domingo, fevereiro 03, 2013

Bahia 0x3 ABC...



Não vi o primeiro tempo...

Vi o segundo.

O ABC me surpreendeu...

Jogou de forma impecável.

Marcou com precisão, fez a bola rolar com qualidade e não deu ao Bahia nenhuma chance de esboçar qualquer reação.

Vencedor do primeiro tempo com um gol de Junior Xuxa aos 38 minutos, na segunda etapa o ABC foi o dono do campo, da bola e do jogo...

Aos 23 minutos, Raul tocou com precisão a bola para Wanderley que em posição irregular, tocou para Rodrigo Silva marcar.

Dominado e sem forças o Bahia caiu no desanimo, sentiu as vais da torcida e apelou...

Honestamente, por que um jogador como Souza ainda tem mercado e espaço?

É agressivo, covarde e um caneleiro da melhor qualidade.

Enfim, o Bahia mereceu tomar o terceiro gol marcado por Wanderley aos 41 minutos do segundo tempo, depois de receber uma perfeita assistência de Alexandre.

A goleada foi justa e deixa o ABC novamente no páreo para buscar sua classificação.

Viu Fernando Amaral?

Milagres acontecem!

1963... Um tempo onde as imagens eram quase sempre em preto e branco.

Imagem: Imago

Copa do Nordeste: América 0x1 ASA...



É fato e óbvio, que nada é concreto enquanto estiver no campo dos desejos e sonhos...

Num piscar de olhos, desejos encontram obstáculos e sonhos se esfumaçam.

No entanto, desejos e sonhos são vitais, tão vitais quanto respirar.

O América ontem viu seu desejo esbarrar num obstáculo para muitos, inesperado...

Viu seu sonho se transformar em apreensão...

E, se agarra agora na esperança.

A derrota para o ASA de Arapiraca em Goianinha, sua casa provisória, mas aconchegante, foi o ponto máximo de uma semana sombria e desastrosa.

Primeiro a derrota para o Salgueiro, equipe que nem de longe é tão melhor assim que a equipe rubra.

Depois, o assalto a sede do clube que abalou seriamente o econômico e o psicológico.

E por fim, um gol de Osmar aos 29 minutos do primeiro tempo que não pode ser recuperado e que deixou a antes quase certa classificação para a segunda fase da Copa do Nordeste, pendurada num fino e frágil fio.

Jogar mal ou bem, não tem importância nenhuma no frigir dos ovos, futebol é jogo, jogado por homens e homens, por melhores que sejam não conseguem ser perfeitos ou quase, o tempo todo.

Porém, fica naqueles de bom senso a sensação de que nestes dias, o “destino” foi por demais cruel com o América.






sábado, fevereiro 02, 2013

Chegou atrasado...

Imagem: AFP/Andrew Yates

Governador do Distrito Federal tira dinheiro da saúde para aplicar no estádio da Copa...



Por José Cruz.

O governador Agnelo Queiroz abriu crédito suplementar de R$ 100 milhões para injetar nas obras do estádio Mané Garrincha. 

O dinheiro foi destinado à Novacap, empresa do Distrito Federal responsável pela construção.

A medida está no decreto 34.132/2013, publicado na edição de quinta-feira do Diário Oficial do Distrito Federal.

Transferência

Ao abrir crédito, o governador precisou tirar dinheiro de outros investimentos públicos, como R$ 258 mil para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), R$ 11 milhões para obras do Veículo Leve sobre Pneus, R$ 4,1 milhões de terminais rodoviários e R$ 5,2 milhões do Pró-Moradia, além de outros programas prejudicados.

“E não só a saúde está sendo prejudicada com esta medida. As vias do DF estão cheias de buracos e agora com menos recursos. Até dinheiro de creche foi encaminhado para a construção do estádio”, criticou a deputada distrital Eliana Pedrosa, PSB, em sua página na internet.

Transparência

A falta de transparência nas despesas com a obra do Estádio de Brasília impede saber os motivos da abertura desse crédito, pois a informação oficial é de que não seria usado o orçamento do DF para o estádio.

Conforme discurso do próprio governador Agnelo, o GDF venderia terras públicas no Distrito Federal para cobrir os gastos do novo espaço esportivo, que terá capacidade para 71 mil pessoas.

O orçamento inicial do Mané Garrincha foi de R$ 688 milhões. 

Mas, segundo o Tribunal de Contas do Distrito Federal o monumento chegará a R$ 1,2 bilhão.

O Governo do Distrito Federal até hoje não divulgou quais terrenos já foram vendidos, quanto essas operações renderam e qual o valor já transferido para as obras do estádio.



sexta-feira, fevereiro 01, 2013

Seattle Sounders... ás margens da ferrovia.

Imagem: Worl Soccer

A falácia do patrocínio da Caixa Econômica aos clubes de futebol...



Esse velho Brasil com suas manobras, sempre me constrange...

O melhor ou o mais interessante é que quem devia zelar pela boa informação e por alertar a população, aplaude primeiro por não saber e depois, insiste no aplauso por não ter o mínimo discernimento para poder diferenciar o que é uma concorrência justa e leal de uma simples manobra.

Falo sobre o tão propalado “patrocínio” da Caixa Econômica Federal aos clubes de futebol...

“Patrocínio” que, aliás, foi cobrado pela nossa imprensa cuja pena em alguns casos está muito mais voltada em escrever para a plateia do que cumprir papel precípuo de bem informar.

Assim que se soube por aqui que a Caixa havia fechado alguns “patrocínios” com clubes de outros estados, a gritaria foi geral...

E nós?

Vamos ficar de fora?

Onde está nossa bancada no Congresso que não se manifesta?

Tudo muito emocional, tudo muito voltado para buscar o aplauso de dirigentes e torcedores...

Nenhuma pesquisa, nenhuma checagem, nada...

Só arroubos...

“Patriotas” ofendidos por ter um órgão do governo federal preterido nosso torrão e nossos clubes.

Pedir a ação de parlamentares junto a órgãos federais em busca de dinheiro público para clubes de futebol, não me parece ser dever de jornalista, radialista ou blogueiro diletante ou “profissional”...

Sou vascaíno e sempre achei o “patrocínio” da Eletrobrás ao Vasco algo absurdo e sem sentido...

Patrocinar o Vasco levaria os vascaínos a consumir mais energia?

A Eletrobrás tem algum concorrente no ramo para precisar investir em publicidade na camisa de um clube de futebol?

Claro que não...

O tal “patrocínio” era, é e vai continuar sendo politicagem pura e simples com o seu, com o meu e com o nosso dinheiro.

Mesmo que no papel exista uma contrapartida social como o projeto “Mão na Massa”, que qualifica mulheres para o trabalho na construção civil e que será um dos beneficiados com o aporte de recursos do Vasco. 

Mesmo que o Vaco afirme que pretende utilizar o investimento para incentivar ações que promovam a inclusão social de crianças e adolescentes por meio do esporte.

Na prática é tudo conversa fiada, pois o Vasco com a maioria absoluta dos clubes não cumprem nem os acordos que são obrigados a fazer com a Receita Federal e o INSS, imagine só, se vão oferecer de fato alguma contrapartida.

Pois bem, voltemos a Caixa...

Não existe patrocínio nenhum...

O que existe é escambo...

Para que os clubes de uma determinada cidade recebam uns trocados, o município tem que transferir sua conta para a Caixa...

Isto é, se a prefeitura de Pindorama tiver suas contas atreladas a qualquer outro banco, não rola o “patrocínio”...

É faca no peito e ponto final.

Se a prefeitura topar, a Caixa dá 3 milhões para um e 3 milhões para outro e leva bilhões...

Negócio da China não acham?

Claro que é...

O triste é que algo assim é vendido para os torcedores como algo fantástico, sensacional...

Com se a Caixa considerasse que seus lucros vão subir enormemente por sua marca estar estampada na camisa do Pindorama FC e do CA Pindorama.

Vão subir sim, mas não por causa das camisas.

Tomara que antes embarcar nessa onda, o prefeito de Pindorama verifique se os interesses de muitos não serão prejudicados pelos interesses de alguns.


Este foi o time do RC Celta de Vigo que venceu o Barcelona pela primeira vez...

Imagem: Mundo Deportivo/Bert

O Fenômeno e o Falcão...



O Fenômeno e o Falcão.

Por Juca Kfouri.

Que Ronaldo, embora aparentemente disposto a virar pauteiro, não entenda qual seja a função da imprensa é compreensível.

Ele prefere que não se publique que a Copa do Mundo, prometida como a Copa do capital privado, se transformou na Copa do dinheiro público, inclusive, e principalmente, na construção dos 12 estádios que a sediarão.

Dos 12!

O Fenômeno quer também que não se noticie que boa parte do legado previsto em infraestrutura e mobilidade urbana já foi cancelada.

Certamente deseja, ainda, que os relatórios do TCU permaneçam em sigilo.

Difícil mesmo é explicar por que o deputado Rui Falcão, presidente do PT, bate na mesma tecla, ao dizer que as denúncias da imprensa contra a classe política nos aproxima, como país, do nazismo.

Ele não pensava assim quando os jornais denunciavam outros partidos no poder e Lula dizia que havia 300 picaretas no Congresso Nacional.

Porque Falcão é também jornalista, e até dirigiu, entre 1977, em plena ditadura, e 1988, a redação da revista “Exame”, baluarte do capitalismo.

Que há muito a se discutir sobre o papel da imprensa no Brasil democratizado está mais que óbvio.

Mas, devagar com andor.

Porque se pimenta nos olhos dos outros é refresco, imprensa é oposição.

O resto é armazém de secos e molhados, como ensinou Millôr Fernandes.

Do blog:

O que me deixa embasbacado é o deputado petista, um jornalista, não ter a menor ideia de que na Alemanha Nacional Socialista assim como na Rússia Soviética não existisse imprensa contra...

O Völkischer Beobachter, o Der Stürmer, o Illustrierter Beobachter, o Berliner Arbeiterzeitung, entre outros, na Alemanha, serviam ao partido…

Na URSS, o Pravda, o Izvéstia, o Trud, o Komsomolskaia Pravda, o Krasnaya Zvyezda, entre tantos outros, eram subservientes ao PCU e ponto final.

Não havia denuncias, havia bajulação.

Mas, pensando bem, Rui Falcão, não é ignorante, é só cínico.