Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quinta-feira, março 21, 2019
Os jogadores da seleção da Venezuela falam sobre a crise no país...
Imagem: Autor Desconhecido
A seleção da Venezuela vive dias
sonhos na Espanha...
Os jogadores da geração dourada,
como são conhecidos, estão reunidos a quase duas semanas para disputar dois
amistosos preparatórios para a Copa América, que começa em junho, no Brasil.
Além da boa apresentação no Brasil, eles esperam poder tornar
realidade o desejo de estar no Qatar em 2022...
Nada poderia ser melhor – a Venezuela pela primeira vez numa Copa do Mundo.
Porém, os atletas sabem que a sua
realidade não é a do povo venezuelano...
Distantes do sofrimento de sua
gente, que enfrenta um dos momentos mais duros de sua história, eles se preocupam com o futuro de sua gente.
A Venezuela vive um estado de
crise contínua...
Apagões, combates entre a
população e as forças de segurança, os saques a lojas e supermercados são
coisas que se pode presenciar em qualquer bairro.
Os jogadores da seleção, sofrem
com isso...
A distância de seus familiares e
amigos é angustiante.
“Nos afeta como a todos os venezuelanos esse momento difícil de nossa
história. Meu desejo é que tudo se resolva rápido. As pessoas estão sofrendo
muito”, comentou Tomás Rincón, jogador do Torino...
Josef Martínez, que disputa a MSL, disse: “A maioria dos jogadores da
seleção está fora do país, mas isso no quer dizer que não sintamos o que está acontecendo
em nossa pátria. Cada um de nós carrega o medo do que possa acontecer à sua família.
Vivemos num estado de angustia, sofremos muito com tudo isso.”
Apesar de o futebol não ser o
esporte principal na Venezuela, os atletas sabem que o bom momento que a
equipe está vivendo tornou a seleção um instrumento de união entre os venezuelanos...
“Cumprimos um papel importante
para o nosso país. Nossa gente merece o nosso esforço. Somos a esperança de
alguma alegria nesses dias tão sombrios”, argumentou Mikel Villanueva, jogador
do Club Gimnàstic de Tarragona, da Espanha.
Fernando Aristeguieta, jogador do
CD América da Colômbia, se mostra emocionado diante da ajuda dos colombianos aos
seus compatriotas, tanto por parte do governo como da sociedade...
“Toda vez que posso os agradeço.
Vejo como eles têm recebido os venezuelanos, e como procuram tornar a vida dos
que chegam a menos sofrida possível, a todos aqueles que fogem da penúria que
assola meu país... é algo que emociona”, assegurou.
Salomón Rondón (foto), que joga na Inglaterra declarou:“Como jogadores da seleção, temos a obrigação de alegrar o nosso país.”
quarta-feira, março 20, 2019
Jogue com os meninos até não poder mais...
Imagem: Autor Desconhecido
“Meu conselho para as garotas é
que joguem com os garotos até não poderem mais.”
Amanda Sampedro, 26 anos, meio-campista do Atlético de Madrid e da seleção da Espanha, em entrevista para a
jornalista Sara Carbonero do Deportes Quatro
Rinus Michels é escolhido pela France Futebol como o melhor técnico da história...
Imagem: Autor Desconhecido
Na segunda-feira (19), a revista France
Football divulgou uma lista com o nome daqueles que considera os melhores
técnicos da história do esporte...
Na lista com 50 nomes, consta
apenas um brasileiro.
Telê Santana.
O técnico que comandou a seleção
brasileira nas Copas do Mundo de 1982 e 1986, além do São Paulo nas conquistas
dos Mundiais Interclubes de 1992 e 1993 e o Atlético Mineiro no título
brasileiro de 1971, aparece no 35º lugar...
Para a revista o primeiro
colocado é o lendário treinador holandês Rinus Michels, que dirigiu o Ajax e o
Barcelona, e foi criador do que se convencionou chamar de “futebol total” no
fim dos anos 60 e início os anos 70.
Na sequência aparece o escocês
Sir Alex Fergusson, que conquistou 38 troféus durante os mais de 20 anos que
comandou o Manchester United, incluindo 13 títulos da Premier League.
Fechando o pódio, a France
Football colocou o italiano Arrigo Sacchi, técnico do Milan do final da década
de 1980 ao início de 1990, e da seleção italiana de 1994.
