação de direitos de atletas em categorias de base ficaram em segundo plano nos últimos anos. Que essa catástrofe no Flamengo sirva para reforçar a necessidade de mais proteção a crianças e adolescentes no futebol.”

Caso seja instalada, a CPI na Câmara dos Deputados planeja desarquivar projetos de lei que tratam da regulamentação das categorias de base no Brasil e estabelecer exigências mais específicas para que instituições esportivas recebam registro dos Conselhos Municipais dos Diretos da Criança e do Adolescente.

Na reunião realizada na sede do Ministério Público do Rio de Janeiro foi programada ainda uma perícia de órgãos fiscalizadores ao Ninho do Urubu.

A interdição do centro de treinamento não está descartada.

Além do Flamengo, outros clubes formadores do Rio de Janeiro devem ser vistoriados nos próximos dias.

Pouco antes da reunião começar, um outro incêndio atingiu as dependências ocupadas por um time de futebol carioca.

O alojamento da equipe principal do Bangu, localizado em um terreno da Aeronáutica na Zona Oeste, pegou fogo enquanto os jogadores descansavam após o treino.

Dois deles precisaram ser encaminhados ao hospital por inalação de fumaça.

O CT administrado pela Comissão de Desportos da Aeronáutica abriga projetos sociais que atendem centenas de crianças e adolescentes.

Arte e Futebol...

Ilustração: Tomasz Usyk

Sem rivais, Katelyn Ohashi conquista mais um 10.0 perfeito...


Há menos de um mês, Katelyn Ohashi, representando a UCLA (University of California, Los Angeles) obteve em uma competição de ginástica, o 10.0 perfeito...

Agora, em Seattle, sua terra natal, a jovem atleta repete o feito e consegue mais um 10.0 com outra exibição admirável.

Futebol dos Anos 60... Johnny Hayes - "The Fulham Maestro".

Imagem: Autor Desconhecido

10 milhões de reais recebeu o Flamengo em renúncias fiscais para a construção do Centro de Treinamento Ninho do Urubu... (Máquina do Esporte)

Ilustração: Autor Desconhecido

terça-feira, fevereiro 12, 2019

O jornalismo ainda mais pobre... RIP Ricardo Boechat.

Imagem: Autor Desconhecido

A seleção da Copa de 1970 e Fuscas do Maluf...

Imagem: Gazeta Press

A Seleção do Tri e os Fuscas do Maluf

Paulo Maluf presenteou aos jogadores e à comissão técnica do Tricampeonato da Copa do Mundo com Fuscas. Detalhe: todos comprados com dinheiro público, bem ao estilo ‘Maluf’ de ser.

Por Pedro Henrique Brandão Lopes, do Universidade do Esporte.

O início dos anos 1970, foi um período bastante conturbado no Brasil.

A Seleção Brasileira, como símbolo máximo da maior expressão popular do brasileiro, não passaria ilesa ou distante do caos.

Antes da Copa do Mundo do México, o selecionado tupiniquim não era visto como favorito ao título, Pelé era questionado e ingratos torcedores ousavam chamar a realeza de “velho”, “lento” e até, não se assuste, “gordo”.

No Brasil, futebol e política não apenas se misturam como nunca se separam, neste sentido, João Saldanha no comando técnico da Seleção era mais uma generosa tentativa de apagar fogo com gasolina.

Ora, um comunista declarado dirigindo o maior instrumento de marketing de uma ditadura militar?

Sim, mais uma anedota da série: coisas que só acontecem no Brasil.

O fato é que os milicos nunca aceitariam um comuna campeão do mundo, afinal era evidente que aquelas Feras conquistariam o mundo.

Saldanha também não deixava por menos, mandando o ditador escalar o ministério enquanto ele, João, escalava a seleção.

Era a brecha que o regime queria.

Saldanha demitido e caminho livre para a propaganda política usando o Tricampeonato Mundial como pano de fundo.

O jogo decisivo contra a Itália aconteceu em 21 de junho de 1970, decretando a glória do futebol brasileiro como o maior vencedor da história do esporte, a conquista definitiva da Taça Jules Rimet e o sentimento de que o brasileiro, enfim, era o melhor do mundo em alguma coisa, o “complexo de vira-latas” estava morto e sepultado embaixo de três Copas do Mundo.

Para celebrar o fato de que “com o brasileiro não há quem possa”, Paulo Maluf, então prefeito de São Paulo, indicado pelo ditador Arthur Costa e Silva, em abril de 1969, e que anos mais tarde seria imortalizado por Leonel Brizola como o “filhote da ditadura”, decidiu presentear aos 22 jogadores e à comissão técnica com 25 Fuscas verdes-musgo.

A cerimônia de entrega aconteceu no Parque do Ibirapuera, em 21 de julho, exatamente no aniversário de um mês da conquista, Maluf passou às mãos de cada Tricampeão as chaves dos Fuscas zero quilômetro e comprados com dinheiro público.

Em uma sessão da Câmara, no dia 3 de julho, dias após o Brasil vencer a Copa, 10 eufóricos torcedores/vereadores, dos 17 que a cidade de São Paulo tinha a época, aprovaram a lei pedida pelo prefeito que liberou os CR$ 315.000,00 para a compra dos carros.

Na tampa do porta-malas, os jogadores podiam ver um buquê de rosas e no para-brisa traseiro o slogan do regime “Brasil, ame-o ou deixe-o”.

O que Maluf não esperava aconteceu, um advogado percebeu, apesar de parecer óbvio, que os Fuscas haviam sido pagos com dinheiro público e que aquilo em nada beneficiava a população, decidiu então acionar a justiça.

Virgílio Egydio Lopes Enei foi o advogado que moveu a ação contra Maluf, acusando o prefeito de lesar o erário.

Em 1974, houve uma condenação em primeira instância que obrigava o político a ressarcir os cofres públicos.

Por muito tempo esta foi a única condenação de Paulo Maluf que ficou famoso pelo bordão “rouba, mas faz”.

Como de costume, e quase como um talento nato de Maluf, o processo se arrastou escorado em recursos e embargos infringentes que prolongaram a disputa judicial por estarrecedores 36 anos.

José Virgílio, filho do advogado que processou Maluf, disse que seu pai moveu a ação como forma de protesto contra a ditadura e dá a ideia do tempo absurdo que o processo levou até uma decisão final:

“Eu nem era nascido no início do processo, mas demorou tanto que, décadas depois, me formei advogado, e ainda trabalhei no caso, no início dos anos 2000”.

Finalmente em 2006, uma decisão definitiva, mas não com o final mais justo possível: Paulo Maluf foi absolvido.

O STF considerou que a lei que autorizou o pagamento dos carros na época era constitucional e extinguiu o processo sem que o político precisasse devolver o dinheiro.

Os jogadores são contundentes quando dizem que não sabiam que dinheiro público foi usado para pagar os carros.

Mesmo negando veementemente saber a origem do dinheiro, alguns se pronunciaram anos depois, como Tostão, que refletiu sobre a premiação:

“Com o tempo, amadureci, entendi e aprendi que dinheiro público não pode ser distribuído para quem quer que seja”.

Apesar de no dia da cerimônia de entrega todos saírem com o Fusca dizendo que não se desfariam do prêmio porque “presente não se vende”, muitos jogadores acabaram vendendo o carro pelos mais variados motivos.

Baldochi, contou que vendeu por achar o carro pequeno, o zagueiro reserva no Tri, tem 1,89 de altura.

Já Piazza vendeu para investir em um posto de gasolina.

Dadá Maravilha foi mais um dos que se desfizeram do prêmio para embolsar a grana, não sem antes registrar de maneira divertida o “motivo” da venda:

“Para que ficar com ele se eu tenho mais troféus do que glóbulos vermelhos e brancos juntos?”

Quase 50 anos depois do Tri no México, praticamente não há registro de remanescentes dos Fusquinhas do Maluf.

A única prova material do que fez Paulo Maluf está em uma garagem no litoral paulista.

É o fusquinha dado a Zé Maria, lateral-direito e reserva de Carlos Alberto Torres, ou pelo menos, partes daquele fusquinha.

O Super Zé conta que na época nem sabia dirigir e foi seu pai quem saiu do Ibirapuera guiando o carro. Dois meses depois seu irmão Tuta, ex-ponta de Corinthians e Ponte Preta, capotou o fusquinha na rodovia Anhanguera e acabou com o prêmio.

“Fiquei uma fera. O carro estava novinho e meu irmão destruiu ele todo! Um mecânico de Limeira “transplantou” as peças para o Fusca 1967. Tô com ele até hoje, é opção para o rodízio. Não tem carro mais econômico.”

Mesmo agindo errado, por interesses propagandistas do regime e com dinheiro público que deveria ser usado em prol da população, Paulo Maluf foi, durante muitos anos, o único homem público a reconhecer de alguma maneira o feito desses homens que levaram o nome Brasil mundo afora e trouxeram tantas alegrias ao povo brasileiro.

Não precisava ser dessa forma, não precisava manchar a história.

De qualquer forma, é mais um capítulo do futebol nosso de cada dia.


Imagem: Divulgação

As "vespas" do Watford FC....

Imagem: Carl Recine/Action Images via Reuters

A verdadeira beleza do esporte: o olhar do fotógrafo sobre sua própria obra...

Imagem: Rafael Reis

A verdadeira beleza do esporte

Por Rafael Reis, fotógrafo do Universidade do Esporte

Uma foto que, pra mim, representa muito.

Principalmente pelo fato de que o principal motivo do meu amor pelas mais diversas modalidades esportivas está presente nela: a mais pura e sincera emoção, que é o que representa fielmente a realidade da vida humana.

E por emoção eu não digo apenas a vibração do atleta ao fazer um gol pelo seu time.

Mas sim, o conjunto de todos, incluindo o jogador ao fundo que, provavelmente, se sentiu abalado com o gol do adversário.

O esporte é um belíssimo quadro da vida: uma hora você está no topo, ganhando, com a torcida vibrando a seu favor, mas por um descuido ou falta de atenção, tudo pode desabar e é necessário nadar contra a maré.

Entretanto, independente de tudo, lá estarão todos os atletas, quantas vezes for necessário, lutando mais uma vez pela vitória, até o último minuto.

E um desses atletas da vida é você.

Parabéns pela persistência, pela luta diária e por todos esses anos em que tu sofrestes diversos gols contra o seu time, mas continuou lutando.

E continua até hoje.

