Imagem: World Soccer
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
domingo, junho 22, 2014
Portugal arranca empate diante dos Estados Unidos e ainda respira...
Portugal cheio de desfalques e sem muita inspiração...
Cristiano Ronaldo, solitário e isolado, tentando salvar as
aparências.
Estados Unidos, voluntarioso como sempre, porém, diferente
do time que jogou contra Gana...
Mais ousado, mais para frente.
Portugueses e americanos alternaram bons momentos...
No primeiro tempo Portugal aproveitou uma falha da defesa americana
e do seu goleiro para marcar...
Teve outra chance, perdeu.
Na segunda etapa, os Estados Unidos foram para frente...
E viraram o jogo.
Mas, como é de praxe no futebol, abandonaram o ataque e recuaram para
chamar Portugal e tentar viver do contra-ataque...
Tola decisão.
Os portugueses estavam tontos, mas não nocauteados...
Foi aí, então que Cristiano Ronaldo jogou como Cristiano Ronaldo.
Ronaldo pegou a bola na direita, partiu em velocidade e com precisão
milimétrica colocou a bola na cabeça de Varela que decretou o 2 a 2.
Castigo mais que merecido para os americanos...
Quem mandou não aproveitar o desequilíbrio dos portugueses e
levá-los de vez ao chão?
Argélia goleia a Coréia por 4 a 2 e sonha com a classificação...
Argélia e Coréia do Sul fizeram
um primeiro tempo interessante...
Do ponte de vista do inusitado, é claro.
A Coréia corria, tocava, mas
chutar ao gol que é bom, necas...
Nenhum chutinho.
Já a Argélia, mais técnica, mais
objetiva...
Chutou...
Resultado?
Marcou três golzinhos.
Na segunda etapa, a Coréia
descobriu que só marca, quem chuta...
Chutou e fez dois, poderia ter
feito três, mas havia um argelino entre a bola e as redes.
Ficou por aí a reação coreana...
A Argélia, melhor, marcou o
quarto gol e continua de olho nas oitavas de final.
A Bélgica venceu a Rússia por 1 a 0, mas não mereceu...
Vi três jogos da Bélgica nas eliminatórias...
Gostei, mas não me empolguei.
Levando em consideração a história dos belgas no futebol,
essa seleção é sim, muito boa, mas ainda não é nem a metade do que foi a seleção de
1986...
Aquele time era mais criativo, mas técnico e mais rápido...
A Bélgica de 2014, é rápida, mas é burocrática, nada criativa
e seu único jogador capaz de desequilibrar, é o Hazard...
Aliás, como de fato, desequilibrou hoje, contra a Rússia.
Fora Hazard, o goleiro Courtois, é da escola de Pfaff e Preud’Homme...
Mas, não é nenhum deles.
Mertens e De Bruyne, são bons jogadores e Lukaku é oportunista e, mais nada além disso...
Os demais, seguem o mesmo padrão do futebol belga –
burocráticos.
Portanto, não me decepcionou a Bélgica...
Apostei que eles passariam, mas não aposto que façam algo diferente.
A Rússia, não é uma equipe ruim, mas já não é mais a URSS...
Hoje os russos já não podem contar com os ucranianos e os
filhos das nações que conseguiram se libertar do jugo do imperialismo, primeiro
do Tzar e, depois, dos soviéticos.
O futebol russo ainda tateia em busca de uma identidade
puramente russa...
São rápidos, são lutadores e continuam bons marcadores, mas
lhes falta o tempero dos 34 ucranianos, 14 georgianos, 4 bielorrussos, 2
armênios e 1 letão, que serviram a URSS.
Hoje, os russos mereceram muito mais a vitória, mas como
disse acima, Hazard, desequilibrou.
Narrador argentino entra em parafuso depois do gol do Messi...
Essa eu devo ao jornalista, Aílton Medeiros... Postou em seu Facebook e me alertou.
É hilário...
Sensacional.
O narrador argentino, perde a compostura depois do gol de Messi e desanda a dizer um monte bobagens...
Mas, é algo que precisa ser ouvido e depois curtido com muito bom humor.
O futebol é uma fábrica de dementes...
Alguns, ridículos e patéticos e outros simplesmente adoráveis. Esse narrador argentino, é a soma dos três.
Nigéria vence a Bósnia-Herzegovina por 1 a 0 e elimina a equipe dos balcãs...
A Bósnia-Herzegovina, tentou...
