segunda-feira, dezembro 08, 2014

Árbitro ameaçado com uma arma de fogo... Um quase bang, bang no Bairro de Felipe Camarão...

Imagem: Facebbok do árbitro Flávio Roberto Sales


O árbitro Flávio Roberto Sales, afirma em sua página no Facebook que foi ameaçado por um policial militar, dirigente de um clube amador do bairro de Felipe Camarão, em Natal...

Segundo Flávio, Nelson Olímpio dos Santos, dirigente do Santos, time do bairro, após o jogo, foi em direção ao árbitro e seus auxiliares e iniciou uma discussão...

Após proferir ofensas, sacou uma arma...

Os auxiliares de Flávio, que também são policiais militares e, também portavam armas, sacaram as suas e, diante do impasse, o agressor recuou.

Enfim, tá feia a coisa por aqui.

Botafogo Futebol e Regatas: o novo bichinho de estimação da segunda divisão...

Charge: Mário Alberto

E agora, torcedores americanos, como será o amanhã?

Uma pergunta que não quer calar:

Agora, prostrados ante a dura realidade de membros da Série C durante o ano de 2015, os americanos vão continuar a desqualificar o título da mesma Série C, conquistado pelo ABC em 2010?

Ou, humildemente vão lutar para tentar conquistar o mesmo título conquistado por seu rival e de forma idêntica, escrever em seu futuro estádio em letras garrafais a conquista?

Na vida, nada como um dia atrás do outro para que certas arrogâncias se desmanchem ao simples soprar de uma brisa...

Voo sobre as torres em Kuala Lampur...

Imagem: Reuters/Joerg Mitter

Como o Palestra Itália se transformou na Sociedade Esportiva Palmeiras...

Você sabe com certeza as razões que levaram o Palmeiras a se chamar Palmeiras...

Mas e os detalhes, você conhece?

A história acontece durante o Estado Novo (1937 a 1945) de Getúlio Vargas...

O primeiro passo que forçou o Palestra Itália a se afastar de suas origens italianas e se transformar em SE Palmeiras foi dado no dia 21 de janeira de 1942, quando Pascoal Walter Bairo Giuliano, secretário-geral do Palestra compareceu à sede do DOPS (Delegacia de Ordem Política e Social).

Naquele dia, o dirigente que se tornaria um vitorioso no comando do clube, com mandatos entre 1953 e 1984, assinou termo aceitando um lista de exigências...

Ou concordava com elas, ou a sociedade esportiva seria extinta e suas portas cerradas definitivamente.

A partir daí, o clube se viu obrigado a comunicar ao DOPS a realização de suas reuniões com três dias de antecedência para que agentes do órgão comparecessem e informassem ao estado tudo o que aconteceu...

A audição de emissoras de rádio estrangeiras (italianas e alemãs, preferencialmente) foram terminantemente proibidas e o clube tinha que assegurar que não aconteceria nenhum encontro dos sócios fora do recinto da sociedade.

Assim, Getúlio Vargas e seu governo nacionalista e alinhado aos Estados Unidos, Grã Bretanha, França e União Soviética, esperava conter as ligações de italianos, alemães e japoneses com seus países de origem que a época lutavam contra os aliados na segunda grande guerra mundial.

Quatro dias antes do comparecimento de Giuliano ao Dops, o cerco aos clubes de origem estrangeira havia apertado. 

Telegrama identificado com o número 732, de 17 de janeiro de 1941, continha instruções do ministro da Justiça ao interventor federal do Estado de São Paulo. 

Elas determinavam “maior controle das sociedades estrangeiras”. 

Com base nesse telegrama, o Palestra foi intimado a comparecer ao Dops, ordem cumprida por Giuliano.

Oito dias após a assinatura do termo de compromisso, o Palestra iniciou a “limpeza” exigida pelo governo brasileiro. 

Documento de 28 de janeiro de 1942 entregue à Superintendência de Segurança Política e Social registra que naquele dia quatro dirigentes do clube pediram demissão por serem italianos. 

Entre eles estava o diretor geral de esportes, Attilio Ricotti.

“Os pedidos (de demissão) foram todos aceitos, figurando, portanto, na diretoria desta sociedade somente brasileiros natos”, diz trecho do documento, também assinado por Giuliano. 

Uma lista com o nome de todos os brasileiros dirigentes do clube, incluindo seus endereços, foi entregue aos policiais. 

Na relação, entre outros, aparecem Italo Adami, presidente, e Hygino Pellegrini, primeiro vice e que também teve passagens vitoriosas pela presidência.

Outro documento, de 12 de agosto de 1942, mostra mais marcas deixadas no Palestra durante aquele período. 

A primeira delas está no nome. 

Uma carta enviada para a Delegacia de Ordem Política e Social mostra o escudo do clube com o nome Palestra de São Paulo, não mais Itália.

A finalidade do ofício é mais um sinal das aflições de quem torcia pelo time naquela época. 

O objetivo do presidente Italo Adami era pedir um salvo-conduto para que os sócios do clube pudessem ir até Santos de trem para acompanhar um jogo da equipe. 