Paul Pogba, na vitória do Manchester United por 3 a 0 frente ao Fulham FC...

Imagem: Craig Mercer/MB Media via Getty Images 

Liverpool é primeiro clube de futebol a bater £ 100 milhões de lucro...



Liverpool é primeiro clube de futebol a bater £ 100 milhões de lucro...

Valor chegou a £ 125 milhões; com os impostos, cai para £ 106 milhões.

O recorde obtido no ano fiscal de 2017/2018...

As principais razões foram a ida da equipe à final da Liga dos Campeões e a venda de Philippe Coutinho.

Fonte: Máquina do Esporte

segunda-feira, fevereiro 11, 2019

Benfica massacra o Nacional da Madeira... 10x0.

Arte e Futebol...

Ilustração: Tomasz Usyk

Campeonato Potiguar... América goleia o ASSU, assume a liderança e vai para a final do turno com a vantagem de jogar pelo empate.

Imagem: Rafael Reis

Para quem chegou criticado por parte da imprensa e por torcedores que queriam um nome mais conhecido e por consequência de maior peso, Moacyr Junior até que está indo muito bem...

Chegou e sem pestanejar embarcou para o Distrito Federal para assumir o comando do América frente ao Sobradinho pela Copa do Brasil.

Voltou para Natal com a classificação para a segunda fase, depois de um zero a zero bem complicado, e partiu para tentar mudar a sorte da equipe no campeonato estadual...

Deu bem mais do que certo.

Ontem, goleou o ASSU por 4 a 0, passou a frente do arquirrival e joga a final do  turno com a vantagem do empate...

Nada mal.

Mourinho caiu novamente... só que desta vez, numa quadra de Hockey, na Rússia.

Imagem: AFP/Getty Images

Campeonato Potiguar... O ABC empata com o Força e Luz e Ranielle Ribeiro, agora, corre risco.

Imagem: Andrei Torres/ABC FC

O ABC há algum tempo vem deixando sua torcida com muitas interrogações sobre o futuro da equipe...

Ontem, em casa, ao empatar com o lanterna da competição, soterrou seus torcedores num mar de incertezas e numa profunda decepção.

O placar em branco, por si só, já era muito ruim...

Porém, perder a condição de líder para seu arquirrival e de quebra, a vantagem na decisão foi um banho de água fria – sem nenhum trocadilho com as chuvas que caíram em Natal durante todo o domingo – na torcida alvinegra.

Ranielle agora, balança...

Se perder o turno, provavelmente perderá o emprego.

Sadio Mané...

Imagem: Paul Ellis/AFP/Getty Images

Morreu o jornalista Jacques Ferran... Criador da Copa dos Campeões Europeus e da Bola de Ouro.

Imagem: Autor Desconhecido

Jacques Ferran, jornalista esportivo e escritor francês, morreu no último dia 7 de fevereiro, aos 98 anos...

Sua morte foi anunciada por Gérard Ernault, presidente da associação dos antigos redatores do L’Equipe.

Jacques Ferran ingressou no L’Equipe em 1948 e, sete anos depois, em 1955, liderou o pequeno grupo que criou a Copa dos Campeões da Europa, antecessora da atual Liga dos Campeões...

Um ano depois, na France Football, Jacques também chefiou a equipe que instituiu a Bola de Ouro, prêmio atribuído pela revista ao melhor jogador europeu.

Deu espaço, já era...

Imagem: Stuart MacFarlane/AFC via Getty Images

Campeonato Potiguar... Palmeira de Goianinha 0x2 Globo.


Em Goianinha o Palmeira não conseguiu segurar o Globo e acabou derrotado por dois a zero...

Negueba, logo aos 5 minutos do primeiro tempo abriu o placar e Chiclete aos minutos do segundo tempo deu números finais ao placar.

Quando nada dá certo, só resta explodir...

Imagem: Christopher Lee/Getty Images

Campeonato Potiguar... Potiguar de Mossoró 0x2 Santa Cruz.


O Santa Cruz ainda empolgado depois de derrotar o Tupi de Juiz de Fora, Minas Gerais, no Arena das Dunas pela Copa do Brasil, foi a Mossoró e sapecou um dois a zero no Potiguar, que até então não havia perdido para ninguém – a não ser, é claro, para o TJD...

A vitória afasta a equipe da zona de rebaixamento e devolve a esperança de uma campanha melhor no segundo turno.

Os gols do Santa Cruz foram marcados por Gabriel Maia, aos 35 minutos do primeiro tempo...

Capacete, aos 38 da etapa final encerrou a contagem.

Ian Black, goleiro do Fulham FC.. anos 50.

Imagem: The Independent

Premier League: Manchester City arrasa o Chelsea... 6 a 0.

domingo, fevereiro 10, 2019

Arte e Futebol...

Ilustração: Tomasz Usyk

A excursão internacional do ABC...

Imagem: Autor Desconhecido

A excursão internacional do ABC

Por Andre Samora

O ABC começou a década de 70 de uma forma quase perfeita.

O alvinegro venceu quatro estaduais consecutivos, entre 1970 e 1973.

Como o potiguar era qualificação para a competição nacional, o ABC deveria participar dos campeonatos brasileiros entre 1971 e 1974.