Abaixo a lista completa:
1. Rinus Michels (Holanda)
2. Alex Ferguson (Escócia)
3. Arrigo Sacchi (Itália)
4. Johan Cruyff (Holanda)
5. Pep Guardiola (Espanha)
6. Valeriy Lobanovskiy (Ucrânia)
7. Helenio Herrera
(França/Argentina)
8. Carlo Ancelotti (Itália)
9. Ernst Happel (Áustria)
10. Bill Shankly (Escócia)
11. Matt Busby (Escócia)
12. Giovanni Trapattoni (Itália)
13. José Mourinho (Portugal)
14. Miguel Muñoz (Espanha)
15. Brian Clough (Inglaterra)
16. Marcello Lippi (Itália)
17. Nereo Rocco (Itália)
18. Louis Van Gaal (Holanda)
19. Ottmar Hitzfeld (Alemanha)
20. Béla Guttmann (Hungria)
21. Fábio Capello (Itália)
22. Zinedine Zidane (França)
23. Viktor Maslov (Rússia)
24. Herbert Chapman (Inglaterra)
25. Jupp Heynckes (Alemanha)
26. Bob Paisley (Inglaterra)
27. Jürgen Klopp (Alemanha)
28. Albert Batteux (França)
29. Guus Hiddink (Holanda)
30. Udo Lattek (Alemanha)
31. Diego Simeone (Argentina)
32. Arséne Wenger (França)
33. Vicente Del Bosque (Espanha)
34. Jock Stein (Escócia)
35. Telê Santana (Brasil)
36. Vic Buckingham (Inglaterra)
37. Rafa Benítez (Espanha)
38. Hennes Weisweiler (Alemanha)
39. Bobby Robson (Inglaterra)
40. Dettmar Cramer (Alemanha)
41. Mircea Lucescu (Romênia)
42. Tomislav Ivic (Croácia)
43. Stefan Kovacs (Romênia)
44. Luís Aragonés (Espanha)
45. Frank Rijkaard (Holanda)
46. Otto Rehhagel (Alemanha)
47. Raymond Goethals (Bélgica)
48. Marcelo Bielsa (Argentina)
49. Antonio Conte (Itália)
50. Jean-Claude Suaudeau (França)
Jogador terá direito a ganhar percentual de sua transferência...
Fifa decide: jogador terá direito a ganhar percentual de sua
transferência
Por Rodrigo Mattos/UOL Esportes
Uma decisão da Fifa vai permitir
que os jogadores possam ganhar um percentual de suas transferências de um clube
para o outro.
Isso porque, na sexta-feira, foi
definido que os atletas poderão deter uma fatia dos seus direitos federativos,
pois não são consideradas terceira parte na negociação.
A medida será incluída em
modificação no regulamento da Fifa em julho e já movimenta o mercado de
negociações.
Desde 2015, a Fifa proibiu que
terceiros tivessem participação em direitos e, portanto, em transferências de
jogadores.
Assim, só clubes poderiam lucrar
com as negociações, o que excluía agentes, fundos e empresas.
Teoricamente, os atletas também
estavam vetados, mas havia uma dúvida sobre a legislação.
"Em junho de 2018, o Comitê Disciplinar da Fifa decidiu que os
jogadores não eram uma terceira parte e, portanto, poderiam ter um percentual
em um processo que envolveu clubes como o Colo-Colo, Panathinaikos, entre
outros. Mas continuava a haver uma desconfiança dos clubes. Agora, em Miami, o
departamento jurídico e de jogadores da Fifa confirmou essa decisão",
analisou o advogado Marcos Motta, que participa de comissões da Fifa.
A decisão foi anunciada pelo
direito legal da Fifa, Emílio Garcia, após reuniões da Fifa na cidade norte-americana:
"A partir de junho de 2019, os jogadores que se transferirem não
serão considerados terceira parte no contexto do artigo 18TER das regulações da
Fifa para Status e Transferências de jogadores. Mais mudanças legais em
breve", afirmou ele, no Twitter.
A tendência é uma alteração do
artigo 18TER no próximo regulamento.
Ainda não está clara se vai haver
uma limitação para o percentual que os jogadores poderão manter de seus
direitos econômicos.
A Fifa pode estabelecer, neste
regulamento de jogadores, que exista uma restrição.
"É importante dizer que o artigo 18BIS que proíbe que outras
partes tenham influência no clube continua em vigor. Assim, ninguém que detenha
percentuais sobre a negociação pode influenciar o clube", ressaltou
Motta.
A mudança deve gerar
significativo impacto no mercado.
A partir de agora, em qualquer
renovação de contratos, os jogadores poderão pedir como luvas um percentual
sobre seus direitos como faziam antes de 2015.
Além disso, haverá a
possibilidade de empresas e agentes fazerem acertos em contratos civis com os
jogadores em troca desses direitos.
Isso segue proibido pela Fifa,
mas um acordo entre o jogador e o agente pode ser mais fácil de esconder.
Endividado o Mogi-Mirim EC está fora de competições profissionais...
25 milhões de reais é a dívida do
Mogi Mirim, time do interior de SP, que neste ano não disputará nenhuma
competição profissional...
Fonte: Máquina do Esporte
Fonte: Máquina do Esporte
terça-feira, março 19, 2019
Chelsea rechaça proposta do Real Madrid por Hazard...
Imagem: Jornal Record
O The Sun informou que o Real
Madrid estava pronto par afazer ao Chelsea uma oferta por Hazard, no valor de
82 milhões de euros...
