Imagem: Globoesporte.com
O Marca da Espanha está
publicando cartas escritas pelas esposas dos jogadores da Chapecoense que
faleceram no desastre aéreo ocorrido na Colômbia em novembro do ano passado...
Nas cartas, a pedido do jornal, elas contam como tem
sido seus dias após a tragédia e o que tem feito para superar o imenso trauma.
Abaixo a carta de Girlene
Domingues, esposa do atacante Bruno Rangel...
Me chamo Girlene Rodrigues, sou
esposa de Bruno Rangel, falecido no acidente na Colômbia.
Não há palavras para poder exteriorizar
meus sentimentos.
Meus dias continua a ser enormes
vazios.
Me falta, nos falta, a peça mais
importante da nossa família.
Com Bruno se foi para sempre um
pedaço do meu ser.
Estávamos tão unidos que parecíamos
um só.
É muito duro saber que minha vida
nunca será como quando estava junto a ele e desfrutava de sua vitalidade.
Minha tortura começa quando
acordo.
Não o ver me entristece tanto que
seria impossível descrever a dor que sinto.
Acordar e não ter uma mensagem
sua dói...
Nunca mais me dirá: “Bom dia
minha flor”.
Às vezes penso que amanhã
acordarei e tudo será diferente, porque acredito que esta realidade nada mais é
que uma brincadeira de mal gosto.
Bruno era um marido maravilhoso.
Vivia para nós, sua família...
Eu, Daniel e Bárbara.
Não havia como pedir mais...
Nós o tínhamos todo, só para nós.
Éramos felizes, nossos filhos
saudáveis e ele estava vivendo um grande momento na Chapecoense, mas essa final...
esse voo...
Tudo se perdeu.
Me apego em Deus e em meus
filhos.
Neles encontro o único lugar onde
minha alma pode buscar consolo e refúgio.
Bruno era um homem que amava Deus
e se sentia bem em estar na igreja...
Agora me dou conta de que quando
Daniel e Bárbara estejam mais velhos eu lhe possa com orgulho do pai amoroso
que tiveram... um homem fiel, humilde e dono de um caráter exemplar.
Só me resta agradecer a Deus por
haver tido a oportunidade de compartilhar com Bruno esses anos maravilhosos em
que viemos juntos e que jamais irei esquecer.
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