Imagem: Erdem Şahin/EPA
Este espaço não propõe defesa nem ataque a nenhum clube ou pessoa. Este espaço se destina à postagem de observações, idéias, fatos históricos, estatísticas e pesquisas sobre o mundo do futebol. As opiniões aqui postadas não têm o intuito de estabelecer verdades absolutas e devem ser vistas apenas como uma posição pessoal sujeita a revisão. Pois reconsiderar uma opinião não é sinal de fraqueza, mas sim da necessidade constante de acompanhar o dinamismo e mutabilidade da vida e das coisas.
quinta-feira, abril 02, 2020
Da série "Não conheço, mas já vi! #4"... O sucesso contemporâneo do CFR Cluj.
Não conheço,
mas já vi! #4
O sucesso
contemporâneo do CFR Cluj.
Dyego Lima/Universidade
do Esporte
Vindo de um
lugar costumeiramente retratado nas telas de cinema como o lar de seres
assustadores, vide o Conde Drácula, o CFR Cluj tem se tornado, desde o início
dos anos 2000, um verdadeiro terror na vida de seus adversários no campeonato
nacional.
Fundado em
1907, é um clube da cidade de Cluj-Napoca, na Transilvânia, centro-oeste da
Romênia.
A sigla “CRF”
é uma abreviação de Caile Ferate Române, uma transportadora ferroviária estatal
do país.
Sua grande
rivalidade é com o outro clube da cidade, o Universitatea Cluj.
Eles fazem o
chamado Derbiul Clujului.
Sua casa é o
Stadionul Dr. Constantin Radulescu, em homenagem ao antigo jogador e técnico do
clube.
Construído em
1973, comportava apenas 3 mil pessoas.
Quando a
equipe se classificou para Champions League de 2008, o estádio foi reformado e
ampliado para adequar-se às normas da Uefa.
A obra foi
concluída em 2008, possibilitando-o comportar 25 mil torcedores.
Em 2009, um
quarto estande foi construído, deixando-o com a capacidade atual de 30 mil.
A equipe foi
fundada com o nome de Kolozsvári Vasutas Sport Club.
A cidade de
Cluj-Napoca, antes chamada de Kolozsvár, ainda era parte do antigo Império
Austro-Húngaro.
Até 1910, o
time jogava um campeonato municipal, mas sem conquistar resultados
satisfatórios.
Em 1911,
acabou vencedor do Campeonato da Transilvânia, além dos vice-campeonatos nos
anos subsequentes até 1914, quando o torneio teve de ser interrompido em
decorrência da Primeira Guerra Mundial.
Após os
conflitos, em 1920, a Transilvânia passou a fazer parte da Romênia e o clube
decidiu adotar o nome de CFR Cluj.
Foram mais
alguns anos de luta e nenhuma conquista.
Após a
Segunda Guerra, a equipe jogou uma temporada na Divizia C e conseguiu o acesso
para a segunda divisão do país.
Antes do
início da temporada 1947–48, o clube se uniu a outro time local, o Ferar Cluj,
e jogou a Divizia A pela primeira vez na história.
No entanto,
apenas dois anos depois, acabou rebaixado, ficando fora da elite da Romênia por
20 anos.
Em 1960,
outra junção.
Dessa vez,
com o Rapid Cluj, que resultou no surgimento do CSM Cluj.
Porém, em
1967, a equipe voltou com o seu nome original.
Os altos e
baixos
Sob o comando
de Constantin Radulescu, em 1969, o Cluj foi campeão da Divizia B com 40
pontos, cinco à frente da Politehnica Timisoara.
Depois de
duas temporadas consecutivas escapando do rebaixamento na última rodada, a
diretoria resolveu agir para a época 1972–73: Mihai Adam, duas vezes artilheiro
do campeonato e considerado um dos melhores romenos de sua geração, foi
contratado do rival Universitatea Cluj.
O resultado
foi a melhor colocação do clube em sua história: 5° lugar, seis pontos atrás do
campeão Dínamo de Bucareste.