Mas não foi capaz de se livrar da
pressão da Nigéria e nem tão pouco da sua própria incompetência...
Bem, mas é preciso registrar que
o árbitro foi na onda o auxiliar e impediu a Bósnia de sair na frente, quando
marcou um impedimento inexistente de Djeko.
Apesar das reclamações, justas
por sinal, o resultado foi justo.
A Nigéria brigou mais, correu
mais e mostrou uma técnica bem superior...
Os Bósnios lutaram.
A Nigéria, peca apenas pelo
excesso de firulas na hora do último passe...
Mas, jogam um futebol agradável
de ver e são incansáveis.
sábado, junho 21, 2014
Gana joga muito e o "velho" Klose, garante o empate para os alemães...
Dizer que a Alemanha se poupou no
primeiro tempo em função do calor é tentar desmerecer Gana...
A Alemanha não encontrou espaço
por que não havia espaço para ser encontrado.
Os ganeses se armaram para não
deixar brechas, furos, buracos.
No entanto, não ficaram colados
no seu campo defensivo...
Sem a bola, marcaram os alemães
sob pressão...
Com a bola partiram sem medo para
cima e criaram muitas oportunidades.
A equipe alemã, se surpreendeu
com a forma de jogar e sofreu com a forma física dos ganeses, mas se assustou
com a raça e a vontade de seus adversários.
Foi um primeiro tempo corrido
quando a bola estava com os africanos e lento, muito lento quando os alemães a
tinham.
No segundo tempo, os alemães
encontraram um espaço logo no início e marcaram...
São mortais quando o espaço
aparece.
Mas, Gana não tremeu, não
murchou...
Foi a luta e empatou.
Empatou e virou, esteve muito
perto de liquidar o jogo...
Não o fez por que o egoísmo
prevaleceu na hora em que a generosidade deveria estar presente.
Löw, não sei, mas creio que deve
encerrar seu ciclo no comando da seleção alemã...
Sua tentativa de copiar a invenção
de Guardiola e manter Lahm no meio campo, aleija o lado direito alemão, diminui
a utilidade de Boateng e o time perde força.
Kehdira não é mal jogador, mas
demorou a sair - não estava bem.
Schweinsteiger, fora de forma, é
mil vezes melhor, ouvi ou li alguém dizer ou escrever em algum lugar e,
concordo.
Miroslav Klose, veterano ou “velho”
como querem alguns, joga em qualquer ataque que deseja fazer gols.
No mais, achei o placar
injusto...
Gana fez tudo para vencer, jogou
para vencer, se arriscou em nome da vitória e, por isso, merecia ter vencido.
Quanto aos alemães, se os
conheço, aprenderam e isso, é péssimo para seus próximos adversários.
Lionel Messi vence o Irã por 1 a 0...
Para começar, deixemos de lado o primeiro tempo...
Não foi jogo, foi treino.
Treino ruim para os argentinos, mas muito útil para os
iranianos...
Como assim, útil?
Serviu para observar e constatar que o bicho era grande, mas
não estava lá muito feroz.
No segundo tempo, virou jogo...
Continuou ruim para os argentinos, porém, para o iranianos,
se tornou possível...
E por pouco não foi.
O Irã esteve muito mais perto...
Duas ou três oportunidades claras, claríssimas surgiram...
Infelizmente, para eles, desperdiçadas.
Sabella, técnico da Argentina precisava mudar e mudou...
Retirou dois ótimos atacantes que costumam jogar mais próximos do
gol e colocou dois homens de movimentação...
Melhorou.
Carlos Queiroz, técnico do Irã, também mudou, mas mudou buscando dar ainda mais
força a sua estratégia de manter a porta fechada...
Perdeu a saída rápida e a velocidade do contra-ataque.
Errou?
Não.
Estava pertinho do fim e nada levava a crer que apesar de
mais insinuante, a Argentina conseguiria furar o forte bloqueio...
Nada, não fosse um detalhe...
Lionel Messi...
Que uns e outros, costumam desqualificar, não por não
conhecerem futebol, mas sim, por se deixarem levar por emoções patrióticas
miúdas.
Aos 46 minutos, uma bola no pé, pouco espaço para penetrar e
uma brecha...
Era o que Messi tinha e era tudo que um grande jogador como
ele, precisava...
Caminhou, cortou para dentro e bateu...
O final da história todos sabemos...
