Imagem: Autor Desconhecido
Inserir o Esporte No Debate Presidencial
Por Alberto Murray
O esporte está unido, como poucas
vezes se viu, para derrubar a nefasta MP 841 que, praticamente, liquida com o
segmento.
O mesmo Estado que promoveu os
Jogos Olímpicos e que tanto enalteceu o legado que viria, de supetão, extermina
com qualquer esperança de desenvolvimento físico e esportivo da nação.
Desnecessário repisar que a
atividade esportiva deve ser questão de Estado porque se trata de saúde pública,
educação e, também, segurança pública.
Ou revoga-se a MP 841, ou
asfixia-se o esporte.
Devemos ter em mente que esse
governo está em seus estertores.
Em praticamente meio ano teremos
um novo Presidente (ou nova Presidente), eleito pelo voto direto.
Vasculhei o que os pré-candidatos
teriam proposto, até este momento da campanha, no quesito esporte.
Não encontrei nada.
Não há, até agora, nenhum
candidato, ou candidata, que tenha ocupando-se de inserir em seus planos de
governo a questão esportiva.
É como se o esporte não existisse
para eles.
E isso é incrível, em um País que
gastou bilhões para realizar grandes eventos esportivos.
Por isso que a união do esporte
não pode cingir-se a debater a revogação da infausta MP 841.
A comunidade esportiva deve
aproveitar o instante para cobrar, dos presidenciáveis, propostas para esporte,
desde a base, passando pelas escolas, universidades, clubes, Forças Armadas,
até o alto rendimento.
Há poucos dias publiquei neste
espaço algumas propostas que julgo importantes para a criação de uma política
de Estado para o esporte brasileiro.
A discussão central em torno do
esporte não reside no fato se o próximo presidente transformará a Pasta em
Secretaria, ou se a manterá como Ministério.
Isso é irrelevante.
O ponto principal é ter um órgão
que efetivamente funcione, que seja prestigiado pela Presidência da República,
com a atribuição de massificar a prática esportiva e criar as estruturas
sólidas de uma política nacional de esporte, trabalhando em consonância com os
Ministérios da educação, saúde, com os Comitês Olímpico e Paraolímpicos,
Confederações, Federações, Ligas, Clubes, Escolas e Universidades.
E, claro, que o nome que vier a
liderar esse processo, seja como Ministro, ou Secretário, alguém positivamente
ligado à área, assim como sua equipe.
Que a união dos esportistas e das
entidades vá além da briga pela derrocada da famigerada MP 841 e pense adiante,
no que acontecerá depois.
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