Um grupo de advogados
representante de cerca de 80 ex-jogadores da Liga de Rúgbi do Reino Unido alega
que mais de 400 ex-atletas, amadores ou profissionais, perderam a vida
precocemente por causa de lesões cerebrais sofridas nos jogos...
"Acreditamos que mais de
400 jogadores de rúgbi, sejam de alto rendimento ou amadores, morreram
prematuramente na última década devido a problemas relacionados com danos
cerebrais na prática do esporte", afirma Richard Boardman, advogado da
Rylands Legal, citado, pelo jornal britânico "The Guardian".
Os advogados, liderados por
Boardman, vão tomar as primeiras medidas legais contra a Rugby Football
League, por considerar esta responsável, e solicitam "alterações
substanciais e imediatas" regulamentares para evitar que mais
jogadores sofram sequelas semelhantes a médio e longo prazo...
"É um problema urgente e
imediato e é por isso que mudanças têm de ser feitas agora. Desde setembro [de
2021], quando contatámos, pela primeira vez, a Rugby Football League, muitas coisas
já mudaram na tentativa de tornar o jogo mais seguro para os atletas em
atividade", revelou o advogado da Rylands Legal.
A ação judicial contra a RFL,
assegura "firmemente" Boardman, "não é um ataque"
à entidade desportiva inglesa, mas uma tentativa também "para
ajudar", através de cuidados e compensações, os aposentados "com
danos cerebrais", situação descrita pelo advogado como uma "epidemia
absoluta"...
O grupo de advogados está a encontrando
receptividade.
Boardman detalhou que, "a
cada semana", muitos jogadores de rúgbi do Reino Unido juntam-se ao
processo judicial contra a RFL...
Francis Maloney, ex-jogador
inglês, revelou ter sido diagnosticado com demência de início precoce e
provável encefalopatia traumática crônica.
O jornal "The Guardian" informa que virtude do diagnóstico de Maloney, aumentou muito os apelos para que Rugby Football League imponha limites ao contato em situações de treino para minimizar o risco de contrair danos cerebrais.
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