Depois do empate entre o
Barcelona e o Chelsea, li e ouvi alguns comentários cheios de ranço e
contradição...
Alguém disse que a vitória do
Chelsea foi a vitória da eficiência...
Caramba!
Só pude observar de eficiente no
Chelsea, os gols e a obediência canina ao antijogo montado pelo treinador Di
Matteo.
Entretanto é bom lembrar que o
belo gol de Ramires contou com a colaboração do goleiro Valdez que
precipitadamente deixou o gol antes do devido tempo e que o gol de Fernando Torres
foi fruto do abandono do Barcelona de qualquer opção defensiva naquela altura
do jogo.
O Chelsea abdicou de jogar...
Encostou-se à parede e se deixou
golpear na esperança de que suportando as pancadas, acabasse por levar o adversário
a cometer um erro.
Conseguiu.
A derrota do Barcelona não
significa o chant du cygne da equipe de Pepe Guardiola...
Nem tão pouco o pênalti perdido
por Messi é o seu götterdämmerung...
Não existem equipes imbatíveis,
assim como não existe nenhum fuoriclasse infalível.
O que li e ouvi hoje, está
repleto do ranço antiargentina que a maioria carrega sem nem mesmo saber o porquê
e da recusa maldosa de muitos em aceitar que uma equipe ou seleção europeia
possa produzir uma equipe tão boa ou melhor que qualquer equipe brasileira.
Foi interessante ler os elogios
ao Chelsea e ao seu modo de jogar encolhido e temeroso, escrito pelas mesmas
pessoas que dizem amar o jogo bonito e o futebol jogado sempre rumo ao gol do
adversário.
Um chegou a escrever que aqueles
que criticam a cautela e os excessos defensivos de Leandro Campos, treinador do
ABC, deviam se calar, pois Di Matteo e o Chelsea provaram que Leandro está
certo.
O que me encanta é a semelhança
entre os que escrevem e opinam sobre futebol com os apresentadores do programa “Fala
que eu te escuto” da Rede Record: quando você imagina que eles esgotaram seu
estoque de absurdos, como que por mágica, de suas bocas, novíssimos absurdos
florescem.
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