Imagem: Olivier Morin/AFP
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
domingo, março 05, 2017
sábado, março 04, 2017
Os clubes da Espanha e os brindes que oferecem aos árbitros...
Imagem: Autor Desconhecido
Os brindes que os clubes espanhóis oferecem aos árbitros são uma
atitude correta?
Por Oscar Cowley Forner
A polêmica surgiu no jogo do
último domingo (26), disputado entre o Villarreal e o Real Madrid, quando o
time da capital saiu vencedor por 2 a 3 com ajuda da arbitragem no lance do
pênalti de Bruno.
Dez minutos após o primeiro gol
do real (e começo da virada), o juiz da partida, Gil Manzano, apontou para a
marca do pênalti quando o zagueiro Víctor Ruíz tentou tirar a bola da área
dando um chute que bateu tanto no peito como no braço (de forma acidental) do
meia Bruno.
Se a bola bateu na mão, o que não
ficou completamente claro, o juiz não deveria ter dado pênalti uma vez que o
mesmo só pode ser apitado havendo intenção do jogador colocar a mão na bola.
Na saída do estádio, o presidente
do Villarreal, Fernando Roig, notavelmente chateado com o desempenho arbitral
na partida concedeu uma entrevista para a rádio do jornal MARCA na qual
questionou a saída de Gil Manzano e seus auxiliares com bolsas do Real Madrid.
"Gil Manzano e seus assistentes saíram dos com bolsas do Real
Madrid. Isso não está correto, acredito eu", comentou.
Ainda mostrou indignação com o
pênalti que qualificou como um "rebote",
que facilitou a remontada do rival.
O mesmo jornal divulgou uma lista
nestes dias com os presentes habituais dos clubes da primeira divisão espanhola
aos árbitros.
O dato curioso é que apenas 3
clubes entregam presentes quando jogam em casa e fora (o normal é apenas o
clube de casa presentear os árbitros), sendo eles o Real Madrid, o Barcelona e
o Espanyol.
Clubes, exceto o Espanyol,
conhecidos historicamente pelos favorecimentos arbitrais.
É correto presentear os juízes ao
final das partidas?
Isso pode influenciar o
desempenho arbitral?
Deve existir um limite no valor
dos presentes?
De fato, é uma questão
complicada.
Sabemos que este ano, mais do que
nunca, a arbitragem espanhola vem sofrendo duras críticas por parte de todos os
clubes do campeonato.
Times como o Real Betis, Málaga e
Osasuña chegaram a fazer campanhas e reclamações diretamente com a federação
espanhola de futebol pedindo sanções mais duras aos árbitros pelos erros
cometidos durante os jogos.
Até mesmo o Barcelona já fez
diversas acusações (as vezes com razão, outras nem tanto) contra os árbitros,
como no caso do gol fantasma no jogo contra o Betis.
Ainda assim, fica difícil
questionar a integridade de um juiz profissional por conta de brindes com valor
médio de aproximadamente 50 euros.
Porém, um campeonato que possui
uma das piores e mais criticadas arbitragens da Europa não se pode dar o luxo
de permitir que os clubes entreguem qualquer tipo de presente que possa
estimular, quem sabe, um possível favorecimento dentro de campo.
Le Monde denúncia propina na escolha do Rio de Janeiro como sede olímpica...
Imagem: Autor Desconhecido
França investiga suposto esquema de propina na escolha do Rio como sede
olímpica
Diário francês ‘Le Monde’ aponta que empresário brasileiro, amigo do
ex-governador Cabral, pagou propina a filho de membro do COI
Maria Martin, do Rio de Janeiro para o El País
O Ministério Público Financeiro
da França está colocando em dúvida a legalidade do processo que levou a Rio de
Janeiro a se tornar sede dos Jogos Olímpicos no ano passado.
Segundo o jornal Le Monde, há
“provas concretas” de que aquela eleição, celebrada em 2 de outubro de 2009,
não foi jogo limpo e que dinheiro de propina poderia ter sido usado para
influenciar os votos que acabaram descartando as concorrentes Tóquio, Chicago e
Madri.
Os investigadores franceses
afirmam que, três dias antes da escolha do Rio, o empresário brasileiro Arthur
Cesar de Menezes Soares Filho pagou 1,5 milhões de dólares (4,8 milhões de
reais) ao filho de Lamine Diack, então presidente da Associação Internacional
das Federações de Atletismo (IAAF, nas suas siglas em inglês) e membro
influente do Comitê Olímpico Internacional, órgão responsável pela eleição da
cidade-sede.
Arthur Soares, apelidado de “Rei
Arthur” pelo seu poderio nos negócios e capacidade para captar concessões
públicas, é amigo do ex-governador do Rio Sergio Cabral, preso desde novembro
acusado de corrupção e lavagem de dinheiro, e uma das autoridades que comemorou
em Copenhague a vitória do Rio como anfitriã.
O Rei Arthur, na mira da mesma
operação que prendeu Cabral, era visto como o maior fornecedor de mão de obra
terceirizada para o governo fluminense, ao receber quase três bilhões em
contratos durante o Governo Cabral (2007-2014).
A operação, revelada graças a
documentos facilitados pelo fisco norte-americano, foi feita através de
empresas dos interessados.
Segundo Le Monde, o dinheiro saiu
de uma conta da Matlock Capital Group, um holding de Arthur Soares baseado nas
Ilhas Virgens britânicas, e foi transferido para a Pamodzi Consulting, uma
companhia fundada por Papa Massata, filho de Lamine Diack, em Dakar, no
Senegal.
Papa Massata Diack, sempre
segundo Le Monde, recebeu ainda, no mesmo período, mais 500.000 dólares da
Matlock Capital Group em uma outra conta da Rússia.
Foi o escândalo de dopagem do
atletismo russo, investigado originalmente por Mônaco, sede da IAAF, em
colaboração com a França, que levou os investigadores a toparem com atividades
que consideraram suspeitas ligadas a escolha do Rio.
Papa Massata, que já foi
consultor de marketing da IAAF e mora no Senegal, é alvo de uma ordem de busca
emitida pela Interpol e foi afastado de maneira permanente do mundo do
atletismo por suspeitas de corrupção e chantagem no escândalo de doping russo.
O pai, Lamine Diack, está sob
custódia na França acusado de corrupção e lavagem de dinheiro no mesmo caso que
investiga a existência de um esquema de propinas para ocultar o sistema de
dopagem institucionalizado de atletas na Rússia.
Perguntado pelo diário francês
sobre as acusações, Papa Massata limitou-se a dizer:
“Boa sorte com a matéria!”.
Mario Andrada, porta-voz do
Comitê Rio2106, afirmou que a eleição foi limpa:
“Rio ganhou por 66 contra 32 votos, a vitória foi clara”.
Um segundo membro do COI estaria,
segundo Le Monde, envolvido no suposto esquema de compra de votos.
Conforme revelam os documentos do
fisco norte-americano, Papa Massata Diack transferiu, através da sua empresa e
no dia da eleição do Rio como sede, 299.300 dólares a uma companhia chamada
Yemli Limited.
A empresa, baseada no paraíso
fiscal das ilhas Seychelles, está associada a Frankie Fredericks, ex-atleta
namibiano, auditor dos votos da escolha da sede e presidente da comissão que
avaliará a escolha da sede olímpica de 2024.
Nesta sexta-feira, o COI afirmou
que pedirá às autoridades francesas informações mais detalhadas sobre a denúncia
feita pelo diário francês.
“Continuamos totalmente comprometidos em esclarecer essa situação,
trabalhando em cooperação com o procurador”, disse em um comunicado o
porta-voz da entidade, Mark Adams.
“Essa cooperação já levou ao fato de que Lamine Diack, que foi membro
honorário do COI, não tenha mais qualquer função dentro da entidade desde
novembro de 2015”, completou Adams.
O COI defendeu a inocência do seu
outro colaborador.
“De acordo com Fredericks, o suposto pagamento foi feito pela Pamodzi
Sports Consulting, administrada por Papa Massata Diack e em conexão com a
promoção, desenvolvimento de propriedades esportivas relacionadas com o
programa de marketing da IAAF”, disse a entidade em um comunicado.
“O COI confia no fato de que Fredericks apresentará todos os elementos
para provar sua inocência contra essas alegações feitas pelo Le Monde”.
Highbury 1950... fotos históricas sobre futebol.
Se você, assim como eu, gosta de
fotos sobre futebol, vai gostar de navegar pelo link acima...
Abaixo a discrição que Leandro
Stein, do site Trivela fez sobre a coleção de imagens que mostram o futebol do
ontem e de hoje:
O usuário do Reddit, Adrian5156, reuniu mais de 350 fotos históricas
sobre o futebol...
Primeiro, apresenta as 20 que considera mais significativas.
Depois, traz uma enxurrada de capturas para sempre, divididas por
épocas...
Dos primórdios do futebol ao ultramoderno.
Dos resquícios da Revolução Industrial à era da pós-verdade...
De câmeras fotográficas primitivas à última geração tecnológica.
Pepe Guardiola...
Imagem: Autor Desconhecido
“Se não houvesse tido tão boas equipes não teria conquistados tantos
títulos”.
Pepe Guardiola, ciente da importância
de ter grandes jogadores à sua disposição...
Diferente de alguns treinadores
que costumam imaginar que sem eles ninguém venceria nada.
Aqui no Rio Grande do Norte, já
passaram vários que se imaginam os caras...
Alguns, amados por membros da
imprensa que conseguem ver neles virtudes, mesmo quando são demitidos por falta
de resultados convincentes.
sexta-feira, março 03, 2017
Chapecoense vai levar 26 horas para chegar a Maracaibo, na Venezuela...
A Chapecoense estreia na Copa
Libertadores da América no dia 7 de março, na cidade venezuelana de Maracaibo,
onde enfrentará o Zulia...
Esta será a primeira partida da
equipe catarinense fora do país depois do trágico acidente em que faleceram 71
pessoas, entre elas 19 jogadores do clube.