Na temporada
1973–74, mesmo com Mihai Adam sendo mais uma vez artilheiro com 23 gols, o Cluj
escapou do rebaixamento por pouco.
Já na época
seguinte, com muitos jogadores acima dos 30 anos, o clube foi condenado ao
descenso, marcando sua última participação na elite no século XX.
Depois de
vários anos alternando entre a segunda e a terceira divisão, além de quase
declarar falência na década de 90, uma nova esperança chegou à equipe.
Em janeiro de
2002, Árpád Pászkány, chefe da S.C. ECOMAX M.G., firmou uma parceria com o
Cluj, que logo conquistou o acesso para a Divizia B.
A campanha na
segunda divisão foi intensa. Logo no início da temporada, Pászkány foi
envolvido em um escândalo de compra de arbitragem.
Isso afetou o
desempenho da equipe, que perdeu partidas em sequência.
O técnico
Cioceri foi demitido, mas recontratado pouco tempo depois. Após sua volta, o
Cluj foi uma fênix: ganhou catorze e empatou uma partida nos últimos 15 jogos
do campeonato, alcançando a liderança da Divizia B pela primeira vez em 28
anos, e sendo campeão com um ponto de vantagem para o vice Jiul Petrosani.
O retorno à
primeira divisão em 2004 foi de altos e baixos. Depois de encerrar o primeiro
turno em sexto, na segunda metade do campeonato a equipe degringolou: somou
apenas doze pontos em 15 jogos.
Encerrou a
temporada na 11° colocação, conseguindo evitar o rebaixamento.
No ano
seguinte, o Cluj participou de sua primeira competição europeia: a Copa
Intertoto, que era formada pelos clubes que não alcançavam as principais
competições da Uefa, e que até aquele ano, era vencida por três clubes.
Depois de
eliminar FK Vetra, da Lituânia, Athletic Bilbao, Saint-Étienne, e FK Zalgiris
Vilnius, também da Lituânia, o Cluj fez uma das finais contra o RC Lens, da
França.
Derrota por 4
a 2 no placar agregado de dois jogos e vice-campeonato.
O período de
ouro
A temporada
de 2007–08, com o clube vivendo o seu centenário, foi perfeita.
Sob o comando
de Ioan Andone, o Cluj iniciou bem o campeonato, liderando a Liga com oito
pontos de vantagem ao fim do 1° turno, e ainda invicto.
Porém, o
desempenho caiu na segunda metade e o time foi ultrapassado pelo Steaua
Bucareste faltando apenas duas rodadas.
Nelas, a
equipe somou seis pontos, e o Steaua, só três.
O Cluj se
tornou a primeira equipe de fora da capital romena a conquistar o campeonato
nacional em 17 anos, além de conseguir uma vaga na fase de grupos da Champions
League.
Três dias
depois da Liga ser vencida, o clube bateu o Unirea Urziceni por 2 a 1 e foi campeão
da Copa da Romênia.
É importante
ressaltar que há apenas seis temporadas, o Cluj estava na terceira divisão do
país.
Na Champions
League de 2008–09, o Cluj ficou no grupo A, ao lado de Roma, Chelsea e
Bordeaux, da França.
Apesar de ter
encerrado em último lugar, os quatro pontos conquistados foram significativos:
empate em 0 a 0 na Romênia contra o Chelsea, e vitória por 2 a 1 contra a Roma,
em pleno Estádio Olímpico.
Juan Emmanuel
Culio, autor dos dois gols, foi o herói do triunfo.
O Cluj
voltaria a ser campeão romeno nas temporadas de 2009–10 e 2011–12, justificando
os altos investimentos em infraestrutura, gerência e transferências de
jogadores.
Na temporada
2014–15, as dificuldades financeiras prejudicaram o desempenho em campo.
Por dívidas,
a Federação Romena de Futebol decidiu tirar 24 pontos do clube, que acabou
caindo para a última colocação da Liga.
Em maio de
2015, porém, após novo julgamento, a Corte decidiu retroceder e devolveu os
pontos retirados.
