domingo, março 01, 2009

Entre manter-se no cume e voltar a base, a escolha é fácil...

Relutei sobre escrever sobre o assunto, precisava de mais informações, queria ser justo e honesto, pois o assunto não estaria restrito apenas a um presidente de um clube e seu diretor técnico, ex-jogador, alguns diretores e um ídolo que por um punhado de diversão barata, se dissolve e reduz a pó um nome que construiu com suor e técnica refinada.


Nessa história está um personagem que conheço, conheço desde o tempo em que menino tentava se infiltrar na turma dos mais velhos, participar das peladas, das conversas fiadas de fim tarde ou varar madrugadas na “ponta oeste” do bloco F da Superquadra Sul 214 em Brasília.


O presidente em questão é o Senhor Andrés Sanches do Sport Club Corinthians Paulista, que segundo boa parte da imprensa paulista, transita com desenvoltura tanto pelo submundo dos empresários lotéricos, como pelas altas esferas de máfia russa, cujo maior representante é Kiavash Joorabchian, jovem bem nascido sob o Império do Xá Reza Pahlevi no Iran...


O diretor técnico é Antonio Carlos Zago, ex-jogador e que encerrou sua carreira com a mancha de tentar imaginar-se membro da Knights White Carmelia ao insultar um companheiro de profissão negro...


Logo Antonio Carlos, que sem o futebol e sua facilidade de tornar medíocres em ídolos e nulidades em gênios, teria terminado seus dias como mais um “Zé ninguém” em sua interiorana Presidente Prudente.


O ídolo é Ronaldinho, ou Ronaldo Nazário que menino encantou a todos com seu vistoso futebol e que adulto se desfaz com fumaça, maculando uma carreira brilhante e que, apesar das contusões, ainda poderia ser trilhada e encerrada com grandeza e dignidade...


Mas, infelizmente, Ronaldinho, enveredou pelos corredores estreitos, escuros e sujos de um mundo onde habitam seres corrompidos pela ganância, fragilidade emocional, frivolidade e que doentes, consomem e são consumidos pela “curtição”, pelos escândalos e pelas “viagens” em órbita do inferno.

O personagem que conheço, trata-se de Mauro Naves, jornalista da Rede Globo de televisão que conheci ainda “moleque” na SQS 214 sul em Brasília quando lá morei...

Bonito, Maurinho (assim era conhecido) provocava disparos nos corações das jovenzinhas da quadra (minha irmã entre elas), educado, sorridente, bom papo, apesar de meninote, Maurinho era querido por todos...


Nas peladas de fim de tarde no estacionamento em frente ao bloco F, Maurinho por ser pequeno e mais novo, nunca conseguiu participar, mas sentava e observava as “renhidas batalhas” entre Walter, Jarbas, Paulinho, Santo, Wilton, Nanico, Júlio César, eu e tantos quanto tivesse coragem de expor seus joelhos, cotovelos, mãos e outras partes do corpo aos invitáveis tombos no asfalto...


Seria hoje, mero exercício de adivinhação, mas talvez ali, Mauro Naves tenha começado a pensar em jornalismo esportivo...


Mauro cresceu, conquistou seu diploma, abriu seus espaços com competência e chegou a cume da montanha; a Rede Globo de Televisão...


Méritos ele os tem, mas essa semana um fato me entristeceu, me fez pensar no “moleque” boa gente que “peruava” vaga nas peladas da 214 sul e que alcançou o sucesso por muitos desejado...


Mauro Naves estava em Presidente Prudente, durante a passagem do Corinthians pela cidade, participou de uma churrascada onde a cúpula do alvinegro paulista e a cúpula política da cidade se deliciava com a presença de Ronaldinho e alguns “craques” corintianos...


Segundo se comenta, houve excessos, bebida a vontade e alguns aditivos tão comuns nas festas da elite que financia os negócios de gente como Amon de Magalhães Lemos, Thiago Vasconcelos Tauil e outros que mesmo ausentes compulsoriamente, fizeram fama e fortuna entre o topo e as escadarias dos morros cariocas.


Mauro estava lá e silenciou, mesmo depois que Andrés Sanches, Antonio Carlo Zago e Ronaldinho, vararam a madrugada na Pop’s Drinks, casa onde homens buscam “auxilio” feminino, num dia em que todos no Corinthians tinha que se apresentar no hotel às 23 horas, mas Ronaldo só chegou às 5 horas deixado na porta por seus chefes...


Mauro soube e silenciou, calou-se, manteve as aparências, protegeu o ídolo, cedeu ao clube grande e negou sua profissão...


Infelizmente, é assim que o poder tritura os homens e é assim que massa inculta, crédula e despida de senso critico é manipulada...


Nada precisa ser dito, basta o silencio, basta só divulgar as coisas boas e as verdades oficiais.

 

 

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