Porém, no brasileirão de 72, o alvinegro colocou dois jogadores irregulares na vitória de 2 a 1 sobre o Botafogo: os atletas foram Rildo e Marcílio.

Com isso, segundo o regulamento da época, mesmo com a derrota, o Botafogo foi considerado o vencedor da partida.

Já o clube de Natal, foi suspenso, por dois anos, dos campeonatos organizados pela CBD.

Ou seja, mesmo classificado, o ABC não jogou as competições nacionais de 1973 e 1974.

Para não ficar parado, o alvinegro fez uma excursão pelo mundo em 1973.

A equipe conseguiu graças à amizade entre João Machado, presidente da FND na época, e João Havelange, o principal nome da CBD na época.

O clube passou pela Europa, Ásia e África, viajando por 9 países: Turquia, Grécia, Romênia, Iugoslávia, Líbano, Etiópia, Somália, Uganda e Tanzânia.

Com isso, o alvinegro é a equipe brasileira que ficou mais tempo fora do seu país de origem.

O time deixou Natal em 17 de agosto e retornou no dia 6 de dezembro do mesmo ano, ficou durante 108 dias jogando fora do Brasil, sendo 112 dias contando as viagens aéreas e terrestres.

O início do alvinegro foi ruim, perdeu cinco partidas, empatou quatro e venceu apenas uma.

Porém, o time conseguiu ficar invicto nos últimos 14 jogos.

A equipe jogou com seleções como a da Romênia, Somália, Etiópia e Líbano.

Em 24 partidas, o ABC teve sete vitórias, doze empates e cinco derrotas.

Na volta para Natal, o torcedor abecedista matou a saudade do seu clube do coração em dia 18 de dezembro, no confronto com a União Soviética.

A partida ocorreu no Castelão, no futuro virou Machadão.

Mesmo enfrentando a vice-campeão da Eurocopa de 1972, o alvinegro mostrou sua força e empatou em 2 a 2.

O placar não era o mais importante, todos estavam felizes pela volta do time para Natal.

Com essa punição do ABC, foi o América que representou o futebol potiguar no campeonato nacional.

Em 1973, o alvirrubro alcançou a vigésima quinta colocação e no ano seguinte, ficou apenas na trigésima segunda posição.

O fato curioso disso tudo é a fidelidade dos jogadores do alvinegro, vários jogadores continuaram na equipe, mesmo não tendo nenhuma competição nacional em 1973.

Com isso, o ABC manteve o elenco que venceu o tetracampeonato estadual para participar da excursão internacional.

O principal nome desse bom começo de década continuou no time, Alberi venceu essas quatro conquistas e foi o artilheiro em 1971 e 1972.

Mesmo estando entre os melhores jogadores do brasileiro de 1972, Alberi preferiu continuar no ABC e não participar do brasileiro do ano seguinte.

Por isso, muitos consideram que essa decisão atrapalhou a construção de uma história de Alberi na seleção brasileira.

O atleta até recebeu uma incrível proposta do Fluminense, o valor financeiro não balançou o jogador e ele recusou o time carioca.

Alberi explicou a situação em uma entrevista para o Globo Esporte:

“Foi uma cidade (Natal) que me acolheu bem, tanto a mim como toda a minha família, e foi por isso que eu optei por ficar no Rio Grande do Norte. Eu tive outras propostas para sair daqui do estado, mas eu não saí porque a gente deve ficar onde se sente bem. Não é importante o valor, o importante é o seu bem. Eu não quis ir para o Rio de Janeiro, com uma proposta do Fluminense. O presidente do clube veio aqui na minha casa: 'Olha, é o seguinte vai lá e joga'. Naquela época, eu ganhava 1.800 cruzeiros. Era dinheiro demais, mas aí, eles me ofereceram 15 mil por mês para que eu passasse três meses lá, e eu disse: 'Não vou, não!'. Eu podia ir, mas não quis. Eu não me arrependo de nada que eu fiz. Eu devia ter chegado a uma seleção brasileira, mas isso aí é outra história” declarou o atleta.

Por causa de um erro de interpretação das regras, o ABC ficou por muito tempo longe do cenário nacional.

Isso atrapalhou a equipe de continuar mostrando seu bom futebol para o Brasil.

Porém, essa punição deu a oportunidade de o alvinegro fazer história ao redor planeta.

Franz Beckenbauer e Gerd Müller... anos 70

Imagem: Autor Desconhecido

Os 10 jogadores mais bem pagos do mundo...

Imagem: Autor Desconhecido

O jornal francês 'L'Équipe' divulgou esta sexta-feira a lista dos jogadores com os melhores salários do Mundo e, curiosamente Neymar não está no top 3...

01.º Lionel Messi (Barcelona) - 8,3 milhões de euros brutos por mês
02.º Cristiano Ronaldo (Juventus) - 4,7 milhões de euros brutos por mês
03.º Antoine Griezmann (Atlético Madrid) - 3,3 milhões de euros brutos por mês
04.º Neymar (PSG) - 3,06 milhões de euros brutos por mês
05.º Luis Suárez (Barcelona) - 2,9 milhões de euros brutos por mês
06.º Gareth Bale (Real Madrid) - 2,5 milhões de euros brutos por mês
07.º Philippe Coutinho (Barcelona) - 2,3 milhões de euros brutos por mês
08.º Alexis Sánchez (Manchester United) - 2,28 milhões de euros brutos por mês
09.º Kylian Mbappé (PSG) - 1,73 milhões de euros brutos por mês
10.º Mesul Özil - 1,6 milhões de euros brutos por mês

1997... Mark Wright e Steve McManaman se desesperam ao ver a bola ir para fora - Liverpool 1x2 Wibledon.

