O Estado do Rio Grande do Norte tem entre seus habitantes, 405.812 pessoas que vivem com uma renda per capita que não ultrapassa os 70 reais, mês...
Algo em torno de 2,33 reais por dia.
O número significa 12,81% da população do Estado acorda todos os dias para tentar sobreviver com as migalhas que por ventura consegue amealhar, até que a noite chegue e o cansaço e o desanimo lhes façam companhia, enquanto a desesperança lhes espera em um leito sujo de alguma marquise ou barraco construído com restos catados...
Para essa gente, não haverá nenhum legado após 2014...
Provavelmente, muitos não sobreviverão até lá.
Para essa gente, pouco importa se teremos no futuro, um, dois, três ou mais estádios de futebol para abrigar jogos inexpressivos...
Para eles, um pequeno pedaço de terra onde seus corpos possam se decompor em paz, já será uma “conquista”.
Ontem mais três partidas deram seguimento à sétima rodada do Campeonato Brasileiro da Série B...
O Paraná, jogando em casa venceu o Icasa por 2x0.
Os gols que garantiram a liderança provisória da competição com 14 pontos foram marcados por Lima e Jefferson Maranhão.
Em Recife, o Sport mais uma vez decepcionou sua torcida e ficou no 0 a 0 com o Criciúma.
Nas Minas Gerais, o Boa Esporte Club (ex Ituiutaba) venceu na cidade de Varginha, o Grêmio Barueri por 2x0.
Os gols foram marcados por Thiago Carvalho e Carlos Magno.
Na final da Taça Libertadores da América, chutes, socos, bofetões e “voadoras” compuseram a paisagem do gramado do estádio do Pacaembu, em São Paulo.
O senso comum, imediatamente apontou o indicador na direção dos uruguaios...
Errou!
O responsável, ou irresponsável, pela pancadaria tem nome, idade e filiação...
Quem o identificou, não foi nenhum órgão de imprensa do Uruguai, mas sim, a rede Globo de televisão e o site “Santos Total”...
Seu nome?
Eric Delbosque, de 18 anos...
Seu pai?
Osvaldo Nico Delbosque.
Sua intenção?
Tirar uma onda com os uruguaios...
Sua garantia?
A esmagadora presença de torcedores santistas e a equipe do Santos que comemorava a brilhante vitória.
O resultado?
Apanhou...
Depois de liberado pela polícia militar, Eric Delbosque soube que está proibido de ir a estádios, pois segundo seu pai, Osvaldo Nico Delbosque, delegado titular da Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista, ele não será punido pela justiça, mas sim, por ele mesmo.
“Ele está proibido por mim de frequentar estádios”, disse o papai rigoroso.
Pronto, tudo resolvido.
Eric Delbosque está livre da justiça, mas talvez, ainda vá precisar de muito tempo para limpar da cara e do corpo, o azul e branco e o preto e amarelo que os uruguaios deixaram impressos nele.
O jornalista Ailton Medeiros foi convidado pelo empresário Marcelo Malafaia para escrever a história do Botafogo Futebol e Regatas, a partir da mística 7.
Caicoense, enamorado pelo Rio de Janeiro e apaixonado pelo Botafogo, Ailton Medeiro ainda não confirmou se vai aceitar o convite.
Lançamento do livro está marcado para novembro.
O tema do livro se baseia na mística camisa 7 do alvinegro carioca.
Em 1948, quando o Botafogo adotou a numeração em suas camisas, a 7 foi usada pela primeira vez por Paraguaio, mas foi no final da década de cinquenta que Garrincha a eternizou.
Depois de Garrincha, Jairzinho, o “Furacão da Copa de 1970”, e ídolo do clube a usou por um período, até trocá-la pela, 10.
Sem Garrincha e Jairzinho, a camisa 7 somente voltou a brilhar em 1989, quando Maurício, após 21 anos de espera, marcou o gol da vitória botafoguense sobre o Flamengo, que deu ao Botafogo o título de Campeão Carioca daquele ano.
De lá para cá, não foram muitos os jogadores que o honraram a tradição do número 7, mas em 1995, Túlio Maravilha que usava o número 9 às costas, passou a envergar a 7 em função do contrato assinado com a Seven Up e com ela, fez história no clube.
O último a usar a camisa 7 com algum sucesso foi Dodô...
