segunda-feira, maio 11, 2020

George Best: o gênio de Belfast...

Imagem: Popperfoto/Getty Images

George Best: o gênio de Belfast

Jaqueilton Gomes/Universidade do Esporte em parceria com o Ludopédio

Nascido em Belfast, capital da Irlanda do Norte, em 22 de maio de 1946, George Best desde sempre deixou clara a sua paixão por futebol.

Porém, arriscou-se com a bola oval aos 11 anos de idade, quando venceu um campeonato escolar de Rugby.

No entanto, o amor ao futebol ficou mais forte quando Best passou a jogar no Cregagh Boys, um time amador de sua cidade natal.

Assim, o rugby foi apenas mais um esporte passageiro em sua vida.

Foi em uma das partidas pelo Cragagh, que Bob Bishop, olheiro do Manchester United na Irlanda do Norte, encontrou George.

Ao vê-lo jogar, Bob imediatamente notou o talento daquele jovem franzino e enviou prontamente um telegrama ao lendário treinador dos Red Devils, Matt Busby.

A correspondência foi a mais objetiva possível, e dizia somente: “I think I’ve found you a genius”, ou seja, “Eu acho que encontrei um gênio para você”.

Não demorou muito para que George assinasse um contrato com os gigantes de Old Trafford.

Apesar de jovem, Best estava rodeado de importantes homens da bola e, por isso, sucumbiu a uma pressão natural.

Apenas 24 horas depois de chegar ao Manchester United, sentiu “saudades” e resolveu “fugir” para seu lar, em Belfast.

Naquele momento, a carreira do futuro craque quase foi ao fim antes mesmo de começar.

Isso só não aconteceu porque o treinador dos Diabos Vermelhos resolveu telefonar para os pais de Best e após uma longa conversa, o garoto promissor norte-irlandês foi convencido a voltar para Manchester.

Duas semanas depois, ele já estava no Teatro dos Sonhos novamente.

George Best tornou-se profissional em 1963, e fez sua estreia em uma partida contra o West Bromwich Albion, em 14 de setembro, com apenas 17 anos.

O tempo passou e o menino magrinho de cabelos lisos se tornou um grande jogador de futebol.

Sua habilidade era incontestável, e com o passar do tempo, seu talento ficava ainda mais evidente.

Em grande forma, Best ganhou os holofotes, a atenção do mundo inteiro, e todos queriam vê-lo jogar.

Foi exatamente no ápice de sua carreira que um fato ficou marcado na história de George e do futebol europeu.

Em 1966, o Manchester United cruzou o caminho do poderoso Benfica nas quartas de final da Copa dos Campeões.

O time de Lisboa, liderado pelo também genial Eusébio, era praticamente o mesmo que havia conquistado a Europa por dois anos consecutivos no início daquela década (1961 e 1962) e era um dos grandes favoritos a vencer novamente naquele ano.

No duelo, o Manchester United venceu o jogo na Inglaterra por 3 a 2, e no jogo da volta, em Lisboa, o treinador inglês orientou que o time jogasse com cautela, sem se arriscar muito.

Porém, esse não era o estilo de Best, que desobedeceu a ordem do chefe e com apenas 12 minutos de jogo já havia marcado duas vezes.

Aquela partida acabou com um inacreditável 5 a 1 no placar, que apontou a vitória do United diante de mais de 50 mil torcedores no Estádio da Luz e fez de George um herói rebelde, por ter balançado as redes duas vezes.

Ao voltar para a Inglaterra no dia seguinte, as manchetes haviam dado um novo nome a George Best.

A partir de então, ele também ficou conhecido como “O quinto Beatle”, apelido lembrado até hoje e indissociável da figura de Best.

Apesar de não ter conquistado a competição naquele ano, já que caíram na fase seguinte para o Partizan Belgrado – time da então Iugoslávia –, os Red Devils contavam com Best e com seus gabaritados companheiros, Bobby Charlton, Denis Law e tantas outras lendas do futebol britânico em seu elenco, nomes que deixaram suas credenciais em bastante evidência.

Dois anos depois, finalmente a glória.

Quis o destino que o Manchester United conseguisse o título europeu diante do mesmo Benfica, que em 1966 havia sido humilhado por Best e companhia dentro dos seus próprios domínios.

Desta vez, o duelo foi na grande decisão da competição e no lendário estádio Wembley, em Londres.

Após empate em 1 a 1 no tempo normal, o jogo seguiu para a prorrogação e uma nova goleada favoreceu aos ingleses em 4 a 1, com Best balançando as redes em uma das oportunidades.

Ainda em 1968, além da Europa junto ao United, Best conquistou um título individual, o prêmio máximo que um jogador de futebol poderia conquistar na época.

O “Quinto Beatle” recebeu a Ballon d’Or, a popular Bola de Ouro, que consagrava anualmente o jogador considerado o melhor da Europa.

Best se tornou o terceiro da história do Manchester United a vencer o prêmio.

Antes, Denis Law (1964) e Bobby Charlton (1966) haviam sido coroados.

A vida do Quinto Beatle não chamava atenção apenas dentro de campo.

Best tinha uma personalidade ímpar, que é tão famosa quanto o seu talento com a bola nos pés.