No entanto, a
Uefa puniu o clube, proibindo-o de participar de suas competições durante
alguns anos. O Cluj acabou a Liga na 3ª colocação.
Já em 2016,
depois de derrotarem o Dínamo Bucareste nos pênaltis, venceram novamente a Copa
da Romênia, sendo a sua primeira conquista desde 2012.
No ano
seguinte, o empresário Marian Bagacean comprou 62% das ações do clube,
ajudando-o financeiramente ao tornar-se o sócio-majoritário.
Após o fim do
período de punição imposto pela Uefa, o Cluj pôde voltar a participar das
competições europeias, inclusive estando presente nas últimas duas edições de
Champions League.
Com a ajuda
do renomado técnico Dan Petrescu, o time é o atual bicampeão nacional, feito
inédito em sua história.
Alguns
jogadores conhecidos, como o lateral uruguaio Álvaro Pereira, passaram pelo
Cluj.
O brasileiro
mais renomado foi o meia Júlio Baptista.
No entanto, o
seu período no clube rendeu uma situação curiosa: ele atuou por apenas 43
minutos e anotou um gol.
Ele assinou
contrato em agosto de 2018 e rescindiu em março de 2019, recebendo um salário
de cerca de 52 mil euros por mês.
Corte de salários reacende debate sobre direitos de imagem... Há quem defenda que direito de imagem não é salário; agora, assunto é essencial.
Corte de
salários reacende debate sobre direitos de imagem
Há quem
defenda que direito de imagem não é salário; agora, assunto é essencial
Por Duda
Lopes para o Máquina do Esporte
Os principais
clubes do futebol brasileiro estão traçando planos para amenizar os prejuízos
que o período de pausa para a prevenção da disseminação do coronavírus deve
gerar.
A principal
medida até o momento está nas renegociações de salários de jogadores durante os
meses sem partidas oficiais.
Essa decisão,
porém, pode reacender o debate sobre os acordos de direitos de imagem.
Nesta
segunda-feira (30), os rivais Fortaleza e Ceará anunciaram que darão desconto
de 25% nos salários de março e nos próximos meses em que o futebol permanecer
paralisado.
Os valores
descontados serão parcelados durante o ano e valem tanto para o valor pago em
carteira assinada quanto nos contratos de imagem.
Em Minas
Gerais, o presidente do Atlético Mineiro, Sérgio Sette Câmera, também declarou
que dará descontos de 25% dos salários.
O dirigente
foi enfático em relação à decisão e informou que quem não aceitar a iniciativa
será desligado do clube.
Demissões, por
sinal, deverão acontecer de qualquer maneira.
No caso dos
mineiros, a redução não deverá atingir os direitos de imagem dos jogadores.
Em conversa
com a Máquina do Esporte, o sócio da consultoria BDO Brazil, Carlos Aragaki,
ressaltou que essa deve ser uma das medidas adotadas pelos clubes, já que, sem
as partidas, não há uso efetivo da imagem dos jogadores.
"Sempre
se diz que direito de imagem não é salário. Agora é o momento de se definir se
é ou não é. Se for, é preciso pagar os encargos.
Mas se não há
exploração de imagem, não há por que os clubes pagarem agora", afirmou o
executivo.
Para Aragaki,
ainda é difícil mensurar o tamanho do prejuízo dos times.
No momento,
ainda não há definição do período de paralisação e nem do quanto poderá ser
reduzido o número de jogos e, assim, valores de bilheteria, televisão e até
mesmo de possíveis saídas de patrocinadores, como houve com o Azeite Royal nos
quatro clubes grandes do Rio de Janeiro.
Segundo
Aragaki, além dos valores de salários e imagens, há outras medidas que as
equipes podem tomar para reduzir os problemas enfrentados pelo período de
paralisação.
O executivo
cita a necessidade de renegociação dos termos do Profut, além da possibilidade
de ter jogos com portões fechados quando a pandemia começar a ter curva
decrescente no Brasil.
Caso o
calendário volte com todas as datas, como tem sido cogitado, as perdas podem
ser menores.
