Imagem: Autor Desconhecido
Familiares das vítimas do
acidente em 2016 do avião que transportava a equipe da Chapecoense para a
Colômbia estiveram neste sábado na Bolívia e não obtiveram nenhuma posição da
seguradora contratada pelas linhas aéreas Lamia.
Fabienne Belle (foto), presidente da
Associação de Familiares e Amigos das vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C), declarou
no aeroporto de Santa Cruz que sua visita em busca de informações sobre o
avanço das investigações e de indenização das famílias encontrou “resistência
da seguradora”.
"Não nos deram nenhuma informação”,
lamentou Belle, esposa do fisiologista do clube, Cezinha, que morreu no
acidente.
Depois de quase 24 meses do acidente
em que morreram 71 pessoas das 77 que estavam a bordo do avião, a situação “continua
a mesma”.
Porém, Belle ressalta que a única
boa notícia que recebeu foi o apoio do diretor da Direção Geral de Aeronáutica
Civil (DGAC), o general Celier Aparício Arispe.
Porém, um mês depois as
autoridades bolivianas consideraram válida a apólice e que a seguradora estava
obrigada a pagar as indenizações.
Buscando ganhar tempo, a BISA
estabeleceu um fundo humanitário para pagar um montante as famílias afetadas,
mas ao aceitar este pagamento os familiares perdem o direito de processar os
eventuais responsáveis no futuro quando se encerrarem as investigações, ainda
em curso no Brasil, na Bolívia e na Colômbia.
O advogado boliviano Rómulo
Peredo sustenta que a seguradora ao que parece “está esperando que se vença o
prazo” para não pagar “nenhum centavo”.
Segundo o jurista, o prazo vence
em novembro deste ano.
Peredo disse ainda que a seu
juízo, este fundo apenas pretende calar as famílias.
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