 
Imagem: Andy Hooper/Daily Mail/Rex/Shutterstock 

Os 20 jogadores mais bem pagos do futebol francês...

Imagem: Autor Desconhecido

A 'France Footbal' publicou a lista dos 20 futebolistas mais bem pagos na Ligue 1, com predomínio esperado do Paris SG, que tem suplentes a ganhar mais do que algumas estrelas de outras equipes...

01 Neymar (Paris SG) - 3,6 milhões de euros/mês
02 Kylian Mbappé (Paris SG) - 1,73 milhões de euros/mês
03 Edinson Cavani (Paris SG) - 1,5 milhões de euros/mês
04 Thiago Silva (Paris SG) - 1,16 milhões de euros/mês
05 Angel di María (Paris SG) - 1,1 milhões de euros/mês
06 Gianluigi Buffon (Paris SG) - 750 mil euros/mês
07 Radamel Falcão (Monaco) - 750 mil euros/mês
08 Areola (Paris SG) - 700 mil euros/mês
09 Dani Alves (Paris SG) - 700 mil euros/mês
10 Marquinhos (Paris SG) - 700 mil euros/mês
11 Kimpembe (Paris SG) - 670 mil euros/mês
12 Leandro Paredes (Paris SG) - 610 mil euros/mês
13 Julian Draxler (Paris SG) - 600 mil euros
14 Marco Verratti (Paris SG) - 600 mil euros/mês
15 Cesc Fàbregas (Monaco) - 600 mil euros/mês
16 Mario Balotelli (Marselha) - 500 mil euros/mês
17 Kevin Strootman (Marselha) - 500 mil euros/mês
18 Dimitri Payet (Marselha) - 500 mil euros/mês
19 Luiz Gustavo (Marselha) - 500 mil euros/mês
20 Thilo Kehrer (Paris SG) - 460 mil euros/mês

sábado, fevereiro 09, 2019

Arte e Futebol...

Imagem: Tomasz Usyk

Ao longo de 2018 vi diversas torcidas que viajaram horas e até mesmo dias para prestigiar seus times, seus amores... O olhar de um fotógrafo.

Imagem: Rafael Reis

Ao longo de 2018 vi diversas torcidas que viajaram horas e até mesmo dias para prestigiar seus times, seus amores.

Por Rafael Reis*

Algumas do Norte, muitas do Nordeste.

Vi torcedores revoltados com as situações dos seus times.

Vi torcedores alegres e satisfeitos com a boa fase de seus clubes.

Mas todos esses, principalmente torcedores das regiões citadas nesse texto, possuem a certeza de que seu time não é invencível.

Os maiores clubes de futebol do Norte e Nordeste passaram e ainda passam por muitos momentos ruins, acarretados por muita irresponsabilidade por parte de federações e de gestões dos seus times.

Mas outra certeza que esses possuem é a de que um gigante pode até cair, mas sempre se levanta.

Não há espaço para soberba no nosso futebol.

*Rafael Reis é membro do Universidade do Esporte, programa da Universitária FM - 88,9, aluno do curso de publicidade da UFRN, nortista de Belém do Pará e um artista que segura sua câmera com a leveza de quem “desenha” antes com o coração tudo que vai clicar...

Alegria, alegria, alegria...

Imagem: Catherine Ivill/Getty Images

A morte interrompeu sonhos e abriu feridas que nunca irão curar...

Imagens: Autores Desconhecidos/Arte: Fernando Amaral

Os dez garotos do Ninho do Urubu, o futuro interrompido do futebol brasileiro

De um goleiro trilhando caminho nas categorias de base da seleção brasileira a um jovem há apenas dois dias no CT.

As histórias das vítimas que morreram na tragédia

Diogo Magri para o El País

Arthur, Athila, Bernardo, Christian, Gedson, Jorge, Pablo, Rykelmo, Samuel e Vitor, todos entre 14 e 16 anos, eram o futuro do futebol brasileiro.

Talentosos no esporte, eles se destacaram a ponto de ingressar logo cedo na concorrida base do Flamengo.

Em meio às promessas, um goleiro com nível de seleção brasileira, um capitão do time sub-15 rubro-negro, outro capitão do time sub-17 e um garoto que chegou ao novo clube há dois dias.

No mar de meninos que tenta ser profissional no Brasil, os destinos desses se cruzaram duas vezes: a primeira, ao vestir a camisa do clube mais popular do país.

A segunda foi na madrugada desta sexta-feira, quando não conseguiram escapar de um incêndio que atingiu o centro de treinamento Ninho do Urubu, em Vargem Grande, zona oeste do Rio de Janeiro.

Os jovens atletas estavam em período de atividade pós férias no clube, fazendo exames fisiológicos e de corrida.

Com a última atividade da semana na quinta-feira, a maioria pôde voltar para a casa e ter o fim de semana de folga.

