Por Gil Luiz Mendes – (pinçado do
blog do Juca Kfouri).
Estive em Foz do Iguaçu-PR
durante o mês de outubro para cobrir as Olimpíadas Universitárias Brasileiras
(JUBS 2012), evento com a chancela do COB, realizada em conjunto com a CBDU.
Sabemos que no Brasil temos a
cultura de formação de atletas dentro de clubes e não nas universidades, como
fazem as grandes potências olímpicas.
Pelo que pude constatar, ainda
passaremos muito tempo assim.
Os locais escolhidos para
abrigarem as competições de natação e atletismo do JUBs estão longe do que se
espera para formação de um atleta de alto rendimento.
A pista de atletismo, segundo
pude apurar, foi preparada dias antes da competição e está muito longe de ser
um local de competição para um possível medalhista nos Jogos de 2016.
Feita de areia e carvão batido,
com marcações feitas com cal virgem, o local foi um cenário de horrores e alvo
de reclamação de atletas e treinadores.
Dos três dias de competições,
somente teve o sol como aliado.
Sem chuva, poeira e escorregões
foram as grandes atrações do primeiro dia de provas.
Quando a chuva caiu fortemente no
interior do Paraná, as cenas vistas fora lastimáveis.
Contusões e atletas com imundos
de lama preta proveniente da mistura de carvão, areia e água.
Na natação, competidores que
treinaram durante todo o ano em piscinas de 50m se depararam com uma de 25m e
com vestiários sem estrutura.
É difícil fugir do clichê, mas a
pergunta que fica é:
Esse é o país que vai sediar as
Olimpíadas de 2016?
Que quer ficar entre os dez
primeiros no quadro de medalhas?
E que diz que vai apoiar o
esporte na base?
Imagem: Leia Já Imagem/Chico Peixoto
Imagem: Leia Já Imagem/Chico Peixoto
Nenhum comentário:
Postar um comentário