Na época, a Chapecoense, assim
como fazia a maioria dos clubes e das seleções sul-americanas, alugou um voo
charter da empresa boliviana LaMia para chegar até Medellín, na Colômbia, onde
enfrentaria o Atlético Nacional na partida de ida pela final da Copa
Sul-Americana...
Desta vez, a Chapecoense voará em uma rota comercial regular
até a Venezuela.
Porém, será uma aventura...
A partir da primeira decolagem, em Chapecó, até o pouso final,
em Maracaibo, terão transcorrido 26 horas.
Um verdadeiro disparate levando-se em conta que a distância
entre ambas as cidades é de apenas 6.500 quilômetros...
Tudo começa com a decolagem no aeroporto Serafin Enoos
Bertaso, às 20h30 do sábado, em Chapecó.
Após pernoite em São Paulo, a Chapecoense decola na manhã de
domingo para a Cidade do Panamá e de lá seguem para Maracaibo, com chegada
prevista para 22h30 horas (hora local).
Fundador da torcida Mancha Verde - Mancha Alviverde - é assassinado....
Imagem: Autor Desconhecido
Moacir Bianchi morreu assassinado
na madrugada desta quinta-feira...
Bianchi era um dos fundadores da torcida
Mancha Verde, hoje, Mancha Alviverde.
A Polícia Civil encontrou 16
balas no local do crime, e a vítima com 22 ferimentos espalhados por cabeça,
tronco e membros do corpo...
Segundo a polícia dois carros,
ainda não identificados, são suspeitos de cercarem o automóvel de Bianchi
momentos antes do crime.
O delegado Nilton Montoro,
responsável pelas investigações disse que ainda é cedo para se ter qualquer
ideia do que motivou o crime...
"Ainda não temos um perfil de investigação. Pode ser vingança de
algo na vida pessoal ou até ligado à torcida, nesta linha de Carnaval, da
Mancha Verde. Pela proximidade do evento, pode ter causado alguma divergência
interna, ainda não sabemos ao certo".
Diante da trágica notícia, a
Mancha Alviverde, a principal torcida organizada do Palmeiras, anunciou o
encerramento de suas atividades por tempo indeterminado...
"Moacir fez da Mancha Verde sua vida... Informamos também que em
meio a diversos problemas que a torcida vem passando, e em cima dessa notícia
de uma morte que deixou todos nós da torcida completamente abalados,
comunicamos a todos os associados que a torcida Mancha Alviverde após 34 anos
de fundação está encerrando suas atividades por tempo indeterminado".
quinta-feira, março 02, 2017
Ônibus do Borussia Dortmund atola na porta do estádio...
Imagem: BVB Dortmund
Um fazendeiro salvou o dia do
Dortmund, desatolando o ônibus do time a caminho de jogo
Por: Leandro Stein para o site
Trivela
A pequenina cidade de Lotte
entrou no mapa do futebol graças à Copa da Alemanha.
O Sportfreunde Lotte derrubou
Werder Bremen, Bayer Leverkusen e Munique 1860.
Já nas quartas de final, cruza o
caminho do Borussia Dortmund.
Nesta terça, as duas equipes
entrariam em campo, em jogo cancelado por causa da nevasca que castigou o
gramado do Estádio Frimo.
No entanto, antes de descobrirem
isso, os aurinegros passaram apuros no trajeto rumo à cidadezinha de 14 mil
habitantes, a cerca de 120 km do Signal Iduna Park.
O ônibus do time atolou, salvo
por um fazendeiro e seu trator.
O incidente aconteceu já na porta
do estádio, quando o motorista manobrava o veículo para estacionar.
A estradinha de terra não foi
suficiente e o ônibus invadiu um campo ao lado, travando no meio da lama.
Foi quando o vizinho bondoso
apareceu com seu trator, para içar os aurinegros e evitar maiores problemas.
Ainda assim, nada que tenha
atrasado a preparação dos jogadores.
O problema é que o campo de jogo
também estava todo enlameado, por conta da neve que castigou a cidade e
derreteu.
Para garantir a segurança dos
atletas, evitando contusões, o árbitro Felix Brych optou por adiar o duelo.
Da próxima vez, ao menos, o
motorista do ônibus espera não dar tanto trabalho aos vizinhos.
Copa do Brasil: Um pênalti duvidoso salva o ABC da eliminação no tempo normal... na decisão por pênaltis o Audax perde por 4 a 1.
Imagem: Andrei Torres/ABC FC
Não vi a partida entre ABC e
Audax...
Também não ouvi a transmissão.
Entretanto, ouvi algumas opiniões
de pessoas que estiveram no jogo...
São pessoas a quem sempre
recorro em situações assim.
O engraçado é que acabei ainda
mais confuso...
A maioria gostou mais do
resultado que do jogo.
Porém, o que ficou complicado de
entender foi se o pênalti que proporcionou ao ABC empatar a partida, aconteceu
ou não aconteceu...
Uns poucos dizem que aconteceu,
outros dizem que não tem certeza e a maioria, mesmo contrariada, diz que o
árbitro errou e que não houve o pênalti.
Certo ou errado, o árbitro viu
falta em Dalberto e marcou a penalidade que Caio Mancha bateu e converteu...
Foi esse lance que salvou o ABC
da eliminação.