Os que não conseguiriam ficaram no Rio e, por isso, usavam as instalações do CT; o local onde os dez estavam alojados, segundo a Prefeitura da capital e Secretaria de Defesa Civil, não possuía licença para dormitório e nem Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros.

Outros jogadores que dividiam a área conseguiram acordar a tempo e fugir do fogo.

O governo do Rio e a CBF declararam luto oficial de três dias e a rodada do fim de semana do campeonato carioca, na qual se enfrentariam Flamengo e Fluminense, foi adiada.

A identificação das vítimas foi feita ao longo da sexta-feira, conforme o avanço do trabalho dos bombeiros no local.

Três atletas ainda estão internados; Kauan Emanuel e Francisco Dyogo apresentam quadro estável e estão no Hospital Vitória.

Já Jonatha Ventura, internado no hospital municipal Pedro II, tem quadro grave com queimaduras em 30% do corpo.

As vítimas:

Arthur Vinícius

Arthur, natural de Volta Redonda, no Estado do Rio de Janeiro, completaria 15 anos de idade neste sábado, dia 9 de fevereiro. O zagueiro morava com a prima, a tia e a mãe na cidade natal, mas os familiares se preparavam para viajar ao Rio para comemorar o aniversário do garoto. Arthur começou nas categorias de base do Volta Redonda, chegou no Flamengo em 2017 e, no ano passado, esteve em um período de treinamentos com a seleção brasileira sub-15.

Athila Paixão

Sergipano de Lagarto, terra de Diego Costa, Athila foi revelado pela escolinha "Geração Futuro", a mesma onde o atacante do Atlético de Madrid e seleção espanhola começou no futebol. O garoto de 14 anos era atacante e estava no Flamengo desde abril de 2018, quando foi aprovado nos testes. Na Copa Zico de 2018, competição criada pelo ex-jogador para revelar novos talentos, ele se destacou ao marcar três gols.

Bernardo Pisetta

O goleiro de 14 anos nasceu em Indaial, Santa Catarina, passou pelo futsal do Guarani de Brusque e se destacou cedo jogando em Curitiba; primeiro pelo Trieste, equipe amadora da capital paranaense, e depois pelo Athletico Paranaense, onde foi campeão estadual e goleiro menos vazado do torneio em 2017. Bernardo chegou ao Flamengo em agosto de 2018.

Christian Esmério

Um dos goleiros mais promissores do futuro flamenguista, Christian tinha 15 anos e colecionava convocações para as categorias de base da seleção brasileira. Era o único dos falecidos presente nos últimos treinos da seleção sub-15, comandada pelo treinador Dudu Patetuci, em novembro do ano passado, logo após o Flamengo vencer o campeonato estadual da categoria. Christian também era observado por clubes europeus e foi destaque da Copa Nike sub-15 de 2018, quando defendeu um pênalti na semifinal contra o Grêmio e dois na final contra o São Paulo, ajudando seu clube a vencer o torneio.

Gedson Santos

Natural de Itararé, em São Paulo, Gedinho era o que estava há menos tempo na base flamenguista. Com 14 anos, o meia foi aprovado nos testes do clube neste ano e estava há dois dias no CT do Flamengo. Antes, ele jogou por dois anos na base do Athletico Paranaense e também do Trieste, de Curitiba.

Jorge Eduardo

Jorge era volante e nasceu no município de Além Paraíba, na fronteira de Minas Gerais com Rio de Janeiro. O atleta completaria 16 anos no próximo dia 14 de fevereiro. Morou dos 12, quando chegou no Flamengo, aos 14 anos na casa de amigos, no Rio de Janeiro, e se mudou para o Ninho do Urubu quando completou os 14 anos necessários para se alojar no CT. Ele era capitão da equipe campeã carioca sub-15 no último novembro.

Pablo Henrique

Pablo nasceu na cidade de Oliveira, Minas Gerais, a 150 quilômetros de Belo Horizonte. O zagueiro de 14 anos estava há seis meses do clube e é primo do também zagueiro Werley, jogador profissional do Vasco da Gama. Pablo teve passagens pela base do Atlético Mineiro e escolinha da Inter de Milão no Brasil. Ele jogava pelo Flamengo desde agosto de 2018.

Rykelmo Viana

Última vítima a ser confirmada pelo Corpo de Bombeiros, Rykelmo tinha 16 anos e era volante e capitão da equipe sub-17 do Flamengo. Natural de Limeira, São Paulo, ele chegou ao Flamengo depois de se destacar no campeonato paulista de 2016 pela Portuguesa Santista. Rykelmo faria 17 anos no próximo dia 26 de fevereiro e é o mais velho entre os dez falecidos.

Samuel Thomas Rosa

Lateral-direito natural de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, Samuel completaria 16 anos no dia 4 de abril. "Um clube como o Flamengo não pode colocar crianças pra dormir dentro de contêiner. Deveria ter um cuidado especial com os meninos. Essa tragédia poderia ter sido evitada", disse seu tio, Sebastião Rodrigues, em entrevista. Samuel estava no elenco campeão da Copa Nike e vice-campeão da Copa Votorantim, em janeiro de 2018.

