Imagem: Ueslei Marcelino/Reuters
Entre cochilos, vaias e gritos
de olé
Na estreia da Copa América,
Seleção Brasileira bate Bolívia por 3 a 0 e lidera o Grupo A, mas vence sem
convencer contra um fraco adversário.
Por Pedro Henrique Brandão
Sobre o primeiro tempo basta
dizer que este que vos escreve cochilou durante a peleja, tamanha era preguiça
e inércia do selecionado brasileiro frente a uma Bolívia que pouco ou nada
produzia ofensivamente.
Foram 45 minutos de pura chatice
no Morumbi.
Não deu outra, ao apito final de
Néstor Pitana, a torcida paulistana exerceu seu direito e que em casos como o
terrível primeiro tempo, passa a ser um dever de quem está nas arquibancadas e
vaiou a saída do time no intervalo.
As vaias devem ter ecoado nos
vestiários do Morumbi e a postura na volta ao gramado mudou.
Nada que realmente demonstrasse
alguma melhora, até pelo grupo fruto da equivocada convocação de Tite, mas ao
menos existia a intenção de atacar.
Logo no primeiro minuto da etapa
complementar, numa dessas descidas ao ataque, o VAR recomendou a revisão de um
lance dentro da área boliviana após cruzamento de Richarlison em que a bola
bateu no braço do zagueiro.
Pitana apontou a marca da cal e
facilitou a vida da Seleção Brasileira.
Coutinho converteu a cobrança e
abriu o caminho da vitória.
Dois minutos depois, o mesmo
camisa 11 aproveitou cruzamento de Roberto Firmino e anotou o 2 a 0.
A Bolívia respeitou sua própria
fragilidade e não tentou nenhuma reação.
Assim o jogo ficou propício para
Tite testar opções. Gabriel Jesus no lugar de Firmino, Éverton Cebolinha no
lugar de David Neres e Richarlison deu lugar a Willian.
Daqueles que entraram, Willian e
Jesus não fizeram nada que os coloque como titulares na próxima partida, apesar
de tudo indicar que o camisa 9 retome a titularidade.
Quem aproveitou a oportunidade
foi Cebolinha, que provou merecer a vaga na seleção e que pode ser muito útil
na campanha.
Em jogada individual o atacante
do Grêmio driblou dois marcadores e bateu no ângulo.
Um golaço de Éverton Cebolinha
que fechou a conta em 3 a 0 e alegrou o final de noite dos mais de 47 mil presentes
no Cícero Pompeu de Toledo e de quem cochilou no sofá de casa durante o
monótono primeiro tempo.
A vitória sobre o fraco time
boliviano não convence, mas ao menos tira o peso folclórico da camisa branca
que a CBF resgatou para esta Copa América e não era usada oficialmente desde o
fatídico Maracanazzo.
Porém para ir além na competição,
o Brasil precisa evoluir, mas com algumas peças o desempenho não deve mudar
muito, já que Tite apostou num time mais experiente para salvar seu pescoço no
comando da seleção.
Nenhum comentário:
Postar um comentário