Quase que imediatamente o HLN (Het
Laatste Nieuws), jornal de língua holandesa localizado na Bélgica, afirmou que
a proposta foi rechaçada pelo clube londrino.
Estima-se na Espanha que o
Chelsea só aceitaria liberar o jogador por 100 ou 120 milhões de euros...
Acontece que o tempo joga a favor
do Real.
Como o contrato do jogador belga
termina no próximo ano, essa é a última chance, do Chelsea receber um valor considerável
pelo atleta...
Sem acordo, agora, o Real pode
negociar com Hazard em janeiro de 2020 com o jogador e incorporá-lo ao seu
elenco em junho do mesmo ano sem nenhum custo.
Zidane quer Mané no Real Madrid...
Imagem: Adam Davy/PA
O mais novo sonho de consumo de
Zinedine Zidane, no retorno ao Real Madrid, é Sadio Mané, atacante do
Liverpool...
Os jornais espanhóis contam o
treinador têm insistido que a contratação do senegalês nas reuniões com o
presidente Florentino Perez.
São Paulo FC... Anatomia de uma década em crise.
Imagem: Goal.com
Anatomia Tricolor de uma década em crise
O São Paulo já foi modelo de gestão, transformando eficiência
administrativa em títulos, hoje é engolido por uma crise sem precedentes que
faz o torcedor amargar sete anos sem taças e sofrer com incontáveis
eliminações.
Pedro Henrique Brandão Lopes
Os resultados adversos que
decretaram a precoce eliminação do São Paulo na fase pré grupos da Libertadores
da América, escancararam a crise que corrói a reputação de clube bem
administrado que começava vencer seus títulos nos bastidores e nas decisões de
seus dirigentes.
A derrota e o empate frente ao
Talleres, um modesto time da Argentina, são o retrato da fase que vive o São
Paulo: não consegue repetir bons momentos de outrora e sequer ser competitivo
nos campeonatos que disputa.
Afinal a Libertadores foi a
especialidade no Morumbi, quando em 13 anos o Tricolor faturou 3 taças.
Neste período, o São Paulo foi
responsável por criar nos times e torcedores brasileiros o sentimento de
importância e desejo pela competição continental e, para além disso, a
consciência de que era necessário se organizar financeira e administrativamente
para alcançar conquistas em campo.
O conceito de gestão Tricolor
virou modelo a ser implementado por todos os clubes que almejassem a grandeza
do Soberano.
Mas a política atrapalhou os
planos são-paulinos. Juvenal Juvêncio é figura central da desordem que se
abateu sobre o clube mais organizado do futebol brasileiro.
Porém o estopim para a crise que
se estende até hoje, atende pelo nome de Carlos Augusto de Barros e Silva, ou
simplesmente, o Leco.
Foi o então vice-presidente de
futebol que capitaneou o movimento pela demissão de Muricy Ramalho em junho de
2009.
Leco nunca gostou de Muricy e se
aproveitou da eliminação Tricolor para o Cruzeiro na Libertadores daquele ano,
para demitir o único técnico tricampeão brasileiro de maneira consecutiva.
A demissão de Muricy não era
absurda apenas por não levar em conta um aproveitamento do técnico no comando
do time de 63% dos pontos disputados, como também por ignorar a liderança que o
treinador exercia sobre o elenco que desde então não seria mais vista no CT da
Barra Funda.
Se em campo as coisas começaram
desandar com a saída de Muricy Ramalho, os fatores extracampo também não
ajudavam o São Paulo.
Quando o Brasil venceu a
concorrência e foi indicado como país sede da Copa do Mundo de 2014, era
praticamente garantida a participação do Morumbi como o estádio a sediar os
jogos do Mundial na maior cidade brasileira.
O que todos sabemos hoje, sequer
passava pela cabeça de Juvenal Juvêncio e a cúpula política do clube.
Um grande esquema de lobby que
envolveu o presidente da república, Lula, um corintiano declarado,
empreiteiras, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira que nunca teve boa relação
com o São Paulo e tão menos com Juvenal Juvêncio, e a diretoria do clube de
Parque São Jorge, viabilizou a construção do estádio corintiano em Itaquera e
frustrou os planos são-paulinos de sediar a Copa do Mundo em seu estádio.
O Morumbi, até então, o mais
importante estádio de São Paulo estava fora da lista de sedes da Copa do Mundo.
Foi uma surpresa, já que durante
décadas, Palmeiras e Corinthians foram obrigados a mandar seus jogos mais
importantes no Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi.
Casa são-paulina que sempre foi
motivo de orgulho do clube que fazia questão de propagandear o “maior estádio particular do mundo”.
Com as construções da Arena
Itaquera e Allianz Parque nos primeiros anos dos anos 2010, o Morumbi foi
relegado ao posto de terceiro estádio da capital paulista.
Pior ainda, hoje é taxado como
estádio ultrapassado e desconfortável.
Até o Pacaembu, com seus quase 80
anos e seu charme histórico, é mais atrativo que o Morumbi.