Vitor Isaías

Camisa 9 do sub-15 do Flamengo, Vitor tinha 14 anos e nasceu em Florianópolis, Santa Catarina. O atacante começou no Figueirense e passou por Athletico Paranaense e Trieste, como Bernardo Pisetta e Gedson, antes de chegar ao Flamengo, em agosto de 2018. Conhecido como Vitinho, ele era agenciado pela empresa do ex-jogador rubro-negro, Sávio, que emitiu uma nota de pesar, na qual lamenta a tragédia ocorrida e o falecimento do seu atleta. "Aproveitamos também para informar que a empresa [Savio Soccer] está prestando todo o suporte necessário aos familiares".

Peter Crouch e suas enormes pernas...

Imagem: Rich Linley/CameraSport/Getty Images

Aprovada a construção do novo estádio da Roma...



450 milhões de euros custará o novo estádio da Roma...

Projeto foi aprovado por uma auditoria contratada pelo clube.

Fonte: Máquina do Esporte

sexta-feira, fevereiro 08, 2019

Que pena...

Arte: Fernando Amaral

Arte e Futebol...

Ilustração: Tomasz Usyk

Messi, o goleiro destaque do Palmeira de Goianinha na vitória por 2 a 1 sobre o Força e Luz...

Imagem: Andrei Torres

O goleiro destaque do Palmeira

Por PH Dias, do Universidade do Esporte

O jogo estava empatado.

Escanteio para o Força e Luz.

Bola na área, e Messi (foto da partida contra o ABC) desequilibra.

Sim, Messi...

Mas, o nosso Messi.

Na verdade, Jamerson Michel da Costa, o goleiro do Palmeira de Goianinha.

E como ele desequilibrou?

Com uma defesaça à queima roupa de um cabeceio feito pelo jogador do seu próprio clube, lembrando, um pouco, a defesa feita pelo lendário goleiro inglês Gordon Banks.

A partida foi válida pela quinta rodada do estadual, que tinha sido adiada, e aconteceu nesta quinta-feira (07), no Estádio Arena das Dunas.

Como o goleiro de 33 anos atuou...

Por três vezes salvou a equipe do interior do estado de um desastre.

Se não fosse seus milagres, o lanterna da competição iria conhecer, pela primeira vez, o gostinho da vitória, até desconhecido.

Estava tão inspirado que, caso Jamerson fosse um dos stormtrooper protegendo à máquina de guerra do Império, em Guerra nas estrelas - Uma Nova Esperança -, Luke Skywalker não iria conseguir dá o tiro que iria destruir a estrela da morte.

Se Lionel Messi é capaz de nos impressionar com suas jogadas geniais com os pés.

O nosso Messi, nascido de Goianinha, foi capaz de mostrar que também é possível ser genial com as mãos...

Ontem, mesmo distante do grande público e das luzes dos flashes da grande imprensa, Messi, o goleiro, foi fundamental na manutenção de um resultado, que para sua equipe significa estar distante da zona de rebaixamento.

Os dois gols que garantiram a vitória do Palmeira de Goianinha saíram dos pés de Romário e Eduardo, mas o placar final de 2 a 1, só foi possível graças a uma tarde em que Messi, o goleiro, foi com as mãos, o que Messi, o atacante, é com os pés.

Aquela seguradinha discreta...

Imagem: Jeff Holmes/PA

Pesquisador desmente mito de que Santos parou guerra na África há 50 anos...

Imagem: Autor Desconhecido

Pesquisador desmente mito de que Santos parou guerra na África há 50 anos

Tese de José Paulo Florenzano contesta versão santista que chegou a virar música da torcida

Alberto Nogueira, para a Folha de São Paulo

“O meu Santos é sensacional. Só o Santos parou a guerra…”, este trecho, de um cântico entoado por torcedores santistas durante as partidas da equipe, reverencia o episódio em que o clube teria sido motivo de um cessar-fogo durante um grande conflito na Nigéria, há 50 anos.

A versão hoje é contestada pelo pesquisador José Paulo Florenzano, 53, professor da Faculdade de Ciências Sociais da PUC-SP.

A controvérsia ganhou força com a reportagem especial da ESPN (em vídeo) "O Santos Parou uma Guerra", publicada no último dia 2 de fevereiro.

O time de Pelé e companhia excursionou pela África entre janeiro e fevereiro de 1969, época em que a Nigéria estava sob uma guerra civil.

O conflito começou após uma onda de violência entre diferentes etnias, que culminou na criação da república independente de Biafra, a região mais rica em jazidas de petróleo no território nigeriano, em maio de 1967.

Passar pelo país não estava no planejamento santista, mas, após dois amistosos no Congo, clube e jogadores foram convencidos a aceitar o convite do governo nigeriano.

O Santos enfrentou a seleção da Nigéria na cidade de Lagos, em 25 de janeiro de 1969.

A partida terminou empatada em 2 a 2, com dois gols de Pelé para o esquadrão brasileiro.

Dalí, a equipe partiu para o território que hoje é conhecido como Moçambique para outra apresentação, antes de retornar ao solo nigeriano para o confronto que seria lembrado até hoje pelo clube e seus torcedores.

No dia 4 de fevereiro de 1968, a equipe santista foi recebida sob muita festa da população da cidade de Benin, que, segundo estudos de Florenzano, já não estava mais sob controle das forças de Biafra.