Ele aparecia cada vez mais nos tabloides devido a sua vida além das quatro linhas, e isso caía mal nas dependências de Old Trafford.

Sua vida de sucesso com mulheres, festas regadas a muito álcool e toda a negligência, fazia com que seu rendimento no gramado não fosse mais o mesmo.

Best ficou marcado por frases famosas que dão uma noção de como foi a sua rotina recheada de extravagâncias:

“Em 1969 eu larguei as mulheres e a bebida. Foram os piores 20 minutos da minha vida.”; “Gastei muito dinheiro com bebidas, mulheres e carros. O resto eu desperdicei”.

Essa forma desregrada de levar a vida acabou fazendo com que Best saísse do gigante europeu.

Assim, sua carreira continuou em clubes de menor expressão. Após passagens até pelo futebol dos Estados Unidos, em que atuou pelo Los Angeles Aztecs, Fort Lauderdale Strikers e San Jose Earthquakes, Best chegou ao fim de sua carreira e em um de seus últimos atos, voltou à Inglaterra, em 1983, para defender o Bournemouth, um clube de tradição, porém sem muitos resultados expressivos.

Um ano depois, George finalmente colocou um ponto final em suas apresentações oficiais dentro de campo, jogando pelo Tobermore United, clube de sua terra natal, a Irlanda do Norte.

O excesso no consumo de álcool tornou a saúde do gênio da bola muito debilitada e o obrigou a fazer um transplante de fígado.

A genialidade do “Quinto Beatle” não foi suficiente para mantê-lo longe das bebidas.

Best foi internado no dia 3 de outubro de 2005, devido a problemas nos rins e complicações de seu transplante hepático.

Ele permaneceu assim até o dia 25 de novembro do mesmo ano, quando o álcool venceu a batalha contra “O Melhor”, que um dia fora o gênio procurado pelos Diabos Vermelhos, e derrotou George Best, que morreu aos 59 anos de idade.

Em seus últimos dias, Best agiu de forma inesperada.

Cinco dias antes de sua morte, convocou a imprensa e pediu que fosse fotografado naquele estado em que se encontrava, para que as pessoas vissem o que o álcool fez com sua vida.

Para a legenda dessa foto, Best soltou mais uma de suas frases que jamais se perderão:

“Não morram como eu”.

George Best foi reconhecidamente um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos.

Em seus últimos dias no hospital, Best estava sempre agarrado a uma carta que recebeu e era assinada da seguinte forma:

“Do segundo melhor jogador de todos os tempos. Pelé”.

Até mesmo o “rei” brasileiro se rendeu ao talento majestoso do “Quinto Beatle”.

O nome Best não era apelido, mas sim de batismo e encaixou muito bem na lenda do mundo da bola. Nome esse que, inclusive, rendeu uma expressão icônica:

“Maradona Good. Pelé Better. George Best”.

“Maradona, bom. Pelé maior. George melhor”, em português.

Tal expressão é praticamente um dito popular na Irlanda do Norte.

Boavista FC versus Sporting Clube de Portugal...

Imagem: NurPhoto/NurPhoto via Getty Images 

Os inventores do spray utilizado para marcar o local das faltas e delimitar a distância mínima das barreiras pedem quatro anos de prisão para Gianni Infantino...

Imagem: Autor Desconhecido

A Justiça brasileira em breve decidirá se a FIFA cometeu um crime de violação de patente. Pablo Silva, o inventor, reivindica mais de US $ 40 milhões.

Pablo Silva e Haine Allemagne, os criadores do spray que os árbitros usam para marcar o local das infrações e a distância das barreiras, pedem entre um e quatro anos de prisão para os dirigentes da FIFA, incluindo seu presidente Gianni Infantino, pelo uso do spray...

Sem o consentimento dos criadores a FIFA violou o direito de patente da invenção.

O processo de Silva e Allemagne foi aberto em um tribunal brasileiro há quatro anos e a decisão será publicada nos próximos dias...

Pablo Silva está convencido de que a justiça lhe dará ganho de causa.

Ele e seu parceiro contrataram o advogado Cristiano Zanin Martins, e estão exigindo mais de US $ 40 milhões da FIFA...

"Estamos aguardando a decisão de primeira instância sobre o mérito. Vamos exigir que Gianni Infantino e todos os demais responsáveis sejam presos, além da apreensão de bens e contas", garantiu Silva.

Pablo Silva e Haine Allemagne tinham um acordo com Joseph Blatter, ex-presidente da FIFA, e Julio Grondona, 'vice' na época, para a utilização do spray em troco de 40 milhões de dólares, mas após 'FIFA gate', e a da morte do dirigente argentino, todos os canais de comunicação entre eles a entidade foram cortados...

A partir de então a FIFA passou a utilizar o spray sem cumprir o acordo.

Após um primeiro litígio, um juiz brasileiro proibiu o uso do spray, mas a FIFA não acatou a ordem e o usou sob o nome de outra marca...

"Fomos pacientes, mas quando vimos que o spray foi usado na Rússia em 2018, quando a liminar o proibiu, explodimos", insiste Silva, que também confirmou ao diário AS da Espanha que pretende levar o caso aos tribunais dos Estados Unidos.

Maidenhead United FC versus Dagenham & Redbridge FC...

Imagem: Gavin EllisTGS Photo/Shutterstock 

Portugal estabelece condições rígidas para o regresso do futebol no país...


A Federação Portuguesa de Futebol recebeu neste domingo o parecer técnico da Direção Geral de Saúde que enquadra as condições para o regresso da Liga NOS (Primeira Divisão) e da Taça de Portugal, referente a temporada 2019/2020...

Com consequência das reuniões e interações ocorridas entre a FPF, a Liga Portugal e as autoridades de saúde, as condições de regresso são as seguintes:

1. A FPF, a Liga Portugal, os clubes participantes da Liga NOS e os atletas assumem, em todas as fases das competições e treinos, o risco existente de infeção por SARS-CoV-2 e de COVID-19, bem como a responsabilidade de todas as eventuais consequências clínicas da doença e do risco para a Saúde Pública.

2. Este compromisso é subscrito, sob a forma de um Código de Conduta assinado, entre todos os agentes desportivos e as estruturas competentes da FPF e Liga Portugal, e outras que sejam consideradas necessárias.

3. O Código de Conduta estabelece, entre outras, as medidas do dever de recolhimento domiciliário e de Saúde Pública constantes neste parecer.

4. Para minimizar o risco de infeção por SARS-CoV-2, os atletas, as equipes técnicas e os árbitros devem manter-se em recolhimento domiciliar desde a data do início da retomada dos treinos para as competições oficiais e até ao final de todas as competições.

5. Entende-se por recolhimento, o cumprimento de medidas rigorosas de distanciamento físico com outras pessoas. As deslocações dos intervenientes acima indicados devem restringir-se ao trajeto domicílio-clube/competição-domicílio. Apenas são permitidos contatos sociais com coabitantes e membros do clube (staff estritamente necessário para a prática desportiva).

6. Para este efeito, os dirigentes do clube envolvidos nos jogos (que devem ser reduzidos ao mínimo indispensável) e os parentes dos atletas, equipes técnicas e árbitros ficam igualmente obrigados ao dever de recolhimento domiciliário imposto aos atletas.

7. O recolhimento impõe ainda o cumprimento, em todas as circunstâncias, do distanciamento físico de dois metros, a higiene das mãos e a etiqueta respiratória, de acordo com as normas e orientações da DGS, bem como a utilização de máscara em espaços fechados, como os transportes/deslocações (de e para os treinos/competições) e outras atividades que não a prática de exercício físico.

8. Para efeitos dos números anteriores, devem ser usados sistemas de informação e monitorização de contato entre os atletas, sob consentimento expresso dos atletas, quando da assinatura do Código de Conduta, e respeitando a privacidade de cada atleta e a legislação aplicável. Sempre que necessário, para facilitar o rastreio e identificação de contatos próximos de casos confirmados de infeção por SASR-CoV-2, os dados destes sistemas de informação são entregues à Autoridade de Saúde.

9. Os clubes devem apoiar os atletas e as suas famílias de forma a evitar deslocações para fora do domicílio (exceto as necessárias para a prática desportiva), recorrendo, para tal, a entregas domiciliar de bens e serviços.

10. Os departamentos médicos dos clubes devem garantir uma avaliação clínica e respetivos registos diários de forma a identificar precocemente qualquer sintoma sugestivo de COVID-19, nos termos da Norma 004/2020 da DGS. Qualquer pessoa que durante a temporada desenvolva sintomas sugestivos de COVID-19 deve ser isolada e testada, em cumprimento do Plano de Contingência do clube e do disposto na Norma 004/2020 da DGS, garantindo a notificação do caso no SINAVE.

11. A FPF, a Liga Portugal e os clubes devem implementar uma estratégia de testes aos atletas, equipes técnicas e árbitros e demais intervenientes que permita a identificação precoce de casos positivos para SARS-CoV-2 (que embora assintomáticos podem ser transmissores do vírus), promovendo o seu isolamento para uma rápida interrupção das cadeias de transmissão:

a) Os testes laboratoriais devem ser por rRT-PCR, de acordo com a Orientação 015/2020 da DGS;

b) Todos os resultados laboratoriais devem ser notificados no SINAVE, nos termos da legislação vigente.

c) Antes do início das competições todos os atletas, equipes técnicas e árbitros devem realizar dois testes rRT-PCR para SASR-CoV-2 separados por 14 dias. Durante este período os atletas devem manter o distanciamento físico, entre eles, através da realização exclusiva de treinos individuais, durante este período.

d) Após este período de 14 dias todos atletas, equipes técnicas e árbitros com dois testes laboratoriais negativos que estejam clinicamente aptos, após avaliação pelo departamento médicos dos clubes, podem iniciar treinos coletivos e participar nas competições oficiais.

e) Durante as competições devem ser realizados, para todos os jogos, dois testes laboratoriais para SARS-CoV-2 por semana: um 48 horas antes do jogo e outro o mais próximo possível da hora do jogo.

f) A identificação de um caso positivo (sintomático ou não) de infeção por SARS-CoV-2 determina o seu isolamento e a impossibilidade de participar das competições até à determinação de cura, nos termos do aplicável da Norma 004/2020 (sintomático) ou da Norma 010/2020 (assintomático) da DGS, incluindo o rastreio de contatos pela Autoridade de Saúde, sem prejuízo do acompanhamento clínico pelo departamento médico do clube.

