segunda-feira, setembro 07, 2015

Por um jornalismo esportivo menos submisso ao desejo de afagar...

Não ao “jornalismo esportivo de afago”

Por Rafael Morais

Para o Carta Potiguar

A sociedade brasileira é regida por três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário.

Mas dizem por aí que a mídia exerce o quarto poder.

Um poder informal que desempenha tanta influência perante o povo quanto os três oficiais.

Tem até filme, estrelado por Dustin Hoffmann e John Travolta, sobre o assunto.

De fato, o papel do jornalista como agente transformador de realidades, provocador e opositor pode criar melhorias para a sociedade.

Exemplos não faltam em todos os níveis, como o quadro “Proteste” do programa CQC ou quando a InterTV denunciou, por mais de uma vez, a situação precária da estrada da Cophab, em Parnamirim.

Nesses dois casos, a mídia nada mais foi do que o eco da voz da sociedade.

No jornalismo esportivo atual, há uma vertente que me preocupa demasiadamente: o ato de praticar o “jornalismo torcedor”, que no caso mais especifico da Terra do Elefante, eu prefiro nomear de “jornalismo de afago”.

É o jornalismo esportivo perfumado, voltado quase que unicamente ao entretenimento de um público especifico.

Um jornalismo muitas vezes dependente das pastas comerciais, preocupado muito mais em vender seus produtos, do que com a qualidade do conteúdo reverberado.

Criaram, inclusive, um termo para definir o processo de transformação que vive o jornalismo esportivo do momento: a Leifertização, uma referência ao estilo do Global Thiago Leifert – nada contra o bom profissional que obedece a regras – que pratica meramente um jornalismo de entretenimento, de sapatênis e piadas prontas, sem liberdade de discurso e muito menos conteúdo crítico.

Tudo bem, entendo que o futebol, por exemplo, há tempos ocupa um espaço privilegiado no mundo globalizado dos negócios, claramente na indústria do entretenimento.

Não é mais o mesmo jogo que Charles Miller trouxe da Inglaterra, em 1894, quando ele retornou ao Brasil com duas bolas, um livro de regras, chuteiras e um jogo de uniformes.

Mas isso é algo mais importante e relevante para os gestores dos clubes.

Esses sim têm motivos e obrigação de vender seus produtos.

O papel do jornalista esportivo não pode ser exclusivamente apresentar os fatos.

Cabe a esse profissional da informação ir além da simples captação da informação.

Ele deve ser um agente transformador da sociedade, assim como diz os preceitos da profissão citados no início dessa crônica.

Jornalismo é muito mais que apenas entretenimento.

A nossa missão não é apenas de reproduzir acontecimentos e narrar fatos. 

É se posicionar e proporcionar meios para mudança de realidades.

Como disse o jornalista Fábio Messa, “o jornalismo esportivo pode não ser só isso que se percebe na atualidade.

Ele pode assumir outras configurações, com base em propostas editoriais mais alternativas e arrojadas, que não sejam exatamente factuais e muito menos mitificadoras de determinados assuntos, sujeitos e contextos”.

O jornalismo esportivo também deve ser pautado pelos princípios que regem a prática do jornalismo, tais como independência, credibilidade e lealdade ao interesse público e à veracidade.

Vamos praticar o jornalismo esportivo com credibilidade, como diversas vezes me indicou o mestre Fernando Amaral.

Vamos fugir dos clichês do “jornalismo de afago”, do esporte apenas como indústria do entretenimento.

O esporte é muito mais que uma modalidade, mesmo que 80% do público tenha o elegido como seu esporte preferido.

Somos dez vezes mais campeões da natação, atletismo, ciclismo e surf do que de futebol.

É só fazer uma busca rápida na internet, que verás.

Nós, que compomos essa nova geração do jornalismo esportivo potiguar, que tem nomes promissores – alguns mais do que realidades – como Erick Dias, Diego Breno, Diego Dantas, Mallyk Nagib e Luan Xavier, temos que evitar o jornalismo simplesmente de afago.

Vamos assistir mais a ESPN Brasil, uma das emissoras esportivas mais politizadas do país, que fez a cobertura mais raciocinada sobre a Copa do Mundo no Brasil, denunciando o descaso e o desperdício de dinheiro público em obras estruturantes.

Vamos ler o sociólogo – sim, ele não é jornalista – Juca Kfouri.

Se deliciar com a escrita criativa e provocativa do nosso conterrâneo nordestino Francisco Reginaldo de Sá, ou simplesmente Xico Sá.

Aprender com a perfeição das crônicas de Tostão e com os textos geniais que nos deixou, ainda em vida e provavelmente de porre, o Doutor Sócrates na Carta Capital.

Vamos pesquisar as relações humanas e o que elas têm a ver com os nossos jogos preferidos.

Conhecer a histórias do surgimento das diversas modalidades e entender como elas ascenderam e contribuíram para o desenvolvimento das sociedades.

Quem sabe, um dia, se aproximar, ainda que milhares de quilômetros do padrão inigualável Rodriguiano.