Com o empate persistindo até o
fim da partida a decisão da vaga acabou definida por cobranças de
penalidades...
O ABC venceu por 4 a 1 – Gegê, Cleiton,
Dalberto e Márcio Passos, marcaram para o alvinegro, e Pedro Carmona marcou
para o Audax.
quarta-feira, março 01, 2017
Copa do Brasil... ABC joga contra o Audax logo mais às 19h30, no Maria Lamas Farache.
Imagem: Autor Desconhecido
Mais tarde, em plena ressaca do
carnaval, o ABC recebe no Maria Lamas Farache o Grêmio Osasco Audax, em partida
válida pela Copa do Brasil...
Ouvi e li que que o Audax não tem
nada de especial, tenho que concordar, não tem mesmo.
Mas...
Não ouvi e nem li que no ABC de
hoje falta algo de especial que nos faça confiar que o fator casa o fará sobrepujar
seu adversário.
Portanto, não vejo favoritos na
partida de mais tarde...
Mas, tomara vença o ABC, afinal, o
futebol do Rio Grande do Norte anda precisando de uma ou duas boas notícias.
Fornecedores ainda sofrem para receber R$ 90 milhões do Rio-2016...
Após seis meses dos Jogos,
Rio-2016 deve R$ 90 milhões e quer ajuda do COI
Por Rodrigo Mattos
Após seis meses do fim dos Jogos
Olímpicos, o Comitê Rio-2016 ainda tem uma dívida de R$ 90 milhões para
resolver e encerrar as atividades.
O plano é obter uma ajuda extra
do COI (Comitê Olímpico Internacional) para fechar as contas.
A maior parte desse montante é
com fornecedores, principalmente empresas que montaram instalações provisórias
do evento.
Entre elas, está GL Events,
empresa que disputa a concorrência do Maracanã e que tem concessões públicas da
prefeitura do Rio.
O Comitê Rio-2016 pretende quitar
seus compromissos por meio de pagamentos a serem feitos pelo COI que ainda
estavam previstos.
Mas a organização ainda negocia
um aporte extra do organismo internacional para completar o valor das
pendências.
Assim, não teria de recorrer às
garantias públicas dadas pelos governos municipal, estadual e federal.
Na verdade, o comitê já recebeu
um ajudas extras dos governos, embora em menor volume do que o esperado.
Quando verificou-se um rombo no
orçamento olímpico, a prefeitura do Rio e o governo federal prometeram um
aporte de R$ 270 milhões, sendo R$ 150 milhões municipais e outros R$ 120
milhões municipais.
Isso foi anunciado pelo ministro
Eliseu Padilha como forma de socorro.
Mas, na prática, só foram dados
R$ 30 milhões da prefeitura do Rio e outros R$ 72 milhões por estatais.
Ou seja, foi destinado pouco mais
de um terço do total.
A boa venda de ingressos dos
Jogos Paraolímpicos ajudou a reduzir o rombo.
Mas, agora, o Comitê Rio-2016
luta por esses aportes finais para poder fechar as contas e encerrar o
funcionamento até o meio do ano.
Claudio Ranieri foi derrubado pelos jogadores do Leicester?
Imagem: Autor Desconhecido
A vitória do Leicester sobre o Liverpool
por 3 a 1, imediatamente após a queda do treinador Claudio Ranieri, deixa no ar
a possibilidade uma pergunta:
Os jogadores fizeram corpo mole
para derrubar o técnico?
É bem provável...
Mas, só teremos certeza com a sequência
do campeonato.
Se esses mesmos jogadores que
deixaram o Leicester chegar às portas da zona de rebaixamento conseguirem
livrar a equipe da queda, estará provado que eles derrubam Ranieri...
Se provado, a direção do clube
terá que obrigatoriamente fazer uma limpa no elenco que irá disputar a
temporada 2017/2018.
terça-feira, fevereiro 28, 2017
segunda-feira, fevereiro 27, 2017
A FNF - Federação Norte-rio-grandense de Futebol -, segundo o site "Sr. Goool" é "gulosa"...
Imagem: FNF
FNF já arrecadou mais do que o dobro dos finalistas da Copa Cidade do
Natal pelo Potiguar
Entidade potiguar obriga seus clubes a doarem nada menos do que 8% da
renda bruta de cada partida do Estadual
Por redação do site Sr. Goool...
Rio Grande do Norte - A Federação
Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) é bem viva em se tratando de ganhar
dinheiro em cima dos seus filiados.
A entidade potiguar obriga seus
clubes a doarem nada menos do que 8% da renda bruta de cada partida do
Estadual.
Em torneios da Confederação
Brasileira de Futebol (CBF), para se ter uma ideia, a taxa é de 5%.
O fato da dedução ser em cima da
renda bruta evita que a Federação fique sem arrecadar, uma vez que muitos jogos
têm dado prejuízo aos clubes.
Clique no link para maiores
detalhes -
Em 29 partidas, a FNF já
abocanhou R$ 37.162,00.
Tal montante é duas vezes maior
do que a arrecadação de ABC e Globo, finalistas da Copa Cidade do Natal,
equivalente ao 1º turno do Campeonato Potiguar.