g) Os atletas e equipes técnicas da equipa na qual foi identificado um caso positivo são contatos de um caso confirmado. A implementação das medidas de confinamento e de testes indicadas neste parecer minimiza o risco de contágio de SARS-CoV-2 entre os atletas e outros intervenientes, pelo que a identificação de um caso positivo não torna, por si só, o isolamento coletivo, das equipas, obrigatório.

h) A determinação de confinamento de contatos próximos de atletas e outros intervenientes, a título individual, é feita pela Autoridade de Saúde territorialmente competente, após articulação e decisão concertada entre as Autoridades de Saúde Regionais e a Autoridade de Saúde Nacional, em função da avaliação de risco. A vigilância clínica dos contatos próximos deve ser realizada pelo departamento médico do clube, garantindo o acompanhamento clínico e registo diário, sem prejuízo da atuação da Autoridade de Saúde.

12. Nenhuma competição pode ocorrer com público no interior dos estádios, até ao final da temporada. No exterior e imediações dos estádios, a circulação de pessoas deve ser limitada e condicionada, não estando autorizada a concentração de pessoas em número superior a 10. As forças e serviços de segurança devem, sob proposta da FPF, assegurar o cumprimento da legislação vigente, nomeadamente promover a dispersão de concentração de pessoas, quer no perímetro dos estádios, quer junto a hotéis, centros de treino, e via pública.

13. A FPF deve elaborar um documento estruturado com as Recomendações e Regras para a retoma das competições oficiais da 1.ª Liga de Futebol e da Taça de Portugal que seja do conhecimento público e inclua:

a) O dever de elaboração de um Plano de Contingência por cada clube de futebol, cuja apreciação e parecer será elaborado pela Autoridade de Saúde Regional. O Plano de Contingência para a COVID-19 deve incluir a descrição:

i. Do plano de acompanhamento clínico e monitorização de sintomas dos atletas e equipa técnicas, devendo ser assegurado um acompanhamento clínico rigoroso, e respetivo registro;

ii. Dos locais de treino;

iii. Das condições de higiene e segurança dos locais de treino, incluindo a lotação máxima, referentes às instalações sanitárias, vestiários e ginásios, bem como os respectivos procedimentos de desinfeção e limpeza;

iv. As ações de formação no âmbito da COVID-19 a desenvolver;

v. O plano de comunicação a desenvolver junto dos torcedores para cumprimento das regras do Plano de Contingência e das normas e orientações da DGS.

vi. Identificação de um profissional designado, e seu substituto para os impedimentos, devidamente qualificado para a articulação com a Autoridade de Saúde territorialmente competente.

b) A seleção dos estádios para as competições oficiais, bem como os seus critérios.

As competições devem ser realizadas no menor número possível de estádios. Estes estádios selecionados devem ser aprovados, para o efeito de retomada destas atividades desportivas, pela Autoridade de Saúde Regional. Estes estádios devem ter as condições que permitam a implementação de medidas de prevenção e controle de infeção de forma sustentada, nomeadamente condições sanitárias nos vestiários e ginásios, limpeza e desinfeção, circuitos definidos de pessoas, áreas delimitadas no interior dos estádios (gramado, arquibancada, etc.) para diferentes categorias profissionais, disponibilização de equipamentos e produtos de desinfeção, em todos estes circuitos. As deslocações de e para os estádios devem realizar-se em meios de transporte de utilização exclusiva pelas equipas e demais intervenientes.

c) A definição da organização e circuitos a observar no interior dos estádios para as diferentes áreas (zona técnica, gramado, arquibancada, incluindo as áreas da comunicação social e imprensa), nomeadamente as condições, os acessos e utilização dos respetivos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

d) A definição da organização a observar nos alojamentos e nos transportes de e para as competições e treinos, nomeadamente, os circuitos, os acessos e os EPI a utilizar, de acordo com as normas e orientações da DGS, devendo ser assegurada todas as medidas de limpeza e desinfeção.

e) A estratégia de comunicação a ser utilizada pela FPF, Liga Portugal e clubes para a sociedade civil e torcedores, que promova o cumprimento das medidas de Saúde Pública, das normas e orientações da DGS, bem como a compreensão dos riscos associados à infeção por SARS-CoV-2, no atual contexto de pandemia COVID-19.

f) O Código de Conduta a subscrever por todos os agentes desportivos e as estruturas competentes da FPF e Liga Portugal.

14. Sempre que necessário, deverá ser facultado à Autoridade de Saúde o acesso aos estádios, centros de treinos e demais estruturas utilizadas pelos clubes para verificação da implementação das medidas de prevenção e controle de infeção e das medidas de minimização do risco de transmissão de SARS-CoV-2. Poderá ser ainda ser solicitada pela Autoridade de Saúde territorialmente competente a consulta de todos os resultados laboratoriais dos testes para SARS-CoV-2, acesso aos registos da equipa médica dos clubes relativos à monitorização clínica dos casos positivos e de todas as pessoas que foram identificadas como contatos próximos dos casos positivos (quer estejam sintomáticos ou assintomáticos), bem como aos registros de monitorização através de sistemas de informação e aos Códigos de Conduta.

domingo, maio 10, 2020

Não é sobre futebol... é, sobre vida.