"Quando Santos joga na cidade de Benin, o território de Biafra está reduzido a um quarto do que era originalmente quando declarou sua independência. Não tinha saída para o mar. Estava cercado territorialmente, com o espaço aéreo vigiado. Do outro lado do rio Níger, a mais de cem quilômetros de distância, nós temos a cidade de Benin. Não havia um exército disputando militarmente o controle daquela cidade”, conta o professor, que prepara um livro sobre a excursão do time pela África e lançou uma série de textos sobre o assunto no site acadêmico Ludopédio.

Florenzano reconhece que o Santos e Pelé eram muito festejados por onde passavam.

A prova disso está nos relatos de Gilberto Marques para o jornal A Tribuna.

Ele foi o único jornalista brasileiro a acompanhar a excursão da equipe.

Os estudos de Florenzano sobre o tema foram desenvolvidos ao longo de seu projeto de pós-doutorado para a USP.

Ele faz pesquisas sobre o tema há 10 anos.

Para o autor, o jogo entre Santos e a seleção do Estado do Centro Oeste, no estádio de Ogbe –vencido pelo time brasileiro por 2 a 1– foi usado como propaganda de guerra pelo governo militar nigeriano.

“Se você se perguntar, do ponto de vista do governo nigeriano, qual o interesse que ele teria de levar o Santos para uma cidade a qual ele não controla, que seria necessário ele negociar um cessar-fogo? Que tipo de mensagem isso passaria para a sociedade nigeriana e para o Mundo? Seria um contrassenso, um absurdo em termos de propaganda de guerra. Seria o mesmo que dizer que eles não tinham recuperado aquela região chave do conflito.”

O Santos era tido como trunfo do governo da Nigéria, segundo o professor, pois a opinião pública mundial estava contra a violência das tropas nigerianas no conflito.

Artistas como John Lennon e Jimi Hendrix, por exemplo, protestavam constantemente pelo fim dos confrontos.

Estima-se que a Guerra de Biafra, conflito que se estendeu até janeiro de 1970, provocou a morte de 2 milhões de pessoas.

A história de que o clube paulista teria parado uma guerra não estava nos relatos de Gilberto Marques para o jornal A Tribuna.

Segundo Florenzano, o primeiro registro na imprensa nacional veio em uma coluna de Armando Nogueira, em outubro de 1970, no Jornal do Brasil.

O jornalista conta que recebeu um recorte de um jornal dos EUA no qual diz que Pelé havia parado uma guerra.

“Provável primeira notícia sobre essa história veio depois do tricampeonato da seleção brasileira, em 1970, quando o Santos estava excursionando pelos EUA. Um intérprete da delegação santista teria dito a um repórter americano que o Pelé havia sido responsável por parar a Guerra de Biafra. O próprio Armando Nogueira, apesar de reconhecer a força do craque e da equipe alvinegra, na ocasião dá a informação como folclore, exagero”, diz.

Anos depois, a história foi sendo recontada por jornalistas e ex-jogadores, como o próprio Pelé, na maioria das vezes com imprecisões, com a mistura de fatos ocorridos no Congo, por exemplo, durante aquela mesma excursão.

“A imprensa chegou a noticiar anos depois que o Santos parou a guerra entre os Congos, algo que não existiu. Havia uma crise diplomática entre os países, mas nunca houve guerra entre os Congos”.

Ao menos, conta Florenzano, a equipe da Baixada Santista foi responsável pela negociação entre os dois Congos para que o time fizesse a travessia do rio entre os dois países, que estava proibida em razão do conflito diplomático.

Um fato relevante, proporcionado pelos santistas.

Não foi falta não... é brincadeira.

Imagem: James Marsh/BPI/Rex/Shutterstock

A primeira e a segunda divisão da Alemanha batem recorde histórico na primeira metade de temporada 2018/2019...

Imagem: Autor Desconhecido

Futebol alemão bate recorde de ingressos após meia temporada

Bundesliga e Bundesliga 2 continuam com grande apelo entre torcedores

Por Redação do Máquina do Esporte

A Bundesliga e a Bundesliga 2, as duas principais divisões do futebol alemão, bateram um recorde histórico na primeira metade da temporada 2018/2019.

Juntos, os 36 clubes que disputam os dois torneios venderam mais de 9,4 milhões de ingressos, um aumento de cerca de 220 mil, ou 2,4%, em relação à temporada passada, que era a recordista até então.

Como de costume, há uma correlação entre o desenvolvimento dos números individuais para as duas ligas e a mudança em sua composição como resultado do acesso e do rebaixamento.

O número médio de bilhetes vendidos por jogo da Bundesliga diminuiu moderadamente para 42.217 ingressos, 2,8% a menos que a temporada anterior.

Apesar disso, a Bundesliga segue como líder indiscutível entre as principais ligas da Europa.

Ao mesmo tempo, no entanto, a demanda na Bundesliga 2 aumentou significativamente em 15,9% na atual temporada, com 19.339 tíquetes vendidos por jogo.

O principal motivo foi a queda do Hamburgo, time que tem uma das maiores e mais fanáticas torcidas do país e que foi rebaixado pela primeira vez na história ao final da temporada 2017/2018.

De acordo com a imprensa alemã, os números mostram o quanto o futebol permanece com grande apelo entre os torcedores, mesmo após o fiasco da seleção do país na última Copa do Mundo, quando caiu ainda na primeira fase, com derrotas surpreendentes para México e Coreia do Sul.