A desvalorização do Morumbi
resultou no enfraquecimento político e esportivo do clube.
Se já não era possível barganhar
datas com outros times e nem receber os aluguéis, cada vez mais caros cobrados
aos rivais que utilizavam o gramado Tricolor, a força política e até financeira
do São Paulo foi afetada.
Sem tantos atrativos no time e no
estádio a torcida também deixou de lotar o Morumbi, descaracterizando o famoso
“estádio caldeirão” que intimidava adversários e era arma fundamental nas
vitoriosas campanhas.
Com tantos problemas dentro e
fora das quatro linhas, o São Paulo caiu na armadilha da politicagem e fez o
que todo clube que passa por momentos difíceis faz: alterou o estatuto.
A mudança aconteceu no início de
2011 e foi aprovada para permitir o terceiro mandato presidencial, na prática,
a reeleição de Juvenal Juvêncio.
Um verdadeiro golpe, já que ao
final do terceiro mandato o lendário dirigente teria presidido o clube por
longos e dinásticos 10 anos.
Reconhecidamente, a alternância
no poder é um dos pilares de um regime democrático.
Juvenal Juvêncio com sua sanha
pelo poder acabou fazendo alianças nem tão boas para o clube para conseguir o
apoio para se manter no poder.
Para angariar o número necessário
de votos para alterar o estatuto, Juvenal retirou do limbo político do clube e
se aliou a Carlos Miguel Aidar, uma sinistra figura da política Tricolor e que,
desde um mandato como presidente do São Paulo no final dos anos 1980, estava
marginalizado da cúpula que dirigia o clube.
Claramente a estratégia era que
Juvenal fizesse seu último mandato como presidente e ao final passasse o bastão
para Aidar.
E assim se fez, em abril de 2014,
Carlos Miguel Aidar assumiu a presidência do São Paulo Futebol Clube para
enterrar qualquer possibilidade de recuperação administrativa e esportiva nos
próximos anos.
O modelo Aidar de governança foi
desastroso para o São Paulo tanto interna quanto externamente.
O sucessor e até então aliado de
Juvenal, simplesmente demitiu todo o staff da presidência que era ligado ao
ex-presidente.
O destino de Juvenal foi ainda
mais cruel, enviado para gerenciar o CT e as categorias de base em Cotia, quase
um gulag para afastar o ex-aliado do convívio do clube.
‘Tudo o que está ruim pode
piorar’ e com Aidar na presidência o ruim é péssimo e o pior é o caos total.
Apenas 5 meses depois de isolar
Juvenal em Cotia, Aidar demitiu o histórico dirigente e declarou guerra a todos
que ainda fossem aliados de JJ.
Uma caça às bruxas aconteceu no
Morumbi e vários dirigentes foram demitidos ou se demitiram.
A máquina de polêmicas também
atirava para fora do clube.
Não contente em impossibilitar
uma relação amistosa com a oposição e declarar guerra à situação, Aidar ainda
tinha tempo para ridicularizar rivais às custas de negócios antiéticos e
desvantajosos para o próprio clube.
Quando o Napoli mostrou interesse
em contratar Paulo Henrique Ganso, em 2014, Aidar respondeu:
“esse negócio não será feito nem com todo o dinheiro da máfia italiana.
Não somos mafiosos”.
Fez pior ainda em relação ao
Palmeiras.
Em abril de 2014, convocou uma
coletiva de imprensa para anunciar a contratação de Alan Kardec, principal
jogador alviverde no momento e que foi aliciado por intermediários de Aidar
mesmo com contrato vigente com o Palmeiras.
Era uma estratégia para fazer o
clube parecer mais estruturado e com mais condições do que realmente tinha.
O clássico beber água e arrotar
champagne.
Além da contratação ter sido
feita de maneira bastante antiética, Carlos Miguel Aidar contrariou a
orientação de sua própria assessoria de imprensa para aparecer em público com
um cacho de bananas verdes e proferir a seguinte frase:
“A manifestação do presidente Paulo Nobre chega a ser patética. Demonstra,
infelizmente, o atual tamanho da Sociedade Esportiva Palmeiras, que, ano após
ano, se apequena com manifestações dessa natureza”.
Paulo Nobre, então presidente
palmeirense, rompeu relações com o São Paulo.
Os outros clubes não fizeram
declarações oficialmente, mas a frase de Aidar causou tal desconforto entre os
dirigentes brasileiros que acabou por isolar o São Paulo.
Isolado Aidar teve tempo e
ferramentas suficientes para depredar o patrimônio e a imagem do clube.
Episódios como a própria filha
indicada a chefe da assessoria de imprensa do clube; a quebra de contrato com a
Puma e a assinatura com a Under Armour pagando uma comissão de 15% a um
emissário chamado ‘Jack’ que nunca apareceu; o site de buscas e compras
gerenciado por Douglas Schwartzmann e que nunca saiu do papel, a procuração
dada à Cinira Maturana, namorada de Aidar, para representar o São Paulo em
negociações como a frustrada venda de Rodrigo Caio ao Valencia.