Imagem: Autor Desconhecido

Para você que não tem a menor necessidade de sair, mas insiste em não respeitar o isolamento social por ser incapaz de entender o óbvio, me permita uma sugestão que com certeza será bastante educativa...

Faça assim: entre no seu quarto, deite-se em sua cama e peça para alguém cobrir seu rosto (somente o rosto) com dois edredons.

Depois, fique imóvel e tente respirar por mais ou menos 45 minutos.

É terrível, né?

Provavelmente é isso que uma pessoa infectada em estado grave e prestes a ser entubada deve sentir...

Teste e veja se vale a pena.

La Liga Genuine Santander... a liga mista espanhola dedicada a adolescentes com necessidades especiais.

Imagem: Autor Desconhecido

Membro da família real da Arábia Saudita apresenta proposta para a compra do Olympique de Marselha...

Imagem: Autor Desconhecido

Al-Waleed Bin Talal, membro da família real saudita, demonstrou o seu desejo em adquirir o Olympique Marselha...

O príncipe saudita ofereceu de 400 milhões de euros, segundo a imprensa da Arábia Saudita.

O interesse de Bin Talal pelo clube francês não é novidade...

Os jornais franceses garantem que em 2014 o empresário saudita, de 65 anos, tentou comprar a totalidade do clube marselhês, mas não foi possível pois teria que adquirir o estádio Vélodrome.

Bin Talal por não ter à época recursos suficientes para comprar o clube e o estádio, desistiu...

Mas agora, a situação é outra.

Além disso, é do conhecimento público que o atual proprietário do Marselha, Frank McCourt, colocou o clube à venda devido aos prejuízos acumulados nos últimos anos...

A intenção de Bin Talal é de investir no Marselha de forma a que o clube passe a rivalizar no mesmo pé de igualdade com o PSG.

Peterborough United versus Burton Albion...

Imagem: Joe Dent/JMP/REX/Shutterstock 

Dynamo Dresden registra mais dois casos de covid-19 e está impedido de enfrentar o Hannover no retorno da Bundesliga II, no dia 17 de maio...


O Dynamo Dresden, da segunda divisão alemã, vai entrar em quarentena, após registro de dois novos casos de covid-19 no elenco...

Com isso o regresso à competição que aconteceria frente ao Hannover, no dia 17 de maio, está adiado, segundo anunciou o clube neste sábado.

Último colocado na tabela da Bundesliga II, o Dresden registrou um caso no dia 3 de maio...

Agora, mais dois jogadores infectados foram identificados nos últimos testes, que por questões de privacidade não tiveram seus nomes divulgados.

Por determinação do protocolo médico todo o elenco terá que ficar 14 dias em casa...

"Nas últimas semanas, fizemos um enorme esforço em termos de pessoal e logística, a fim de implementar todas as medidas médicas e higiênicas prescritas", informou em comunicado no site do clube o diretor de futebol Ralf Minge.

O responsável afirma que o Dresden "está em permanente contato com as autoridades sanitárias" da região, para "coordenar todas as etapas adicionais", mas o fato é que "o clube não poderá treinar nem jogar nos próximos 14 dias"...

De acordo com o clube, os jogadores afetados estão sendo medicados e, até o momento, estão livres de sintomas.

sábado, maio 09, 2020

Voltamos em breve... The Amex Stadium, Brighton & Hove Albion.

Imagem: PA

Não marca faltas nos treinos foi a solução para Cristiano Ronaldo aprender a soltar bola...

Imagem: Autor Desconhecido

Cristiano Ronaldo já admitiu em diversas ocasiões que evoluiu muito no Manchester United com Alex Ferguson...

As mais famosas chamadas de atenção eram conhecidas em Inglaterra como "secador" pois o escocês não hesitava em gritar na cara dos jogadores, mas por vezes utilizava métodos mais ardilosos agora revelados por Darren Fletcher.

"O Ronaldo passou por momentos complicados", assegurou Darren Fletcher recordando que o atacante segurava muito à bola e nem sempre tomava as melhores decisões...

Para resolver este problema um dos adjuntos de Alex Ferguson, o também escocês Walter Smith, decidiu instituir uma nova regra nos treinos: não seriam marcadas mais faltas.

Estabelecer uma regra assim num time que tinha o irlandês Roy Keane, assustou a todos...

"Todos olhámos uns para os outros. Sabíamos que era por causa do Ronaldo pois antes, quando fazíamos as faltas nos treinos, ele parava, ria, e pegava na bola. Isso não voltou a acontecer e o Ronaldo ficou perguntado todo mundo, 'o que é isto?' e 'quem é este escocês?'", lembra o ex-meio-campista que diz ter sido uma ótima medida.

"O Ronaldo começou a passar a bola com um ou dois toques pois já sabia que ia sofrer uma falta. Dessa forma começou a marcar mais gols e a se posicionar melhor"...

"Foi assim que Walter Smith ensinou Ronaldo a ser menos 'fominha'".

Os goleiros Roman Bürki e Marwin Hitz do Borussia Dortmund se preparam para o retorno contra o FC Gelsenkirchen-Schalke 04, no dia 16 de maio...

Imagem: Friedemann Vogel/EPA 

Na Espanha a bola deve voltar a rolar no dia 20 de junho...


