Imagem: Diário AS
F-1 mais pé no chão e justa: o que os novos donos querem mudar na
categoria
Julianne Cerasoli
Do UOL
Tão logo a aquisição da Fórmula 1
foi aprovada pelo Conselho e a Federação Internacional do Automobilismo, o
grupo Liberty Media já arregaçou as mangas e tirou do comando da categoria o
todo-poderoso Bernie Ecclestone após mais de 40 anos.
E os norte-americanos, dispostos
a fazer o esporte voltar a crescer, têm prometido várias melhorias.
Porém, mesmo com a aquisição, o
Liberty Media não poderá mudar imediatamente o que é considerado um dos grandes
problemas estruturais do esporte: a divisão dos lucros.
Embora Casey tenha indicado o
desejo de retirar privilégios financeiros como o da Ferrari, os contratos
atuais têm validade até 2020.
O que os novos donos devem mudar na F-1
1. Mais corridas na América: e
isso não quer dizer apenas Estados Unidos. Os executivos do Liberty Media
querem pelo menos dois GPs por ano em seu país natal e já citaram cidades como
Miami, Las Vegas e Nova York como possíveis candidatas. Porém, a América do Sul
também faz parte dos planos de expansão, além da Ásia. Com isso, o calendário
deve bater recordes de etapas nos próximos anos.
2. Transmissão oficial pela
Internet: Melhorar a presença da Fórmula 1 nas plataformas digitais será uma
das prioridades dos novos donos, que já indicaram que deverão utilizar
mecanismos "economicamente competitivos" para disponibilizar as
corridas em streaming, além de aumentar a presença do esporte nas mídias
digitais.
3. Fim da 'ditadura'
centralizadora: Apesar de ser um negócio que movimenta bilhões de dólares, a
Fórmula 1 era operada por uma estrutura enxuta, baseada na figura central de
Ecclestone e em pessoas de sua confiança pessoal, muitas delas que trabalhavam
com ele desde os tempos de Brabham. Isso já começou a mudar com a divisão entre
a parte comercial e técnica e uma nova base de operações, mais ampla e com mais
funcionários. E as equipes também serão mais ouvidas na tomada de decisões.
"Uma das coisas que mais têm faltado para o esporte é o espírito de
parceria", identificou Carey. "Não podemos fazer mudanças
unilaterais."
4. Regras simples e estáveis: Uma
das grandes críticas à Fórmula 1 atual é sua complexidade, tanto das
tecnologias em si - como da unidade de potência híbrida, adotada em 2014 -
quanto das regras. E um dos primeiros desafios de Ross Brawn à frente da
direção técnica da categoria é simplificar as regras e torná-las mais
palatáveis ao espectador eventual.
5. Mudanças nos GPs: Os novos
donos ainda não apresentaram um plano concreto para mudar a programação dos
finais de semana de corrida. Porém, ao falar em ter "21 superbowls por
ano" Chase Carey explicou que a ideia é levar a F-1 para cidades grandes,
nas quais "as pessoas gostariam de ficar por quatro, cinco dias e
aproveitar para participar do evento.". Rodadas duplas e provas mais
curtas estão em discussão, assim como uma reformulação nos treinos livres, hoje
pouco atrativos para os fãs.
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