O “padrão Nelson”, de quem “observava o esporte além do horizonte limitado de um jogo”, como afirmou Aldo Rebelo, quando Ministro dos Esportes.

Pouco importa se Neymar fez selfie ou deu uns pegas numa modelo famosa na noite passada e a quantidade de vitórias-empates-derrotas-cartões-demissões-contratações-impedimento-ou-não. 

Leiam a revista Corner, que como ela mesma assume, diz que o futebol é uma enorme desculpa para falar de sociedade, cultura, história, política, artes, arquitetura, design, entre outras vertentes sociais.

Jornalista esportivo bom não é o que sabe o nome do meia esquerda reserva do Veranópolis ou decora os onze do juniores do Barcelona B.

Bom é o que sabe explicar em detalhes que o futebol se confunde com a identidade e a alma do brasileiro.

É aquele com perfil contestador, mesmo que não seja de oposição.

É o que vai além das análises das pranchetas, além do 4-4-2, 3-5-2 e 4-2-3-1.

José Trajano diz que “para ser um bom jornalista em qualquer área, tem que ser antenado em tudo. Ser politizado, gostar de ler, ir ao cinema, trepar, ir ao teatro, beber. Ele tem que viver”.

É preciso expressar, no ato do jornalismo esportivo, o grito do movimento expressionista.

O que dói na minha, na sua, na alma da sociedade.

No meio esportivo, faço uso da sabedoria do físico, matemático, filósofo moralista e teólogo francês Blaise Pascal: “é preciso duvidar quando necessário, afirmar quando necessário e submeter-se quando necessário” e do bom senso do filósofo alemão Georg Hegel, que diz que “mede-se a excelência de uma ideia pela oposição que ela provoca”.

Lembremos sempre, o jornalista esportivo também pode ser um agente transformador de realidades e criar melhorias para a sociedade.

Basta submeter-se como sugeriu Pascal e ser provocador e opositor como afirmou Hegel.

Por um jornalismo esportivo menos torcedor, Leifertizado e de afago.


Por um jornalismo esportivo mais crítico, com conteúdo qualificado, provocador e, acima de tudo, transformador.

domingo, setembro 06, 2015

Um ótimo domingo para todos...

Imagem: Patrick Pleu/EPA

O futebol não corre risco no Brasil... brasileiro não está muito preocupado com lisura e sim, com resultado.

Algumas pessoas costumam prever que a corrupção, a falta de transparência, a gestões ineptas, o nível baixo dos protagonistas e até uma possível manipulação de resultados, colocam o futebol brasileiro em risco...

Eu, nem me abalo.

Se corrupção, falta de transparência, gestões ineptas, nível baixo dos protagonistas e manipulação em geral causassem qualquer dano no Brasil...

Os políticos estariam extintos e os governos seriam trocados semanalmente.

Outra vez...

Imagem: AFP/Getty Images

América empata e segue na luta pela classificação...

O placar não foi condizente com a partida...

América e Fortaleza jogaram para ganhar e não para empatar.

Se no primeiro tempo, o bom time do Fortaleza, deu mais trabalho...

No segundo, precisou segurar um América mais impetuoso e melhor postado.

Foi um 0 a 0 de bom de ver ...

Fica então a pergunta: quem foi que se beneficiou do empate?

A resposta mais lógica é simples...

O Fortaleza.

A equipe cearense é líder, soma 31 pontos e está a quatro pontos do segundo colocado...

Você tem alguma dúvida sobre a classificação do Fortaleza para a segunda fase da Série C?

Nenhuma, creio eu.

Já para o América é preciso dividir em partes...

Tento apenas o confronto como foco da análise, eu diria que foi sim, um bom resultado...

Os rubros enfrentaram a melhor equipe de seu grupo e não fizeram feio.

Podiam ter vencido...

Não seria nenhuma surpresa.

Porém, se olharmos pelo lado da classificação...

Não, não foi um bom resultado.

O América permaneceu numa posição vulnerável...

Pode perder hoje, a terceira posição...

A notícia boa, é que aconteça o que acontecer nos outros jogos, nada mais acontece...

A América fica na quarta posição.

Sobre os riscos de sair da zona de classificação, é claro que eles existem...

Uma improvável vitória do Confiança em Goiânia é um complicador...

Já uma possível vitória do Salgueiro contra o Cuiabá, em casa, aproxima os pernambucanos e, ter muita proximidade numa reta final, reduz as margens de erros...

Já o Botafogo, é uma incógnita, uma vez que sua inconstância é marca registrada da campanha da equipe paraibana.

Essa rodada define a grau de tenção da próxima...

Ou não.

Depois do jogo

Roberto Fernandes, é chegado a frases de efeito...

Algumas muito boas, a maioria, nem tanto.

Ontem o treinador americano declarou que pelo futebol apresentado e pelas campanhas, América e Fortaleza não deveriam estar na Série C ...

Para o torcedor desavisado, é a glória ouvir tal coisa.

Porém...

América e Fortaleza não estão na Série C, por desmerecimento e sim, por total merecimento.

Caíram pelo que não fizeram lá atrás...

O que estão fazendo hoje, não os exime de absolutamente nada.

Lembremos que ano passado, o Fortaleza era tido como participante mais que certo da Série B deste ano...

O Macaé não concordou.

Complicado, muito complicado...

Imagem: David Mdzinarishvili/Reuters

ABC acumula em uma semana, mais 3 pleitos na justiça do trabalho...

Segundo Emilson Tavares, em seu blog, o ABC em apenas oito dias acumulou mais três derrotas na justiça do trabalho...

Vinicius 150 mil, Gladstone 400 mil e Romarinho 100 mil.

Total: 650 mil.

Uma empresa cuja a direção permitisse tal desastre em 7 dias, seria demitida num piscar de olhos e, estaria liquidada moralmente no mercado...

Por que no futebol, não?

Mr. Rooney...

Imagem: Marco Vasini/AP

A TV Brasil vai transmitir o Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino de 2015...

Dia 9, quarta-feira próxima, a TV Brasil transmite a partida entre Santos e Pinheirense, ás 15 horas.

A partida é válida pelo Campeonato Brasileiro de Futebol Feminino de 2015...

Essa será a terceira edição do campeonato e contará com 20 equipes.

O regulamento da CBF prevê quatro grupos na primeira fase...

Os dois melhores de time de cada avançarão para a segunda etapa, onde formarão outros dois grupos de quatro clubes...

Semifinal e final serão disputadas com partidas de ida e volta. O campeão será conhecido no dia 15 de novembro.

A CBF anunciou uma novidade...

Jogadoras de seleção brasileira feminina vão participar, a partir da segunda fase do campeonato.

Haverá um sistema que colocará atletas como Formiga, Cristiane e Maurine à disposição dos clubes para aumentar o nível técnico da disputa...

A entidade, contudo, ainda não divulgou como vai distribuir as jogadoras de maior nível entre os oitos clubes que avançarem na competição.

Grupo 1

Rio Preto/SP
Santos/SP
Ferroviária/SP
Iranduba/AM
Pinheirense/PA

Grupo 2

Centro Olímpico/SP
Portuguesa/SP
Flamengo/RJ
Duque de Caxias/RJ
Kindermann/SC

Grupo 3

São José/SP
São Francisco/BA
Mixto/MT
América Mineiro/MG
Foz Cataratas/PR

Grupo 4

Vitória/PE
Viana/MA
Tiradentes/PI
Caucaia/CE
Botafogo/PB

sábado, setembro 05, 2015

Vodu... espete o árbitro você também.

Charge: Mario Alberto

ABC empata em 1 a 1 com o Santa Cruz e fica a um degrau do fundo do poço...

Roberto Fonseca seria o homem que levaria o ABC da Série B para Série A ...

Não foi...

Mandaram embora.

Josué Teixeira veio para corrigir os desvios e dar rumo ao time...

Nem uma coisa e nem outra...

Mandaram embora.

Ademir Fesan, o auxiliar assumiu...

Não ficou...

Era auxiliar e, auxiliar só auxilia, mas não fica...

Mandaram embora algum tempo depois.

Gilmar Dal Pozzo assumiu o comando e afirmou que dava para salvar as aparências...

Não deu...

Mandaram em bora.

Aí...

Chamaram Toninho Cecílio...

Com a estrada para a Séria A, esburacada, a missão de Cecílio era ficar onde estava...

Não precisava fazer nada, bastava não se mexer, não sair do lugar...

Cecílio se mexeu...

Para baixo...

Rumo a Série C ...

Mandaram embora.

O que fazer?

Apelar para os anjos...

Veio Hélio, o dos Anjos.

Hélio aceitou mergulhar no poço e tentar resgatar os destroços...

Difícil missão...

Mas é possível constatar uma evolução...

A pancada já não é inteira, é pela metade...

Mas, não resolve o problema...

Quem apanha, não levanta, cai.

O empate diante do Santa Cruz aproximou ainda mais o fundo...

Fundo que ao ser tocado, dificilmente será abandonado.

Mais medo que decisão...

Imagem: World Soccer

O estádio Maria Lamas Farache foi absolvido... a bola está sob investigação...

Tentar justificar e encobrir a mediocridade de seus finalizadores, afirmando que é a bola que não quer entrar...

Me coloca um sorriso nos lábios e um profundo pesar...

Pobre bola.

Por outro lada, Estou feliz...

O estádio Maria Lamas Farache foi absolvido...

Não tem culpa das derrotas.

Os fatos se sobrepuseram a acusação infundada...

A bola passa a ser suspeita.

A que horas é mesmo o jantar?

Imagem: AFP

O futebol premia o trapalhão...

O futebol é um dos raros lugares onde os diretores e presidentes ficam imunes as trapalhadas que causam...

Técnicos são demitidos, superintendentes e supervisores são demitidos, jogadores são demitidos...

Presidente, diretor e conselheiro, não.

Experimentem essa forma de gestão fora do mundo do faz de conta do futebol...

A economia do planeta quebra em seis meses.

sexta-feira, setembro 04, 2015

Quadro a quadro...

Imagem: Reuters/Kai Pfaffenbach

Bayern München... Refugees Welcome.

Imagem: Coleção do Fernando Amaral FC


Não se admira nada e nem ninguém sem razão...

Assim como uma admiração não é cortina para se esconder erros.

Admiração se conquista por gestos, por ações concretas e foi isso que o Bayern de Munique conseguiu ao abrir suas portas para receber alguns refugiados das guerras que assolam o oriente médio...

A equipe alemã anunciou a doação de € 1 milhão (R$ 4,2 milhões) e irá disponibilizar um dos centros de treinamento do clube para abrigar refugiados de guerra da Síria na cidade.

O anúncio foi feito ontem, pelo presidente do conselho diretor do clube, Karl-Heinz Rummenigge...

“O Bayer vê como parte de sua responsabilidade social ajudar as crianças, mulheres e homens que tiveram de fugir dos seus países e passam por necessidades”.

Além da verba, o Bayern irá oferecer alimentação, equipamentos esportivos e aulas de alemão aos refugiados, em dos seus centros de treinamento, que será colocado à disposição dos refugiados...

No retorno da Bundesliga, dia 12, cada jogador do clube irá entrar em campo, para a partida contra o Augsburg, de mão dada com uma criança refugiada e uma alemã.

Escapei por pouco...

Imagem: World Soccer

A rivalidade usada para o bem de todos...

Imagem: Autor Desconhecido


Como usar a rivalidade de forma útil para todos?

A Hubbub, um grupo de proteção ambiental britânico, descobriu.

O grupo decidiu usar para bem o que muitos acabam usando para extravasar recalques...

Instalaram nas ruas de Londres uma caixa para que fumantes depositem suas gimbas de cigarro...

Mas com uma motivação toda especial...

Fazer com que uma discussão inútil e sem serventia para ninguém, servisse a todos...

Nas caixas existem dois buracos para colocar as gimbas...


Um para aqueles que acham Cristiano Ronaldo o melhor e outro para aqueles que não têm dúvida de que Messi é o número um do planeta.

Eles querem me bater, socorro...

Imagem: World Soccer

A CBF disponibiliza para os torcedores o Guia do Brasileirão - Séries A,B e C...

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já colocou à disposição dos torcedores, o Guia do Brasileirão...

O arquivo em PDF, com 204 páginas, contém informações sobre todos os clubes da primeira, da segunda e da terceira divisões...

Além dos regulamentos dos campeonatos, curiosidades e alguns relatos de ilustres torcedores, como Chico Buarque (Fluminense) e Paulinho da Viola (Vasco).

Para baixar é preciso informar nome e e-mail...

A ideia, além de disponibilizar as informações referentes aos campeonatos nacionais disputados no Brasil, é também, formar uma base de dados com a qual poderá se relacionar posteriormente.

No mundo dos negócios se chama CRM, custumer relationship managemente, ou gestão de relacionamento com o consumidor.

Para baixar o Guia do Brasileirão, acesse o link abaixo...


Nationalmannschaft 1908 - Alemanha...

Imagem: Autor Desconhecido

Andrew Jennings afirma na CPI do Futebol que a corrupção na FIFA começou no Brasil...

Três frases de Andrew Jennings na CPI da CBF...

“A corrupção na FIFA começou no Brasil. ”

"Que tipo de orgulho um país tem ao deixar que gângsteres entrem e ditem as regras?"

Ao final de seu depoimento à CPI, Jennings ironizou a presença de assessores da CBF que acompanhavam a sessão...

"Fiquem até o fim, voltem para o Rio de Janeiro, fechem aquela entidade e a reabram redemocratizada para a sociedade brasileira. "

Lamentável a postura dos parlamentares membros da comissão...

Segundo informações do Fato Online apenas o presidente da CPI, Romário, o vice-presidente, Paulo Bauer (PSDB-SC), e mais dois parlamentares acompanharam a sessão.


quinta-feira, setembro 03, 2015

Arena América: Se cada degrau fosse uma página, cada viga um parágrafo e cada tijolo uma letra, a história de um sonho poderia ser compreendida sem que nada fosse preciso dizer...

Imagem: José Medeiros

Você foi ver Flamengo e Avaí? Se foi, não se envergonhe... você é livre, você é dono do seu nariz.

A intolerância se esconde sob mil disfarces...

Alguns desses disfarces erguem bandeiras que vistas ao longe parecem sedutoras, racionais e lógicas...

Não são.

São engodos...

Enormes armadilhas.

Portanto, você que esteve ontem no Arena das Dunas com sua família, namorada, amigos ou só, está de parabéns...

Preservou sua liberdade de escolha e fez valer o seu direito de ir e vir e de ver o que quiser, quando quiser, no lugar que quiser e com quem quiser.

Sua vida lhe pertence e fazer dela o que bem entender, sem ferir, magoar ou ofender o próximo é um direito inalienável...

Nenhuma ostra encrustada numa casca tem o direito de indicar caminhos ou lhe apontar para que lado você deve ou não olhar.

Quem lhe aponta o dedo acusando-o de trair subjetividades, o faz, ou por ser um incapaz de respeitar seu direito de escolha ou para atrair a simpatia das outras ostras do coral...

Onde no peito de alguém que foi ao estádio se divertir e viver um momento diferente, mora o traidor?

Qual causa foi traída?

Que jurisprudência ou ordem lógica proíbem um torcedor do América ou do ABC de ser Flamengo ou qualquer outro time fora de nossas fronteiras?

O futebol é bígamo e isso não crime em lugar nenhum.

Pesquisem nas redes sociais a quantidade de pregadores da monogamia clubista, que postam gracejos ou piadas de péssimo gosto quando o Flamengo vence o Vasco ou vice-versa...

Se não são torcedores enrustidos, são o que?

Humoristas de plantão?

O Flamengo não é grande, é imenso – todos sabem que sou vascaíno – por isso, arrasta multidões...

Reconhecer isso me faz um traidor?

Não, não faz.

Reconhecer a imensidão do Flamengo, é tornar gigantescas as vitórias do Vasco.

Portanto, saiba...

Ter ido ao jogo ontem, não diminui o nordestino que você é ...

Não reduz seu amor pelo Rio Grande do Norte...

O nordeste e o Rio Grande do Norte estão tatuados à sua alma e isso ninguém pode lhe tirar.

Entretanto, se você é apenas Flamengo ou Vasco ou qualquer outro time, me permita lhe pedir...

Pedir, não impor...

Procure conhecer melhor o ABC, o América ou qualquer outro clube nascido aqui.

Mas não faça isso buscando comparações, será injusto de sua parte...

Procure ver neles suas qualidades e tente se apaixonar pela sua heroica determinação em existir.

Faça isso...

Talvez você descubra que qualquer um deles se encaixa direitinho num cantinho de seu coração.

É... acho que vou ter que vestir a touca.

Charge: Mário Alberto

O Flamengo faturou muito em Natal...

O Flamengo aproveitou sua passagem pelo Nordeste para alavancar seu programa sócio torcedor...

12 membros do programa rubro-negro viram seus filhos entrando em campo com os jogadores na Arena das Dunas, aqui em Natal, repetindo uma ação já realizada em Recife, contra o Sport, domingo passado.

Além disso, a partida em Natal rendeu um bom dinheiro...

O clube venceu os direitos do jogo para o consórcio que administra a arena por R$ 1 milhão, segundo revelou o jornal Lance, na última terça-feira.

Mais...

No acordo constava que se o público superasse os 17 mil pagantes, o Flamengo receberia um percentual por pessoa presente ao estádio.

Recebeu...

22.825 pessoas foram assistir à partida.

Esperem... deixa a moça passar.

Imagem: AFP/Olivier Morin

Os assassinos foram condenados com penas duras e justas...

Imagem: Sérgio Bernardo/Jornal do Commercio


Uma ótima notícia...

Uma notícia que lava a alma e alivia o coração.

Em julgamento de mais de 12 horas, realizado nesta quarta-feira (2), na 2ª Vara do Tribunal do Júri, no Fórum Rodolfo Aureliano, em Joana Bezerra, Centro do Recife, o júri popular optou pela condenação, em regime fechado, de Everton Felipe Santiago Santana, de Luiz Cabral de Araújo Neto, e de Waldir Pessoa Firmo Júnior.

Everton pegou 28 anos e nove meses; Luiz, 25 anos, sete meses e 15 dias; e Waldir, 22 anos e seis meses.

O responsável por definir esse período foi o juiz Jorge Luiz dos Santos Henriques, que presidiu a sessão.

Os três foram condenados por homicídio consumado, a morte de Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26, e por outras três tentativas de homicídio, pessoas que foram atingidas pelos estilhaços dos vasos sanitários (pinçado do Blog do Torcedor).

Esses três são os responsáveis pela morte do soldador naval Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26, no dia 2 de maio de 2014, depois de ser atingindo por um vaso sanitário jogado de dentro do estádio do Arruda, para a rua, após a partida entre Santa Cruz e Paraná, pela Série B ...

Paulo morreu na hora e outras três pessoas foram atingidas por estilhaços.

Foram precisos 1 ano e 4 meses e 12 horas de julgamento até o desfecho...

Paulo não retornará, infelizmente...

Porém, seus algozes não desfilarão sua demência pelas ruas e estádios de Pernambuco.

Eu sou demais...

Imagem: Trivela

Quem veste os mais times?

Imagem: Revista Época


Os números se referem aos 370 times de futebol das 20 principais ligas do mundo, segundo levantamento de Idel Halfen, Luiz Ratto e Francisco Machado, todos da Jambo Sport Business.

Fui eu, fui eu...

Imagem: Lars Baron/Bongarts/Getty Images

Com uma goleira e uma zagueira assim, o Hammarby da Suécia não vai muito longe...

Depois de subir, descer...

Imagem: AP/Greg Baker

Brasil, o maior exportador de jogadores de futebol...

O Brasil continua um grande exportador de jogadores de futebol...

De acordo com dados do Transfer Matching System, da Fifa, foram 622 negociações concluídas, na janela de transferência encerrada no último dia 31.

Atrás do Brasil vem a França com 336 transferências, a Argentina com 309 e, os britânicos fecharam com 280 e a Espanha com 230.

quarta-feira, setembro 02, 2015

Esporte é arte...

Arte: Shreedhar Sutar 

O ABC, seus fantasmas, suas dores e as tentativas de justificar...

Ontem de madrugada um transformador da COSERN aqui em Ponta Negra, explodiu...

Resultado, tudo às escuras, sem chance de postar.

Hoje, em função de outras atividades, só agora retorno...

Mas retorno com alguns pontos de interrogação.

Um colega da mídia postou em seu Twitter que estava com dificuldades para explicar, justificar a situação do ABC...

Como assim?

É simples...

Basta não querer tapar o sol com a peneira, não querer ser simpático e agradável e tudo se resolve.

O jogo de ontem pode ser resumido assim...

Uma partida tecnicamente fraca, onde o ABC chegou a estar na frente e por incompetência e falta de qualidade cedeu o empate...

A equipe do Luverdense nada mais fez que aproveitar os que é visível para a maioria.

Simples, muito simples.

A situação do ABC em tese não é desesperadora como muitos querem crer...

Ainda não.

O alvinegro está a exatos seis pontos da porta de saída da zona de rebaixamento...

Convenhamos, tal diferença não é nenhum obstáculo intransponível, mas a dúvida que persiste nos mais lúcidos é:

Inconstante, fragilizado e tecnicamente ruim, conseguirá o ABC sair?

Esse é o nó...

Para alguns, não...

Para mim, milhões de interrogações e uma frágil esperança.

Nenhum jornalista ou radialista tem a obrigação de explicar nada e menos ainda, justificar para seus ouvinte e leitores os fantasmas que habitam Ponta Negra e as dores que causam...

Basta informar com isenção, que certamente o ouvinte ou leitor irá identificar sem muita demora as razões que levaram o alvinegro a estar se arrastando na Série B e penando para se manter a trona nesse mar de incompetência e desleixo.

Para terminar afirmo...

Enquanto a diferença entre o ABC e o décimo sexto colocado não ultrapassar os 9 ou 12 pontos em relação aos jogos que ainda terá que realizar, há esperança, passou disso, adeus.

Segundo após segundo...

Imagem: Kai Pfaffenbach/Reuters 

Sport Club Recife... anos luz à frente.


O Sport volta a inovar... 

Pernambuco teve forte influência holandesa... 

A colonização do estado durante o século XVII deixou marcas, não ressentimentos. 

Os pernambucanos convivem com seu passado sem nenhum sofrimento... 

A prova está na campanha “Invasão Holandesa”, criada para promover a terceira camisa do clube, feita em azul, uma clara referência à cor da monarquia holandesa. 

Porém, a grande sacada veio da Adidas, a fábrica alemã que fornece material esportivo ao Sport... 

Como a Adidas também patrocina o atacante holandês, Robben, nada mais natural que convocá-lo para ser o primeiro a vestir a camisa que presta homenagem aos Países Baixos. 

Para a Adidas uma grande sacada, para o Sport, uma divulgação sem precedentes... 

Os torcedores do clube irão encontrar o modelo por R$ 220.

Determinação...

Imagem: Peter Cziborra/Reuters

Arena Corinthians sofre com o vandalismo de adversários e banditismo de seus próprios torcedores...

A falta de educação somada ao desejo de destruir por destruir, é um fenômeno bem típico de alguns torcedores...

Na partida contra o Santos, na quarta-feira passada, pela Copa do Brasil, a Arena Corinthians voltou a sofrer com o vandalismo.

Desta vez foram os santistas...

As 180 cadeiras destinadas aos torcedores do Santos foram quebradas.

Porém, pasmem...

Não são só os adversários que destroem assentos e causam depredações.

A própria torcida do Corinthians na área das torcidas organizadas, destruiu cadeiras...

Tudo para forçar a retirada dos assentos a pedido das uniformizadas.

Pior...

Foram atendidos.

Mais de 2100 cadeiras já foram destruídas na arena desde a inauguração.


Inútil tentativa...

Imagem: Yves Herman/Reuters

O medo da CBF...

A coisa deve ser feia mesmo...

Sem que CPI determinasse quebra de sigilo, a CBF protocolou ontem no STF, mandado de segurança para não entregar documentos referentes aos contratos de patrocinadores dos amistosos da seleção...

O mandado está com o ministro Marco Aurélio Mello.

terça-feira, setembro 01, 2015

Walking On The Supermoon...

Imagem: Carlos De Saa/EPA

O América leva três atletas para serem avaliados pelo Palmeiras...

Imagem: Autor Desconhecido


Quem está em São Paulo é o vice-presidente das categorias de base do América, Williman Oliveira...

Lembram quando na postagem sobre a conquista da Super Copa Natal Sub 17, escrevi que dois atletas rubros haviam despertado o interesse do Palmeiras?

Errei...

Foram três.

Pois é ...

Esse é o motivo da viagem de Williman Oliveira à São Paulo...

Acompanhar, Renato, Judson e Denilson.

Mas...

Espere...

