Maior que eleições de Curvelo e
Barbacena, disputa no Barcelona tem até debate na TV
Blog Tikitaka
Aconteceu na noite de terça-feira
um debate eleitoral para a presidência do Barcelona.
Com formato e estratégias
parecidas com as presentes em pleitos eleitoreiros no Brasil e outros países.
Os candidatos tiveram tempo cronometrado para responder às perguntas, trocaram
críticas e acusações, além de defender suas propostas e bases de “governo”.
O
debate foi transmitido pela TV3, principal emissora catalão, em horário nobre.
A eleição no Barcelona é levada
muito à sério.
São 106 mil sócios aptos para votar em quatro candidatos no
próximo sábado.
Josep Maria Bartomeu, Joan Laporta, Toni Freixa e Augustí
Benedito têm rodado a Catalunha em eventos atrás de votos.
Visitam penyas (uma
espécie de torcida organizada na Espanha, mas sem o mesmo sentido que possuem
na América do Sul), fazem promessas e alertam para os rumos que o clube pode
tomar se um candidato rival vencer.
O número de sócios que votam
corresponde ao colégio eleitoral de uma cidade de médio a pequeno porte no
Brasil.
Por exemplo, mais gente vota para presidente do Barcelona do que para
prefeito de Barbacena, Nova Lima ou Curvelo, em Minas Gerais.
A disputa está mais focada entre
Bartomeu – que teve que se afastar da presidência para concorrer – e Laporta.
Disputa entre o atual e o ex-presidente, sendo que os dois formaram juntos a
direção que mudou positivamente os rumos do clube em 2003, ainda com Sandro
Rosell e Ferran Soriano ao lado.
Bartomeu defende a continuação de
um modelo que fez do Barcelona o clube com a maior arrecadação do futebol
mundial e deu o Triplete da última temporada ao torcedor.
Laporta aposta em sua
empatia com Messi e diz que irá recuperar a categoria de base.
Hoje a seleção
sub-19 não tem nenhum barcelonista e o Barcelona B foi rebaixado para a terceira
divisão espanhola.
Os outros candidatos criticam o
modelo “gastador” do clube, apesar dos títulos.
Dizem que o Barcelona está
galáctico e isso não condiz com a filosofia culé.
No sábado, os votos serão
depositados nas urnas e a partir de segunda-feira o novo presidente já começa a
trabalhar.
Poderá, por exemplo, devolver Arda Turan ao Atlético de Madrid,
reavendo 30,5 dos 34 milhões de euros gastos no turco.
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