"Podeis enganar toda a gente durante certo tempo; podeis mesmo enganar algumas pessoas todo o tempo; mas não vos será possível enganar sempre toda a gente".
Essa frase célebre de Abraham Lincoln (1809 – 1865), ex- presidente dos Estados Unidos da América, define tudo o que se disse até agora, sobre o campeonato estadual, suas grandes e pequenas equipes.
Hoje, não vou perder meu precioso tempo escrevendo sobre o que vi, mas sim, sobre algumas coisas que soube e outras que mesmo não tendo visto, acompanho...
Poucos são os jogadores que aqui estão que possuem alguma qualidade ou mercado num centro maior, por isso estão aqui...
Fabiano Gadelha, Jean, Julio Terceiro e outros nem tão bons assim, estão fora, na mídia.
Os que para cá vieram com qualidade, vieram mirando a possibilidade de disputar uma Copa do Brasil e, talvez, a Série B.
Porque uso a expressão talvez?
Por que infelizmente, aqui não se planeja o futuro, não se “mira” um objetivo...
Aqui se vive do imediatismo e do resultado; o importante é ganhar, seja lá de quem for e levantar o titulo de um campeonato mambembe, deficitário e que não consegue nos jogos comuns colocar mais que três ou quatro mil pacientes sujeitos, que acreditam ou fingem acreditar, que seu time é sensacional e que o que falta, é entrosamento ou um ou outro nome de peso (sem lembrar que o nome de peso, pesa no bolso e os bolsos por aqui, não são tão cheios assim).
No clássico, 10.000 pagantes é considerado, algo extraordinário...
É brincadeira de péssimo gosto (clássico com a história e a tradição de América e ABC, deveria ter no mínimo a capacidade que qualquer estádio local esgotada).
O time do ABC é no máximo razoável o do América é horrível e, Santa Cruz, ASSU, e os outros, só estão onde estão pelas duas primeiras razões.
O ABC deve disputar o titulo, pois apesar dos pesares, contratou melhor (para o campeonato estadual), trouxe um técnico com maior experiência e com força para não se deixar influenciar ou pressionar na escalação de sua equipe (não me venham com o papo que isso não acontece, não sou nenhum parvo).
Já o América, trouxe um monte de gente, até que fez uma preparação adequada, mas dias antes de começar a competição, os que estavam prontos, foram relegados em função dos recém chegados, e que, por ganharem mais e terem a predileção de alguns diretores, acabaram escalados...
Marcelo Vilar foi fraco, aceitou a pressão e deixou que alguns diretores que bancam jogadores escalassem a equipe (vão desmentir, mas já viu dirigente confirmar algo assim).
Cleisson aqui chegou, fez uma partida, marcou dois golzinhos e já foi alçado a condição de craque (nossa pobreza de craques nos faz eleger qualquer um como tal)...
Rinaldo, que ainda continua enganando no mundo da bola, vive entre vestir a camisa do time, fingir que joga e seu chinelinho...
Tita, que acabou de chegar, foi rapidamente cercado por Cleisson e Rinaldo, que lhe pediram para aprimorar a forma (não foi Tita que os afastou, foram eles que pediram; expertos os rapazes).
Tita terá muito trabalho, pois além de ter que fazer milagre com o elenco que tem a mão (salvo honradas e sem oportunidade de jogar, exceções), terá que convencer a alguns poderosos e endinheirados diretores americanos, que o deixem escalar, pois se nada der certo, quem será chamado de burro e demitido, será ele...
Particularmente, não assisti até aqui, nenhuma partida que merecesse uma nota maior que 6,5, e não vi, nenhum jogador que me enchesse os olhos.
Na média, o nível é baixo, vista as cores que vestir.
Ah, e o que é mais chato, é ser obrigado a ouvir que time tal foi prejudica pelo gramado do estádio tal (aqui só existe um gramado que pode ser chamado de gramado; o do Maria Lamas Farache, todo o resto é quase uma várzea), como se isso fosse verdade; gênio é gênio em qualquer gramado, craque é craque em qual dimensão de campo, razoável é razoável, no banco ou como titular e, perna de pau, será perna de pau, mesmo jogando ao lado de Robinho, Ronaldinho Gaúcho, Lampard, Messi e ou Kaká...
O Santos de Pelé, nos anos 60, jogou pelo mundo todo, da África a Ásia, passando pela América Central, do Sul e Caribe, a equipe santista bateu sua bolinha em bons gramados, mas jogou em cada “buracão” de dar dó...
Venceu sempre!
O Flamengo de Zico e companhia ganhava no Maracanã, ganhava no Morumbi e ganhava em Tókio, mas também ganhava no Ítalo Del Cima, em Conselheiro Galvão, na Ilha do Governador ou no estádio do Entristelhense FC...
Ademir da Guia jogava em qualquer lugar, Gerson também, Marinho Chagas não tinha medo de campo pequeno, com ou sem grama, jogava futebol e sabia o que fazer com a bola...
Bem, hoje o que vi o que soube, e o os resultados da rodada, acabaram com a pouca paciência que tenho...
Nenhum comentário:
Postar um comentário