Imagem: Getty Images
Fora a os italianos, não consegui
entender a torcida de alguns contra a Espanha…
Ou melhor, entendi sim...
O velho recalque nunca falha
nessas horas.
Ver os espanhóis conseguirem o
feito de vencer consecutivamente, uma Copa do Mundo e duas Eurocopas, é demais
para o fígado de alguns compatriotas...
Mesmo aqueles que propagam aos
quatro ventos amar o jogo bonito e a técnica, não suportam ver que o Brasil
pode ser alcançado e até mesmo ser desbancado a qualquer momento.
Mas, felizmente o futebol bem
jogado venceu...
Venceu, convenceu e mostrou que
ainda vai dar o que falar.
Durante o jogo, alguém
reverberando um comentário de um dos analistas televisivos disse:
- “É verdade, esse excesso de
toques da Espanha deixa o jogo chato”...
Pensei comigo; chato para quem
cara pálida?
Depois, dei um sorriso e
continuei a conversar comigo mesmo...
A Espanha não toca a bola, passa
a bola...
Faz a bola rolar de pé em pé e
com isso, transforma o adversário numa presa fácil do desgaste físico...
Os onze jogadores de vermelho,
fazem os onze jogadores de qualquer cor, correrem de um lado para o outro como
meninos numa disputa de “bobinho”...
Por coincidência ou não, logo
depois, numa troca de passes rápidos e precisos, a bola chegou a Fábregas...
Este por sua vez, cruzou para
David Silva de cabeça abrir o marcador.
Esses passes são mesmo chatos...
Que o diga Buffon.
Depois disso, a Itália ficou com
a bola, mas como os italianos não são chatos, não souberam como fazê-la chegar
ao gol de Casillas.
Pensei então; esses espanhóis são
mesmos uns chatos: quando estão com a bola, transformam seus adversários em
baratas tontas a correr atrás dela e, quando o adversário tem a bola, fica como
barata tonta, tentando encontrar uma brecha para fazê-la chegar ao gol.
O tempo passou e a Itália,
tentava, mas não conseguia...
Repentinamente, a Espanha resolveu
não ficar tocando de lá para cá e sim, sair em velocidade e num único passe
resolver o problema...
Foi exatamente o que fez Xavi...
Viu Jordi Alba correr em direção
ao gol e passou a bola em linha reta para que o jovem lateral esquerdo
superasse Buffon e ampliasse o marcador para 2x0.
No segundo tempo, os italianos com
ar de derrotados, perderam Thiago e com ele as esperanças...
Se com onze perdiam, imagine com
dez.
Nada mais havia para ser feito a
não ser esperar o fim do jogo.
No entanto, antes do apito final,
a Espanha fez seu terceiro gol através de Fernando Torres e, logo a seguir, Torres,
numa demonstração de companheirismo, percebeu a entrada pelo meio da área de
Mata e ao invés de chutar, passou-lhe a bola para este encerrasse a goleada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário