Imagem: Reuters
NBA rompe barreiras com jogos no México e em Londres
A liga se globaliza com a disputa de partidas oficiais fora dos Estados
Unidos
Robert Álvarez, para o El País
O México respirou os ares da NBA
na semana passada, e a arena O2, em Londres, vestiu traje de gala na
quinta-feira para servir de anfitriã à melhor liga de basquete do mundo.
Pau Gasol e os Spurs jogaram no
sábado contra o Phoenix Suns na Arena México, na capital mexicana.
No mesmo estádio, 19.874
espectadores assistiram, na quinta-feira, a outra partida oficial entre o
Phoenix e Dallas, com vitória dos Mavericks por 113 x 108.
No mesmo dia, em Londres, 18.689
pessoas acompanharam o jogo entre Denver e Indiana (140 x 112).
A mensagem é clara, a NBA é uma
liga que pretende ser a mais global possível e não poupará esforços nesse
sentido.
A NBA tem impulsionado os Global
Games há vários anos com a realização de jogos oficiais em diferentes países,
acompanhados por numerosos eventos promocionais.
A liga tem cada vez mais
jogadores nascidos fora dos Estados Unidos.
Nesta temporada, são 113, 25% do
total, e 10 deles são espanhóis, número recorde.
O interesse pela NBA fora dos EUA
se traduz em declarações de intenções, como a do prefeito da Cidade do México,
Miguel Ángel Mancera, que manifestou na semana passada seu interesse de que a
capital seja sede no futuro de uma franquia da liga.
O comissário da NBA, Adam Silver,
reiterou na quinta-feira, em Londres, seu desejo de aumentar o número de
partidas da temporada regular na Europa, embora considere necessário melhorar
os ginásios para seguir com o plano.
“Esperamos aumentar o número de partidas internacionais que disputamos.
Não temos planos específicos atualmente; tudo depende dos ginásios e interesse
dos mercados”, disse o comissário.
“Esta campanha alcançou um marco do ponto de vista internacional, com
25% dos jogadores da NBA nascidos fora dos Estados Unidos, e cerca da metade
deles é europeia. A Europa continua sendo um lugar importante para o
basquetebol. Esta é a sétima vez que jogamos na O2; é um recinto maravilhoso e
muito moderno. Acredito que os jogadores se sintam em casa aqui”, disse
Adams.
O colossal O2 Arena, que
novamente pendurou o cartaz “ingressos esgotados”,
reuniu nas primeiras fileiras dezenas de celebridades que foram assistir à
partida, entre elas, músicos como Ellie Goulding, James Bay e Little Mix,
jogadores de futebol como Pogba, Alexis, Pedro, Willian, Lukaku e Lucas Pérez,
ex-jogadores como Henry e Ballack, treinadores como Pochettino e Bilic,
designers como Ozwald Boateng e modelos como Xenia e Jourdan Dunn.
O presidente da Federação
Espanhola de Basquetebol (FEB), Jorge Garbajosa, também esteve em Londres.
“Estamos orgulhosos de ter 10 jogadores espanhóis na NBA, porque a
vitrine da melhor liga do mundo significa uma extraordinária promoção para
nosso basquete e porque demonstra que são valorizados, evidentemente, por seu
talento, mas também pelos valores que transmitem competindo”, comentou
Garbajosa.
“A NBA é uma referência em muitas questões. Estamos satisfeitos que
atualmente também seja um parceiro em projetos de divulgação do basquete, com a
Liga Jr. NBA-FEB, que nesta temporada vamos ampliar para mais cidades e
escolas.”
O presidente da FEB demonstrou
seu apoio a Juancho Hernangómez, jogador espanhol do Denver Nuggets.
“Este encontro é algo muito bonito para a Europa; para que todo o
continente possa ver um jogo da NBA ao vivo, uma experiência que ninguém pode
perder, algo que precisa ser feito pelo menos uma vez na vida”, disse
Hernangómez.
A NBA é acompanhada em 215 países
por meio de acordos com redes de TV em 49 idiomas, e com mais de 125.000 lojas
em 100 países dos seis continentes.
Além das partidas da competição,
a NBA também realiza jogos de pré-temporada em diversos países, sendo que os
últimos aconteceram em outubro, disputados pelo Oklahoma City contra o Real
Madrid e o Barcelona.
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