Imagem: Mercedes
Mercedes
"esquece" F1 e fabrica respirador contra coronavírus
Escuderia
britânica realizou trabalho ao lado da Universidade College de Londres
Por Redação
do Máquina do Esporte
Desde o dia
13 de março, quando a Fórmula 1 decidiu, às vésperas do GP da Austrália,
cancelar a prova, a temporada da categoria vive de incertezas.
De lá para
cá, outra prova foi cancelada (Mônaco) e mais seis foram adiadas (Bahrein,
China, Vietnã, Holanda, Espanha e Azerbaijão).
Mas isso não
quer dizer que as equipes estejam paradas fora das pistas, inclusive no que se
relaciona a ajudar no combate ao coronavírus.
Nesta
segunda-feira (30), a Mercedes divulgou que desenvolveu, em apenas cinco dias,
um respirador para ser usado por pacientes que testem positivo para a Covid-19.
O aparelho,
feito em um trabalho conjunto com a University College London (UCL), foi
aprovado pelo Sistema Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido.
"Dada a
necessidade urgente, somos gratos por termos conseguido reduzir um processo que
poderia levar anos para questão de dias. Como recebemos o resumo, trabalhamos
todas as horas do dia, desmontando e analisando um dispositivo não patenteado.
Usando simulações em computador, aprimoramos ainda mais o dispositivo para
criar uma versão de ponta adequada à produção em massa. Tivemos o privilégio de
poder recorrer à capacidade da Fórmula 1", revelou Tim Baker, professor do departamento de
engenharia mecânica da universidade.
Batizado de
"Continuous Positive Airway Pressure" ("Pressão Positiva
Contínua nas Vias Aéreas", em tradução livre), o respirador ajudará
pacientes com problemas graves nas vias respiratórias, principal complicação
observada nos pacientes afetados pela pandemia.
Com a
aprovação do NHS, espera-se que cerca de mil aparelhos possam ser fabricados
por dia.
O respirador
é o primeiro dispositivo desenvolvido por uma equipe de Fórmula 1 desde que o
governo britânico solicitou ajuda tecnológica das equipes da categoria.
Além da
Mercedes, outras seis equipes com sede no país (Haas, McLaren, Racing Point,
Red Bull, Renault e Williams) estão colaborando em áreas como prototipagem
rápida, design e testes para o desenvolvimento de aparelhos que possam ajudar
no combate à doença que já causou mais de 34 mil mortes no mundo.
O projeto vem
sendo chamado de "Project Pitlane".
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