Por fim o caso que derrubou Aidar
em 2015. A equipe de olheiros do São Paulo monitorava o zagueiro Iago Maidana
há meses, o valor estimado era de R$ 400 mil, mas o zagueiro foi comprado junto
ao Monte Cristo de Goiás por R$ 2 milhões, apenas duas semanas depois de ter
sido vendido ao clube goiano que pertence a empresários.
O caso desencadeou uma
investigação da CBF e o São Paulo poderia ser até rebaixado e proibido de
contratar por 2 anos, mas acabou apenas pagando uma multa de R$ 100 mil.
Ataíde Gil Guerreiro chegou a
agredir fisicamente Carlos Miguel Aidar após uma discussão no restaurante de um
hotel paulistano.
O clima na diretoria são-paulina
era insustentável.
Aidar não suportou a pressão pelo
envolvimento de sua namorada no escândalo e consequentemente seu próprio
envolvimento.
Renunciou ao cargo em 13 de
outubro de 2015, deixando para trás um caótico cenário político, um desmembrado
setor administrativo e o pior, o catastrófico Carlos Augusto de Barros e Silva,
o Leco, na presidência.
Durante o período de transição
Juvenal entre Juvêncio e Carlos Miguel Aidar, as coisas dentro do gramado
acompanharam o mesmo ritmo dos bastidores do Morumbi.
Exceção feita ao segundo semestre
de 2012, quando o São Paulo conquistou a Copa Sul-Americana vencendo um
adversário que abandonou o jogo no intervalo.
Antes e depois do raro título
Tricolor nos últimos 10 anos, o planejamento herdava os erros dos cartolas que
brincavam com a política do clube.
O erro mais persistente estava na
escolha do treinador.
Começando com Leão, passando por
Muricy Ramalho, Edgardo Bauza, Ney Franco, Juan Carlos Osório, entre outros,
até chegar a Diego Aguirre, o planejamento ou não considerou o perfil do grupo
ou não chegou ao final pelos mais diferentes motivos.
Foram 15 treinadores em 16 trocas
desde a demissão de Muricy há dez anos.
Nem Rogério Ceni, ídolo máximo do
clube, resistiu ao turbulento ambiente Tricolor e foi demitido após 37 partidas
com 49,5% de aproveitamento.
A falta de estabilidade não é
privilégio do banco de reservas, na diretoria de futebol também aconteceram
muitas trocas com perfis completamente diferentes.
Do mais estudioso, jovial e com
estilo de gestão amparado no conhecimento, passando pelo tradicional boleiro,
até aquele pragmático que acredita na repetição do trabalho da última campanha
de sucesso para resolver qualquer problema.
São treze profissionais em dez
anos, o que rende menos de um ano de trabalho na média para cada.
Um verdadeiro triturador de
cartolas que esmagou nomes como: Marco Aurélio Cunha (duas vezes), João Paulo
de Jesus Lopes, Adalberto Baptista, Gustavo Oliveira (duas passagens), Ataíde
Gil Guerreiro, José Eduardo Chimello, Luiz Cunha, José Jacobsen Neto, José
Alexandre Médicis, Vinicius Pinotti, Ricardo Rocha e, os atuais, Raí e
Alexandre Pássaro.
Em 2018, o planejamento que
previa um novo comando no departamento de futebol com o resgate de
personalidades identificadas com o clube, Raí e Ricardo Rocha assumiram o
comando do futebol Tricolor, contratações de peso e a manutenção do treinador,
indicava um novo rumo.
Mesmo com a inevitável demissão
de Dorival Júnior em março, a contratação de Diego Aguirre foi o indicador de
um caminho mais organizado na temporada 2018.
Aguirre além de ter sido
companheiro de time de Raí e Ricardo Rocha, tinha sua filosofia de futebol
compatível a dos atuais dirigentes.
Com as chegadas de Diego Souza,
Nenê e Éverton, jogadores disputados no mercado, Aguirre conseguiu dar padrão
de jogo ao time e no Brasileirão engrenou boa campanha chegando à liderança do
campeonato.
O que poderia ter sido um alívio
para o torcedor que sofreu tantas temporadas fracassadas, acabou gerando a
falsa expectativa de ser campeão brasileiro e a consequente pressão sobre o
elenco que não tinha efetivas condições de vencer o campeonato, mas fazia uma
boa campanha.
Na metade final do segundo turno
o desempenho caiu muito e o São Paulo, que já não era líder, estacionou na
quinta posição e ficou ameaçado de não conseguir a vaga direta na Libertadores.
Ao invés de respeitar o
planejamento de continuidade anunciado na apresentação de Aguirre, a diretoria
resolveu da forma mais simples, demitiu o treinador.
Pior do que demitir um técnico a
cinco jogos do fim do campeonato foi confirmar André Jardine no cargo para a
próxima temporada.
