terça-feira, agosto 26, 2014

Os motivos do atraso de 29 minutos no jogo entre o Baraúnas e o Campinense, em Mossoró...

Conversei com o jornalista Diego Breno sobre o atraso na partida entre o Baraúnas e o Campinense pela Série D, em Mossoró...

Diego acompanhou de perto todo o imbróglio...

O que ouvi é impressionante.

Foram 29 minutos de atraso e não 25 como postei anteriormente...

A razão do atraso foi confirmada por Diego...

Faltou a ambulância...

Faltou o médico...

Faltou a brigada dos Bombeiros.

Não foi a primeira vez...

Segundo Diego Breno, na partida entre Baraúnas x Coruripe, lá mesmo no Nogueirão, faltou a ambulância e o médico.


Sabem como foi resolvido?
Arrumaram uma ambulância às pressas e o médico saiu da arquibancada para o campo...

Isso mesmo...

Foram buscar um médico na arquibancada.

Ontem, o árbitro, Francisco de Assis Almeida Filho, relatou o seguinte na súmula:

"Houve um atraso de 29 minutos no início do primeiro tempo em decorrência da não presença de ambulância no estádio que só chegou ao local do jogo as 16:20 e também pela falta de uma equipe de brigadistas para o cumprimento de uma determinação do Ministério Público-RN, onde a equipe de brigadistas só fez apresentar-se de forma completa as 16:28 minutos. Informo que o responsável pela equipe dos Bombeiros, e pela equipe de brigadistas era o senhor Ezequiel. Da mesma forma relato que o representante da Federação do Rio Grande do Norte, senhor Lailson Almeida Junior e o delegado da partida, senhor Gabriel Freitas de Souza estavam presentes no estádio desde as 14:00 horas e procuram tomar todas as medidas juntos aos responsáveis junto ao clube mandante."(sic)

Após ler a súmula, curioso, Diego Breno ligou para Carlos Guerra Junior...

Carlos Guerra Junior, jornalista formado na UFRN e que hoje milita no futebol mossoroense, explicou em detalhes todo o incidente.

O Baraúnas não tem médico em sua folha de pagamento...

O clube dependia da disponibilidade do irmão de Carlos Guerra Junior, que é médico e trabalhava voluntariamente nas partidas do tricolor...

Mas, remanejado para Natal, não estava domingo na cidade.

A solução foi ligar para a SAMU e pedir uma ambulância que tivesse um médico na equipe...

Estranho...

A SAMU pode deslocar uma ambulância que está a serviço da comunidade para um evento particular?

Se pode ou não, foi assim que foi feito...

Em relação a brigada do Corpo de Bombeiros, Carlos Guerra contou a Diego Breno, o seguinte:

O Baraúnas pagava uma quantia de - pouco mais - de R$ 1.000,00 a um bombeiro, que de folga, recrutava outros bombeiros também de folga e rachava a grana...

Cansado de perder suas folgas de domingo e provavelmente, insatisfeito com o pagamento, o responsável pelos brigadistas informou que não mais faria o trabalho.

Sem ter como substituir o demissionário, a direção do Baraúnas foi obrigada a ligar para Brigada do Corpo de Bombeiros de Mossoró e pedir a presença do pessoal...

Eram necessários, 23...

Numa “reunião de emergência” entre dirigentes, arbitragem e o chefe da segurança, o senhor Carlão, decidiu-se que excepcionalmente, trabalhariam com 13.

A Brigada mandou 8...

E os outros 5?

Foram “caçados” via telefone e convencidos por apelos “desesperados” a se dirigir ao estádio...

Toda essa confabulação aconteceu com a bola já rolando.

Tudo muito profissional, tudo muito bem organizado...

Como diria Juca Kfouri...

Gol da Alemanha.

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