sexta-feira, maio 22, 2020

O engajamento político e social do Rayo Vallecano...



Não conheço, mas já vi! #11

O engajamento político e social do Rayo Vallecano.

Por Dyego Lima/Universidade do Esporte

Área economicamente modesta do sudeste de Madrid, Vallecas é repleta de conjuntos habitacionais, sendo ponto de chegada de imigrantes humildes.

Isso o torna o distrito com maior índice de desemprego da cidade.

Fundado em 29 de maio de 1924, o Rayo Vallecano não nega suas origens, muito pelo contrário.

Trata-a com orgulho e, se não, por meio de títulos, através de ações, tenta dar voz e ajudar seu povo.

Poucos clubes no mundo são tão ativos política e socialmente quanto o Rayo.

Coincidência ou não, foi exatamente em Vallecas que surgiram os primeiros movimentos sindicais e sociais na capital espanhola, inclusive com torcedores do time estando entre os líderes da greve geral no país em 2012.

O clube trata-se como uma equipe de bairro, de torcida limitada e com viés esquerdista.

Isso fez com que a instituição desenvolvesse uma amizade com os alemães do St. Pauli.

Além de um time de futebol, o Vallecano também é uma fundação social, que apoia iniciativas relacionadas ao esporte como meio de educação física e moral.

Imagem que costuma ser atrelada ao Atlético, os rayistas consideram-se o verdadeiro clube operário de Madrid.

Lemas como "Ame o Rayo, odeie o racismo", e "Pequeno no esporte, grande nos valores", são marcas da equipe.

Dentre atitudes de cunho social, um episódio em novembro de 2014 foi o mais marcante.

Carmen Martínez Ayudo, de 85 anos, acabou despejada da casa em que viveu durante meio século, em Vallecas, por dívidas não pagas por seu filho.

Tomando conhecimento da situação, a diretoria do Rayo comprometeu-se a pagar o aluguel de um apartamento para a senhora pelo resto de sua vida.

A torcida do clube também se movimentou e conseguiu arrecadar algum dinheiro para ela.

Apenas dois meses depois, Carmen acabou retribuindo da forma que pôde.

Wilfred Agbonavbare, ex-goleiro do Rayo, que defendeu a equipe por seis temporadas na década de 90, descobriu um câncer em janeiro de 2015.

A senhora decidiu doar ao ex-jogador parte do dinheiro que havia recebido do clube pouco tempo antes.

Além deste caso, em 2017, a torcida rayista, por meio de enérgicos protestos, fez a diretoria do clube cancelar a transferência do ucraniano Roman Zozulya, que possuía vínculo ativo com grupos neonazistas em seu país.

O Rayo também já utilizou seu uniforme como uma forma de "levantar bandeiras" para causas nobres.

A sua característica faixa transversal vermelha já foi substituída por uma rosa, em alusão à conscientização ao câncer de mama.

Em 2015, uma camisa com um arco-íris foi lançada, em prol da luta contra a homofobia.

Segundo comunicado oficial da equipe, cada cor também simbolizava uma luta: AIDS (vermelho), depressão (amarelo), abuso infantil (azul), violência doméstica (roxo), apoio a deficientes físicos (laranja) e meio ambiente (verde).

O clube doou parte da verba arrecadada com as vendas dela para instituições de caridade ligadas às causas.

Desde 1976, sua casa é o Estadio de Vallecas, com capacidade para cerca de 15 mil torcedores.

Em 2004, o palco chegou a receber o nome de Teresa Rivero.

Em 1994, ele se tornou a primeira mulher a presidir um clube da Primeira Divisão da Espanha.

Os primeiros passos

O clube nasceu com o nome de Agrupación Deportiva El Rayo.

De 1931 até 36, a equipe participou do campeonato da Federação Trabalhadora de Futebol, filiando-se à Federação Castellana ao fim da Guerra Civil em 1939, algo que já era planejado antes do conflito estourar.

Mais tarde neste mesmo ano, Miguel Rodríguez Alzola assume como presidente da instituição.

Foi sob sua tutela, em 13 de novembro de 1947, que o time foi renomeado para Agrupación Deportiva Rayo Vallecano.

Na temporada 1948–49, o clube consegue o acesso à Terceira Divisão.

Na época seguinte, um caso curioso.

A equipe firmou um "acordo de ajuda mútua" com o Atlético de Madrid.

Em troca de ceder alguns jogadores, o Atleti pediu para que o Rayo deixasse de jogar inteiramente de branco, tal qual o Real Madrid, e incluísse algo vermelho em seu uniforme, além de adicionar a faixa transversal.

Imaginou-se que, com o acordo, o Vallecano se tornasse uma espécie de "filial" do Atlético, mas ele durou apenas um ano.

No entanto, as mudanças nas camisas permaneceram.

Até por conta disso, o Rayo desenvolveu uma amizade com o River Plate, que havia se tornado sua nova inspiração.

A equipe argentina, de passagem pela Espanha para jogar um amistoso contra o Real no Santiago Bernabéu, deu dois uniformes completos para os rayistas.

O Vallecano utilizou-os em dois jogos oficiais, e depois passou-os às categorias de base.

E, apesar das camisas, o futebol do clube ficou longe de se assemelhar ao do River.

Anos de luta

Só em 1956, o Rayo conseguiu o seu primeiro acesso à Segunda Divisão.

Uma vitória por 5 a 3 contra o Gimnàstic de Tarragona garantiu a vaga.

Manolo Peñalva, histórico jogador do clube, anotou três gols na partida.

Depois de alguns anos no 2° nível, a equipe é rebaixada na temporada 1960/61.

Um novo acesso só seria conquistado em 1964/65.

No dia 06 de maio de 1976, a atual casa do time, o então Nuevo Estadio de Vallecas, foi inaugurado. Em duelo contra o Valladolid, os rayiados foram derrotados por 1 a 0.

Além de novo palco, a equipe encerraria a temporada sendo treinada pela lenda Alfredo Di Stéfano.

E a chegada do novo lar iluminou os passos do Rayo.

Na época 1976–77, depois de conseguir, na última rodada diante do Getafe, o ponto que necessitava, os rayiados conseguiram sua primeira ida à elite da Espanha.

E sem perder nenhum jogo como mandante.

Aventuras entre os poderosos

A estreia na Primeira Divisão foi considerada magnífica, com um 10° lugar dentre 18 clubes.

Com Héctor Núñez como técnico, o Rayo foi apelidado pela imprensa de Matagigantes.

Isso porque o time foi capaz de, em Vallecas, vencer os grandes da Liga: Real, Barcelona, Bilbao, Valencia, Atlético e Sevilla.

A única derrota foi para o Elche.

O clube ficou três temporadas na elite, até cair em 1979/80.

Alguns jogadores passaram e tornaram-se lendas: Alejandro Alcázar, Miguel Uceda, Manolo Clares e Fernando Morena.

O último acabou se tornando importante no extracampo também.

Foi graças à sua contratação que a equipe atingiu a histórica marca de 10 mil sócios.

Na temporada 1981–82, com Manuel Peñalva como técnico, o Rayo conseguiu seu melhor resultado na Copa do Rei.

Após eliminar A.D. Parla, Cacereño, Real Oviedo, Atlético Madrileño, além de um Real Zaragoza que não só era dirigido por Leo Beenhakker, mas também contava com um ataque formado por Pichi Alonso, Amarilla e Jorge Valdano, a equipe alcançou as semi-finais do torneio.

Acabaria sucumbindo perante o Sporting de Gijón. Ico Aguilar, Mora, Elías Benito e Álvarez foram os principais nomes daquela histórica campanha.

O clube só retornaria à Primeira Divisão em 1988/89. Félix "Felines" Sierra comandou um elenco que contava com Jesús Diego Cota, Ángel Férez, José Zapatera e Hugo Maradona, irmão mais novo de Diego.

No entanto, acabaria sendo rebaixado já na temporada seguinte.

Vida nova, mas nem tanto

Em 1991, o clube transformou-se em uma Sociedade Anônima Deportiva.

O empresário José María Ruiz-Matos comprou a maior parte das ações e tornou-se, em tempos de crise econômica, presidente da instituição.

O Rayo conseguiu o acesso à Primeira Divisão, mas, em 1993, mesmo com a chegada do lendário atacante mexicano Hugo Sánchez, acabou sendo rebaixado novamente.

Em 1994/95, outra boa campanha na Copa do Rei.

Depois de eliminar Numancia, Andorra CF, Racing de Santander e Palamós, o Vallecano chegou às quartas de final. Outra vez o Sporting de Gijón acabaria com o sonho da equipe.

Na Liga, segunda colocação e novo acesso à elite.

Na temporada 1999/00, o Rayo liderou a Primeira Divisão durante quatro rodadas.

O técnico Juande Ramos contava com nomes como Míchel, Julen Lopetegui e Luis Cembranos.

Os rayiados, apesar de finalizarem o campeonato na 9° colocação, acabaram recebendo um convite para disputar a Copa Uefa seguinte devido ao seu fair play.

Foi um dos clubes com menos advertências em todo o continente.

O ano de 2000 também marcou a fundação da ala feminina de futebol do Vallecano, que se tornaria uma das principais da Espanha.

As meninas conquistariam três Ligas e uma Copa do Rei.

Na época seguinte, o debute em competições europeias.

E já seria uma grata surpresa.

O clube eliminou Constelació Esportiva, de Andorra, com direito a um 10 a 0, maior goleada daquela edição do torneio, Molde, da Noruega, Viborg, da Dinamarca, Lokomotiv Moscou e Bordeaux, alcançando as quartas de final.

Cairia perante o compatriota Alavés, futuro vice-campeão.

O sucesso no torneio continental resultou em um 14° lugar na Liga Espanhola.

Nova desordem

Nas temporadas seguintes, o Rayo se desestabiliza.

Em 2004, inicia o primeiro dos quatro anos na Terceira Divisão.

Nesse período, Álvaro Negredo, cria das canteras, chega aos profissionais.

O retorno ao segundo nível espanhol só aconteceria em 2007/08, com o título da terceirona.

Em 2009/10, mais uma boa participação na Copa. Passando por Real Sociedad, Córdoba e Bilbao, a equipe chega às oitavas.

O Mallorca, "bicho-papão" dos rayiados em play-offs de acesso em temporadas passadas, apareceu para eliminar o time madrilenho.

Durante a época 2010/11, alguns acontecimentos chegaram para "agitar" a instituição.

A crise financeira atinge o conglomerado de empresas da família Ruiz-Matos, inclusive o clube.

A falência foi vista de perto.

Devido às complicações, é criada a Fila 0, uma ação para receber donativos, além da venda de camisetas com a estampa: "Equipe e torcida, unidos por um sentimento".

A verba serviria para pagar os trabalhadores, jogadores e canteranos.

A torcida protestou.

Exemplo é a partida contra o Granada, quando fizeram uma corrente humana ao redor do estádio.

Uma placa com os dizeres "87 anos de história merecem mais respeito" era levada aos jogos.

Apesar dos problemas e dos salários atrasados, o Rayo nunca deixou de ser um dos dois melhores da Segunda Divisão naquela temporada, conseguindo o acesso à elite com o vice-campeonato.

História recente

Em 05 de maio de 2011, o empresário Raúl Martín Presa comprou 98,6% das ações do Rayo, tornando-se presidente e assumindo as dívidas.

Com a equipe vivendo a pior crise de sua história, ele se comprometeu a pagar os salários atrasados.

No dia 22 daquele mês, o acesso à Primeira Divisão após oito anos foi matematicamente confirmado depois de uma vitória por 3 a 0 contra o Xerez CD.

Para a temporada seguinte, Dani Pacheco, Michu, Trashorras, Diego Costa e Armenteros chegaram.

Apesar disso, a vida rayista na elite não foi nada fácil.

O clube acabou se livrando do rebaixamento na última rodada, contra o Granada, graças a um gol de Raúl Tamudo nos acréscimos, que garantiu a vitória pelo placar mínimo.

Após o susto, a época seguinte foi completamente oposta.

Ela marcou o início do "sucesso" recente do Vallecano.

José Ramón Sandoval não teve seu contrato renovado. Paco Jémez, ex-jogador rayista, e vindo de boa passagem pelo Córdoba C.F, chegou para comandar o time.

Na Liga, foram 53 pontos e um oitavo lugar.

Foi a melhor temporada da equipe na Primeira Divisão, tanto em pontos como em classificação, em sua história.

O Rayo chamou atenção pelo seu vistoso jogo ofensivo.

Após o destaque, para 2013/14, o clube sofreu um desmanche.

Piti, que estava desde a Terceira Divisão e havia sido artilheiro do time na temporada passada com 15 gols; Javi Fuego, um dos melhores "ladrões de bola" da Liga; Léo Baptistão, que concorreu à revelação do campeonato, todos saíram.

Além deles, durante as competições, Rubén Rochina e Iago Falque voltaram às suas respectivas equipes depois de um período de empréstimo.

Apesar das dificuldades, o Rayo conseguiu permanecer na elite.

Depois de uma temporada no meio da tabela, o Vallecano foi condenado ao descenso em 2015/16.

Na Segunda Divisão, após um início ruim, Míchel chegou para treinar o time.

Ele conseguiu um ótimo fim de campeonato, deixando a equipe no 12° lugar, cinco pontos à frente da zona de rebaixamento.

Finalmente, em 2017/18, o título mais importante da história do clube.

A conquista da Segunda Divisão foi sofrida, vindo apenas na última rodada.

E com traços dramáticos. Tendo perdido para o Gimnàstic, o troféu só veio porque o Huesca foi derrotado pelo Real Oviedo.

O Rayo foi a terceira equipe de Madrid a conquistar o torneio, após o Real Castilla e o Atlético.

O acesso fez com que, pela primeira vez, em 2018/19, a Primeira Divisão contasse com cinco equipes madrilenhas: Real, Atletico, Rayo, Leganés e Getafe.

Os rayistas seriam rebaixados à Segunda Divisão no último lugar, com apenas 32 pontos em 38 jogos.

Raphaël Guerreiro marca contra o Schalke 04...

Imagem: Martin Meissner/Pool via Getty Images

A partida mais longa de todos os tempos...

Imagem: ATP

A partida mais longa de todos os tempos

Quem se acostuma com os 90 minutos no futebol, esquece que outros esportes são decididos apenas por vantagem de pontos. É o caso do tênis e o que aconteceu no Torneio de Wimbledon, em 2010, na partida entre Nicolas Mahut e John Isner, foi simplesmente extraordinário

Por Lucas Costa/Universidade do Esporte

O trabalho físico é um dos segmentos mais importantes em qualquer esporte.

Estar preparado para correr, suar e se dedicar ao máximo em uma disputa é algo rotineiro na vida de um atleta de alto rendimento.

Porém, mesmo com todo exercício de aprimoramento físico, é normal que o atleta termine sua atividade cansado ou fadigado.

Além da parte física, o trabalho mental também é importante para não perder a concentração com o passar do tempo ou com eventualidades inesperadas.

O desgaste no meio desse processo é inevitável.

Por isso, muitas vezes algumas dificuldades precisam ser superadas para se conseguir chegar no objetivo, indo além dos próprios limites, como aconteceu na partida de tênis entre Nicolas Mahut versus John Isner, a mais longa da história.

O duelo ocorreu na grama sagrada de Wimbledon, em 2010, válido pela primeira rodada da competição.

O confronto entre o francês Mahut e o americano Isner durou 11 horas e 5 minutos, divido em três dias.

Para se ter ideia, a segunda partida mais longa durou 6 horas e 42 minutos, num duelo entre Brasil e Argentina, pela Copa Davis, em que os hermanos saíram com a vitória.

A partida que quebrou recordes foi incomum desde o começo: seu início foi no dia 22 de junho, uma terça-feira despretensiosa.

Após o quarto set da partida, o jogo teve que ser parado devido à falta de luz natural para que o confronto continuasse.

No dia seguinte, o duelo retornou empatado com dois sets para cada.

O quinto e último set entraria para a história.

Foi o quinto set com mais games na história de Wimbledon, e o mais longo de todos os tempos.

A partida mais longa (considerando simples ou duplas) na história de Wimbledon teve o maior número de games disputados desde que o tie-break foi implantado no tênis.

Simplesmente fantástico!

A partida que aconteceu na Quadra 18 desde às 10 horas da manhã - horário de Brasília - adiou os outros jogos da noite que ocorreriam naquela quadra.

