Imagem: Mateus Biston/Universidade do Esporte
Alegria no
baile abecedista
No
Frasqueirão, mesmo sem sua força máxima, o ABC massacrou o Palmeira de
Goianinha, venceu por 8 a 0 e segue 100% no Campeonato Potiguar
Por Pedro
Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte
Nem o mais
otimista abcedista esperava o absurdo placar de 8 a 0.
Por isso, apenas
809 pessoas foram ao Frasqueirão no final da tarde chuvosa de domingo, para
assistir à partida contra o Palmeira.
Francisco Diá
poupou alguns jogadores, provavelmente, em razão do confronto da próxima
quinta-feira, quando jogará pela Copa do Brasil, no Maracanã, contra o Vasco da
Gama, com R$ 1,5 milhão em jogo.
A posição
ocupada pelo Palmeira na classificação do campeonato poderia sugerir além do
favoritismo para o ABC, uma certa facilidade para os donos da casa, mas quando
Zandick Gondin apitou o início da partida, José Alisson, atacante do Palmeira,
foi quem primeiro chutou a gol e exigiu grande defesa de Rafael.
Foi a única
finalização do Palmeira no primeiro tempo, talvez a única demonstração de
lucidez do time de Goianinha, que depois disso, foi completamente dominado e
massacrado pelo ABC.
A debilidade
do Palmeira era tamanha, que poucas vezes me recordo de ter visto um time, dito
profissional, tão frágil.
O
lateral-direito Eron dava todos os espaços possíveis aos atacantes do ABC, o
meio-campo alviverde foi uma total bagunça durante toda a partida e o goleiro
Evandrízio, esse parecia estar em outra dimensão ao querer driblar dentro da
própria área e protagonizar momentos rocambolescos.
Para lidar
com tanta falta de qualidade, o ABC precisou de muita atenção e foi assim que
Berguinho abriu o placar aos 5 minutos, num belíssimo chute de fora da área.
O atacante
ainda faria mais dois gols no segundo tempo e saiu do gramado com seu
hat-trick.
Com o caminho
aberto por Berguinho, os gols foram saindo naturalmente. Paulo Sérgio, Cedric
(duas vezes), Jaílson e Pedrinho.
Este último,
inclusive, uma grande novidade no ABC. Pedrinho entrou na etapa final e dominou
o meio-campo do Alvinegro com muita classe nos passes e visão de jogo para
colocar os companheiros na cara do gol em várias oportunidades.
Seu gol
surgiu justamente do reconhecimento da torcida que gritou seu nome na hora do
pênalti que seria cobrado por Núbio Flávio.
Em momento
algum — vale ressaltar — o ABC se desligou da partida, muito em função das
cobranças de Francisco Diá, que esteva muito agitado na área técnica e orientou
seus atletas do início ao fim.
O treinador
sabe da importância do saldo de gols e, principalmente, velho que é no futebol,
Diá sabe que a forma mais respeitosa de enfrentar um time frágil é jogar no
mais alto nível possível.
O batido
clichê “poderia ser mais”, que sempre é dito num baile como o da partida de
hoje, faz todo sentido e se faz necessário em ABC 8 a 0 Palmeira.
Poderia ter
sido muito mais, não fosse o ABC, claramente, diminuir o ritmo e se o chute de
Marlon tivesse sido validado como gol já que, de acordo com os jogadores
alvinegros, a bola teria furado a rede e saído pela linha de fundo.
O repórter do
programa Universidade do Esporte e da Rádio Universitária — 88.9, Lucas Costa
fez uma foto que mostra o furo na rede, mas a arbitragem não assinalou o tento.
Confesso que
a sensação que tive da cabine de imprensa, em tempo real, foi de bola fora, a
história vale, porém, pelo folclore do dia em que o ABC venceu por 8 a 0, mas
poderia ter sido 9.
Pelo lado do
Palmeira, é preciso repensar seriamente os rumos do futebol do clube, pois o
que se viu na noite deste domingo no Frasqueirão foi um time semiamador
disputando um campeonato profissional.
Um vexame.
O desalento
no semblante dos atletas fala muito sobre o caos que vive o time de Goianinha.
Mesmo contra
um péssimo adversário e que esteve em noite terrível, o ABC fez um bom jogo,
produziu muito ofensivamente — foram 25 chutes ao gol — manteve o 100% no
Potiguar e fez um treino de luxo para o jogo contra o Vasco, o mais importante
do 2020 abecedista até agora, afinal, encarar uma partida grande depois de
golear por 8 a 0, pode dar uma confiança extra para os abecedistas.
Imagem: Mateus Biston/Universidade do Esporte
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