Ah, o velho e bom futebol...
Ao terminar o primeiro tempo no
Maracanã, comecei a adiantar o trabalho...
Isto é, escrevi sobre o que
estava vendo e sobre o que estava ouvindo.
Deixei tudo prontinho para
finalizar quando os árbitros dessem por terminados os confrontos aqui no Arena
das Dunas, lá no Maracanã em Minas Gerais, no Mineirão.
Ao fim das partidas, pensei...
Muda tudo...
Mudei.
Enquanto no Arena das Dunas o
Cruzeiro, no primeiro tempo, confirmou sem muito suor sua melhor condição, no
Maracanã, o Flamengo suou, mas não venceu a marcação bem estruturada que
Roberto Fernandes montou para tentar parar o adversário...
Em Natal, a tranca bem montada,
segurou o Cruzeiro por 31 minutos...
Um chute indefensável de William
derrubou a porta com tranca e tudo e, onze minutos depois, Henrique completou o
serviço, ampliando o marcador...
No Rio, Paulinho escapou dos
marcadores e partiu para cima...
Foi com vontade, mas precisou de
apoio e chamou Isac...
Isac foi, mas o Isac é o Isac e o
que era para ser doce, azedou.
Em Minas, no Mineirão, o
Corinthians assanhado abriu o marcador logo que a bola rolou...
Vinte minutos depois, o galo
empatou e passados sete minutos, Guilherme virou.
Apitos soprados, jogadores
recolhidos ao vestiário, fui buscar um sanduíche e abastecer de Coca-Cola, a
caneca vazia, mas no caminho pensei...
O América vai precisar sair,
mesmo que não tenha ficado grudado na parede, o ABC tem que evitar a goleada e
o Atlético, não sei se terá força para ampliar e não sofrer nenhum gol.
Fim do intervalo, bola rolando...
Aos 15 minutos em Natal, Rodrigo
Silva diminuiu...
No Rio, três minutos depois,
Gabriel, gelou a torcida americana e em Minas, aos 29, Guilherme marcou o
terceiro do Atlético...
E agora?
O América vai murchar, o ABC vai
crescer e o Atlético, vai conseguir o impensável?
O América não murchou, o ABC
cresceu e empatou com Xuxa e, o Atlético foi que foi para cima do Corinthians...
A expulsão de Lázaro – exagerada –
não matou o América...
Os rubros estavam decididos a
fazer o seu melhor e não se deixaram abater...
Em Natal, o ABC acreditou que era
possível e em Belo Horizonte, o Atlético, também.
Quando o Flamengo perdeu por expulsão,
Marcelo, o América mesmo sem ter maior posse de bola, correu e deu trabalho...
Ah, Isac, você bem que podia ter
tentado cruzar...
Ah, Pimpão, aquela bola era
carinho e não porrada.
No Arena das Dunas, Alvinho fez o
terceiro e o Cruzeiro certamente se espantou...
Enquanto América se despedia com
altivez e o ABC sonhava com mais um golzinho, no Mineirão, os atleticanos que
já venciam por 3 a 1, acreditavam...
No fim, deu o que a lógica dizia
que iria dar no Maracanã e no Arenas das Dunas, mas o imponderável visitou o
Mineirão...
Entretanto, nem os torcedores do
América e nem os torcedores do ABC têm motivos para se chatear...
O América fez uma campanha extraordinária
na Copa do Brasil...
Já o ABC, beneficiado pelas
circunstâncias, cresceu e foi grande quando precisou ser.
A única coisa que deve estar pesando na cabeça
de alvirrubros e alvinegros é não conseguir entender qual a razão de suas
equipes terem sido tão grandes onde eram para ser menores e tão menores onde devem ser grandes.
Sim, não posso esquecer...
Nas Minas Gerais, o Galo foi
imenso, foi forte e vingador.
No fim das contas, a
quarta-feira, apesar dos pesares, pode ser considerada como positiva.
Um comentário:
Diferença para America e Flamengo:
O Flamengo marcou na única chance clara de gol.
O America não marcou em quatro chances claras de gol (Isac 03 e Pimpão 01, sem contar com as duas tentativas de passe de Isac para Paulinho que deixava ele na cara do gol).
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