CPI do Futebol tem indícios de
que CBF lucrou R$ 9,8 bilhões com Copa 2014
Por José Cruz
Depois de revelar que José Maria
Marin recebeu R$ 985 mil com a Copa 2014, conforme Rodrigo Mattos, em seu blog,
a CPI do Futebol terá nova missão: descobrir o destino dos R$ 9,8 bilhões,
parte que caberia à CBF, no rateio de resultados financeiros do evento, com
base na projeção dos ganhos de Marin.
Ou terá que esperar pelo balanço
de 2015 para confirmar o registro contábil da bilionária operação.
É nesse rumo que senadores da CPI
vão trabalhar na reunião reservada desta quarta-feira.
Conforme o contrato de
constituição do COL (Comitê Organizador Local), a CBF ficaria com 99,99 do
lucro da Copa no Brasil.
E o 0,01% restante iria para o
segundo sócio, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, à época, substituído por
Marin, atualmente respondendo a processo judicial nos Estados Unidos, acusado
de corrupção.
Assim, se os R$ 985 mil apurados
pela CPI correspondem aos 0,01%, conforme declaração de Marin à Receita
Federal, a parte da CBF (99,99%) seria igual a R$ 9,8 bilhões.
Lucro x isenção fiscal
O lucro da Copa é quase vinte
vezes os R$ 500 milhões que o governo federal deixou de arrecadar em impostos
(IPI, Imposto de Renda, IOF etc), com base na lei de isenção fiscal, para
empresas operadoras das Copa do Mundo e Copa das Confederações, aprovada pelo
Congresso Nacional.
Se continuar nesse ritmo de
investigações, com quebras de sigilos de cartolas, a CPI do Futebol, presidida
pelo senador Romário, avançará no objetivo principal de identificar quem ganha
com contratos milionários de jogos da Seleção Brasileira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário