Que grande partida fizeram os uruguaios e os ingleses...
Que grande azar, eles e os italianos terem caído no mesmo
grupo.
Pelo que vi até aqui, nenhum deles deveria ir mais cedo
para casa.
No primeiro tempo o jogo foi eletrizante...
Rápido como todo jogo deveria ser...
Há tempos não via uma partida tão disputada como a de ontem.
Mas, me permitam dividir minhas impressões:
Começo com os ingleses...
Não são frios como aparentam...
Não mesmo.
O que eles são, é objetivos e fleumáticos...
A fleuma os mantém calmos diante da adversidade e focados
no objetivo final...
Claro que nem sempre dá certo, mas eles, os ingleses, são
assim.
Ninguém pode negar que lutaram até o fim...
Jamais deram ao Uruguai a sensação de poder relaxar.
Os ingleses aos poucos vão superando a velha forma de
jogar...
Continuam bons defensores, mas seus zagueiros já não dão
chutão...
Aprenderam a sair jogando.
Seus meio campistas, apuraram a técnica...
Os atacantes passaram a se movimentar, a buscar o jogo e a
jogar individualmente...
Deixaram de ser postes presos na grande área à espera de uma
bola cruzada.
A abertura de suas fronteiras para o mundo começa a dar
resultado.
Quanto ao Uruguai, eu poderia resumir com poucas palavras o
jogo de hoje...
Taticamente foram medrosos, mas que alma fantástica eles
têm.
Esses uruguaios são diferentes...
Não se parecem em nada com seus vizinhos...
São guerreiros gigantescos.
A pequenina nação dos uruguaios, vista de longe é insossa,
pacifica e inofensiva...
Porém, basta se aproximar para perceber que não...
Eles têm uma alma inquieta, um coração que não pulsa, mas salta
dentro do peito...
São vibrantes, intensos e mortalmente empenhados em lutar.
Precisavam vencer...
Então, foram para o campo decididos a vencer.
Passaram a maior parte do jogo pressionados, encurralados,
mas rechaçaram vigorosamente cada investida do adversário...
Nenhum deles estava interessado em fazer bonito...
Estavam interessados em fazer o que tinha que ser feito.
Como guerreiros conscientes, esperaram o erro...
Quando o adversário errou, se ergueram e foram à luta.
Venceram.
A pequena nação dos uruguaios é diminuta em tamanho, mas
gigante em homens...
No futebol escreveram sua história com uma garra que duvido
encontremos outra igual.
Não sei o que vai acontecer daqui para frente...
Mas sei que o que vi na tarde de ontem, me balançou e me fez
pensar...
Porque não?
Um comentário:
É como disse o comentarista do Esporte Interativo, Vitor Sérgio, se teve uma demonstração de amor a camisa e ao seu país nessa copa, Luis Suárez e Álvaro Pereira são a prova verdadeira disso.
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