O salvo-conduto era dado principalmente a imigrantes italianos, japoneses e alemães para que eles pudessem se deslocar por determinado território durante a Segunda Guerra. 

Foi justamente naquele mês em que o Brasil entrou no conflito contra o Eixo, liderado por Alemanha, Itália e Japão.

Na ocasião, o dirigente do Palestra explicou que para a “maior comodidade de seus sócios”, o clube organizou “uma caravana de trem especial que partirá da estação da Luz”. 

Em seguida, Adami diz que tem a honra de solicitar ao Major Olinto França, superintendente do Dops, que “se digne mandar conceder salvo-conduto coletivo” para os integrantes da caravana. 

Ele afirma ainda que foi informado na estação de que cada vagão do trem deve ter a presença de um guarda indicado pelo Dops. 

A intenção era encher dez vagões.

A resposta saiu no dia seguinte. 

Escrita à mão, indeferiu o pedido.

Menos de dois anos depois desse episódio, relatório feito por investigadores identificados apenas por números, já menciona o clube como Sociedade Esportiva Palmeiras. 

O documento, de 17 de março de 1944, ainda durante a Segunda Guerra e o Estado Novo, relata que os agentes 18, 230, 808 e 908 compareceram à assembleia da Sociedade Esportiva Palmeiras em que foram eleitos os conselheiros da chapa “Renovação” e que nada de anormal aconteceu “de interesse para esta especializada”.

Na pasta destinada ao Palestra Itália e à Sociedade Esportiva Palmeiras guardada no Arquivo Público do Estado, não foi localizado nenhum documentos sobre a mudança de nome para Palmeiras, que ocorreu em setembro de 1942, como resultado da pressão sobre entidades ligadas a estrangeiros.

domingo, dezembro 07, 2014

Uma fina película de água...

Imagem: Getty Images/Clive Rose

Golfista morre depois de ser atacado por um crocodilo...

Imagem: Autor Desconhecido

O golfista sul-africano Jacques van der Sandt, de 29 anos, morreu em consequência das feridas provocadas por um ataque de crocodilo enquanto recolhia bolas no fundo de um lago n clube Shuzuka Golf, localizado no interior do Parqeu Nacional Kruger, na África do Sul.

Segundo o comunicado difundido pelo Daily Mail, o golfista foi surpreendido por volta das 10 horas da noite pelo animal enquanto buscava bolas de golfe dentro do lago.

No momento do ataque, Sandt, estava com água na altura de sua cintura...

Depois do ataque, o jogador desapareceu e seu companheiro, com quem Sandt havia feito uma aposta para ver qual dos dois recolhia mais bolas, alertou os funcionários do clube que de imediato chamaram a polícia.

Os policiais detectaram a presença do réptil algumas horas depois e o mataram...

Em seguida, mergulhadores resgataram o corpo sem vida de Sandt e constataram feridas profundas em suas costas e peito.

Ninguém toque nela... a bolinha é minha!

Imagem: AFP/Getty Images/Scott Cunningham

As agruras do kart potiguar...


Bandeira vermelha para o kart potiguar

Por Luiz Carlos Oliveira


Para o Blog Jornalismo Esportivo da UFRN

No inicio de 2015, o kartismo norte-rio-grandense irá completar dois anos sem o seu único e principal palco, o kartódromo Geraldo Melo. Ainda assim, o clima é de incerteza quanto à construção de uma nova pista. 

Situação que gera indignação entre pilotos, suas equipes, e entusiastas do esporte. 

Para Michel Aguiar, ex-piloto e atual Presidente da Associação Potiguar de Pilotos de Kart, janeiro de 2013 marcou o início de um declínio inesperado do esporte, com a demolição do local que foi o berço de grandes talentos do kartismo potiguar.

Em entrevista à equipe do Blog Jornalismo Esportivo da UFRN, Michel, que também cuida da carreira do seu filho, o Gabriel Aguiar, que, apesar da pouca idade, já é um dos grandes nomes da história do kart no Rio Grande do Norte, falou dos problemas enfrentados na prática da modalidade, da relação com a Federação Potiguar de Automobilismo, e dos planos para a carreira do seu talentoso filho.

Confirma a entrevista na íntegra:

Como está o automobilismo potiguar atualmente?

Michel Aguiar: O Kartismo potiguar está parado. Para se ter uma ideia, o campeonato pernambucano foi elaborado em 8 etapas, e paralelo a ele, nas etapas ímpares, está sendo disputado o campeonato potiguar. Está havendo a disputa de dois campeonatos simultaneamente. E os pilotos potiguares que disputam o pernambucano entram também na disputa do potiguar nas etapas ímpares.

Para os pilotos do estado, com a falta de um kartódromo, competir fora é uma opção viável?

