Coisas artificias até podem
trazer benefícios, mas por serem artificiais não se sustentam indefinidamente...
Lembro que quando criticava o “Todos
com a Nota”, usado em Pernambuco para encher artificialmente estádios, por ser um programa artificial e sujeito aos humores da economia, colegas
torciam o nariz.
Na verdade, não me incomodava...
A cultura de ter à disposição as
tetas governamentais é forte no Brasil...
Além do que, economia não é o forte da
maioria dos brasileiros, nem tão pouco dos colegas ligados ao jornalismo esportivo.
Pois bem, o governo de Pernambuco
fechou as torneiras, encerrou o programa e, curiosamente, não vi uma linha
sobre o assunto, por aqui...
Assunto passou batido.
Como era de se esperar, o bicho
pegou...
Incapazes de gerar recursos
próprios os clubes do interior agonizam e os grandes, de Recife, se descabelam,
mas acreditam que o torcedor fará mais um sacrifício para não deixar a peteca
cair...
Mas, sabem que a peteca só vai
continuar no ar, se os resultados continuarem a empolgar.
O Salgueiro, faz chantagem e
ameaça fechar as portas caso não consiga recursos junto à sua torcida ou
patrocinadores...
Os outros correm como baratas
tontas, sem saber o que e como fazer para substituir por trocados privados os trocados que o governo fazia cair nos seus caixas.
O “Todos Com a Nota”, consistia na troca de notas fiscais por ingressos dentro do território
pernambucano e tinha mais de 420 mil usuários cadastrados...
Para cada ingresso trocado, o
clube recebia cerca de R$ 7,50, além de uma cota fixa por competição...
Esse era o segredinho.
No entanto, a economia não é
movida a desejos...
Segue leis não escritas, que diante
de qualquer escorregão se tornam dragões ferozes e devoradores.
Mamar nas tetas do governo, deve
ser muito bom, mas andar com os próprios pés, certamente é muito melhor...
O mundo real, zomba todos os dias
do mundo ideal.
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