Um técnico sem experiência e que
faz o São Paulo ter o péssimo saldo de ter três treinadores em apenas uma
temporada.
Mesmo assim a receita foi
repetida para 2019 e os cofres tricolores foram abertos para tirar o atacante
Pablo do Athlético Paranaense por R$26 milhões.
Porém com a eliminação precoce
frente ao modesto Talleres mais uma reviravolta mexeu as peças do tabuleiro
são-paulino.
Jardine foi enviado de volta às
categorias de base. Vágner Mancini, que havia sido contratado para gerenciar o
futebol do clube, foi promovido ao cargo de treinador do time profissional e
Cuca foi contratado para assumir apenas em maio, quando estará recuperado de
recente cirurgia no coração.
Uma bagunça!
Neste confuso cenário, algumas
contratações mostram insegurança como o goleiro Thiago Volpi e a campanha no
Campeonato Paulista é frustrante com derrotas e empates contra times do
interior, além de não vencer nenhum clássico, chaga à última rodada da primeira
fase ameaçado de não se classificar às quartas de final.
A afirmação de Carlos Miguel
Aidar, há cinco anos, sobre “o apequenamento do Palmeiras”, hoje se volta
contra o Tricolor que tem justamente no Palmeiras seu principal algoz dos
últimos anos, sofrendo incontáveis goleadas do rival e sendo o único dos
grandes paulistas que nunca venceu no Allianz Parque.
Parece que a torcida entendeu que
o problema não está apenas em campo e desistiu de vaiar ou protestar somente
contra o time.
Ao final do Choque-Rei deste
sábado, 16, os pouco mais de 17 mil presentes no Pacaembu gritaram contra Leco
após mais uma derrota em clássico.
Se a classificação à segunda fase
do Paulistão realmente não acontecer, cresce o risco de mais uma temporada em
crise e sem títulos.
Pelos erros da última temporada
repetidos no início desta, a crise Tricolor tem tudo para durar mais tempo e
talvez exija deste blog um novo capítulo sobre o declínio do clube.
O tempo dirá até onde vai a queda
Tricolor e se uma possível queda à segunda divisão pode ser o antídoto contra o
mal que consome de dentro para fora o São Paulo Futebol Clube.
O número de pessoas estiveram presentes ao GP da Austrália de Fórmula 1 foi 10% maior que em 2018...
Imagem: Globoesporte.com
324 mil pessoas recebeu o GP da
Austrália de Fórmula 1 durante quatro dias de evento...
Foram 10% a mais do que em 2018.
Fonte: Máquina do Esporte
segunda-feira, março 18, 2019
Atlético de Madrid 0x2 Barcelona foi o jogo com mais público da história do futebol de clubes femininos, com 60.739 pessoas presentes os Estádio Wanda Metropolitano...
Atlético de Madrid 0x2 Barcelona foi o jogo com mais público da história do futebol de clubes femininos, com 60.739 pessoas no Estádio Wanda Metropolitano, em Madrid...
A vitória de 2 a 0 aproximou o Barcelona do Atlético.
Líder da Liga, a equipe de Madrid, soma 66 pontos...
O Barcelona é o segundo colocado com 63 pontos, enquanto o Levante, com 51 pontos ocupa a terceira colocação.
As equipes campeã e vice garantem vaga na Champions League Feminina...
Torneio que nunca teve um time espanhol como vencedor.
Campeonato Potiguar... ABC vence com dificuldade o Santa Cruz por 1 a 0.
Imagem: Rafael Reis
O ABC passou pelo Santa Cruz com
um gol marcado por Neto aos 4 minutos do primeiro tempo...
Depois, mais nada, a não ser o de
sempre.
Perdeu gols e viu seu adversário
perder gols...
Na verdade, de proveitoso,
somente os três pontos, que apesar de pouco provável, dão ainda alguma
esperança ao alvinegro de disputar o título do segundo turno.
Já o Santa Cruz, precisa vencer,
em casa o Potiguar de Mossoró para se livrar definitivamente do risco de cair
para a segunda divisão...
Caso perca ou mesmo empate, vai
ter que torcer por tropeços do Força e Luz e do ASSU.
Campeonato Potiguar... O Potiguar de Mossoró derrota o Globo por 2 a 1 e está briga pelo segundo turno.
Em Mossoró, o Potiguar derrotou o
Globo por 2 a 1...
Jefinho, marcou os dois gols dos
mossoroenses.
A vitória deixa o Potiguar bem próximo
da final do returno, enquanto o Globo, para estar na final, precisa derrotar o
Palmeira na última rodada e torcer contra o América e o Potiguar...
Lembrando que América e Potiguar
ainda disputam dois jogos, enquanto o Globo, só mais um.
Campeonato Potiguar... ASSU derrota o Palmeira e ainda sonha com a permanência na primeira divisão.