Na Espanha a liga de futebol retornará no próximo dia 20 de junho caso desaceleração da pandemia de coronavírus permanecer em queda...

Ficou acordado que serão realizadas partidas nas quartas e quintas-feiras e nos sábados e domingos, com as partidas acontecendo sempre às 19:30 e às 21:30.

Com rodadas duplas e sem mais paradas por causa do vírus, a ideia da liga é encerrar o campeonato no dia 26 de julho, com a conclusão das 11 rodadas restantes.

A novidade é aprovação da Real Federação Espanhola de Futebol para que as equipes possam realizar cinco substituições por jogo.

Os fãs do Olympique Lyon...

Imagem: Pascal Rossignol/Reuters

A indústria do esporte, em 2020, vai faturar menos que o previsto inicialmente...


A agência Two Circles calcula que em 2020 a indústria do esporte deverá faturar 74 bilhões de dólares...
Uma queda bastante expressiva em ralação a previsão inicial de US$ 136 bilhões.

sexta-feira, maio 08, 2020

FA Cup 1930... Arsenal 2x0 Huddersfield - Wembley.

Imagem: Central Press/Getty Images 

Sport Recife é condenado pela FIFA apagar 900 mil euros ao Sporting Clube Portugal...

Imagem: Lucas Uebel/Grêmio

O Sport Recife foi condenado a pagar cerca de 900 mil euros ao Sporting Clube Portugal pela transferência do jogador brasileiro André, que jogou no clube de Lisboa em 2017...

"Em relação a este assunto, podemos confirmar que a queixa apresentada pelo Sporting contra o Sport Recife foi parcialmente aceita pelo juiz singular da comissão do estatuto de jogadores da FIFA. Consequentemente, o Sport Recife foi ordenado a pagar 907.500 euros ao Sporting".

O atacante André, de 29 anos, joga atualmente no Grêmio de Porto Alegre, depois de ter jogado no Sport Recife, que o contratou ao clube lisboeta, em fevereiro de 2017...

Na época, o Sporting confirmou a transferência do jogador para o clube pernambucano, ao alienar 50% dos direitos econômicos de André que detinha, por 1,2 milhões de euros.

André chegou ao Sporting no início da temporada 2016/17, proveniente do Corinthians, depois de ter passado por clubes como Santos, Dínamo Kiev, Bordéus, Atlético Mineiro, Santos e Vasco da Gama...

Antes, o atacante jogou no Sport Recife, em 2015, por empréstimo do Atlético Mineiro.

Erling Haaland no retorno do Borussia Dortmund aos treinamentos...

Imagem: Friedemann Vogel/EPA

Manchester City compra clube belga da segunda divisão...


O City Football Group, administrado por um fundo de investimento de Abu Dhabi, está perto de adquirir o modesto clube Lommel SK por cerca de € 2 milhões...

O City Football Group, administrado por um fundo de investimento de Abu Dhabi, continua a expandir.

Clubes como o Manchester City, Girona, Nova York, Munai City, já fazem parte do seu portifólio...

Agora, segundo o Daily Mail, a empresa controladora do Manchester City está prestes a fechar a compra da Lommel SK, quitando dívidas do clube no valor de dois milhões de euros.

Ainda no tempo de Manchester City... Carlos Tevez versus Paddy Kenny, do Queens Park Rangers.

Imagem: Tom Jenkins/The Guardian 

Angela Merkel deu sinal verde e a Bundesliga volta no dia 16 de maio...

Imagem: Business Insider

Angela Merkel, bateu o martelo...

O futebol volta.

A decisão foi tomada em um encontro realizado por videoconferência na última quarta-feira (6)...

Portanto, o futebol está liberado a partir da segunda semana de maio, o que significa que a Bundesliga e a Bundesliga 2, as duas principais divisões do futebol do país, deverão retornar às atividades no dia 16 de maio.

Imagem: Lukas Barth-Tuttas/EPA

quinta-feira, maio 07, 2020

Na partida entre o Charlton Athletic e o Arsenal, realizada em 1940, o observador procura no céu por bombardeiros da Luftwaffe...

Imagem: Hulton Deutsch/Corbis via Getty Images 

O futebol que fique para depois...

Imagem: Globoesporte.com

O futebol que fique para depois

É desarrazoado e ilógico pensar em retomar o futebol agora

Pedro Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte

A insistência na repetição de sinônimos serve para demonstrar o tamanho do despautério que é a retomada do futebol neste momento.

Olhando para o movimento da pandemia em outros países e baseado nas análises de especialistas, o Brasil está às portas do caos.

São dois dias consecutivos com a taxa de mortalidade na casa de 600 vidas perdidas em 24 horas.

São 8.536 mortos em pouco mais de 50 dias após o primeiro óbito.

O Brasil tem 125.218 casos confirmados com um crescimento médio de 9% ao dia de novos casos.

Somos o 6º país no ranking de mortos e com a consciência de que, por falta de testes, temos uma subnotificação na ordem de 12 a 15 vezes o número real de casos, segundo estudos.

A taxa de isolamento social tem diminuído enquanto a taxa da ocupação em UTI’s está aumentando.

Especialista recomendam o lockdown imediato em várias regiões do país como última tentativa de evitar uma tragédia sem precedentes na história brasileira.