A organização do torneio optou por não parar o duelo interminável.

Na primeira metade do último set, quem esteve mais próximo da vitória foi Isner.

O americano teve quatro match points, mas não conseguiu marcá-los, já que Mahut sempre respondia com ótimos saques.

O jogo foi tão absurdo que, quando estava empatado por 50/50, o placar que marcava os pontos parou de funcionar e o tempo de jogo também sumiu.

Com mais de nove horas e meia de partida e empatados por 59/59, o supervisor do jogo conversou com os jogadores e decidiu adiar o duelo para o dia seguinte.

Na quinta-feira, 23, chegou finalmente a hora de decidir o placar.

A derrota seria injusta para qualquer um dos dois jogadores, mas alguém precisava sair de lá vencedor.

E quem no final pôde comemorar e relaxar foi John Isner.

No tie-break, da forma como era disputado até então, para sair vencedor, o jogador teria que abrir dois games de vantagem, foi assim que o americano finalizou a partida por 70/68.

Foram 980 pontos, 11 horas e 5 minutos de jogo, 216 aces - 113 para Isner (o recorde num só jogo) e 103 para Mahut.

Os dois quebraram a marca antiga de 78 aces de Ivo Karlovic.

Ao final da partida, a organização do torneio prestou homenagem aos dois e os entregou lembranças pelos feitos incríveis.

"Passando de passagem"...

Imagem: Shaun Botterill/Getty Images

Everton da Inglaterra troca a Umbro pela Hummel...


O Everton da Inglaterra substituirá a marca inglesa Umbro pela dinamarquesa Hummel...

A troca de fornecedor de material esportivo vai render ao clube 10 milhões de libras de faturamento anual.

quinta-feira, maio 21, 2020

É ele quem mais torce pela volta imediata do futebol... pense nisso antes de se deixar influenciar.


Se você tivesse que pedir uma opinião a respeito da volta dos jogos de futebol, mesmo com portões fechados, a quem você pediria...

A mim, a um treinador de futebol, a um dirigente ou a um médico?

O 1.FC Köln da Alemanha substituiu os torcedores por camisas do clube comandadas pela mascote de pelúcia...

Imagem: Reuters

Estudo prevê queda de US$ 17,2 bilhões no patrocínio esportivo...


Estudo prevê queda de US$ 17,2 bilhões no patrocínio esportivo

Segundo a Two Circles, uma das razões está no perfil dos maiores patrocinadores

Por Redação do site Máquina do Esporte

A consultoria Two Circles divulgou, nesta segunda-feira (18), um estudo em que prevê que o valor gasto em patrocínio esportivo no mundo cairá de US$ 46,1 bilhões em 2019 para US$ 28,9 bilhões em 2020 (queda de 37%) por conta da pandemia do coronavírus que praticamente paralisou as atividades esportivas em todo o planeta.

Uma das razões para a queda está no perfil dos maiores patrocinadores.

As indústrias financeira, automotiva, de energia e as companhias aéreas têm sido as maiores investidoras do esporte nos últimos anos.

Como esses segmentos têm sido duramente afetados pela pandemia, a tendência é que os investimentos tenham uma queda vertiginosa.

"Com o esporte ao vivo interrompido globalmente desde março, o valor que as propriedades esportivas conseguiram oferecer às marcas parceiras foi limitado. Houve cortes de custos em setores que investem fortemente em patrocínios, apresentando também um desafio significativo na assinatura de novos negócios", afirmou Gareth Balch, executivo-chefe da Two Circles.

A estranha visão de uma arquibancada vazia...

Imagem: AFP via Getty Images 

Son Heung-min, atacante do Tottenham volta a Inglaterra depois de cumprir a última etapa do serviço militar na Coreia do Sul...

Imagem: Autor Desconhecido

Segundo o Korea Herald, Son Heung-min, atacante do Tottenham retornou aos treinos na Inglaterra depois de servir à Marinha da Coreia do Sul por três semanas...

Son, de 27 anos que ainda precisava completar o período obrigatório do serviço militar, aproveitou a paralisação pela pandemia do coronavírus e se apresentou às forças armadas de seu país.

O jogador se destacou como o melhor novato, sendo um dos 5 militares condecorados na cerimônia de graduação ocorrida no dia 1 de maio...

No período do serviço militar os homens são adestrados no uso das baionetas, praticam exercícios de tiro, recebem orientação em como agir no caso de ataque químico, biológico e radiológico, aprimoram suas habilidades no combate individual e praticam primeiros socorros.

Na Coreia do Sul todos os homens fisicamente capazes devem prestar o serviço militar obrigatório por dois anos em alguma unidade das Forças Armadas...

Son, por ter conseguido a exceção ao ganhar a medalha o ouro nos Jogos Asiáticos, só precisou completar o treinamento básico, restando apenas as 544 horas de serviço comunitário que serão prestadas ao longo dos próximos 34 meses.

quarta-feira, maio 20, 2020

Pedir a volta do futebol no Brasil neste momento é mesquinharia... Simples assim.

Imagem: Matthew Childs/Action Images via Reuters

Quem defende a volta do futebol no Brasil não está defendendo nada além de seus interesses pessoais...

É mera mesquinharia.

No momento é absolutamente impossível o retorno...

Nem mesmo a Federação Paulista de Futebol – a mais rica do país – teria condições de arcar com as exigências sanitárias necessárias para poder dar alguma segurança aos treinadores, jogadores, membros de comissão técnica, árbitros, gandulas, maqueiros e a todas as pessoas envolvidas nas partidas de futebol de todas as competições que patrocina.

Antes, os gritos de "guerra" das torcidas... agora, gemidos de dor e agonia.

Imagem: Fotoarena/Sipa USA via AP

Laudo Natel: Dirigente de futebol revolucionário, visionário, torcedor uniformizado, governador de São Paulo e, essencialmente, um apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube...

Imagem: Arquivo Histórico do São Paulo/Reprodução Twitter/Laudo Natel

Laudo Natel, as asas do sonho tricolor

Dirigente de futebol revolucionário, visionário, torcedor uniformizado, governador de São Paulo e, essencialmente, um apaixonado pelo São Paulo Futebol Clube

Pedro Henrique Brandão Lopes

A história do São Paulo Futebol Clube se entrelaça à vida de Laudo Natel de uma forma tão forte, que é possível confundir as trajetórias da instituição e a do homem.

Foi pelo trabalho de vanguarda do cartola que o clube inaugurou uma era de profissionalismo no futebol brasileiro e se tornou referência em organização fora das quatro linhas.

Nessa segunda-feira, 18, a morte de Laudo Natel, aos 99 anos, encerra uma das mais relevantes páginas da história são-paulina.

Por mais de 70 anos, Laudo Natel manteve pelo São Paulo uma relação de amor e devoção inabaláveis, que merecidamente o fez patrono do clube.

Nascido em São Manuel, interior de São Paulo, em 14 de setembro de 1920, Natel iniciou sua vida profissional como bancário no Banco Noroeste.

Trilhou carreira de destaque no setor e foi promovido de cargo e transferido entre agências algumas vezes no interior paulista.

Depois, ingressou no Banco Brasileiro de Descontos, que viria a se tornar o Bradesco, por lá se tornou diretor antes dos 30 anos de idade e assim chegou a São Paulo, em 1946.

Logo no ano de sua chegada à capital, o encontro com o São Paulo que duraria pelo resto de sua vida e mudaria os rumos da história tricolor.

A aproximação foi promovida por Luís Campos Aranha, que o apresentou a Cícero Pompeu de Toledo, então presidente do clube.

Antes, porém, o entusiasmo de Laudo Natel com o São Paulo foi combustível para sua contribuição no fortalecimento da TUSP — Torcida Uniformizada do São Paulo — a primeira torcida organizada do Brasil. Fundada em 1939 por Manoel Raymundo Paes de Almeida, a TUSP ainda engatinhava quando Natel passou a fazer parte dos uniformizados que acompanhavam o São Paulo nos estádios paulistas literalmente uniformizados.

No início dos anos 1950, Laudo Natel foi eleito diretor de finanças do São Paulo e adotou uma prática inovadora e que só se tornaria obrigatória anos mais tarde: passou a publicar os balanços financeiros anuais do clube.

O São Paulo foi o primeiro clube brasileiro a tornar públicas suas contas e isso gerou uma imagem de credibilidade diante do mercado.

A repercussão externa foi boa, mas a interna foi melhor ainda e Laudo Natel ganhou notoriedade entre os sócios e conselheiros do clube.

Assim, quando o presidente Cícero Pompeu de Toledo decidiu que era chegada a hora de o São Paulo Futebol Clube ter seu estádio próprio, Natel foi escolhido presidente da Comissão Pró-Estádio.

Todos esperavam que ele desenhasse algum plano financeiro com empréstimos bancários, mas o que Laudo Natel propôs foi a medida mais impopular possível: vender o Canindé.

O atual estádio da Portuguesa, era o único patrimônio físico do São Paulo.

Adquirido na época da Segunda Guerra Mundial, em razão do decreto de Getúlio Vargas que confiscava os bens de agremiações que faziam referência aos países do Eixo.

Construir um grande estádio a partir da estaca zero já era uma loucura, mas vender o único bem do clube era algo que beirava a irresponsabilidade.

Com muita resistência e desconfiança o negócio foi feito.

Um sócio são-paulino, Wadih Sadi, adquiriu o imóvel e o São Paulo conseguiu o dinheiro necessário para construir seu estádio.

O dinheiro era suficiente para uma grande obra, por isso, mais uma vez, Laudo Natel arriscou e promoveu o lema da Comissão Pró-Estádio: “Se é um sonho, que seja grande!”

Foi assim que o São Paulo se lançou na construção do “maior estádio particular do mundo”.

Com a determinação e capacidade de Laudo Natel à frente das negociações, o São Paulo conseguiu algo impensável nos dias de hoje: convenceu uma imobiliária a doar o terreno para a construção.
A Imobiliária Aricanduva pretendia lotear a área de 99.873 m² na região do Morumbi, então uma área rural, pantanosa e afastada do centro urbano.

João Jorge Saad era o presidente da imobiliária e, também corintiano.

Fato é que Laudo Natel o convenceu — Deus sabe como — a doar 2/3 do terreno e o São Paulo compraria a parte final.

Negócio fechado e em 15 de agosto de 1952, o São Paulo lançou a pedra fundamental no terreno.

Mesmo sem projeto arquitetônico, Laudo Natel quis chamar a atenção dos investidores para viabilizar o estádio.

Todas as alternativas modernas para levantar capital foram usadas mostrando o vanguardismo do dirigente.

A principal foi venda antecipada de 3 mil cadeiras cativas no estádio.

O goleiro José Poy, ídolo do clube, ficou conhecido por bater de porta em porta para vender as tais cadeiras cativas.

Foram 18 anos de obras — oito até o primeiro jogo no local —, mas o São Paulo conseguiu construir o maior estádio paulista.

Durante a construção foram 12 anos sem títulos, as dificuldades financeiras se acumulavam e a prefeitura de São Paulo chegou a oferecer o Pacaembu em troca do Morumbi inacabado.

Laudo Natel recusou e declarou à época: “O sonho do são-paulino não cabe no Pacaembu”.

Em 25 de janeiro de 1970, enfim, o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, o Morumbi, foi inaugurado e entregue aos torcedores e ao clube como o maior patrimônio do São Paulo Futebol Clube.

Na verdade, não é exagero algum afirmar que o Morumbi elevou o São Paulo a outro patamar no cenário brasileiro e, anos mais tarde, também no futebol mundial.

Esse redimensionamento também se deu pelo modelo de gestão implantado por Laudo Natel durante a presidência de Cícero Pompeu de Toledo.

Apesar de bancário — ou justamente por isso — Natel nunca foi entusiasta dos empréstimos.

A construção do Morumbi foi tocada majoritariamente com recursos adquiridos dentro do clube com sócios, torcedores e patrocinadores.

Ainda havia espaço na vida de Laudo Natel para coisas além do São Paulo Futebol Clube como a política, por exemplo.

Em 1962 foi eleito vice-governador do estado de São Paulo, na época as chapas dos vices eram avulsas do candidato principal.

Ademar de Barros foi eleito governador e Natel, o vice.

Em 6 de junho de 1966 assumiu como governador no lugar de Ademar de Barros, que fora cassado pelo regime militar.

Porém, poucos meses antes havia sido reeleito presidente do São Paulo e optou por deixar o clube para governar o estado.

Seu mandato durou até o fim de 1967.

Voltou a governar São Paulo entre 1971 e 1975, quando foi eleito indiretamente pelo colégio eleitoral militar.

Deste mandato se destacam as criações da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) e da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo).

A carreira política de Natel, porém, não repetiu o sucesso na direção do São Paulo, já que avançou às sombras da ditadura, sem o voto popular e apesar de disputar outros pleitos, inclusive para a prefeitura de São Paulo, o cartola não voltou a ocupar cargo público.

Não teve o poder de articulação nos bastidores que a política brasileira exige — talvez isso seja um mérito — e acabou derrotado nas prévias de 78 por Paulo Maluf e em 82 por Reynaldo de Barros.

Apesar de impopular, a passagem de Laudo Natel como governador do estado de São Paulo é importante ser destacada pela data e por um simples motivo: tudo que realizou pelo clube, fez antes de ser governador.

O cargo em nada ajudou o clube e Natel foi responsável no peito, no grito e na raça por grande parte da atual grandeza do São Paulo Futebol Clube.

Em 2005 foi homenageado pelo clube na inauguração de outro grande empreendimento são-paulino: o Centro de Formação de Atletas Laudo Natel.

O famoso CT de Cotia é sinônimo de excelência na formação e preparação de atletas da base tricolor.

Apenas quatro meses antes de completar 100 anos, Laudo Natel morreu e deixou um legado enorme para o São Paulo.

O patrono do clube ofereceu uma vida centenária de dedicação, amor e trabalho pelo clube do coração. Será para sempre o homem que foi pilar na edificação da história tricolor e com lances de arquibancada deu asas ao maior sonho são-paulino.

1 FC Union Berlin 0x2 Bayer München...

Imagem: Pool/AFP/Getty Images

A audiência dos jogos da Bundesliga...

Imagem: Martin Meissner/Pool via Getty Images

3,68 milhões de pessoas viram, na Alemanha, o retorno da Bundesliga no canal a cabo Sky; audiência bateu recorde para a emissora no país...

Fonte: Máquina do Esporte

segunda-feira, maio 18, 2020

Entrevista após os jogos em tempo de pandemia...

Imagem: Reuters

Como colocar em risco a vida de uma criança sem sentir nenhuma angústia ou preocupação...


A inconsciência no auge, se é que existe auge para os inconsequentes...

Na varanda de um apartamento na Espanha um homem empurra um balanço com uma criança, sem demonstrar qualquer preocupação com a segurança dela.

No campo a bola ainda reina, mas... a arquibancada virou banco.

Imagem: EPA

O jogador Hudson-Odoi, do Chelsea foi preso às 4 da manhã após a denúncia de uma "modelo"...

Imagem: Autor Desconhecido

Segundo o The Sun, o atacante inglês de 19 anos do Chelsea, Callum Hudson-Odoi, foi preso ontem por violar o confinamento às 4 da manhã com uma “modelo” que ele conheceu nas redes sociais...

A polícia foi até a cobertura em que o jogador no oeste de Londres depois que a mulher chamou a polícia e uma ambulância.

Hudson-Odoi, que deu positivo para o COVID-19 em março, enviou um carro para pegar a mulher e pediu que ela usasse lingerie...

A modelo foi levada ao hospital depois de relatar à polícia que não estava passando bem.

Não é o primeiro caso no futebol da Inglaterra de violação das regras de confinamento...

Kyle Walker, enfrenta ações disciplinares do City por pagar duas prostitutas para visitá-lo em sua casa.

O defensor depois pediu desculpas aos fãs e familiares por decepcioná-los...

"Entendo que minha posição como jogador profissional de futebol acarreta a responsabilidade de liderar pelo exemplo. Existem heróis por aí salvando vidas e, nessas semanas, tentei apoiá-los e destacar seu sacrifício. Minhas ações vão contra o que deveria ser um confinamento de emergência." Mas quero reiterar a mensagem: "Fique em casa, fique seguro", disse Kyle Walker em seu pedido de desculpas.