O ASSU que vinha de derrota para
o Santa Cruz, seu concorrente direto na luta pela
permanência na primeira divisão, por 3 a 0, ontem, recebeu o Palmeira de
Goianinha, no Estádio Edgarzão e venceu por 3 a 1...
Não fosse o péssimo resultado da rodada
passada, o ASSU poderia estar comemorando praticamente a manutenção de seu time
na elite do futebol potiguar.
Apesar disso, o ASSU ainda tem dois
jogos para disputar...
O problema é que as duas partidas
que faltam para a equipe de açuense, são contra o ABC e o América.
Já o Palmeira, encerra sua
participação enfrentando em Ceará-Mirim, o Globo...
Ser perder, fica na expectativa
dos resultados de Força e Luz, ASSU e Santa Cruz, qualquer outro resultado,
escapa.
domingo, março 17, 2019
O cinquentenário do gol mais bizarro da história do Maracanã...
Imagem: Autor Desconhecido
O cinquentenário do gol mais bizarro
da história do Maracanã...
Valdir Appel, o goleiro do Vasco da Gama, na tarde de 16 de março de 1969
16 de março de 1969
O dia amanheceu, no Hotel das
Paineiras.
O sol se infiltrou entre os blackouts
da janela do meu quarto, no segundo andar.
Três batidas fortes na porta
convidaram a mim e ao meu colega Nado a abandonar as cobertas, esticar o
esqueleto e pular de nossas camas.
Ali, pertinho do Corcovado, o
frio inibia o desejo de levantar de qualquer um, e somente depois da higiene
matinal nós nos animávamos a seguir em passos lentos para o salão onde nos
aguardava um café fumegante acompanhado de saborosos produtos coloniais.
Pura rotina de concentração.
O prazo para fazer o desjejum
terminava às 8h30min.
Depois, quem quisesse podia
voltar pra cama.
E era o que a maioria fazia.
Eu preferi ler o jornal e
prosseguir na leitura de um romance, que já estava pela metade.
Pra variar, o livro já estava com
três orelhas, providenciadas pelo Acelino, que passou a marcar deliberadamente tudo
o que eu lia, a partir do dia que eu expliquei o motivo do uso do marcador de
páginas.
O almoço foi o feijão com arroz
de sempre: muita salada de tomate, bife grelhado, purê de batata, água mineral
e uma gelatina de sobremesa para rebater.
Depois de um breve footing, nos
arredores do hotel para fazer a digestão, o técnico Pinga pediu que todos
descessem com as suas bagagens, às 13h30min.
Na sala de reuniões, fez uma
breve preleção sobre o comportamento tático que o time iria adotar.
Deixou claro que nos vestiários
daria os detalhes individuais.
Nosso ônibus iniciou o lento
processo de descida das Paineiras em direção ao Maracanã.
O agito de bandeiras carregadas
por alegres torcedores vestindo a camisa do Vasco, descendo dos trens da
Central, dos ônibus, misturando-se aos pedestres, faziam prever um grande
público para o clássico contra o Bangu.
Estávamos rodeados por dezenas de
fiéis torcedores cruzmaltinos que acenavam sorridentes, batendo nas laterais do
ônibus, desejando boa sorte.
Nos vestiários, a preleção, o
aquecimento, a oração.
Eu estava tranquilo.
Vivia o meu melhor momento em São
Januário.
A camisa número um era minha.
O meu mundo era perfeito.
Era o que eu imaginava.
Subimos para o gramado.
Estouro de fogos de artifício!
Gritos de casaca:
“Vaaascoo! Vaaascooo!”.
A massa vascaína tomava conta
praticamente de todo o estádio, contrapondo-se a pequena torcida do Bangu.
O jogo foi equilibrado até os 19
minutos, quando o goleiro Devito cometeu duas falhas consecutivas.
Na primeira atrapalhou-se num
cruzamento do nosso ponta direita Nado, largando a bola nos pés de Adilson que
não perdoou.
1 a 0.
Logo em seguida cometeu um
pênalti desnecessário.
Pênalti mal cobrado por Buglê que
conseguiu a proeza de mandar a bola quase nas arquibancadas do Maracanã.
O jogo estava difícil, bem
disputado, e eu fazendo boas defesas e transmitindo confiança ao time.
Aos 44 minutos da primeira etapa,
o centroavante adversário Dé dominou uma bola de costas para a minha baliza,
entre a marca do pênalti e arisca da grande área; girou o corpo e desferiu um
sem-pulo espetacular no meu canto baixo, à direita.
Realizo um salto perfeito e
encaixo firme a pelota!
Deu pra ouvir o comentário
zangado do Dé:
“Filho da puta! Como é que pega uma bola dessas?!”.
Um longo aplauso veio das
arquibancadas.
Ergui-me do gramado, com a bola
nas mãos.
Observei a saída da zaga e as
colocações de Eberval e Silvinho, pelo setor esquerdo da minha área.
O primeiro tempo estava para
acabar, e decidi repor a bola nos pés do Silvinho.
O braço fez a alavanca e a bola
saiu forte de minhas mãos.