Neste cenário catastrófico, o futebol tupiniquim se organiza para retomar as atividades.

Como medida para viabilizar os treinamentos, o Flamengo testou as pessoas do círculo social do clube.

Foram 293 pessoas submetidas aos testes e o resultado é assustador: 38 casos positivos.

Divididos em três jogadores, dois jogadores que têm anticorpos e não o vírus — tiveram contato com o vírus e se curaram — seis funcionários do clube, dois funcionários terceirizados e 25 familiares ou funcionários de atletas.

É a tal transmissão comunitária que o Ministério da Saúde alertava ainda em março.

Quando é impossível definir onde estava caso zero.

Na última segunda-feira, o Flamengo assistiu à morte de Jorginho, massagista do clube fazia 40 anos.

Aos 68 anos de idade, o funcionário morreu vitimado pala Covid-19.

Esse mesmo Flamengo — multicampeão na última temporada — demitiu e deixou desassistidos 62 funcionários em mais uma cruel mostra de desumanidade da atual diretoria que desde o desastre do Ninho do Urubu, esbanja falta de empatia.

Porém, há de se admitir que o Flamengo só serve como comparação, pois ao menos testou seu pequeno feudo.

Pior fazem outros tantos que forçam a retomada sem ao menos mostrarem condições para minimamente garantirem alguma improvável segurança.

É tão disparatada a volta do futebol neste momento, que bastariam os números e o clima de luto que vive o país para justificar a paralisação total.

Porém, quando comparados os momentos da epidemia na Europa e no Brasil, uma verdadeira loucura se desnuda na decisão de retornar aos treinamentos.

No mesmo dia em que clubes brasileiros retornaram aos centros de treinamentos, a Espanha permitiu que seus times também retomassem as atividades.

O país do rei Juan Carlos é o território com mais casos na Europa, o segundo do mundo e nos últimos dias viu uma concreta desaceleração nos casos de novos infectados e de óbitos.

A Espanha chegou a registrar em seu pico epidêmico, mais de 800 mortos num único dia e agora tem perdido cerca de 160 pessoas por dia.

Ainda é muito, claro, mas há um indicativo de diminuição de casos.

No Brasil, o movimento é o oposto.

Na Alemanha também acontece um movimento de retomada do futebol.

Como comparativo, na semana passada foram testados 1.724 atletas de 36 clubes com apenas 10 casos positivos.

Só o entorno social do Flamengo apresentou quase quatro vezes mais infectados numa mostra quase seis vezes menor.

É estapafúrdio pensar a retomada do futebol brasileiro agora.

É mais que absurdo. Tomar a decisão de retomar, ainda que apenas treinamentos, o futebol brasileiro neste momento é assinar uma procuração em branco para o desastre.

Sem testagem suficiente, com várias capitais em claro colapso no sistema de saúde, com o mundo todo sabendo que a pandemia do novo coronavírus está fora de controle no Brasil e numa curva ascendente de infecção não se pensa nenhum tipo de retomada, se pensa medidas para combater a epidemia.

Por hora, a bola para, os estádios esvaziam e o futebol fica em segundo plano, porque o que importa são as vidas que podem ser salvas com o isolamento.

Como diria o lendário treinador italiano Arrigo Sacchi: “il calcio è la cosa più importante delle cose non importanti“.

Ou no bom e velho português: “o futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes”.

Não entre... ainda não.

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Holanda 1988: A laranja campeã da Europa...

Imagem: AP/Carlo Fumagalli

Holanda 1988: A laranja campeã da Europa

A pandemia da Covid-19 adiou a tradicional Eurocopa, que aconteceria neste ano.

O continente europeu ficará sem sua principal competição de Seleções, por isso, vale relembrar uma das melhores equipes que já ganharam o torneio: a Holanda de 1988

Por Lucas Costa/Universidade do Esporte

A Holanda é uma das seleções mais tradicionais e fortes do futebol mundial, já possuiu esquadrões lendários e inesquecíveis na história, da Laranja Mecânica de Cruyff à de Robben, Sneijder e Van Persie.

Todas elas encantaram os amantes do esporte bretão, com um futebol vistoso, bem jogado; porém, na hora da consagração - ser campeão e levantar taças -, as duas têm algo em comum, bateram na trave.

É indiscutível o legado que a Holanda dos anos 1970 deixou para o futebol.

O jogo envolvente de toque de bola, a movimentação dos jogadores que não possuíam posição fixa no gramado, mas que no fim, não conseguiu ser campeã, amargurando derrotas em duas finais consecutivas de Copa do Mundo - 1974/78.

Já a de Robben e cia, perdeu para a Espanha, na decisão de 2010 na África do Sul e caiu nas semifinais de 2014 nos pênaltis contra a Argentina de Messi.

Coube a outro esquadrão Holandês quebrar esse estigma de time que "joga bonito, mas perde", de seleção do "quase".

Após o Mundial de 1978, a Holanda não conseguiu a classificação para a Copa 82 e nem de 86, quando perdeu a vaga na repescagem para a Bélgica por conta de um gol marcado fora de casa pelos belgas.

Ainda ficou de fora também da Euro de 84, pois na qualificação para a competição, ficou empatada com a Espanha em pontos, mas foi eliminada nos critérios de desempate pelo número de gols marcados.

