domingo, outubro 14, 2018

A via crucis das famílias dos mortos no acidente da Chapecoense...

Imagem: Autor Desconhecido

Familiares das vítimas do acidente em 2016 do avião que transportava a equipe da Chapecoense para a Colômbia estiveram neste sábado na Bolívia e não obtiveram nenhuma posição da seguradora contratada pelas linhas aéreas Lamia.

Fabienne Belle (foto), presidente da Associação de Familiares e Amigos das vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C), declarou no aeroporto de Santa Cruz que sua visita em busca de informações sobre o avanço das investigações e de indenização das famílias encontrou “resistência da seguradora”.

"Não nos deram nenhuma informação”, lamentou Belle, esposa do fisiologista do clube, Cezinha, que morreu no acidente.

Depois de quase 24 meses do acidente em que morreram 71 pessoas das 77 que estavam a bordo do avião, a situação “continua a mesma”.

Porém, Belle ressalta que a única boa notícia que recebeu foi o apoio do diretor da Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC), o general Celier Aparício Arispe.

Porém, um mês depois as autoridades bolivianas consideraram válida a apólice e que a seguradora estava obrigada a pagar as indenizações.

Buscando ganhar tempo, a BISA estabeleceu um fundo humanitário para pagar um montante as famílias afetadas, mas ao aceitar este pagamento os familiares perdem o direito de processar os eventuais responsáveis no futuro quando se encerrarem as investigações, ainda em curso no Brasil, na Bolívia e na Colômbia.

O advogado boliviano Rómulo Peredo sustenta que a seguradora ao que parece “está esperando que se vença o prazo” para não pagar “nenhum centavo”.

Segundo o jurista, o prazo vence em novembro deste ano.

Peredo disse ainda que a seu juízo, este fundo apenas pretende calar as famílias.

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