O Rio Grande do Norte estreou na noite passada na Copa do Brasil e com base no regulamento da competição, os resultados não podem ser considerados de todo ruins.
Em Mossoró o Potiguar empatou com o Bahia por 2x2 e talvez esse tenha sido o pior resultado, pois a equipe mossoroense, terá decidir sua sorte na competição na casa do adversário.
O América foi a Aracaju e perdeu para o Confiança por 3x2 e vem para o Machadão tendo que vencer, já que nenhum outro resultado resolve a vida dos rubros.
Possivelmente a melhor definição para esse jogo seja a seguinte: o América jogou em Aracaju o mesmo que tem jogado por aqui e o Confiança jogou o mesmo que anda jogando por lá, mas como as duas equipes se equivalem e o Confiança está melhor lá do que o América está aqui, nada mais natural que vencesse o time da casa...
Mas, como em confronto de equivalentes, o fator casa pode influenciar favoravelmente, a vitória do América no jogo da volta não deve ser considerada tarefa impossível.
Mesmo tentando demonstrar tranqüilidade diante do inesperado empate, é inegável uma pontinha de decepção entre os torcedores do alvinegro após descobrirem que o Nacional Fast Club, ao menos em Manaus, não estava disposto a bancar o “pato no tucupi” a ser devorado facilmente pelo ABC...
As informações que chegam é que o ABC dominou, jogou bem, mas...
E esse, mas, tem sido o maior problema que a maioria dos times e seleções do mundo tem enfrentado ao longo da história; a Hungria dominou a Copa de 54, mas... O Brasil foi absoluto em 50 e 82, mas... A Holanda deu um passeio na Alemanha, mas...
O mas é um poderoso adversário e fica ainda mais forte, quando o oponente é visto como apenas um coadjuvante sem maiores pretensões.
Pessoalmente, evitei tratar do assunto antes da partida, pois minhas informações sobre o Nacional Fast Club eram apenas as pinçadas nos jornais manauaras e, portanto, sem grande consistência.
Porém, quase me deixei levar pelo melodioso canto da sereia e por pouco não caio no embalo do “vamos matar esse jogo lá mesmo”...
Meus motivos não tinham causa nos 15 dias de treinamento da equipe amazonense e nem tão pouco no “container de jogadores” por lá desembarcado, mas na figura exótica do treinador fastiano.
Napoleone Júnior, fala muito e como adora os holofotes da imprensa amestrada e sensacionalista, que vive de promoção de eventos, e não da divulgação dos fatos, chegou a se submeter a empurrar junto com seus “craques” um “rolo compressor” na pista de atletismo do estádio, diante das câmeras para uma “matéria” panfletária que tinha o intuito tirar de casa, torcedores e, levá-los ao estádio.
Para ser franco, não sei quantos “gatos pingados” foram ao Vivaldo Lima, mas muitos ou poucos, a impressão deixada pela imagem do treinador e seus “craques” empurrando o tal rolo compressor, foi a dos animados times da várzea paulista e carioca.
Sobre o episódio envolvendo o treinador Heriberto da Cunha e a Policia Militar do Amazonas, nada a declarar, pois cada um terá uma versão e normalmente, a versão nunca corresponde aos fatos.
Agora, resta ao ABC, fazer valer seu melhor entrosamento e vencer o jogo da volta no Maria Lamas Farache.