Para federação se manter deve promover, no mínimo, um evento por ano. E a saída foi entrar em concordância com a Federação Pernambucana e assim manter a realização do campeonato potiguar. Mas, competir em Recife, que é um dos locais mais próximos, por exemplo, não é uma opção satisfatória. Às vezes, por causa da falta de tempo, os pilotos só viajam nos fins de semana para treinar, é sempre muito desgastante, e, além disso, por causa de um bairrismo muito grande – pilotos recifenses não “podem” perder títulos para os potiguares – a pista é liberada para o indoor aos sábados. Isso dificulta o treinamento.

Na ocasião da demolição foi oferecido, pela prefeitura de Natal, um terreno no Planalto. Qual seria o local mais adequado para a construção de uma nova pista? 

O que existia com a prefeitura era um acordo verbal em relação à construção, mas nada de oficial que confirmasse a cessão de um terreno no Planalto. 

A Associação recebeu uma doação, da iniciativa privada, de um terreno de sete hectares, localizado entre as praias de Pitangui e Jacumã, para a construção do kartódromo potiguar. Porém, esbarramos em outro impasse que é conseguir fundos para a execução da obra, pois não podemos ter um bem em nome da associação e depois sermos cobrados por não dar seguimento ao plano de construção. Portanto, a nível de concretude, só este terreno doado que surge como opção, o resto está só no campo do diálogo.

Além da falta de um local para treinar e competir, o que mais implica a destruição da pista para o kartismo potiguar?

A falta de um kartódromo sugere alguns outros problemas, como, por exemplo, o RN é um grande celeiro de craques, mas sem pista acaba inibindo o surgimento de novos, pois, se tivéssemos continuidade, com certeza estaríamos com o nível cada vez maior, e, consequentemente, atrairíamos mais fãs, e mais renda com os eventos, já que esse tipo de evento também movimenta a economia local. 

Além disso, a demolição do Kartódromo representou a demissão de aproximadamente 40 funcionários, entre mecânicos, secretários, e ajudantes, e 40 funcionários representam 40 famílias que passaram a não ter mais fonte de renda. Pessoas que estão passando necessidade sem a pista. 

A Associação tem em mente alguma solução paliativa?

Há algum tempo pensamos em utilizar o Centro de Convenções, e depois o estacionamento do Arena Das Dunas, mas ambas são inviáveis. Eu, como pai de piloto, jamais deixaria meu filho competir numa pista que foi demarcada por pneus, e que não tem uma área de escape. Até mesmo o tipo de asfalto é diferente. Então, para o kartismo de competição essas soluções não são viáveis. 

Mas o kart Indoor tem pretensões de voltar, e seria praticado no estacionamento do Arena. Vejo como um bom recomeço, isso pode ajudar nossa causa a ganhar visibilidade. Até por que existem também campeonatos de Indoor.

Qual o nível do kartismo potiguar?

Os pilotos do RN sempre entram pra ganhar, é um nível altíssimo de competitividade que tá se deixando pra trás. São pilotos que levantam bandeira do estado. Estamos regredindo no tempo. Temos pilotos que correspondem às expectativas. Chegamos a ser referência a nível nordeste e Brasil, e estamos sumindo do mapa.

Qual a relação da Associação com a Federação?

Existe dificuldade de comunicação com a Federação, inclusive, até para conseguimos a confirmação da chegada de uma carteira (as carteiras são emitidas anualmente), solicitada para o Gabriel poder competir, fica complicado. Além disso, tentamos homologar a Associação junto à Federação, pois assim teríamos direito a voto em relação às decisões da Federação, e teríamos autonomia, mas nos foi cobrado 32 mil.

Como está a carreira do Gabriel?

Após o grande feito de ter conquistado a tríplice coroa (Campeonato Pernambucano, Paraibano e Potiguar no mesmo ano - 2010), e a copa nordeste (2011), que foi seu último grande evento, Gabriel teve sua carreira prejudicada muito por conta da demolição do kartódromo, bem como outros pilotos como o próprio Victor Uchôa, outro grande nome potiguar. Fica muito difícil manter-se em alto nível desta forma, imagina o Fernando Alonso sem uma pré-temporada, você acha que com todo seu talento ele renderia o mesmo?

Quais as pretensões dele para o futuro?

A pretensão é disputar ano que vem a copa nordeste, e talvez o campeonato brasileiro, mas acho que ele teria mais visibilidade participando de outros eventos, que nada têm a ver com a CBA. Penso também em coloca-lo na fórmula Junior, pois é economicamente mais viável do que o brasileiro, e assim ele se mantém ativo. 

Qual o maior sonho do Gabriel no automobilismo?

O maior desejo dele é a Stock Car, mas nós sabemos que é muito difícil até por conta da falta infraestrutura, e, talvez, a Fórmula 1.

Em sua opinião, que conquista você destaca como a mais emocionante do seu filho?

Final da copa Nordeste foi o momento mais marcante (2011), lá ele teve problemas de motor nas etapas finais. O Gabriel competiu com o filho do dono do Kartódromo de Recife, existia uma grande rivalidade. Houve muitas alternações na liderança, em média, 15 trocas de posição nas 8 ultimas voltas. O kart do adversário era muito bom de reta, mas compensávamos nas curvas. O mecânico fumou uns 20 cigarros na corrida.