Inclusive os detratores de Messi.
sexta-feira, junho 20, 2014
Equador venceu Honduras por 2 a 1...
Equador e Honduras seria aquele
jogo que todo mundo escolheria não ver...
Bobagem.
Copa do Mundo não tem jogo que
não deva ser visto...
Penso assim e explico:
A Copa é um raro momento onde
diante dos olhos desfilam escolas diferentes e estilos diversos...
Não necessariamente, essas escolas
e estilos vão agradar...
Porém, não creio, devam ser
desprezados.
Diversidade, acrescenta...
Aprende-se muito, não só sobre o
jogo, mas também, sobre as pessoas e seu modo de vida.
Quem aceitou o desafio de ir ver
o duelo entre sul-americanos e centro-americanos, sem ter nascido em nenhuma
das duas nações, viu que a vitória do Equador sobre Honduras não aconteceu em
virtude de uma brutal diferença técnica...
Os equatorianos são melhores, mas
somente uns três ou cinco passos à frente de seus adversários...
Não mais que isso.
Entretanto, quem foi a Arena da
Baixada, pode observar empenho, luta, vontade...
Sejamos honestos...
Coisa rara no nosso futebol de
todo santo dia.
Nem o Equador e nem Honduras
ficaram trancadinhos à espera de um falha...
Partiram para buscar o resultado.
Perderam caminhões de gols por
serem deficientes nas conclusões, mas não permitiram que a atenção de quem os
via jogar se desviasse por muito tempo.
O resultado foi justo...
Merecido...
Conquistado graças aqueles três ou
cinco passos que colocam os equatorianos à frente dos hondurenhos.
França 5 a 2... Allez Les Bleus.
Salvador...
Arena Fonte Nova...
Palco das goleadas.
Holandeses, alemães e franceses,
entraram no espírito dos baianos...
Gol é festa, a Bahia é festeira e
festiva, portanto, bola nas redes.
Mas por falar nisso...
A França pouco despertou atenção,
não é mesmo?
Franck Ribéry, o mais conhecido e
respeitado, não veio e, Benzema, por aqui, nunca foi levado a sério...
Deveria.
Já fez cinco gols, mas foi
subtraído em dois...
Um, a FIFA deu para o goleiro...
O outro, o mais bonito, não se
confirmou por causa da pressa do árbitro em voltar para hotel.
Mas o que importa mesmo é que
França chegou, chegando...
Fez três no hondurenhos, poderia
ter feito mais.
Nos suíços, foram cinco...
Seriam seis se Benzema não
tivesse perdido um pênalti e sete se o árbitro não fizesse o que fez.
Se esse time francês não chamou a
atenção antes, deveria agora...
Deixar para depois, pode não ser
uma boa ideia.
Já a Suíça, sem o tradicional
cadeado no portão, desabou...
Mas deve passar...
Não pelos méritos que afirmavam
ter, mas pela falta de méritos de Honduras seu próximo adversário...
Ah, nem o mais otimista dos
equatorianos, espera uma vitória sobre a França, mas vai torcer desesperadamente.
Que rica lição nos deu a Costa Rica... nos italianos, também.
Imagem: Blog do Juca Kfouri
O bom e velho futebol...
Mas, não se enganem, o futebol tem lógica sim, sempre
teve...
O que o faz sensacional é que nele, moram o imprevisível o
imponderável.
E como ficam felizes esses dois, quando cruzam com a
arrogância e a petulância de quem sabe que existe lógica no jogo onde a bola
passa de pé em pé...
É aí que o imprevisível e o imponderável aparecem e mudam o
texto já pronto a espera apenas do apito final.
Costa Rica...
Antes a “coitada” jogada na jaula dos leões...
A equipe que tinha dia e hora para voltar.
Não era isso que todos nós dizíamos?
Era sim...
Exatamente isso, sem tirar e nem por.
Pois os ricos costa-riquenhos, mudaram as previsões,
reescrevem os textos de todas as redações e vão fazer analistas suarem para
desdizer o que antes era verdade absoluta...
Enfim, os antecipadores de plantão.
Esses desconhecidos centro-americanos, esmagaram os bravos
uruguaios...
Foram imprevisíveis.
Depois, mantiveram os italianos em banho-maria e os cozinharam
até ficarem “al dente...”
Impuseram o imponderável.
Duas partidas contra dois campeões do mundo...
Ambos batidos...
Abatidos sem dó ou piedade.
