segunda-feira, março 02, 2020

Alegria no baile... ABC 8x0 Palmeira de Goianinha.

Imagem: Mateus Biston/Universidade do Esporte

Alegria no baile abecedista

No Frasqueirão, mesmo sem sua força máxima, o ABC massacrou o Palmeira de Goianinha, venceu por 8 a 0 e segue 100% no Campeonato Potiguar

Por Pedro Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte

Nem o mais otimista abcedista esperava o absurdo placar de 8 a 0.

Por isso, apenas 809 pessoas foram ao Frasqueirão no final da tarde chuvosa de domingo, para assistir à partida contra o Palmeira.

Francisco Diá poupou alguns jogadores, provavelmente, em razão do confronto da próxima quinta-feira, quando jogará pela Copa do Brasil, no Maracanã, contra o Vasco da Gama, com R$ 1,5 milhão em jogo.

A posição ocupada pelo Palmeira na classificação do campeonato poderia sugerir além do favoritismo para o ABC, uma certa facilidade para os donos da casa, mas quando Zandick Gondin apitou o início da partida, José Alisson, atacante do Palmeira, foi quem primeiro chutou a gol e exigiu grande defesa de Rafael.

Foi a única finalização do Palmeira no primeiro tempo, talvez a única demonstração de lucidez do time de Goianinha, que depois disso, foi completamente dominado e massacrado pelo ABC.

A debilidade do Palmeira era tamanha, que poucas vezes me recordo de ter visto um time, dito profissional, tão frágil.

O lateral-direito Eron dava todos os espaços possíveis aos atacantes do ABC, o meio-campo alviverde foi uma total bagunça durante toda a partida e o goleiro Evandrízio, esse parecia estar em outra dimensão ao querer driblar dentro da própria área e protagonizar momentos rocambolescos.

Para lidar com tanta falta de qualidade, o ABC precisou de muita atenção e foi assim que Berguinho abriu o placar aos 5 minutos, num belíssimo chute de fora da área.

O atacante ainda faria mais dois gols no segundo tempo e saiu do gramado com seu hat-trick.
Com o caminho aberto por Berguinho, os gols foram saindo naturalmente. Paulo Sérgio, Cedric (duas vezes), Jaílson e Pedrinho.

Este último, inclusive, uma grande novidade no ABC. Pedrinho entrou na etapa final e dominou o meio-campo do Alvinegro com muita classe nos passes e visão de jogo para colocar os companheiros na cara do gol em várias oportunidades.

Seu gol surgiu justamente do reconhecimento da torcida que gritou seu nome na hora do pênalti que seria cobrado por Núbio Flávio.

Em momento algum — vale ressaltar — o ABC se desligou da partida, muito em função das cobranças de Francisco Diá, que esteva muito agitado na área técnica e orientou seus atletas do início ao fim.

O treinador sabe da importância do saldo de gols e, principalmente, velho que é no futebol, Diá sabe que a forma mais respeitosa de enfrentar um time frágil é jogar no mais alto nível possível.

O batido clichê “poderia ser mais”, que sempre é dito num baile como o da partida de hoje, faz todo sentido e se faz necessário em ABC 8 a 0 Palmeira.

Poderia ter sido muito mais, não fosse o ABC, claramente, diminuir o ritmo e se o chute de Marlon tivesse sido validado como gol já que, de acordo com os jogadores alvinegros, a bola teria furado a rede e saído pela linha de fundo.

O repórter do programa Universidade do Esporte e da Rádio Universitária — 88.9, Lucas Costa fez uma foto que mostra o furo na rede, mas a arbitragem não assinalou o tento.

Confesso que a sensação que tive da cabine de imprensa, em tempo real, foi de bola fora, a história vale, porém, pelo folclore do dia em que o ABC venceu por 8 a 0, mas poderia ter sido 9.

Pelo lado do Palmeira, é preciso repensar seriamente os rumos do futebol do clube, pois o que se viu na noite deste domingo no Frasqueirão foi um time semiamador disputando um campeonato profissional.

Um vexame.

O desalento no semblante dos atletas fala muito sobre o caos que vive o time de Goianinha.

Mesmo contra um péssimo adversário e que esteve em noite terrível, o ABC fez um bom jogo, produziu muito ofensivamente — foram 25 chutes ao gol — manteve o 100% no Potiguar e fez um treino de luxo para o jogo contra o Vasco, o mais importante do 2020 abecedista até agora, afinal, encarar uma partida grande depois de golear por 8 a 0, pode dar uma confiança extra para os abecedistas.

Imagem: Mateus Biston/Universidade do Esporte

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