O time que revolucionou o futebol na década passada já não existia mais.

A situação dos holandeses era bastante complicada, então se perguntaram o que fazer para mudar isso?!

A decisão foi trazer de volta para o jogo o técnico do Carrossel Holandês, Rinus Michels, comandante da brilhante seleção de 74.

Se o time de 1988 não era revolucionário como o de outrora, Michels ainda assim pôde contar com craques indiscutíveis como a dupla de zaga formada por Ronald Koeman e Frank Rijkaard.

No ataque com o polivalente, habilidoso, melhor jogador do mundo de 87 e capitão da equipe, o lendário Ruud Gullit e jogando ao seu lado "somente" um dos mais letais atacantes da história, Marco Van Basten.

Além de outros bons jogadores compondo o time como o goleiro Van Breukelen, os laterais Berry van Aerle e Adri van Tiggelen, os meias Jan Wouters, Arnold Mühren Gerald, Vanenburg e o atacante Erwin Koeman.

Uma curiosidade é que logo quando assumiu a seleção, Michels não via com bons olhos Van basten, achava o atacante muito preciosista na hora de marcar os gols, e pouco adepto a ajudar o time na marcação.

Sendo um dos pensadores do Futebol Total, Michels exigia comprometimento de todo o time na questão coletiva.

Por isso nas eliminatórias para a Euro de 88 optou por usar ao lado de Gullit outro jogador, John Bosman.

Mas isso mudou na Eurocopa, para a felicidade dos holandeses.

Marco mostrou porque ele é um dos maiores jogadores de todos os tempos.

A competição foi realizada com dois grupos.

A Laranja caiu num grupo que contava com URSS, Inglaterra e Irlanda.

O primeiro jogo foi contra a URSS, que tinha em seu elenco o ótimo goleiro Dasayev.

Sem conseguir furar o bloqueio adversário, o time de Gullit e Marco foi derrotado por 1 a 0.

A segunda rodada botou o time frente à Inglaterra, onde Marco Van Basten "gastou" todo seu futebol, marcou três gols na partida que deu a vitória holandesa por 3 a 1 contra os ingleses.

Na última rodada, venceu a Irlanda pelo placar mínimo de 1 a 0, o suficiente para garantir a classificação para as semis.

Rinus Michels encararia um adversário conhecido, no mesmo território que o enfrentara antes.

Holanda e Alemanha reprisaram ali o encontro da final da Copa do Mundo de 74, que estava guardado na memória do técnico da Laranja.

Era a chance da vingança.

Um jogo extremamente pegado, duro, mas isso não significa que foi um jogo ruim, pelo contrário, foi emocionante.

Houve dois pênaltis no jogo, um para cada lado, os dois no segundo tempo e ambos convertidos.

O primeiro para os alemães, anotado por Matthäus no lado direito do gol, o goleiro Hans Van Breukelen ainda tocou na bola, mas não conseguiu impedi-la de entrar.

Atrás do placar e com o tempo sendo seu inimigo, a Holanda foi para cima e aos 34 minutos da etapa final conseguiu um pênalti.

O empate viria pelos pés do zagueiro artilheiro Ronald Koeman, num chute ao lado esquerdo do gol, que deslocou o goleiro alemão.

Euforia na arquibancada da torcida holandesa.

Cada vez mais próximo ao final do jogo, o jogo estava empatado e a dois minutos do fim do tempo regulamentar, brilhou a estrela do camisa 12 holandês.

Marco Van Basten marcou o segundo gol, desempatou o placar, vingou a derrota de 74 e colocou a Holanda na final da Euro.

A festa dentro de campo era grande, a felicidade do gramado contagiou as arquibancadas do lado holandês.

Em comemoração, Ronald Koeman provocou de forma inusitada numa cena que está marcada na rivalidade Alemanha x Holanda.

Depois de trocar a camisa com meia Olaf Thon, o zagueiro passou a camiseta do adversário em suas partes íntimas provocando a torcida rival na casa deles.

A final reservou um confronto já visto na primeira fase: URSS X Holanda, agora valendo o título.

Os soviéticos derrubaram os italianos para chegar à final.

Era mais uma revanche para a Holanda, que sem dificuldades ganhou por 2 a 0 e sagrou-se campeã na terra onde havia perdido um Copa do Mundo, 14 anos antes.

Os gols da partida foram marcados pelo camisa 10 e homem que levantou a taça, Ruud Gullit; cabeceou forte, sozinho, dentro da grande área para abrir o placar.

O segundo gol está marcado como um dos gols mais bonitos de todos os tempos, e não podia ter sido feito por outro jogador além de Van Basten, simplesmente antológico.

Marco Van Basten acabou como artilheiro da competição com cinco gols marcados.

A URSS ainda teve um pênalti a favor, mas a cobrança foi defendida por Van Breukelen, que já havia pegado um pênalti em finais daquele ano, na decisão Copa dos Campeões de 87/88, quando seu time PSV foi campeão.

Assim, na Alemanha, com direito a vingança contra os donos da casa, a Holanda conquistou seu primeiro e, até o momento, único título internacional, quebrou a maldição de títulos para se tornar campeã europeia ao vencer bons adversários, e contrariou os céticos que diziam que é impossível ser campeão jogando bonito.