"Talvez
um mês ou dois meses de paralisação não represente um impacto tão significativo
nas finanças dos clubes", ponderou o
sócio da BDO.
quarta-feira, abril 01, 2020
Mercedes fabrica respirador contra o coronavírus...
Imagem: Mercedes
Mercedes
"esquece" F1 e fabrica respirador contra coronavírus
Escuderia
britânica realizou trabalho ao lado da Universidade College de Londres
Por Redação
do Máquina do Esporte
Desde o dia
13 de março, quando a Fórmula 1 decidiu, às vésperas do GP da Austrália,
cancelar a prova, a temporada da categoria vive de incertezas.
De lá para
cá, outra prova foi cancelada (Mônaco) e mais seis foram adiadas (Bahrein,
China, Vietnã, Holanda, Espanha e Azerbaijão).
Mas isso não
quer dizer que as equipes estejam paradas fora das pistas, inclusive no que se
relaciona a ajudar no combate ao coronavírus.
Nesta
segunda-feira (30), a Mercedes divulgou que desenvolveu, em apenas cinco dias,
um respirador para ser usado por pacientes que testem positivo para a Covid-19.
O aparelho,
feito em um trabalho conjunto com a University College London (UCL), foi
aprovado pelo Sistema Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido.
"Dada a
necessidade urgente, somos gratos por termos conseguido reduzir um processo que
poderia levar anos para questão de dias. Como recebemos o resumo, trabalhamos
todas as horas do dia, desmontando e analisando um dispositivo não patenteado.
Usando simulações em computador, aprimoramos ainda mais o dispositivo para
criar uma versão de ponta adequada à produção em massa. Tivemos o privilégio de
poder recorrer à capacidade da Fórmula 1", revelou Tim Baker, professor do departamento de
engenharia mecânica da universidade.
Batizado de
"Continuous Positive Airway Pressure" ("Pressão Positiva
Contínua nas Vias Aéreas", em tradução livre), o respirador ajudará
pacientes com problemas graves nas vias respiratórias, principal complicação
observada nos pacientes afetados pela pandemia.
Com a
aprovação do NHS, espera-se que cerca de mil aparelhos possam ser fabricados
por dia.
O respirador
é o primeiro dispositivo desenvolvido por uma equipe de Fórmula 1 desde que o
governo britânico solicitou ajuda tecnológica das equipes da categoria.
Além da
Mercedes, outras seis equipes com sede no país (Haas, McLaren, Racing Point,
Red Bull, Renault e Williams) estão colaborando em áreas como prototipagem
rápida, design e testes para o desenvolvimento de aparelhos que possam ajudar
no combate à doença que já causou mais de 34 mil mortes no mundo.
O projeto vem
sendo chamado de "Project Pitlane".
FIFA estuda injetar dinheiro no futebol mundial para minimizar a crise...
Imagem: Autor Desconhecido
A FIFA estuda
a possibilidade de injetar dinheiro no futebol mundial como forma a atenuar as
consequências da pandemia de covid-21.
Informação
foi dada nesta terça-feira pelo jornal italiano, Gazzetta dello Sport.
Para esse
enorme esforço a FIFA contará com as suas reservas de 2,5 bilhões de euros e
até mesmo eventuais garantias sobre as receitas futuras de direitos
televisivos.
"Estamos
trabalhando na possibilidade de prestar assistência à comunidade do futebol em
todo o mundo", disse à
Ansa, agência noticiosa italiana, um porta-voz da FIFA
Jogador de basebol tem seu contrato suspenso por um ano por se negar a jogar durante a pandemia...
Imagem: Autor Desconhecido
Robbin
Zeledón, conhecido na Nicarágua como um dos melhores rebatedores de beisebol da
Primeira Divisão do país, foi suspenso depois de se recusar a jogar...
O atleta de
21 anos, terceira base da equipe Brumas, pediu para deixar o clube por medo de
pegar o Covid-19, pandemia que está causando uma crise de saúde em todo o
mundo.
Apesar dos
números, não houve quarentena obrigatória na Nicarágua.
