terça-feira, novembro 27, 2018

A maior final de Libertadores da história se transformou em uma vergonha mundial...

Imagem: Autor Desconhecido

A maior final de Libertadores da história se transformou em uma vergonha mundial

Por Gabriel Leme

River Plate e Boca Junior, ambos da Argentina e eternos rivais, tinham tudo para protagonizar a maior final da Libertadores de todos os tempos.

Com boas equipes e boas campanhas, as equipes bateram Grêmio e Palmeiras para jogarem a grande decisão.

Expectativa alta, torcedores gritando e comemorando muito, pais levando seus pequenos filhos para o estádio na esperança de contar com um amuleto para o time do coração.

Tudo isso acompanhado de uma data inédita no torneio: os dois jogos aconteceriam no sábado (as decisões sempre foram em dias de semana).

Com todos esses ingredientes, a possibilidade de ser algo inédito e grandioso era enorme.

Contudo, a rivalidade acabou transformando completamente as torcidas.

No primeiro jogo, na casa do Boca, já havia acontecido o adiamento da partida para o dia seguinte (domingo, 11), em virtude de uma forte chuva que caiu em Buenos Aires.

Assim, a Conmebol decidiu adiar a partida.

Primeira final disputada: 2 a 2.

O jogo da volta, marcado para o último sábado poderia suprir essa pequena frustração involuntária no primeiro confronto.

Não foi o que aconteceu.

Torcedores do River cercaram o ônibus do Boca Junior na entrada do Monumental del Nuñez e, pasmem, atiraram pedras e gás de pimenta no veículo.

A situação gerou pânico nos jogadores, tendo inclusive, alguns feridos (como o capitão Pablo Perez, que teve um olho atingido pelos estilhaços dos vidros da janela).

O gás de pimenta também gerou mal-estar nos jogadores dentro do vestiário.

Sem condições físicas e psicológicas, o Boca pediu o adiamento da partida.

A CONMEBOL decidiu adiar, mas apenas por uma hora (há rumores que o presidente da FIFA, Gianni Infantino, pressionou para que jogo acontecesse ainda no sábado).

Depois de quase 5 horas, veio a confirmação do adiamento da partida, mais uma vez para o domingo – mesmo com os presidentes de Boca e River assinando um “acordo de cavalheiros” mais cedo, concordando em adiar o jogo).

Não há como esconder a frustração dos torcedores sensatos que foram ao estádio prestigiar um grande jogo de futebol.

Ficar na fila por horas para conseguir um ingresso, mais algumas horas para entrar no Monumental e, com esse papelão, pra sair também.

Foi comum ver crianças chorando e a visível tristeza nos olhares das pessoas ali presentes.

Os criminosos disfarçados de torcedores que não foram ao estádio para ver uma partida de futebol, causaram tumulto na saída também, tendo até relatos de confrontos com a polícia.

A CONMEBOL falhou em diversos quesitos que vão além da segurança básica.

Falhou como instituição, falhou como amparo aos clubes, falhou como organização.

São várias as falhas que a Confederação Sul-Americana de Futebol cometeu e vêm cometendo.

Como fechamento, ao menos por essa semana, o Boca Juniors solicitou a suspensão da final e providências para achar os culpados pela violência.

A suspensão foi aceita e averiguações estão sendo feitas para localizar os culpados.

A partida que vai decidir o campeão segue sem prazo, mas o mais provável é que ela aconteça no dia 8 (4 dias antes do início do Mundial de Clubes).

Se a CONMEBOL quer recuperar a credibilidade no cenário futebolístico, punições devem ser feitas.

F91 Dudelange de Luxemburgo (amarelo) x Olympiakos d Grécia (vermelho)...

Imagem: Anadolu Agency/Getty Images 

O ex-atacante da seleção da Itália, Gianluca Vialli revela sua luta contra o câncer...

Imagem: Autor Desconhecido

O ex-atacante italiano Gianluca Vialli, 54 anos, enfrenta um câncer...

Diagnosticado há um ano, Vialli revelou a doença, numa entrevista ao diário Corriere della Sera em que garantiu que, neste momento, está tudo bem.

"Estou bem, muito bem. Estou recuperando a boa forma", disse.

O ex atacante da Sampdoria, Juventus, Chelsea e Itália, disse ter superado o “constrangimento” de tocar no assunto, mas agora, resolveu falar e escrever sobre como enfrentou a doença...

"Não tenho garantia alguma sobre o que virá a seguir e como vai acabar este jogo. Espero, em todo o caso, que a minha história possa ajudar outros", afirmou, a propósito do livro que está escrevendo.

David Brook... AFC Bournemouth.

Imagem: Mike Hewitt/Getty Images 

Entre as 20 equipes que mais gastam com salários, apenas oito são de futebol...

Imagem: Matthew Childs/Action Images via Reuters

A Premier League é o campeonato em que mais se paga, em média... 

Porém, os clubes que mais gastam com salário atuam na Espanha.

Barcelona e Real Madrid, de acordo com o Global Sports Salaries Survey de 2018, em relatório publicado nesta segunda-feira, são os clubes que mais gastam anualmente com salários de seus jogadores.

O clube da Catalunha paga, em média, 11,7 milhões de euros a cada jogador, mais que o Real Madrid, que vem logo a seguir, com 9,1 milhões de euros de salário anual para cada jogador.

O próximo clube de futebol na lista, a Juventus, está em nono lugar...

Os italianos, gastam 7,5 milhões de euros por ano com cada jogador.

Entre o Real e a Juventus estão seis equipes da NBA: 

Oklahoma City Thunder (8,8 milhões de euros), Golden State Warriors (8,7 milhões), Washington Wizards (8,5 milhões), Toronto Raptors (8,5 milhões), Houston Rockets (8,4 milhões) e Miami Heat (7,9 milhões).

Na décima posição aparece o Manchester United, com 7,3 milhões de euros em salários.

Até a posição de número 20 apenas mais quatro equipes de futebol:

Bayern Munique, Atlético Madrid, PSG e Manchester City, fechando o ranking...

As outras posições são todas ocupadas por equipes da NBA.

Amarelou?

Imagem: Gareth Copley/Getty Images

Cruzeiro de Macaíba 1x1 Palmeiras das Rocas... Um outro olhar.


Cruzeiro de Macaíba e Palmeiras da Rocas empatam pela terceira rodada do estadual feminino

Por: PH Dias, repórter do Universidade do Esporte

Gramado sem condições da bola rolar, estádio sem conforto, vestiários desgastados.

Tudo isso poderia ser motivo para não realização do jogo… mas não foi o que ocorreu.

Pela terceira rodada do estadual, no estádio Dr. José Jorge Maciel, em Macaíba, as meninas do Cruzeiro enfrentaram as meninas do Palmeiras, originário da Rocas.
  
Meninas que jogam pelo prazer, sem receber nada em troca, a não ser a alegria de praticar o esporte que tanto gostam.

Elas merecem reconhecimento e apoio...

Amam estar ali, correndo atrás da bola, mesmo num ambiente sem as condições ideais para tal.

Duas equipes, duas histórias diferentes.

O Cruzeiro de Macaíba, melhor estruturado, procurou sempre, apesar das más condições do campo, fazer a bola rolar no “gramado.”

Mais entrosadas, as meninas de azul, companheiras da seleção feminina da UFRN, buscaram, primeiro ter a posse de bola, para só então, armar jogadas com melhores chances de êxito.

Do outro lado, vestindo a camisa do Palmeiras, meninas que se juntam algumas vezes durante a semana para treinar...

E, mesmo sem uma estrutura adequada, lutaram com garra, raça e força de vontade.

Armadas para jogar no contra-ataque, esperando o melhor momento para dar o bote, as meninas do Palmeiras das Rocas souberam aproveitar o vacilo da defensiva do Cruzeiro e abriram o marcador.

Porém, o gol de Keké não intimidou a equipe do Cruzeiro...

As garotas foram em busca do empate que acabaram conseguindo por meio de uma penalidade máxima convertida por Deize.

O jogo, não se enganem, não foi morno...

Foi disputado, aberto e muito divertido.

A disputa foi tão intensa que não faltaram paralisações para atender que levou a pior nas muitas divididas e combates pela posse da bola...

Nos momentos em que alguém caia a falta de estrutura saltava aos olhos.

O atendimento na maioria das vezes foi realizado pelas próprias atletas...

Por sorte, todas terminaram a partida bem, a não ser com um outro arranhão, ou vermelhão causado por uma entrada mais forte.

No fim, cansadas, suadas, mas felizes, as meninas de Cruzeiro e Palmeiras deixaram o campo certas de que seu esforço valeu a pena...

Ponto para o futebol feminino potiguar.

segunda-feira, novembro 26, 2018

É segredo, não conte para ninguém...

Imagem: Sebastian Frej/MB Media/Getty Images 

Campeonato Potiguar de Futebol Feminino... Cruzeiro de Macaíba lidera a competição.

Imagem: Marcus Arboés

Palmeiras das Rocas e Cruzeiro de Macaíba empatam em 1 a 1 pelo Estadual.

Por Marcus Arboés para o Universidade do Esporte

O duelo válido pela terceira rodada do Campeonato Potiguar de Futebol Feminino, aconteceu no estádio Dr. José Jorge Maciel, e fechou o primeiro turno da competição.

A partida que começou equilibra, mudou completamente após a equipe macaibense sofrer o primeiro gol.

O Palmeiras abriu o placar aproveitando uma bola mal desviada pela defesa cruzeirense em cobrança de falta...

Aproveitando o erro, Keké abriu o placar em favor da equipe natalense.

A partir daí o panorama mudou...

Sem se abalar, o Cruzeiro se organizou e tomou conta do jogo.

Porém, foi só no segundo tempo saiu o gol de empate.

Deize, que tinha perdido uma boa chance na primeira etapa, acabou sofrendo uma penalidade máxima...

Ela mesmo bateu e decretou o 1 a 1.

Enquanto as palmeirenses jogavam por uma bola e contavam com as milagrosas defesas da goleira Sabrina, as cruzeirenses insistiam no ataque.

No entanto, o desgaste físico terminou por prejudicar as duas equipes, sem condições físicas as jogadoras terminaram por se contentar com a igualdade no placar.

O resultado deixou o Cruzeiro em primeiro lugar com 4 pontos e o Palmeiras, logo atrás, em segundo, com 2 pontos.

O Parnamirim, que folgou na rodada, segue em último lugar com apenas 1 ponto.

A equipe parnamirinense enfrentará o Palmeiras na próxima rodada, que acontece nesta quarta-feira, 28.

Lewis Hamilton - GP de Abu Dhabi.

Imagem: Charles Coates/Getty Images

SE Palmeiras com todos os méritos, Campeão Brasileiro de 2018.

Imagem: Wilton Junior/Estadão

O Palmeiras mereceu...

A taça ficou em boas mãos.

A equipe paulista fez valer a força de seu elenco, mas também se valeu dos vacilos e escorregões de seus adversários...

Fez da inconstância de todos eles, escada para chegar ao seu décimo título nacional.

Leicester City... Vardy.

Imagem: Ian Walton/Reuters

Da D para C, da C para B e da B para A... CSA. Parma Calcio da Itália parabeniza a equipe alagoana.


domingo, novembro 25, 2018

Um banho de Gatorade durante a partida...

Imagem: Holly Allison/TPI/REX/Shutterstock

Acabou a Série B...

Imagem: Autor Desconhecido

Terminou a Série B...

Na parte de cima da tabela, quatro equipes, agradecem e se despedem.

Vão frequentar, pelo menos por um ano, as delicias de estar entre as estrelas do futebol brasileiro...

Fortaleza, CSA, Avaí e Goiás, fizeram por merecer...

Conquistaram com méritos o direito de desembarcar do trem da segunda divisão e esperar na sala VIP o embarque, em 2019, no avião da Série A.

Entretanto, os que que agora sobem, abrem vaga para os que descem...

Paraná e Vitória, já fizeram o checkout e estão esperando a chamada para tomar seus lugares na volta à Série B.

América Mineiro e Sport, desesperados, se agarram a escorregadios fiapos de esperança...

A Chapecoense prepara uma última arrancada, para longe da zona de rebaixamento.

Ceará, Vasco da Gama e Fluminense, aparentemente aliviados, procuram mostrar com um sorriso amarelo, que o pior já passou...

“Pero no mucho.”

Já na parte de baixo, o chororô é grande...

Paysandu, Sampaio Correa, Juventude e Boa Esporte, despencaram.

Voltaram para o purgatório...

Estão na Série C.

Por outro lado, Operário, Cuiabá, Botafogo e Bragantino, chegam fazendo algazarra...

Afinal, estar na Série B é estar a um passo do paraíso.

Futebol e arte: Del Piero...

Artista: Florian Nicolle

A Libertadores envergonhada...

Imagem: Autor Desconhecido

O que deveria ser inesquecível, na verdade, será...

Porém, não pelo encanto do confronto de gigantes, mas, pela vergonha que os torcedores do River Plate resolveram passar diante do mundo.

O mais triste é ver que muitos ainda tentam justificar, o injustificável...

Romantizam a violência e a barbárie, insistindo em chamar de “pasión”, os atos de selvageria.

Amarrar na cintura de uma criança, sinalizadores, não é paixão...

É demência.

Apedrejar um ônibus apenas por estar nele, adversários, não é paixão...

É a negação da civilidade, é a vitória da insanidade.

Tudo o que aconteceu em Buenos Aires não tem nenhuma ligação com a “pasión” ...

Não!

Foi apenas o desfile triunfante da “Vergüenza.”

Ousmane Dembelé, complicado, mas artilheiro...

Imagem: Javier Soriano/AFP/Getty Images

César Noval... Médico durante a semana, auxiliar de linha nos fins de semana.

Imagem: Autor Desconhecido

César Noval, sempre quis ser médico...

Conseguiu.

Se tornou cirurgião...

Foi pioneiro na realização de cirurgias de troca de sexo, na Espanha.

A primeira intervenção durou 17 horas...

Foi um sucesso.

Porém, César Noval também sonhou ser jogador de futebol...

Não conseguiu.

O fracasso não o afastou dos campos...

Buscou uma outra maneira de estar perto da sua segunda paixão.

Hoje, divide seu tempo entre a sua clínica, as salas de cirurgia e os gramados...

Médico durante a semana, auxiliar de linha nos fins de semana.

“É claro que na medicina a pressão é muito maior. Mas reconheço que o ínfimo tempo que tenho para tomar uma decisão num jogo, é extremamente estressante”, costuma dizer Noval, sempre que lhe perguntam sobre sua vida dupla.

 Imagem: Autor Desconhecido

sábado, novembro 24, 2018

13 coisas que você talvez não saiba sobre o Superclássico River/Boca...

Imagem: Autor Desconhecido

13 coisas que você talvez não saiba sobre o Superclássico River-Boca

Os dois times arqui-inimigos se deparam pela 1ª vez na final da Copa Libertadores

Ariel Palacios para a revista Época

1 - A Marlene e a Emilinha Borba do futebol argentino (ou mundial)

A somatória das torcidas do Boca Juniors (43% segundo pesquisas) e a do River Plate (32%) aglutinaria 75% da torcida total da Argentina.

Não existem paralelos no mundo (exceto no Uruguai, entre o Peñarol e o Nacional de Montevidéu, que reúnem 95% da torcida desse país) de uma tão elevada concentração de rivalidades futebolísticas de dois times com mais de um século de confrontos e com duas torcidas tão enfáticas sobre esta inimizade mútua.

Outro diferencial é que estão na mesma cidade, Buenos Aires, ao contrário de outros rivais clássicos mundiais, como o Real Madri e o Barcelona, com 115 anos de rivalidade, em cidades diferentes, nas quais os torcedores inimigos possuem pouco contato cotidiano.

Ou o Milan versus o Juventus ou o embate Bayern versus Dortmund.

Além das estatísticas, existe o lado folclórico desta rivalidade, equivalente, mutatis mutandis, às protagonizadas entre Marlene e Emilinha Borba, Michelangelo e Leonardo Da Vinci ou os generais Rommel e Montgomey.

Mas, neste caso, são rivais em uma situação de desatado frenesi, já que disputam um campeonato internacional.

É a primeira vez que uma Libertadores coloca o River contra o Boca em uma final.

Para o River, o Boca é uma espécie de Nêmesis, um Voldemort, um dr. Moriarty.

E vice-versa.

2 - Clássicos, Superclássico e o mega-clássico (com fervor e misteriosa lealdade)

Anos atrás o semanário inglês "The Observer" fez uma lista de 50 coisas da área esportiva que uma pessoa deveria fazer antes de morrer.

E o 1ª item da lista era "Ver um jogo Boca-River". O jornal "The Sun" também colocou esse embate como "a experiência esportiva mais intensa do mundo".

E a revista britânica Four Four Two o catalogou como "o maior clássico do mundo".

Mas os próprios argentinos não o chamam de "clássico".

Eles consideram que existem clássicos no futebol local, como o Racing x Independiente, San Lorenzo x Huracan, Vélez x Ferro, Estudiantes x Gimnasia e o Rosario x Newell’s.

Mas esses são "clássicos".

O confronto River-Boca é o "Superclássico".

É uma rivalidade que acumula mais de 100 anos de existência, com saldo superavitário para o Boca.

No entanto, este confronto pela Libertadores não está sequer sendo chamado de "Superclássico".

Os argentinos turbinaram o assunto e se referem a ele como o "mega-clássico".

O escritor argentino Jorge Luis Borges tinha uma definição sobre os clássicos na Literatura, mas que aplica-se a todos os clássicos de forma geral:

"Um clássico não possui necessariamente estes ou aqueles méritos...é um livro que as gerações dos homens, levadas por diversas razões, leem com prévio fervor e com misteriosa lealdade..."


3 - Mais frisson do que pela Copa do mundo

Os embates River—Boca, ao concentrar a atenção de 3 de cada 4 argentinos, costumam superar em audiência os jogos da seleção argentina na Copa do Mundo.

Nos últimos dias as notícias, análises e expectativa sobre a final superaram amplamente qualquer outro assunto.

A única notícia que conseguiu desviar o foco futebolístico foi a localização do submarino San Juan, afundado há mais de um ano nas águas do Atlântico Sul.

Mas, o San Juan foi notícia por apenas 3 dias.

Logo depois o foco foi redirecionado ao River-Boca, que está chamando mais a atenção do que a visita de Donald Trump, Vladimir Putin, além de outros 18 líderes que estarão presentes no dia 30 para a cúpula do G-20.

4 - Nascidos no mesmo bairro

Os dois times foram fundados em La Boca, na época o bairro dos genoveses que haviam migrado para a Argentina.

