Imagem: Arquivo
Suspeita de espionagem gera mal-estar
entre CBF e federações
Relação sofreu forte abalo
Por Thiago Prado
A relação entre a CBF e a cúpula
das federações estaduais de futebol sofreu um abalo durante o mês de fevereiro.
Os cartolas achavam que estavam
sendo espionados pela entidade e o presidente Marco Polo Del Nero teve que se
meter para esclarecer o caso.
Eis o enredo conspiratório:
No dia 4 do mês passado, o
servidor da CBF sofreu um pesado ataque de hackers (segundo profissionais de
informática, houve cerca de 170 investidas por hora).
Para proteger o sistema, foi
preciso usar uma ferramenta digital que varreria tudo o que entrasse e saísse
do servidor da confederação.
Foi aí que começou a confusão.
Há cerca de dois anos, todas as
federações de futebol do país têm e-mails com a terminação @cbf.
A medida foi tomada para ajudar
federações de estados menos favorecidos economicamente – antes, havia entidades
que usavam e-mails do Gmail ou Hotmail para se comunicar institucionalmente.
No mesmo mês do ataque dos
hackers, presidentes de federação começaram a notar que todas as mensagens que
chegavam ou saíam de suas máquinas eram copiadas para um e-mail chamado pegatudo@cbf.com.br.
O endereço havia sido criado pelo
diretor de TI, Fernando França, para checar a validade e licitude da origem das
mensagens – e não para monitorar conteúdos.
Fernando França chegou a contratar
a Ernst & Young para fazer uma auditoria e provar que não estava espionando
ninguém.
Diversas reuniões foram marcadas
para explicar o que havia acontecido.
Tudo em vão.
Até hoje, há cartolas achando que
foram monitorados pela CBF.
O que os dirigentes ignoram é
que, se de fato quisesse fazer algo ilegal, França poderia ter tido acesso às
mensagens como qualquer setor de TI de empresa privada.
Não era preciso criar o pegatudo@cbf.com.br.
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