Segundo a Comissão
Superior de Beisebol da Nicarágua, a equipe Jinotega, no norte da Nicarágua,
considerou desnecessária a solicitação, pela qual sancionou Zeledón "por
abandono" e, portanto, foram aplicados os Regulamentos de Ética e
Disciplina, cuja punição é removê-lo de todas as atividades por um ano...
O ex-jogador
nicaraguense Dennis Martínez elogiou o pedido do jovem atleta à imprensa.
“Que
grande coragem esse menino teve, teve a coragem de pensar em sua família e sua
vida e no contexto que é vivido na Nicarágua que algo muito significativo é,
sem dúvida, um exemplo a seguir. Trabalho e dinheiro são secundários quando a
vida está em risco”, disse ele, além de pedir às autoridades que reajam o
mais rápido possível.
Grande jogadores que nunca conquistaram a Champions League...
Imagem: Luca Bruno/AP
São muitos os
jogadores que de forma incontestável têm seu lugar guardado na história do
futebol...
Entretanto,
nem todos conseguiram conquistar os campeonatos que por seu talento mereciam
ter conquistado.
Abaixo, uma
pequena lista de grandes jogadores que jamais conseguiram erguer aquele que é considerado
o maior troféu de clubes: a Liga dos Campeões...
Eric Cantona/França
Hernan Crespo/Argentina
Ruud van
Nistelrooy/Holanda
Fabio
Cannavaro/Itália
Gianluca
Zambrotta/Itália
Lilian Thuram/França
Laurent Blanc/França
Philip Cocu/Holanda
Lothar
Matthaus/Alemanha
Pavel Nedved/República Tcheca
Gianluigi
Buffon/Itália
Dennis
Bergkamp/Holanda
Michael
Ballack/Alemanha
Robert
Lewandowski/Polônia
Gabriel
Batistuta/Argentina
Roberto
Baggio/Itália
Francesco
Totti/Itália
Cesc Fàbregas/Espanha
Ronaldo
Nazário/Brasil
Show virtual gera receita para a Liga espanhola de futebol...
Imagem: LaLiga
Um evento musical denominado LaLiga Santander Fest, reuniu virtualmente cerca de 20 artistas, no último sábado (28)...
O show rendeu 665 mil euros a Liga de Futebol da Espanha.
domingo, março 29, 2020
Fernando Torres... El Niño.
Imagem: Autor Desconhecido
El Niño
Por Lucas
Costa/Universidade do Esporte
Fernando José
Torres Sanz, ou apenas Fernando Torres, é tido por muitos como um dos maiores
atacantes espanhóis da história.
Torres marcou
época vestindo a camisa da Fúria, ganhando títulos importantes, jogou por
diversos clubes, mas o brilhante jogador crescido nas ruas de Madrid e de
coração colchonero ficou conhecido mundialmente quando atuou nos campos
ingleses, defendendo as cores do Liverpool, onde viveu seu auge e encantou o
mundo.
Um garoto que
gosta de futebol e mora em Madrid tem basicamente duas opções de times para
torcer: O galático Real Madrid, poderoso, rico e multicampeão, ou seu rival, o
Atlético de Madrid, clube mais humilde, porém, de torcedores fanáticos e
apaixonados, os colchoneros.
O coração de
Torres pulsou mais forte para o lado atleticano e, aos 11 anos e com um potencial
incrível, o Atlético o levou para treinar em suas categorias de base.
Em 2001,
quando o Atlético estava jogando a segunda divisão espanhola, Torres recebeu
sua primeira oportunidade como profissional.
O jovem
jogador conseguiu mostrar suas habilidades e a torcida já tratou de
transformá-lo em xodó, além de ter recebido dos companheiros de equipe um
apelido que se espalhou na arquibancada e o marcou por toda a carreira: El
Niño.
Aos 19 anos,
já era ídolo e capitão da equipe.
O atacante,
em sua primeira passagem no time espanhol, de 2001 a 2007, atuou em 214 jogos e
marcou 82 gols.
Nesse
período, o único título que ganhou no time foi a segunda divisão espanhola.
Novos ares
viriam na vida de El Niño: por cerca de 36 milhões de euros, o Liverpool foi à
Espanha e o tirou de lá.
Na terra da
rainha, ao lado de Steven Gerrard e cia, Torres distribuiu bolas na rede.
Em sua
primeira temporada na Premier League, marcou 24 gols e foi artilheiro da equipe
na competição.
Jogando pela
Espanha, na Eurocopa de 2008, Fernando marcou o gol da vitória da seleção
contra a Alemanha, quebrando um jejum amargo de 44 anos sem título.
Nesse mesmo
ano, ele foi escolhido como terceiro melhor jogador do mundo pela FIFA.
No Liverpool
foram muitos gols e partidas memoráveis, brigas pela artilharia, porém sem
nenhum título conquistado, o que deixou Torres frustrado.
Ao todo foram
142 e 81 gols pelos Reds. A torcida o amava, mas a idolatria ficou abalada em
2011, quando o jogador, numa transferência milionária, foi para o Chelsea.
Antes disso,
conquistou com a Espanha, na África do Sul, a Copa do mundo, mesmo sem marcar
um gol sequer.
Em Londres,
El Niño não encontrou o futebol que o consagrou, viveu secas terríveis, foi
muito contestado pelos torcedores azuis do Chelsea, que se perguntavam o que
teria acontecido com o goleador espanhol.
Se a passagem
num todo não foi boa, porém, Fernando apareceu em momentos cruciais, em títulos
importantes para a equipe de Londres.
Marcou o
segundo gol que cravou o Chelsea na final da Liga dos Campeões contra o
Barcelona no Camp Nou, e um gol na final da Liga Europa contra o Benfica,
abrindo o placar da vitória de 2 a 1 dos Blues.
Já desgastado
no clube e com a chegada de novos jogadores, Torres foi emprestado ao Milan em
2014 e ao fim da temporada, foi repassado de forma definitiva ao time italiano,
após o fim do contrato com o Chelsea.
Pelo Milan,
só jogou por 10 partidas e não convenceu.
Após anos
longe da Espanha, longe de casa, o menino que antes dos 20 anos foi capitão de
uma das equipes mais tradicionais do futebol mundial, voltou ao seu lar.
Na sua
apresentação de retorno, viu o Vicente Calderón lotado de torcedores que foram
ver não só um ídolo, mas a volta de um torcedor apaixonado pelo Atlético tanto
quanto eles.
Era volta do
menino prodígio, de El Niño.
A festa foi
grande, não porque esperavam que ele levasse a equipe a conquistar títulos, mas
sim por tudo que Torres representava.
Na segunda
passagem pelo Atlético, conseguiu o que tanto queria: um título de expressão
pela equipe.
O clube
conquistou a Liga Europa da temporada 2017–2018 contra o Olympique de
Marseille.
Nesse
retorno, passou três anos e meio na equipe e depois se transferiu para Sagan
Tosu, do Japão, onde, no ano passado, anunciou sua aposentadoria do futebol.
Pela Seleção
espanhola foram 110 jogos e 39 gols, três Eurocopas e três Copas do Mundo, fora
outras competições.
Na carreira,
734 jogos e 258 gols.
Fernando
Torres sabia marcar gols de todas as formas.
No seu auge,
o atacante era imparável e atormentava qualquer zagueiro no mundo.
As lesões que
sofreu ao longo da carreira foram minando seu futebol, mas ainda assim
conseguiu ser peça importante para suas equipes e ainda é lembrado com carinho
por onde passou.
Dono do Los Angeles Clippers comprou o The Forum Club Arena...
Imagem: Autor Desconhecido
400 milhões de
dólares foi o quanto Steve Ballmer, bilionário que é dono do Los Angeles
Clippers, da NBA, pagou para comprar a The Forum Arena da MSG...
Fonte:
Máquina do Esporte
NBA corta salários dos principais executivos da entidade em 20%...
NBA corta
salários dos principais executivos da entidade em 20%
Decisão
inclui comissário Adam Silver e outros 100 profissionais do basquete americano
Por Redação
Após ser a
primeira a interromper a temporada por tempo indeterminado e servir de exemplo
para praticamente todas as ligas esportivas do planeta que também decidiram
parar, a NBA, agora, tenta contornar os prejuízos financeiros causados pela
paralisação.
Ao menos por
enquanto, será o alto escalão da entidade que sofrerá no bolso as consequências
da pandemia do coronavírus.
Depois de
dobrar sua linha de crédito de US$ 600 milhões para US$ 1,2 bilhão, a NBA
decidiu impor um corte de 20% no salário base a cerca de 100 dos executivos da
entidade com maiores ganhos mensais.
Adam Silver,
atual comissário da liga americana de basquete, e Mark Tatum, o
vice-comissário, estão incluídos na lista.
"Esses
são tempos sem precedentes e, como outras empresas de todos os setores,
precisamos tomar medidas de curto prazo para lidar com o duro impacto econômico
em nossos negócios e organização", afirmou Mike Bass, porta-voz da NBA, em entrevista à
ESPN americana.
As medidas
serão implementadas de forma imediata e devem continuar em vigor até que as
atividades esportivas possam voltar a ocorrer nos Estados Unidos.
Ao que tudo
indica, ao menos por enquanto, não haverá cortes generalizados no restante da
entidade.
Além disso,
por ora, os cargos administrativos não serão afetados.
sábado, março 28, 2020
"Fique em casa por Seb"... a morte do torcedor do Charlton motivou a campanha "Fique em Casa" na Inglaterra.
Imagem: Vital Charlton
“Fique em
casa por Seb”
Com apenas 38
anos, Seb Lewis, torcedor símbolo do Charlton, morreu vítima da Covid-19 e foi
homenageado pelo clube que foi a razão de sua vida
Por Pedro Henrique
Brandão Lopes/Universidade do Esporte
Todos têm
suas peculiaridades para acompanhar seus times de coração.
Alguns
acreditam piamente que a camisa da sorte é imprescindível para a vitória,
outros são adeptos do “não olhar” e preferem não ver pênaltis, por
exemplo, e tem aqueles que cismam até com o lugar na arquibancada como se o
setor escolhido para assistir, perdão, para participar do jogo fosse interferir
no resultado.
Todos, claro,
têm toda razão.
Não é difícil
encontrar exemplos dos caprichos de torcedores mundo afora, porém, em alguns
casos essa verdadeira devoção ao clube chega a pontos inalcançáveis para meros
mortais.
Lewis Seb foi
um desses que transcendeu o ato de torcer, ele se incorporou ao seu clube do
coração.
Nos últimos
22 anos, Seb foi a todas a partidas do Charlton Athletic, clube da segunda
divisão do futebol inglês.
Desde 1998,
então aos 16 anos, Seb frequentou 1076 jogos consecutivos.
Um feito e
tanto para acompanhar um time que não figura entre as principais forças do
milionário futebol inglês.
Porém, a
pandemia do novo coronavírus atingiu o Reino Unido em cheio, assim como tem
feito com o resto do mundo, e enquanto os números de infectados e mortos subia,
a Premier League suspendeu suas partidas.
Decisão
acompanhada pelas divisões inferiores e, portanto, a Inglaterra vive sem
futebol desde o início de março.
Seb contraiu
o vírus, desenvolveu a terrível Covid-19, e no dia 25 de março, última
quarta-feira, o torcedor símbolo do Charlton sucumbiu como outros milhares de
seres humanos nesses meses tenebrosos e morreu.
Com 38 anos,
Lewis Seb era asmático e teve sua situação complicada pela doença pré
existente, o dito fator de risco que as autoridades sanitárias tanto alertam.
A morte de
Seb, despertou uma onda de homenagens que rapidamente levaram o nome do
torcedor ilustre aos assuntos mais comentados nas redes sociais até que o clube
publicou um tributo:
“Estamos
verdadeiramente devastados ao descobrir o falecimento de um dos mais dedicados,
leais e populares torcedores, Seb Lewis, com apenas 38 anos. Seb era o coração
e a alma da família Charlton e tinha muito orgulho de seu feito, ao assistir
cada jogo desde fevereiro de 1998. Os pensamentos de todos no clube estão com a
família de Seb neste momento difícil. Obrigado, Seb, por sua lealdade e
dedicação ao Charlton. The Valley e cada setor visitante ao redor do país nunca
serão os mesmos sem você. Descanse em paz”.