Perdi o equilíbrio: as pontas dos
meus dedos tocaram de leve a bola, que mudou sua trajetória, indo chocar-se com
força no meio do poste esquerdo do meu arco, morrendo no fundo das redes.
Apoiado em um dos joelhos, me
senti impotente, com vontade de sair correndo pra buscar a bola, fazer voltar o
lance, apagá-lo da minha mente!
Silêncio total no maior estádio
do mundo...
Eu me senti profundamente
envergonhado.
Mesmo quando Mário do Bangu e meus
companheiros foram me consolar.
Arnaldo César encerrou o primeiro
tempo sem sequer dar nova saída de bola.
Preparei-me para iniciar o que
seria a maior travessia do Maracanã.
Estava no gol, à direita da
tribuna de honra, e meu vestiário estava do lado esquerdo.
Antes mesmo de chegar à linha da
grande área, um batalhão de repórteres, empunhando seus microfones, já me
cercava, perguntando:
“O que é que houve?”.
Minha resposta saiu rápida e
definitiva, detendo outras perguntas:
“Um acidente de trabalho!”.
Continuei em frente.
Aplausos tímidos da minha torcida
tentavam me consolar; os colegas faziam o mesmo.
Fiquei entorpecido.
Minha cabeça não parava de pensar
nas consequências que poderiam advir daquele gol absurdo.
Tinha que reagir ou poderia ser crucificado.
Cheguei próximo ao banco de
reservas.
Pinga, Evaristo Macedo, doutor
Arnaldo Santiago e Carlos Alberto Parreira me aguardavam.
Apressaram minha descida para o
vestiário.
“Espero que ninguém esteja pensando em me sacar por falta de condições
psicológicas”, disparei.
Pinga respondeu tranquilo...
“Apenas desça, pra evitar maiores assédios”.
Nos vestiários, Parreira – que
também era o treinador de goleiros, tomou uma providência importante: pediu que
eu fosse me refrescar, trocasse a camisa, e o acompanhasse.
Enquanto os demais jogadores
relaxavam em suas cadeiras e ouviam novas orientações do treinador, passei o
intervalo inteiro batendo bola com Parreira.
Desta forma, ele tentava impedir
que eu parasse pra pensar no desagradável episódio.
Como se isso fosse possível!
Na volta pro segundo tempo, Alcir
me perguntou se eu estava tão tranquilo quanto aparentava.
Respondi que estava bem e que
iríamos ganhar o jogo.
Dentro do túnel, uma surpresa: o
repórter volante de uma emissora de rádio me perguntou:
“Valdir, você vai voltar?”.
“Não! É sua mãe que vai pro gol, seu filho da puta!”.
Já no gramado, outro repórter me
abordou.
Colocou um fone de ouvidos em mim
e me botou em contato com o goleiro Barbosa, que estava nas tribunas.
Barbosa tentou me incentivar,
dizendo que eu levantasse a cabeça, e que com ele havia sido pior – uma falha
havia custado ao Brasil o título da Copa de 1950.
Agradeci ao grande goleiro.
Se bem que a última coisa em que
eu estava interessado naquele momento eram comparações.
Minha preocupação era fechar o
gol e não permitir suspeitas sobre o meu equilíbrio emocional.
Eu sabia que um segundo tempo
ruim poderia significar o fim da minha carreira.
Joguei bem, mas o placar
permaneceu igual.
Nos vestiários, tive que dar mil
entrevistas, repetindo sempre como a bola me escapara das mãos ao
arremessá-la...
À noite eu estava parcialmente
refeito.
Pesava um pouco o fato de o Vasco
ter perdido um ponto – e por causa daquele gol.
Mais tarde participei como
convidado de um programa de TV.
Ao lado de locutores e
comentaristas tive a oportunidade de ver o vídeo tape do gol várias vezes.
Senti-me pior do que no campo.
Em casa, mal consegui dormir
lembrando das palavras confortantes do Barbosa ainda nos vestiários:
O importante no frango é
sobreviver a ele.
Eu sabia que a partir daquele dia
eu estaria tentando sobreviver ao pior gol da minha vida.
O gol de Max na sequencia do fotógrafo Rafael Reis do Universidade do Esporte...
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Imagem: Rafael Reis/Universidade do Esporte
Campeonato Potiguar: América vence o Força Luz e lidera o segundo turno...
A vitória por 2 a 0 coloca o América na ponta da tabela da Copa Rio Grande do Norte, pomposo apelido do segundo turno do campeonato potiguar...
Porém, a pergunta é: foi um bom jogo?
Não!
O América não passou susto diante do Força e Luz, mas certamente preocupou sua torcida com a enorme dificuldade que teve para romper a defesa do fraquíssimo adversário...
Foram necessários 80 minutos para encontrar uma brecha e marcar o primeiro gol.
É bom que fique claro, que não é o estadual que dá calafrios...
Mas, sim, possibilidade de passar mais um ano na Série D.
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