Tenho medo que ainda pode vir por
aí...
O mundo mudou...
Já não se corta o mal pela raiz.
O mal viceja...
Se banaliza e ninguém mais se
indigna.
Albert Ebossé, atacante
camaronês, morreu ao levar uma pedrada na cabeça após um jogo no campeonato da
Argélia.
Ebossé morreu aos 24 anos,
atingido por torcedores de sua equipe.
Horas antes, havia aconchegado em
seu colo a filha recém nascida...
Horas antes.
Seu agressor, encoberto pela
massa bruta que protestava após uma derrota do JS Kabylie (Jeunesse Sportive
Kabylie) para o USM Alger (Union Sportive Médina d’Alger), atirou um pedra em
direção ao gramado...
Acertou a cabeça de Ebossé.
Ferido, foi socorrido e levado às
pressas para um hospital...
Não resistiu.
Ebossé era corajoso e altivo...
Em março, após ser vítima de
ofensas racistas vindas da arquibancada, Ebossé fez um gol e foi comemorar na
frente dos racistas imitando um macaco.
A Federação Argelina de Futebol
(FAF) suspendeu todos os jogos todos os jogos de futebol, profissional e
amador, programados para o próximo fim de semana.
A FAF decidiu também, pagar uma
indenização de dez milhões de dinares (mais de 90 mil euros) à família de
Ebossé.
Além disso foi decidido, de comum
acordo com o JS Kabylie, que os salários do jogador falecido serão
integralmente pagos à sua família, até o encerramento do contrato que o ligava ao
clube.
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