O choque da
morte de alguém tão jovem faz cair por terra o egoísta senso comum que a doença
mata “apenas” idosos. Por isso, Lewis Seb virou presença eterna no The
Valey e vai ser a principal bandeira no clube nesses tempos de pandemia.
A campanha
“Fique em casa por Seb” já conta com milhares de interações nas redes e na
cidade as pessoas estenderam diversas camisas e bandeiras do clube nas janelas
como forma de lembrar Seb e, também alertar sobre a importância do isolamento
domiciliar no combate ao contágio.
Neste
momento, você tem todos os motivos do mundo para ficar em casa, mas se quiser
mais um, fique em casa por Seb, por você, por sua família e por todos nós.
Seb nos deu
1076 motivos para ficar em casa e ele sempre estará junto ao Charlton como
nunca deixou de estar nos últimos 22 anos.
Entidades abrem cofres para times menores pelo mundo para amenizar os efeitos do covid-19...
Montagem: Fernando Amaral
Entidades
abrem cofres para times menores pelo mundo
Casos na
Espanha, na Alemanha e na América do Sul demonstram solidariedade
Por Redação
do Máquina do Esporte
A indefinição
a respeito da volta das atividades no universo do futebol fez com que as
principais entidades de futebol decidissem criar um fundo para auxiliar os
clubes menores que eventualmente sofram com a pausa.
Nesta
quinta-feira (26), a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), a Conmebol e
clubes alemães que disputam a Champions League anunciaram que darão dinheiro
para clubes mais prejudicados com a crise ou que disputam as competições.
Os valores
variam bastante.
Vão de € 500
milhões para o futebol espanhol à antecipação de até 60% da cota de
participação prevista pela Conmebol.
"Situações
como essa requerem respostas ágeis e excepcionais, destinadas tanto a preservar
a saúde da grande família do futebol sul-americano como diminuir, na medida do
possível, o impacto econômico previsto com a interrupção das nossas
competições", declarou
Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, em carta destinada aos presidentes
das dez entidades sul-americanas filiadas a ela.
A federação
espanhola, por sua vez, conseguiu uma linha de crédito especial com bancos para
disponibilizar financiamento para as divisões principais do país.
"Conversamos
com vários bancos e podemos oferecer uma linha de crédito no valor de € 500
milhões aos clubes da primeira e da segunda divisão que estão com dificuldades
e que podem ser reembolsados nos próximos quatro, cinco ou seis anos. Minha
mensagem é de união, esperança e disciplina. Todo o futebol, desde os modestos
até as elites, deve enviar uma mensagem de solidariedade. Juntos, pararemos
esse vírus", afirmou
Luis Rubiales, presidente da RFEF.
A entidade é
a favor de que os campeonatos na Espanha sejam encerrados como estavam.
Na Alemanha,
Bayern de Munique, Borussia Dortmund, Red Bull Leipzig e Bayer Leverkusen
anunciaram que destinarão € 20 milhões para os demais clubes do país que
estiverem com dificuldades financeiras.
Desse total,
€ 12,5 milhões são referentes às verbas que os quatro clubes receberiam pelos
direitos de transmissão da Bundesliga na mídia alemã.
Já os € 7,5
milhões restantes virão de recursos próprios.
"Esta
campanha enfatiza a solidariedade. A DFL (Liga Alemã de Futebol) é grata aos
quatro participantes da Champions League pela solidariedade perante todos os
clubes", declarou Christian Seifert,
porta-voz da DFL, entidade que será responsável por dar um destino a essa
verba.
A ajuda de
clubes e entidades a times menores ainda está longe de ser cogitada no Brasil.
Por aqui,
times e atletas ainda não sabem como ficarão os salários.
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