O Globo, em quatro partidas,
acumula renda líquida de R$ 18.581,34.
Já o ABC, mandante do segundo
jogo da final, garantiu receita de R$ 15.893,32.
Os donos das maiores arrecadações
do Estadual do Rio Grande do Norte também ficam abaixo do montante da FNF.
O Potiguar lidera o quesito com
renda de R$ 28.094,65.
O ASSU, por sua vez, levou R$
27.464,25 para seus cofres.
O distanciamento entre clubes e
Federação não para por aí.
A entidade do Rio Grande do Norte
não alivia nem mesmo os clubes no vermelho.
O Alecrim, por exemplo, amarga
déficit de R$ - 27.129,97.
Enquanto isso, o Santa Cruz tem
dívida de R$ - 4.760,91.
Nenhum outro clube, porém, deu
mais dinheiro à FNF do que o América de Natal.
O Mecão repassou R$ 11.037,20 à
entidade do seu estado.
O Globo deu R$ 6.763,60, ante R$
6.702,16 do ABC.
A renda líquida total do
Campeonato Potiguar é de R$ 76.113,25.
Em 29 partidas, a média de
público não passa de 1.215 pagantes.
Em campo são 11 vitórias dos
mandantes, dez triunfos dos visitantes e oito empates.
Aconteceram ainda 69 gols, sendo
40 dos donos da casa e 29 dos visitantes.
Média de 2,38 tentos por partida.
A final da Copa Cidade do Natal
será em 5 de março.
O duelo de ida acabou 1 a 1.
Everton Luiz fala para o El País sobre o ataque racista sofrido na partida contra o RAD de Belgrado....
Imagem: Stringer/Reuters/Manipulação: Fernando Amaral
“Temos de colocar a cara mesmo e brigar contra o racismo”
Everton Luiz, do Partizan Belgrado, fala sobre o episódio na Sérvia que
o fez sair chorando do campo e diz que o que o mais o feriu foi a indiferença
dos jogadores rivais
G.P. para o El País
Everton Luiz é mais uma entre
diversas vítimas de racismo no futebol europeu.
No último domingo, no jogo entre
Partizan Belgrado, sua equipe, e Rad Belgrado, o jogador brasileiro se deparou
com a torcida adversária imitando gestos e barulhos de macacos.
Ao fim do jogo, não suportou a
raiva, reagiu às ofensas e chorou. Dias após o ocorrido, ele concedeu
entrevista ao EL PAÍS Brasil e falou sobre o episódio de racismo.
Pergunta: O que exatamente você ouviu durante a partida e em que
momento percebeu que era direcionado a você?
Resposta: Eu comecei a ouvir torcedores fazendo o barulho de um
macaco, além dos gestos. Isso me incomodou. Eu sabia que era para mim pois cada
vez que eu chegava mais perto da arquibancada, os gritos e gestos ficavam ainda
mais intensos.
P. O que você sentiu quando notou os insultos? Te deu sensação de impotência?
R. Claro. Impotência, tristeza, raiva, agonia. São muitos os
sentimentos que eu tive ali no momento. A gente espera, está acostumado, mas
quando acontece, nos deixa bem triste.
P. Você se arrepende de ter reagido da forma que reagiu? Se pudesse
voltar atrás, faria o mesmo?
R. Não me arrependo (de ter mostrado o dedo do meio aos torcedores).
O racismo daquelas pessoas me tirou do sério, e este é um assunto que me tira
do sério. Não falo em voltar atrás. Não consigo nem me imaginar voltando atrás
em um episódio desses. Espero que nunca mais aconteça.
P. Como agiram os seus colegas durante o ocorrido e como está sendo
no clube agora?
R. Do lado do Partizan, foi tudo
muito bom. Meus amigos de clube, comissão, amigos fora, família, enfim. Tenho
recebido apenas apoio.
P. E as reações do Rad? Alguém tentou se desculpar com você ou
ofereceu qualquer tipo de suporte?
R. Infelizmente, foi o que mais me feriu. As reações dos jogadores
deles, que são meus companheiros de trabalho, e não tentaram me defender, ou
coibir aquilo. Não recebi nada até agora.
P. O goleiro Kljajic te abraçou após o jogo, numa imagem marcante.
O que ele te disse naquele momento?
R. Ele ficou tentando me acalmar, me dando apoio, me dando suporte.
Para ser sincero, eu estava tão chateado naquele momento, que pouco ouvi. Foi
difícil ir me acalmando.
P. Você já passou por isso antes, seja na Suíça, México, Sérvia ou
até mesmo no Brasil?
R. Não. Já passei por situações pequenas e até corriqueiras, mas
algum episódio neste nível nunca. Esta foi a primeira vez.
P. Sua família já sofreu com outro caso de racismo fora do Brasil?
R. Aconteceu uma vez aqui na Sérvia. Estávamos [eu, minha mulher e
meus filhos] no mercado, e uma criança colocou a mão no cabelo dela e falou
“eca”. Ela é muito nova, tem apenas quatro anos. Ficou triste, mas a mãe dela
foi acalmando, explicando e passou. Ela ainda não entende a proporção.
P. Você se sente à vontade vivendo na Sérvia? Pretende continuar
atuando neste país depois do ocorrido?
R. Tenho contrato com o clube, sou bem tratado aqui e a torcida
gosta muito de mim. Pretendo permanecer aqui até quando aparecer algo melhor
para mim. Não tenho o que reclamar do clube e de seus torcedores, pelo
contrário.
P. Diversas vezes a torcida do Partizan demonstrou muito carinho
por você. Já recebeu mensagens deles desde então?
R. Eu estou vivendo uma fase ótima aqui. Graças a Deus estou
conseguindo me destacar, jogando bem, sendo um dos melhores da competição. Isso
faz a torcida gostar de mim. Eu recebi, sim, algumas mensagens de apoio. Isso
nos dá força para continuar.
P. A Sérvia já tem um passado com casos de racismo. O que você
pensa sobre a forma como o país combate o racismo e o que espera dessa vez?
R. Eu creio que o racismo seja uma situação bem complicada na
Europa como um todo. Você vê coisas, ouve relatos. Infelizmente, o racismo
ainda é muito grande no mundo todo, até mesmo no Brasil. Creio que temos de
colocar a cara mesmo e brigar contra isso.
P. Depois de dois dias com mais calma, se pudesse mandar um recado,
o que você diria aos torcedores que imitaram macacos para você?
R. Eu diria que Deus nos fez iguais, e enquanto nós plantarmos
ódio, só colheremos ódio. Queremos plantar amor, igualdade, humanidade. É nisso
que eu acredito e são estas as bandeiras que vou sempre buscar representar.
domingo, fevereiro 26, 2017
América em jogo ruim empata com o Vitória e dá adeus a Copa do Nordeste...
América 0x0 Vitória
Que o nível da maioria dos campeonatos estaduais beire a indigência até se compreende...
Mas, que a Copa do Nordeste esteja muito próxima disso, assusta.
Saudade das primeiras competições...
Hoje, da pena.
América e Vitória, ontem, no Arena das Dunas, só não fizeram uma partida mais fraca por ser quase impossível descer a um nível ainda mais baixo...
Pior para o América que zerou suas chances de prosseguir.
CRB vence e elimina o ABC da Copa do Nordeste...
CRB 2x0 ABC
Sem ser grosso, serei curto e objetivo...
Sem ser grosso, serei curto e objetivo...
Ontem em Maceió o ABC ao ser derrotado pelo CRB deu tchau para a Copa do Nordeste.
Alguém tem dúvida?
Acho que ninguém.
Com apenas quatro pontos o ABC, mesmo com duas partidas por jogar vai conseguir mudar sua sorte...
Nem como segundo colocado passa para a segunda fase do torneio.
A Primeira Liga onde todo mundo joga com reservas têm média de público melhor que os campeonatos estaduais...
Imagem: Primeira Liga
Aos defensores ferrenhos dos
estaduais, algumas questões:
- Como explicar que a torcida do
Ceará Sporting tenha preferido ir ao Castelão acompanhar a partida do alvinegro
contra os reservas do Flamengo valido pela Primeira Liga e praticamente
desprezado a partida contra o Ferroviário pelo Campeonato Cearense?
Ceará e Flamengo: 16.206
espectadores...
Ceará e Ferroviário: 4.560
pagantes.
- Por outro lado, como explicar que
a Copa da Primeira Liga, um torneio praticamente amistoso, onde a maioria das
equipes escalam reservas, tenha uma média de público superior a todos os
estaduais, só perdendo para o Campeonato Paulista?
Média de público dos jogos da
Copa da Primeira Liga: 8.659 pagantes...
Média de público dos jogos do
Campeonato Paulista: 8.737 torcedores.
- Ontem no Rio de Janeiro, mais precisamente
no Estádio da Cidadania, em Volta Redonda, pela semifinal da Taça Guanabara, o
antigo clássico dos milhões, entre Flamengo e Vasco da Gama, levou as
arquibancadas 5.484 pagantes...
Público total de 6.979 presentes,
num estádio onde cabem 20 mil.
Dinheiro desperdiçado...
Imagem: Arquivo
“Nunca se investiu tanto no esporte nos oito anos que antecederam os
Jogos Rio 2.016. Da mesma forma, nunca se investiu tão errado. A intenção do
governo e da cartolagem nunca foi massificar e democratizar a prática
esportiva. Tampouco criar uma política de Estado para o esporte do Brasil,
desde a base. O dinheiro que foi injetado nesse segmento serviu, em primeiro
lugar, para satisfazer os anseios megalômanos de gente preocupada, apenas, em
realizar grandes eventos. Nada além disso.”
Alberto Murray Neto.
Acidente na Nascar Truck Series em Daytona...
Na última volta da prova, Matt Crafton liderava a disputa em meio a um pelotão, mas um toque entre Gran Enfinger e Ben Rhodes acabou por acertar seu carro, que decolou, mas caiu com as quatro rodas no solo...
O piloto escapou ileso.
Miklos Fehér... a dor de sua mãe.