A Costa Rica jogou seu jogo, não tremeu ou temeu, não quis
parecer com ninguém...
Se tudo era contra eles e se todos afirmavam que eles nada
representavam...
Porque então se fechar?
Azar de uruguaios e italianos...
E que os próximos adversários, os mirem com respeito.
Japão e Grécia correm muito, mas não balançam as redes...
Não foi um zero a zero chato...
Não mesmo.
Foi corrido, divertido...
Sobrou toque de bola, mas faltou objetividade e
principalmente qualidade individual.
Perder boas chances foi a tônica dos japoneses...
Se defender e tentar espetar num
contra-ataque, a dos gregos.
No final, o de sempre...
Japoneses aguerridos e disciplinados, mas ainda aprendendo a
jogar e os gregos, repetindo o que
historicamente sempre fizeram – jogando para
não perder.
Quem gostou foi a Colômbia...
Que se juntou as chilenos e holandeses nas oitavas de final.
Uruguai vence a Inglaterra por 2 a 1... A mística da celeste é imensa.
Que grande partida fizeram os uruguaios e os ingleses...
Que grande azar, eles e os italianos terem caído no mesmo
grupo.
Pelo que vi até aqui, nenhum deles deveria ir mais cedo
para casa.
No primeiro tempo o jogo foi eletrizante...
Rápido como todo jogo deveria ser...
Há tempos não via uma partida tão disputada como a de ontem.
Mas, me permitam dividir minhas impressões:
Começo com os ingleses...
Não são frios como aparentam...
Não mesmo.
O que eles são, é objetivos e fleumáticos...
A fleuma os mantém calmos diante da adversidade e focados
no objetivo final...
Claro que nem sempre dá certo, mas eles, os ingleses, são
assim.
Ninguém pode negar que lutaram até o fim...
Jamais deram ao Uruguai a sensação de poder relaxar.
Os ingleses aos poucos vão superando a velha forma de
jogar...
Continuam bons defensores, mas seus zagueiros já não dão
chutão...
Aprenderam a sair jogando.
Seus meio campistas, apuraram a técnica...
Os atacantes passaram a se movimentar, a buscar o jogo e a
jogar individualmente...
Deixaram de ser postes presos na grande área à espera de uma
bola cruzada.
A abertura de suas fronteiras para o mundo começa a dar
resultado.
Quanto ao Uruguai, eu poderia resumir com poucas palavras o
jogo de hoje...
Taticamente foram medrosos, mas que alma fantástica eles
têm.
Esses uruguaios são diferentes...
Não se parecem em nada com seus vizinhos...
São guerreiros gigantescos.
A pequenina nação dos uruguaios, vista de longe é insossa,
pacifica e inofensiva...
Porém, basta se aproximar para perceber que não...
Eles têm uma alma inquieta, um coração que não pulsa, mas salta
dentro do peito...
São vibrantes, intensos e mortalmente empenhados em lutar.
Precisavam vencer...
Então, foram para o campo decididos a vencer.
Passaram a maior parte do jogo pressionados, encurralados,
mas rechaçaram vigorosamente cada investida do adversário...
Nenhum deles estava interessado em fazer bonito...
Estavam interessados em fazer o que tinha que ser feito.
Como guerreiros conscientes, esperaram o erro...
Quando o adversário errou, se ergueram e foram à luta.
Venceram.
A pequena nação dos uruguaios é diminuta em tamanho, mas
gigante em homens...
No futebol escreveram sua história com uma garra que duvido
encontremos outra igual.
Não sei o que vai acontecer daqui para frente...
Mas sei que o que vi na tarde de ontem, me balançou e me fez
pensar...
Porque não?
quinta-feira, junho 19, 2014
Colômbia vence a Costa do Marfim por 2 a 1...
Que grata surpresa a Colômbia...
Aliás, não há como negar que a maioria dos jogos tem sido
bem interessantes.
Mas voltando ao assunto:
O jogo entre Colômbia e Costa do Marfim foi bom de ver...
Equilibrado e como todo jogo assim, ganhou quem errou menos.
Os marfineses, jogam um futebol bonito e solto, mas pecam na
concentração, na precisão dos passes e disciplina tática...
Mas ninguém pode dizer que lhes falta empenho e vontade de
vencer...
Não faltou vontade a nenhum dos dois.
Os últimos minutos foram de muita luta e aflição para quem
escolheu um lado para torcer.
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