Imagem: Arquivo
Doha Olímpico versus Rio Olímpico.
Por Alberto Murray Neto.
Na análise técnica que a comissão
de avaliação do COI fez das cidades candidatas aos Jogos Olímpicos de 2016, o
Rio de Janeiro ficou na quinta colocação, atrás de Doha.
Assim, o Rio teria ficado fora da
rodada final de votação, não tivesse Doha se recusado a alterar a data
programada para os Jogos.
Em virtude do calor.
Doha queria fazê-los em outubro,
enquanto o COI exigia agosto.
Como Doha não acatou a
solicitação do COI, acabou sendo desclassificada e o Rio galgou a quarta
colocação, adquirindo, assim, o direito de ir à rodada de votações, que
aconteceria meses depois, na Dinamarca.
Durante muito tempo as
publicações especializadas mantinham o Rio como a candidatura tecnicamente mais
fraca.
Era o azarão do grupo.
O único apelo que o Rio tinha
para mostrar aos membros do COI era o fato de, pela primeira vez, levar os
Jogos Olímpicos para a América do Sul.
Em um dado momento as mesmas
revistas especializadas detectaram no seio do COI uma tendência favorável ao
Rio, mas ainda assim o consideravam uma candidatura tecnicamente fraca.
Do ponto de vista técnico,
realmente, os programas das demais cidades eram bem superiores ao do Rio de
Janeiro.
Se o COI quiser investigar as
acusações feitas pela imprensa francesa, um bom ponto será fazer a cronologia
dos fatos e observar porque, de uma hora para outra, o Rio saiu da condição de
azarão, sem que nenhuma alteração substancial tenha havido no seu projeto,
anteriormente reprovado pela mesma entidade que, ao final, deu-lhe a vitória.
Será necessário observar se algum
fator externo contribuiu para isso.
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