Desde então, o Botafogo espera um novo dono da mística 7...
Bem, mas isso espero eu, será um assunto para Ailton Medeiros destrinchar.
1962 - Gilmar; Lima, Mauro, Dalmo e Calvet; Zito, Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé (Pagão) e Pepe.
Técnico: Luís Alonso Peres (Lula).
1963 - Gilmar; Lima, Mauro, Dalmo e Calvet; Zito, Dorval e Geraldino; Coutinho, Pelé e Pepe.
Técnico: Luís Alonso Peres (Lula).
2011 - Rafael; Danilo, Edu Dracena, Durval e Léo (Alex Sandro); Adriano, Arouca, Elano e Paulo Henrique Ganso (Pará); Neymar e Zé Eduardo.
Técnico: Muricy Ramalho.
Essas foram às equipes utilizadas pelo Santos FC para vencer o Peñarol em 1962, o Boca Juniors em 1963 e novamente o Peñarol em 2011...
As duas primeiras se tornaram lendárias e, sua história será contada e recontada até o fim dos tempos.
A terceira, não se equipara a nenhumas das duas anteriores, mas 48 anos depois, escreveu na noite de ontem, mais uma página gloriosa na história do Santos Futebol Clube...
Não foi uma história fácil de ser escrita, mesmo que o adversário tenha apenas jogado para não perder, nas duas vezes que enfrentou Ganso e companhia.
O Penãrol de ontem, não era nem sombra do Peñarol que fez história na década de 60...
Ontem, o perigo não estava em quem vestia as camisas pretas e amarelas, mas na mística dessas camisas...
Entretanto, nem o forte esquema defensivo e nem tão pouco a mística foram capazes de deter uma nova e brilhante geração cultivada na Vila Belmiro...
Imagino a imensa nostalgia que tomou conta do coração dos torcedores do Peñarol, quando viram a bola entrar no chute de Neymar...
Imagino que a maioria deles lembrou que um dia, no lugar que hoje joga Sosa, jogaram Luis Maidana e Ladislao Mazurkiewicz.
O América enfrentou o Palmeira de Goianinha e empatou em 1 a 1...
Poti abriu o marcador para o Palmeira e Ivan González, empatou.
Não vi o jogo, mas devo confessar que esse empate, diferente da derrota contra o Santa Cruz de Recife, preocupou.
No jogo contra o Santa Cruz havia uma clara vantagem pró Santa Cruz...
A equipe pernambucana, recém-campeã estadual, entrou em campo entrosada, taticamente definida e fisicamente pronta...
O América, não.
A equipe rubra, a bem pouco tempo, ainda se dedicava ao aprimoramento das condições físicas de seus novos jogadores e, seu treinador, ainda estava na fase dos ajustes...
Perder por 3 a 0 não foi em nada anormal.
Já ontem, o adversário estava gozando “férias”.
Ainda sob o peso da perda de seu ex-presidente, Luiz de Paula, assassinado na noite de terça-feira, juntamente com seu irmão, Adilson de Paula, o São Caetano jogou ontem contra o Duque de Caxias e venceu por 4 a 2.
Os gols do São Caetano foram marcados por Antônio Flávio, Thiago Martinelli, Allan e Souza, enquanto, Somália e Tiaguinho, marcaram para o Duque de Caxias.
O resultado coloca o São Caetano, temporariamente na oitava posição na tabela de classificação com nove pontos...
O Duque de Caxias, continua na última posição com apenas 2 pontos conquistados em sete jogos.
Passes errados e conclusões deficientes, aliadas a baixa qualidade técnica do jogo, contribuíram para o insosso 0 a 0 entre Bragantino e Guarani na partida que abriu a sétima rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
O Guarani chegou aos 9 pontos e ocupa temporariamente a sétima posição.
Já o Bragantino, atingiu os 6 pontos e é o décimo sétimo colocado, pelo menos até a conclusão da rodada.
A partida entre o São Caetano e o Duque de Caxias foi adiada para amanhã em virtude do assassinato do vice-presidente do clube paulista, Luiz de Paula, 55 anos, e seu irmão, Adilson de Paula, 47.
O crime ocorreu quando o Fiat Palio conduzido pela vítima foi abordado por um homem em uma motocicleta, que efetuou disparos contra os irmãos.