Ates de começar a imaginar que esses meninos foram levados e entregues ao Palmeiras sem mais nem menos, é bom saber que todos saíram daqui com contrato firmado com o América e com valores previamente estabelecidos caso a equipe paulista resolva ficar com algum deles definitivamente.

Williman além de dar apoio aos rapazes nesse momento de transição em suas vidas, vai aproveitar para estreitar os laços com os dirigentes das categorias de base do Palmeiras e colher o máximo de subsídios que possam lhe ajudar na gradativa revolução que pretende realizar nas bases americanas...

Pessoalmente fico feliz...

Afinal, para quem foi tão criticado antes mesmo de assumir, Williman já conseguiu abrir uma porta que se bem trabalhada pode gerar bons acordos e parcerias importantes para o futebol de base do América.

Ah...

Mesmo chegando na madrugada, os meninos foram incorporados ao grupo assim que apresentaram e já começaram a trabalhar.

Denilson, primeiro fez treinamento físico, depois treinamento técnico com bola e em seguida, no bate bola em campo reduzido, marcou dois gols...

Renato e Judson, foram escalados para participar de um amistoso contra a Ponte Preta e fizeram bonito, causando ótima impressão a comissão técnica palmeirense.

A ideia dos responsáveis pelas bases do Palmeiras, não era fazer nenhuma avaliação e sim quebrar o gelo e um possível timidez...

Hoje, eles fazem exames médicos e vão conhecer sua nova morada.

A patinadora na visão do artista Shreedhar Sutar...

Arte: Shreedhar Sutar 

O Brasil tem os ingressos mais caros do mundo...

A elitização do futebol: ingresso brasileiro é o mais inacessível do mundo

Torcedor que ganha salário mínimo precisa trabalhar 11 horas para entrar no estádio, enquanto o alemão leva menos de duas

Por Rodrigo Capelo

Infográfico: Giovana Tarakdjian

O Profut, sancionado por Dilma Rousseff no início deste mês, determina que clubes de futebol, aqueles que decidirem renegociar suas dívidas fiscais com o governo, mantenham "oferta de ingressos a preços populares".

Não especifica nem quantos bilhetes, nem a que preço.

Mas devia.

O ingresso brasileiro é o mais inacessível do mundo para a camada socioeconômica mais baixa da população.

Quantas horas uma pessoa que receba um salário mínimo precisa trabalhar para comprar o tíquete mais barato?

A conta, aqui, foi feita por Oliver Seitz*, brasileiro que leciona administração esportiva na University College of Football Business em Londres: divide-se o salário mínimo pela carga horária de trabalho de cada país, depois pelo preço do ingresso mais baixo disponível.

Vamos nos restringir aos campeões da última temporada, até porque o jogo do último colocado naturalmente tem menos demanda do que o do primeiro.

Um torcedor brasileiro precisa trabalhar dez horas e 18 minutos para comprar um ingresso, o mais barato, do Cruzeiro.

Se o sujeito quiser ir ao Mineirão todo domingo, agora que o time não disputa mais a Copa do Brasil, precisa dedicar quase um quarto da carga de trabalho semanal só para comprar a entrada.

Sem considerar transporte, talvez estacionamento, alimentação dentro ou fora do estádio.

Um alemão, no lado oposto, tem de ficar na labuta uma hora e 48 minutos para assistir a uma partida do Bayern de Munique.

Talvez a Alemanha não seja a comparação mais justa, porque lá existe a filosofia de perder alguma receita no fim da temporada em prol de uma arena plenamente ocupada.

Mas o Brasil é menos acessível do que todos os outros principais países do futebol.

Um francês, no país que tem uma das cargas de trabalho mais baixas da Europa, trabalha duas horas e 36 minutos para ver o Paris Saint-Germain.

Um inglês, no território onde a camada mais pobre da população vê futebol pela TV a cabo e ingressos são reconhecidamente caros, leva seis horas e 18 minutos por uma partida do Chelsea.

Até argentinos e portugueses, em economias bambas, têm de trabalhar menos para assistir a Racing e Benfica.

Esta análise não pode considerar só o valor do tíquete, mas o poder de compra da população.


E elitização se mede não com números médios de preço do ingresso e renda do torcedor, mas mínimos.



O Cruzeiro, por acaso, está bem perto da média da primeira divisão brasileira: 11 horas e oito minutos de trabalho por um ingresso.

Alguns demandam um pouco menos, outros muito mais.

O mais legal é que, a partir da comparação do futebol brasileiro com as principais ligas europeias, é possível determinar um valor acessível para o cidadão menos endinheirado: R$ 20,63, ou quatro horas e 15 minutos de trabalho com um salário mínimo por mês.



O ideal, para um estádio de futebol, é que o preço do ingresso seja alto suficiente para que o mandante consiga dinheiro para investir em atletas, mas baixo suficiente para que o estádio esteja totalmente ocupado.

O futebol inglês pode se dar ao luxo de cobrar mais caro pelo tíquete porque, afinal, lá os campeões têm 100% dos lugares preenchidos.

No Brasil, onde a média nacional fica na casa dos 40%, a maior parte das arquibancadas que fica vazia todo jogo poderia ser ocupada pela camada mais pobre da população.