Imagem: Autor Desconhecido
REPORTAGEM EMOTIVA COM A MÃE DE FEHÉR: «A VIDA FOI CRUEL CONOSCO»
Anikó Fehér quebra o silêncio de 13 longos anos numa conversa com
Record, onde fala do vazio que o filho deixou
Por Rita Kamocsai para o Jornal Record de Portugal
*O texto foi mantido no original.
"A nossa vida mudou totalmente naquela noite terrível. Sempre que
alguém refere o nome dele, lembramo-nos, vemos a imagem dele, ficamos com um nó
na garganta, uma dor terrível percorre o nosso coração e os nossos olhos
enchem-se imediatamente de lágrimas", começa Anikó, a mãe de Miklós
Fehér, antigo jogador do Benfica e da seleção húngara que morreu aos 24 anos.
Ela nunca falou aos jornalistas
depois da tragédia ocorrida há 13 anos.
Até agora, tinha sido o pai,
também Miklós Fehér e também antigo jogador, a quem tinha cabido essa missão.
Talvez todos os adeptos do
Benfica, e não só, ainda se lembrem do último sorriso de Miklós Fehér no
Estádio D. Afonso Henriques, em Guimarães, antes de cair no relvado, naquela
noite chuvosa de 25 de janeiro de 2004.
Mas a memória dele foi-se
desvanecendo em Gyor e em Lisboa também.
A dor que ficou no coração da
família, essa, nunca passou.
"Os nossos dias, os nossos anos, são os mesmos: acordamos e
fazemos as nossas rotinas. Sei que facilmente poderíamos enlouquecer desta
maneira, mas também há a Orsi, a nossa filha, e protegemo-la com todo o nosso
amor, ajudamo-la, é a única coisa que nos faz continuar", prossegue a
mãe, que teve de interromper várias vezes a entrevista para limpar as lágrimas
dos olhos e acalmar o coração.
A família esteve em Lisboa várias
vezes nos últimos anos.
Ficam simplesmente em frente à
estátua do filho no Estádio da Luz, sentem-se quebrados e perguntam "Porquê?".
Ninguém sabe a resposta.
Os pais vão viajar para Lisboa
para assistir ao jogo entre Portugal e Hungria no Estádio da Luz, antiga casa
de Miklós.
"Ainda não sei como faremos. Vai ser no estádio do Benfica e
sentimos que devemos algo aos portugueses e ao Benfica, porque recebemos muito
amor e força da parte deles. Devemos-lhes muito. Acompanhamos os jogos do
Benfica e torcemos por eles. A Orsi vai muitas vezes a Lisboa também, por causa
do trabalho dela. É modelo de biquínis e tira fotos lindíssimas junto ao mar.
Muitas vezes ela e um amigo vão levar flores novas ao Miki… O nosso filho
causou-nos muita dor, mas também nos deu um bom amigo. Chama-se Rui Sousa, um
empresário português, bem como a sua família. O Miki amava-os muito e ainda
somos bons amigos. Estivemos no jogo entre Portugal e Hungria em Marselha
durante o Euro’2016", conta.
Miki em toda a parte
A família abriu um museu em Gyor,
onde vive, no ano da morte do futebolista.
Tinha objetos de Miklós Fehér,
como por exemplo camisolas da sua infância e as muitas medalhas conquistadas na
carreira.
Mas já fechou.
No aniversário da sua morte,
houve uma exposição no seu primeiro estádio, ETO Park.
Depois, os familiares quiseram
dar tudo ao Museu do ETO, mas o espaço nunca abriu e guardam tudo em casa.
"Guardei tudo sobre ele: recortes de jornais, camisolas dele,
camisolas que recebeu em troca, os troféus, as medalhas e ainda guardo as
camisolas que usou em criança. Bolas, artigos pessoais, fotografias dos amigos;
fotos e vídeos a jogar pela seleção, Benfica, FC Porto, Salgueiros e Sp. Braga;
golos, cachecóis dos clubes. Como eu disse, tudo. Temos três quartos
cheios", revelou Anikó.
Além disso, os pais conseguem ver
a cara do filho em ‘casa’, em Gyor, nas paredes da academia de futebol que tem
o seu nome, Miklós Fehér.
Aberta em 2007, serve de casa a
jovens futebolistas que vêm de longe.
O objetivo da ETO FC Gyor foi dar
oportunidade a talentos, pelo que o clube fica também encarregue da sua
educação, tendo criado uma escola secundária em 2008.
Foi a primeira academia de
futebol na Hungria e é tão completa que ganhou o prémio de melhor academia de
elite do país em 2011.
Para o pai, há um misto de
sentimentos sempre que passa junto ao local.
"Dói muito, claro, mas também estou orgulhoso porque vejo tudo o
que o meu filho fez em tão pouco tempo e que até tem uma academia de futebol
com o nome dele. Não há muitas pessoas que tenham deixado este legado com
apenas 24 anos", refere.
Assim acabou a nossa conversa.
Anikó pediu desculpa, mas não
conseguiu falar mais sobre memórias que lhe são tão dolorosas. Dissemos adeus.
"Para um pai ou mãe, não há nada pior do que perder um filho que
se ama tanto. A vida foi muito cruel conosco. O tempo não cura tudo, mas
ensina-nos a viver com a dor. O sorriso dele ficou para sempre no meu
coração", diz, ao terminar.
Uma frase ficou gravada nas paredes da academia
Ádám Nagy, atual capitão do ETO
FC Gyor (não confundir com o outro Ádám Nagy, médio do Bolonha que esteve na
mira do Benfica), é outra das pessoas marcadas pela vida e pela morte de Miklós
Fehér.
Tudo porque foi um dos produtos
da academia com o nome do futebolista.
"Foi uma honra para mim. Tive a oportunidade de aprender naquela
academia, que recebeu o nome de uma lenda. Ele era um exemplo para todos nós
que frequentámos o local, pois começou a carreira no ETO e vimos bem tudo o que
conquistou", explica.
A academia foi aberta pela
Fundação do Futuro, gerida pelo clube.
Na escola secundária, há lugar para 300
alunos.
Têm horários especiais, que incluem treino de futebol e aulas.
É da
forma que os jovens aprendem de tudo, como qualquer outro estudante, e têm
tempo para jogar futebol.
"Estou muito orgulhoso por ter aprendido a jogar futebol nesta
academia", diz Nagy.
Sobre Fehér, a primeira coisa que
lhe vem à cabeça é "uma entrevista
depois de um jogo".
"Ele disse ‘O futebol ensinou-me a ganhar, mas também a perder.
Ensinou-me que a alegria suplanta a tristeza, que o golo é a alegria total e a
cura para todas as oportunidades desperdiçadas", conta. Uma frase que
se pode ler nas paredes da academia.
"Vivíamos em frente um do outro quando éramos crianças, em Gyor.
Nós vivíamos no número 5, eles viviam no número 6. Jogávamos futebol juntos de
manhã à noite, íamos juntos para os treinos e continuávamos a jogar pela noite
dentro. Começámos a jogar no ETO em 1988 e subimos os escalões juntos até o
Miki deixar a Hungria, em 1998", recorda Péter Stark, antigo
futebolista do ETO e da seleção húngara, o melhor amigo de Miklós Fehér.
Jogaram juntos na seleção
olímpica, mas na principal acabaram por nunca se cruzar: a primeira
convocatória de Stark aconteceu no ano em que Miki morreu.
O antigo defesa, atualmente com
38 anos, é agora treinador da equipa de sub-13 do ETO Gyor, na tal academia que
ficou com o nome do melhor amigo.
É lá que jogam os seus dois
filhos.
E, no ano passado, instituiu o
prémio Miklós Fehér, que pretende atribuir ao melhor jogador da sua equipa em
cada ano.
"O Miki merece muito esta homenagem, ele era um verdadeiro
desportista. É terrível que não esteja conosco. A sua morte foi uma tragédia
incompreensível, principalmente para os pais dele. Eu falo muito dele e de
outras lendas do ETO aos meus jogadores e levo antigos jogadores ao balneário.
E organizo todas as nossas festas no restaurante dos pais de Miki, em Gyor-Szabadhegy.
No ano passado, em dezembro, dei pela primeira vez o prémio Miklós Fehér ao
melhor jogador da minha equipa. Ele ficou com algumas recordações do Benfica
que estavam com os pais de Miki", explica o treinador.
Péter Stark nunca esteve em
Portugal.
Enquanto jogador, acabou sempre
por perder a oportunidade de visitar o país ao serviço da seleção húngara,
fosse por lesão ou por estar suspenso devido a acumulação de cartões amarelos.
E a verdade é que não tem
vontade, pois duvida que consiga encarar o busto de homenagem a Fehér, na porta
18 do Estádio da Luz.
"Acho que é melhor ficar assim. Sinto que a minha alma não tem
força suficiente para estar em frente ao Miki", termina Stark.
Túmulo foi vandalizado
As memórias são fortes, mas não
são respeitadas por todos.
O túmulo de Fehér, no cemitério
de Gyor, foi vandalizado e roubado há cerca de quatro anos.
Desapareceram três figuras, mas a
polícia não conseguiu encontrar os responsáveis.
Miklós foi sepultado com a sua
camisola do Benfica, com cachecóis dos colegas de equipa, um pedaço de relva do
Estádio D. Afonso Henriques, onde jogou pela última vez a 25 de janeiro de
2004, além de outras memórias.
Os ladrões tentaram partir o
vidro e, como não conseguiram, acabaram por destruir também o mármore.
Mas esta não foi a primeira vez
que alguém tentou roubar o túmulo: no ano da morte de Miklós Fehér, um cachecol
do Benfica desapareceu do local.
Muitas pessoas visitam
Gyor-Szabadhegy apenas para ver o local onde descansa o futebolista.
São outros jogadores, adeptos e
simples turistas que ouviram falar sobre a sua carreira e destino trágico.
Há poucos meses, em outubro,
Romeu, adjunto de Rui Jorge na Seleção Nacional de sub-21, aproveitou um jogo
diante da Hungria em Gyor-Gyirmót para passar pelo local.
O antigo avançado foi colega de
Fehér no FC Porto.
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