O River foi o resultado da fusão, em 1901, de dois times, o Santa Rosa e o Rosales.

Quase colocaram o nome de “Juventude Boquense”, o que poderia ter causado confusões futuras.

Mas, optaram pelo de "River Plate".

Aliás, as cores do time, vermelho e branco, são as cores da cidade de Gênova.

Pouco depois da fundação, o River foi embora de La Boca.

Primeiro para a cidade de Avellaneda, na zona sul da Grande Buenos Aires.

Depois foram para o bairro portenho de La Recoleta, instalando seu estádio de madeira onde hoje existe uma escultura metálica imensa representando uma flor, na avenida Figueroa Alcorta.

E posteriormente mudaram para a localização atual, em Belgrano.

Já o Boca foi fundado 4 anos após o River, em 1905.

A definição do nome também gerou debates. "Filhos de Itália", "Defensor da Boca", "Estrela da Itália", "Boca Juniors" eram as opções.

Finalmente, cinco rapazes, filhos de imigrantes italianos de Gênova, escolheram o de Boca Juniors.

No entanto, ainda faltavam as cores.

A primeira camiseta foi cor de rosa.

Mas, diante de uma saraivada de gozações e de uma derrota de 3 a 1 para um time já extinto do bairro de Almagro, os fundadores decidiram que a cor de rosa, além de ser um visto como um tanto quanto feminino, era – supostamente - "azarenta".

Para resolver as divergências cromáticas, o quinteto genovês-argentino decidiu que as cores do Boca Juniors seriam as mesmas da bandeira do primeiro navio que entrasse no porto.

A nave que chegou minutos depois ostentava as cores do estandarte sueco: azul e amarelo.

5 - Os primórdios do Superclássico

O River ainda estava em seu bairro original, La Boca, quando ocorreu o 1º embate bilateral contra o Boca Juniors.

Mas existem dúvidas se esse jogo foi em 1908 ou 1912, quando eles estavam respectivamente na 2ª e 3ª divisão.

O primeiro confronto oficial foi em agosto de 1913.

De lá para cá foram 211 partidas.

6 - Apelidos mútuos que pretendiam ser ofensivos e foram adotados com orgulho

Um dos apelidos do River é o de "millonarios" (milionários).

Uma lenda urbana fora da Argentina sustenta que esse apelido fazia referência ao suposto predomínio de torcedores ricos do River.

Nada disso.

O apelido vem da contratação, em 1932, de Carlos Peucelle, por 10 mil pesos.

E no mesmo ano o River também contratou Bernabé Ferreyra por 35 mil pesos, que era uma pequena fortuna na época, coisa de "milionários".

35 mil pesos naquele ano serviam para comprar 11 carros da marca alemã Opel de 4 cilindros, 514 ternos de casimira inglesa ou meia tonelada de trigo ou 70 mil ingressos para ver um jogo de futebol.

No mesmo ano o clube fez outras 4 contrações caríssimas.

Daí o apelido de "milionários".

Outro apelido do River é o de "gallinas", isto é, "galinhas".

Esta denominação veio em 1966, surgida na final da Copa Libertadores contra o Peñarol, do Uruguai.

O River começou vencendo por 2 a 0, mas ficou com medo da reação dos uruguaios e o time começou a perder terreno até ser derrotado por 4 a 2.

Por isso, quando dias depois o River enfrentou o Banfield, um torcedor rival soltou uma galinha branca no gramado, com uma faixa vermelha em diagonal pintada sobre suas penas.

Mas a ironia durou pouco: rapidamente os torcedores do River adotaram o apelido e se autodenominam de "galhinhas".

Já os torcedores do Boca se definem como "boquenses", mas também como "xeneizes" (pelas origens genovesas do bairro).

E há a denominação de "bosteros".

Esta teve origem depreciativa, lançada décadas atrás pelo rival River Plate, que sugeriu que os torcedores do Boca não passavam de meros carregadores de bosta de cavalo.

No entanto, os boquense passaram a ostentar o "bosteros" com orgulho.

7 - Torcedores pobres x torcedores ricos, um clichê sem fundamento há décadas

Há muitas décadas o perfil do torcedor do Boca tendia a ser mais proletário e de classe média baixa, enquanto que o do River tendia a ter apoiadores de classe média e alta.

Essa divisão, no entanto, nunca foi categórica.

Além disso, as diversas crises econômicas argentinas (foram 7 graves crises desde 1975) se encarregaram de alterar qualquer estrutura social existente anteriormente.

Atualmente os dois times têm proporções equivalentes de torcedores das classes baixa, média e alta.

8 - Problemas cartográficos — o Monumental de Núñez não está em Núñez

O estádio Monumental, do River, foi erguido em 1938 e só passou por uma reforma quando fez 50 anos, em 1978, para a Copa do Mundo feita no país.

O estádio, na realidade, chama-se "Antonio Vespucio Liberti", em homenagem ao presidente do clube que o construiu.

No entanto, as pessoas usam a denominação popular de "estádio Monumental de Núnez", em referência ao bairro de Núñez.

Apesar do nome informal, o estádio está localizado no bairro de Belgrano, a poucos quarteirões da fronteira com Núñez.

Coincidentemente, existe um time chamado "Defensores de Belgrano"... mas que fica no bairro de Núñez!

9 - La Bombonera, a "catedral" do futebol argentino

O estádio de "La Bombonera" foi inaugurado em 1940 e, embora não seja o maior templo do futebol da Argentina, é considerada a "catedral" esportiva do país por excelência, devido à mística que acumula.

O nome oficial do estádio é "Alberto J. Armando", em homenagem ao diretor do time nos anos 60 e 70. Mas o nome informal do estádio surgiu quando a secretária do arquiteto esloveno Viktor Sulčič lhe deu de presente para seu aniversário uma caixa de bombons.

Sulčič ficou impressionado, pois a caixa tinha o formato exato que desejava para o estádio.

O arquiteto começou, então, a levar a caixa em todas as reuniões com o engenheiro José Delpini e o geômetra Raúl Bes, que precisaram quebrar a cabeça para resolver os problemas estruturais daquele projeto.

No próprio dia da inauguração, as autoridades do clube, fazendo piada, chamaram o estádio de "La Bombonera".

Boquenses e não-boquenses sustentam que La Bombonera “vibra” junto com seus torcedores. Isso ocorre especialmente quando a torcida grita os cânticos de respaldo ao time.

10 - Valsas & Cânticos

Muitos estrangeiros acreditam que antigamente só se ouvia tango em Buenos Aires.

Nada disso.

Durante décadas foram também hit parades os "valsecitos", ou "valsinhas", compostas pelos próprios tangueiros.

Uma delas era a valsinha "Desde a alma", música de Rosita Mello e letra de Homero Manzi.

Essa valsa, com frequência é cantada pela torcida do Boca.

Em um ponto do jogo, em vez de gritar o tradicional "Dale bó, y dale bóooo" cantam "y dale bo, dale dale bó" no compasso da valsa, isto é, o 3 por 4.

Tudo começou há 78 anos, quando era muito popular um programa na rádio chamado "Grande Pensão, o campeonato", no qual os pensionistas eram a personalização dos clubes de futebol (cada um com suas características).

A dona da pensão, que representava a AFA, ostentava o nome de "Dona Associação".

E todos os pensionistas flertavam com a filha dela, que era a Missa Campeonato.

E, desta forma, o programa transcorria anarquicamente ao longo do ano, enquanto os jogos aconteciam.

Mas, no final do ano, um deles casava com a moça.

No ano de estreia o Boca venceu o campeonato e a torcida organizou uma simulação de casamento no gramado: a noiva e "Pedrín el fainero"*, que era o clichê do imigrante italiano, de grandes bigodes, carregando embaixo do braço uma faina (que embora tenha o formato da pizza é diferente, pois é feita de farinha de grão-de-bico e é um prato tipicamente genovês, tal como os fundadores do Boca).

O River era "Barnabé o Millonário", o Racing era "Acadêmico García", enquanto que o Newells Old Boys, por ironia com seu nome inglês, era "Mister Nhuls".

O programa foi ao ar de 1940 a 1952. Depois, em 1972, virou programa de TV, mas sem o mesmo sucesso.

Atenção, turistas: os hoolingans do Boca, os barrabravas, reunidos na temida "La Doce", avisam: a valsa não se aplaude no final!

11 - Cardápio para o mega-clássico

O snack clássico dos jogos é o " choripán ", sanduíche feito de pão francês e uma linguiça de grandes dimensões.

O crocante pão com o suculento – e costumeiramente oleoso – chorizo é a pièce de résistance de todo estádio argentino.

O torcedor habitué dos jogos costuma sublimar a ostensiva presença de estafilococos e outros perigos à longevidade humana contidos nesse snack, como se estivesse blindado à miríade de bactérias que passeiam nesse ícone alimentício geralmente elaborado em controvertidas condições de higiene.

Não comer um choripán poderia ser visto como um sinal de esnobismo ou falta de testosterona.

Os consumidores também sublimam a adulteração dos ingredientes do “chorizo”, que incluem carne bovina, suína e eqüina em proporções nunca definidas de forma explícita.

Nem implícita. A única certeza é que se trata de proteína animal.

O choripán é onipresente nos estádios, já que ele vai mais além de suas fronteiras físicas da crosta do pão francês: seu cheiro paira sobre todo o campo de futebol, além de impregnar a roupa dos presentes por intermédio da fumaça e de manchas.

E também, está presente como ondas sonoras, por intermédio dos gritos dos vendedores, que anunciam seu produto em elevados decibéis.

Embora o "chorizo" e a salsicha sejam diferentes, possuem um parentesco próximo.

Nos últimos tempos surgiu uma variedade cada vez mais popular nos estádios: o "morcipán", que em vez da linguiça utiliza a " morcilla " (morcela, uma espécie de linguiça feita com sangue).

Outro caso de sucesso entre os torcedores é o “Paty”, denominação de uma marca que se tornou sinônimo de hambúrgueres de baixo custo na Argentina.

Nas barraquinhas montadas nas proximidades dos lugares de jogos os comerciantes vendem patys feitos de forma doméstica com algo que tem sabor de carne... e que possivelmente provém de algum mamífero.

12 - Simpatias e superstições dos torcedores

Os torcedores do time derrotado sofrerão ironias, zoeiras e ácidos comentários pela Eternidade...ou até que a conjunção de astros permita que novamente os dois times possam se enfrentar em uma final de Libertadores.

Por esse motivo, vastos setores das duas torcidas estão se aferrando a todo tipo de apelo ao sobrenatural para implorar pela vitória de seu clube.

Estas são algumas delas:

— Modalidade Religiosa: Fazer promessas a deuses, santos e virgens.

— Vestimenta: Colocar sempre a mesma camiseta do River ou Boca (ou qualquer outra camiseta...em alguns casos, até sem lavá-la, para não diluir seus ‘poderes mágicos’).

— Alimentícia: Ingerir o mesmo cardápio que “deu sorte” em outras ocasiões. Raviólis, nhoques, churrasco, etc.

— Localização: Assistir os jogos sentado no mesmo ambiente da casa do jogo anterior, mesmo sofá ou cadeira.

Em alguns casos os torcedores assistem o jogo de costas à TV, somente ouvindo o relato dos locutores.

Em outros, a família dos torcedores deve se sentar de forma estritamente ordenada no sofá, seguindo com ortodoxia uma sequência.

Por exemplo: da direita à esquerda de acordo com as idades.
— Todas as opções acima, misturadas: rezar à Virgem, colocar a mesma fedorenta camiseta de jogos prévios, sentar de costas pra TV na sala da mesma casa e comer os raviólis de ricota com molho de tomate...com um número específico de colheradas de queijo ralado!

13 – Para quem o autor desta lista estará torcendo?

Muitas pessoas, pelas redes sociais, me fazem esta pergunta há semanas:

"Ei, você torce para o River ou para o Boca?".

Resposta: Nenhum dos dois.

Nem qualquer outro time da Argentina, país onde moro desde 1995.

Eu sou brasileiro e torço para o Londrina Esporte Clube, a.k.a. "Tubarão".

Me criei em Londrina, Paraná. Logo, logicamente, torço para o Londrina.

Não torço por nenhum outro time no resto do Brasil nem no resto do planeta.

Nada é pior que um gol contra...

Imagem: Alex Livesey/Getty Images

Árbitra pede zagueiro em casamento...

Imagem: Autor Desconhecido

É totalmente inusitado, diferente...

Mas, muito bacana.

Sandra Nogueira, árbitra filiada a Associação de Futebol do Porto, em Portugal, esperou pelo final do jogo entre Oliveira do Douro e Infesta, pela Divisão de Elite Pró-Nacional da AF Porto, para pedir em casamento o zagueiro central do Oliveira do Douro, André Martins...

Sandra explicou ao jornal “Gaiense” que já havia informado ao Conselho de Arbitragem da AF Porto sobre seu relacionamento com o jogador e que não vinha sendo indicada para apitar nenhuma partida que envolvesse a equipe de seu namorado, agora, noivo.

Por isso, na semana que antecedeu ao encontro, teve bastante tempo para preparar a surpresa...

Chamou familiares e alguns amigos para assistirem ao jogo e testemunharem o pedido.

Foi um sucesso, André Martins, que não jogou por estar lesionado, nem desconfiou...

Afinal, era dia de seu aniversário e a presença dos familiares e amigos se justificava.

No entanto, para sua surpresa, assim que a partida terminou, foi chamado ao gramado e lá, pedido em casamento por Sandra...

A data foi marcada para o próximo ano.

Sandra é filha de Serafim Nogueira, ex-árbitro assistente que por vários anos trabalhou na primeira divisão, tendo inclusive trabalhado em confrontos internacionais.

As meninas do karatê da Espanha...

Imagem: Javier Soriano/AFP/Getty Images

Bayern de Munique publica balanço com novo recorde de receita financeira...

Imagem: Autor Desconhecido

O Bayern de Munique publicou nesta quinta-feira (22) o balanço financeiro relativo ao ano fiscal de 2017/2018...

O clube alcançou uma receita total € 657,4 milhões, € 16,9 milhões a mais que no ano anterior.

De acordo com o relatório divulgado pelo Bayern, após descontados os impostos, o lucro líquido totalizou € 29,5 milhões...

Desde que o Bayern de Munique se tornou uma sociedade anônima em 2002, registrou um aumento de 355% em suas receitas: saltou de € 176 milhões para € 624 milhões em 16 anos.

Treino do Tottenham Hotspurs FC...

Imagem: Tottenham Hotspur FC/Getty Images 

Novak Djokovic, o tenista que mais faturou em 2018...

Imagem: Revista Tênis/UOL

12,6 milhões de dólares faturou o tenista Novak Djokovic em premiações na temporada 2018...

O sérvio foi quem mais ganhou no ano.

Fonte: Máquina do Esporte

Isaquias Queiroz dos Santos - Canoagem...

Imagem: Autor Desconhecido

Libertadores da América de Futebol Feminino...

Imagem: Globo Esporte

Após as duas primeiras rodadas da fase de grupos, a classificação da Libertadores da América de Futebol Feminino realizada em Manaus é a seguinte:

Grupo A
1 Atlético Huila 3 pontos
2 Audax Osasco 3 pontos
3 Peñarol 3 pontos
4 Union Española 3 pontos

Última rodada
Peñarol x Audax Osasco
Union Española x Atlético Huila

Grupo B
1 Santos 6 pontos
2 Colo-Colo 3 pontos
3 Sport Girls 3 pontos
4 Deportivo Ita 0 ponto

Última rodada
Deportivo Ita x Colo-Colo
Santos x Sport Girls

Grupo C
1 Iranduba 4 pontos
2 UAI Urquiza 4 pontos
3 Cerro Porteño 2 pontos
4 Flor de Pátria 0 ponto

Última rodada
Cerro Porteño x Flor de Pátria
Iranduba x UAI Urquiza

Imagem: Globo Esporte

sexta-feira, novembro 23, 2018

Futebol e arte... Final da Copa da UEFA de 1977 - Bilbao - Athletic Bilbao 2x2 Juventus.

Artista: Florian Nicolle

A foto dos pés de Zlatan Ibrahimovic...

Imagem: Autor Desconhecido

“Tenho uma foto dos meus pés na parede para lembrar que é graças a eles que comemos”

Zlatan Ibrahimovic, em entrevista à BBC de Londres.

Rangers FC versus Hamilton Academical...

Imagem: Ian MacNicol/Getty Images

América apresenta parte do elenco para 2019...

Imagem: Autor Desconhecido

O América apresentou nesta quinta-feira parte do elenco para a temporada de 2019...

Parece que a política do pé no chão foi o critério para a montagem do grupo.

Sem dinheiro, sem arroubos...

Por isso, tantos nomes da base.

Devem chegar outros...

Garimpar quem queira jogar na quarta divisão, com salários reduzidos, mesmo que pagos em dia, não é tarefa fácil.

Goleiros
Gleidson
Ewerton (base)
Caio (base)
Lucas (base)

Zagueiros
Alison
Matheus Machado (base)

Laterais
Breno (direito)
Diego (esquerdo-base)

Volantes
Galiardo
Judson (base)
Jadson (base)
Rennan (base)

Meias
Adenilson
Anthony (base)

Atacantes
Murici
Max
Pardal
Leandro (base)
Thyago (base)

Torcida do Boca Juniors abarrota a La Bombonera...


Mais de 50 mil torcedores do Boca Juniors compareceram ao La Bombonera para assistir ao último treino da equipe que vai enfrentar no próximo sábado, o River Plate, no Monumental de Nuñez...

Fora do estádio muita gente frustrada por não ter conseguido entrar.

Emocionado, o presidente do Boca Juniors declarou:

“A torcida do Boca nunca deixa de surpreender. São maravilhosos.”

Barcelona pode aceitar a volta de Neymar, mas com condições...

Imagem: Autor Desconhecido

O Barcelona aceita a volta de Neymar, porém, segundo o Deportes Quatro, impõem condições...

São essas as condições que Neymar terá que aceitar caso deseje vestir novamente a camisa do clube catalão:

Declarar seu arrependimento publicamente, reduzir seu salário, resolução do conflito judicial entre o jogador e clube e, por fim, facilitar a negociação com o PSG.

Festival de Pipas de Fuerteventura - Espanha...

Desiree Martin/AFP/Getty Images 

Bola de Ouro de 2018...

Imagem: David Ramos/Getty Images

Nem Messi, nem Cristiano Ronaldo, nem Mbappé, nem Griezmann e nem tão pouco, Neymar...

A imprensa espanhola afirma que o próximo a receber a Bola de Ouro, será o croata, Luka Modric.