Aquela que, antes da modernização dos estádios forçada pela Copa do Mundo, normalmente comparecia toda quarta e domingo para apoiar o time.

Maximizaria, inclusive, as receitas.

Um bom negócio para todos.

Não quer dizer que todos ingressos devam custar 20 pratas.

Nem que, se custassem, estádios seriam preenchidos.

Há mais variáveis que atraem ou afastam torcedores: desempenho do time, ídolo (s), acesso à arena, segurança, conforto, dia, horário, clima, fase do campeonato, se são pontos corridos, se é mata-mata.

Mas é fato que o preço é um fator determinante.

Tanto que o São Paulo, em 2013, quando baixou preços de ingressos de R$ 26 para R$ 11, em média, aumentou a média de público do Morumbi de 8.500 para 29.800 por jogo.

O erro são-paulino, o mesmo cometido pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FFERJ) no Campeonato Carioca de 2015, foi fixar a quantia em um teto (o valor do bilhete mais caro), e não trabalhar a precificação a partir de um piso (o do mais barato).

Arena lota de baixo para cima.

Quando começam as vendas, primeiro esgota o setor que tem entradas mais baratas.

Se a primeira faixa de preço é cara demais para o torcedor que ganha um salário mínimo, ela é ocupada por outro, e este deixa de pagar pelo setor seguinte.

O resultado é que, na hora do jogo, as arquibancadas mais salgadas, geralmente as que ficam visíveis durante a transmissão da partida pela TV, ficam às moscas.

O Corinthians passa por isso em Itaquera. Atlético-MG e Cruzeiro, no Mineirão.

O Palmeiras, no Allianz Parque.

Em resumo: estádio precisa ser setorizado, e as faixas de preço dos ingressos precisam atender a todo tipo de público, do popular à elite, até encher a casa.

O cartola vai argumentar, como já faz, que o preço mínimo precisa ser alto para privilegiar o sócio torcedor e incentivar a adesão ao programa.

Só que para o fulano que ganha R$ 788 por mês gastar R$ 30 só para ter preferência na compra de ingressos, ou desembolsar para lá dos R$ 100 mensais para conseguir 25%, 50% ou 75% de desconto e ainda ter que pagar pelos bilhetes, tampouco é acessível.

Também tem a meia-entrada, outro complicador, um problema de toda casa de entretenimento, do cinema e ao concerto musical. 

Mas nem assim se pode ignorar: futebol está caro demais.

Depois de longas discussões entre CBF, clubes e Bom Senso FC, deputados federais e senadores, esses responsáveis por representar a população brasileira, concordaram com um Profut que agrada a todos, menos ao torcedor.

A CPI do Futebol do senador Romário (PSB-RJ) foi para cima dos sigilos bancário e fiscal de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF, mas tampouco deu atenção a um dos poucos legados da Copa, a reconstrução dos estádios brasileiros e a consequente exclusão dos cidadãos mais pobres.

A considerar que o salário mínimo deveria ser de R$ 2.088,20 para igualar o poder de compra do brasileiro ao do estrangeiro, e que isso nocautearia de vez a economia, tampouco pode-se esperar por uma "ajuda" de Dilma.

É isso, torcedor. Conforme-se em ver teu time pela televisão aberta.

*Oliver Seitz é PhD em indústria do futebol e professor de administração esportiva da UCFB em Londres (oliver@brain.srv.br).

Espalhafatosa...

Imagem: AP/Lee Jin-man

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No início deste ano o Sport mantinha18 mil associados...

Foi quando o diretor-executivo de marketing do clube, Sid Vasconcelos, partiu para reformulação do programa.

Não houve mudança no preço, como costumam fazer a equipes brasileiras, mas sim no sistema, no atendimento e na prospecção de novos membros para o programa dos pernambucanos...

Em entrevista ao site “Máquina do Esporte”, Sid Vasconcelos explicou:

“Nós tínhamos um número baixo de sócios nos jogos. Foi quando nós resolvemos fazer ações focadas nos setores onde havia menos membros do programa”.

Como se deu a tal reformulação?

Nada pirotécnico...

O Sport colocou cerca de 20 promotores nas arquibancadas em cada jogo...

Sua missão era divulgar as vantagens de aderir ao plano.

O foco era o preço do ingresso, que nos jogos disputados na Ilha do Retiro tem de R$ 60 para R$ 10...

Porém, benefícios como os descontos no Movimento por um Futebol Melhor eram anunciados.

Os promotores fazem o cadastro dos torcedores, e a equipe de telemarketing parte para conquistá-los...

A ação tem funcionado tão bem, que o número de telefonistas aumentou de 5 para 15.

Entretanto, quem está na arquibancada, está pronto e municiado para associar o torcedor na hora...

Todos carregam tablets.

O objetivo do Sport era chegar a 35 mil sócios até o fim do ano...

Hoje, já são 34 mil.

É claro que o bom momento do time ajuda...

Porém, o Sport espera com esse número, faturar algo em torno de R$ 13 milhões por ano com o programa de sócio torcedor.