quarta-feira, junho 17, 2020

Os 50 anos da Copa do Mundo do México - 1970... Parte 2.

Imagem: Autor Desconhecido

Copa 70: o futebol arte completa 50 anos — Primeira fase

No grupo 3, o Brasil enfrentou a então campeã Inglaterra, a Tchecoslováquia, finalista de 1962, e a forte Romênia.

Ainda no formato com 16 equipes, a Copa do Mundo de 1970 começou em 31 de maio e teve sua decisão em 21 de junho, quando a Seleção Brasileira coroou sua campanha invicta com uma goleada

Por Pedro Henrique Brandão/Universidade do Esporte

Da estreia até alcançar a final, uma seleção teria de jogar seis partidas.

As três da primeira fase e outras três eliminatórias — quartas, semi e a tão disputada decisão.

O time brasileiro era uma constelação de craques do nível de Rivelino, Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Tostão, Félix, Everaldo e o Rei Pelé.

Porém, as outras seleções também levaram o que tinham de melhor com seus nomes consagrados como Teofilo Cubillas, Mazurkiewicz, Sepp Maier, Gerd Müller, Uwe Seeler, Karl-Heinz Schnellinger, Franz Beckenbauer e Wolfgang Overath, Giacinto Facchetti, Roberto Rosato, Sandro Mazzola, Luigi Riva, Gianni Rivera e Roberto Boninsegna, Gordon Banks, Bobby Moore, Geoff Hurst, Martin Peters e Bobby Charlton.

Antes de bater a Itália por 4 a 1 na decisão, o Brasil estreou bem e goleou a Tchecoslováquia também por 4 a 1, venceu a Inglaterra pelo placar magro de 1 a 0 no jogo mais difícil da Copa, e fechou a fase grupos com vitória por 3 a 2 sobre a Romênia.

Nas quartas de final, venceu o Peru por 4 a 2 e na semifinal, um clássico do cone sul vencido por 3 a 1 sobre o Uruguai.

Foram 19 gols marcados e apenas sete sofridos, em seis jogos.

Jairzinho anotou gols em todas as partidas do Mundial e foi o artilheiro brasileiro com sete tentos — vice goleador da Copa, atrás de Gerd Müller com 10. Pelé foi escolhido o Bola de Ouro, Gérson ganhou a Bola de Prata e a seleção do Mundial teve seis brasileiros.

Uma campanha com 100% de aproveitamento de um time que ficou marcado na história do futebol mundial.

Brasil 4 a 1 Tchecoslováquia

No dia 03 de junho, no estádio Jalisco, em Guadalajara, com 52.897 pessoas nas arquibancadas, o Brasil estreou na Copa do Mundo contra a Tchecoslováquia, em partida que foi uma reedição da decisão do Mundial de 1962.

Os brasileiros começaram com força máxima e pelo lado esquerdo do ataque com Rivelino, Gérson e Jairzinho, as melhores jogadas eram criadas.

Tudo indicava que a qualquer momento o Brasil abriria o placar, mas aos 11 minutos de jogo foram os tchecos que alcançaram o gol com Petras, camisa 8, que partiu num rápido e fulminante contra-ataque.

Um susto que seria contornado com a inovação tática que Zagallo propunha.

A Seleção Brasileira de 1970 é apontada como um divisor de águas no futebol mundial por vários aspectos, mas uma característica que o time aperfeiçoou com o Velho Lobo foi a mobilidade.

Ainda não era o Carrossel Holandês de Rinus Michels que entraria na história quatro anos depois com o Futebol Total da Laranja Mecânica, mas havia a possibilidade dos jogadores de ataque trocarem o posicionamento e isso era algo bastante novo naquele momento.

Justamente com essa inversão, o Brasil voltou a dar trabalho à defesa tcheca e Rivelino passou a assustar pelo lado direito ao cortar para dentro e bater forte ao gol adversário.

Num ataque bem tramado, aos 24 minutos, Pelé foi derrubado na meia-lua e Riva foi incumbido da cobrança.

Com a consagrada “patada atômica”, a Seleção empatou e tomou as rédeas da partida.

No segundo tempo, dominando amplamente, o Brasil deslanchou no placar em razão da superioridade técnica, mas também por conta da melhor condição física em relação aos europeus.

Aos 14 minutos, Gérson deu um daqueles lançamentos de Gérson.

Da intermediária, fatiou a bola no peito de Pelé, que dentro da área, matou no peito e fuzilou o goleiro tcheco.

Apenas três minutos mais tarde, outro passe com GPS de Gérson, dessa vez o Canhotinha de Ouro estava atrás do meio-campo quando lançou Jairzinho, que com muita velocidade escapou da defesa que marcava em linha.

O goleiro Viktor saiu desesperado e o camisa 7 chapelou o indefeso arqueiro, matou no peito e cumprimentou à rede.

Os europeus já estavam rendidos pelo calor e pela evidente superioridade dos brasileiros, quando Pelé tocou para Jairzinho na intermediária.

O atacante partiu para cima dos tchecos e driblou três adversários antes de arrematar um chute cruzado e rasteiro para encerrar o placar.

Sem problemas, com tranquilidade e poder de reação, a Seleção Brasileira deixou um belo cartão de visitas logo na estreia e despontou como favorita na busca do Tri, porém, ainda com um longo e difícil caminho a pavimentar, como provaria a partida seguinte contra o English Team.

Brasil 1 a 0 Inglaterra

A segunda rodada do grupo 3 colocou frente a frente os times favoritos a classificação.

A partida de 7 de junho seria também um aguardado encontro entre dois campeões mundiais.

Em 40 anos de disputa entre seleções nacionais e sem contar com duas edições canceladas em razão da 2ª Guerra, aquela era apenas a 9ª Copa do Mundo e somente um seleto grupo composto por Brasil, Itália, Uruguai, Alemanha e Inglaterra ostentava ao menos uma conquista de melhor equipe de futebol do planeta.

Entre ingleses e brasileiros, a expectativa também era grande, pois nas três Copas anteriores, entre 1958 e 1966, Brasil e Inglaterra monopolizaram o topo do futebol mundial pelos últimos 12 anos e se revezaram como campeões garantindo o bicampeonato tupiniquim e o único título do time da Rainha.

Além disso, o confronto sempre parelho já havia criado uma certa tradição, pois nas campanhas de 58 e 62, os brasileiros enfrentaram os ingleses no caminho do título.

Todo esse histórico colocava ainda mais ingredientes na partida que poderia encaminhar a classificação do vencedor.

Os ingleses vinham de vitória magra contra a Romênia na estreia e sem dúvidas era o elenco adversário mais complicado do grupo, com um time repleto de remanescentes do título de 1966 como Bobby Moore, Gordon Banks, Martin Peters e Bobby Charlton.

Com tudo isso em jogo, o público compareceu em peso e 66.843 pessoas foram ao estádio Jalisco para assistir a uma partida duríssima, disputada palmo a palmo no incandescente gramado sob o pino do meio-dia do escaldante verão mexicano e com um grande trabalho defensivo dos ingleses que anularam Pelé.

Porém, aquela seleção tinha o diferencial proposto por Zagallo e justamente contra a Inglaterra, a movimentação ofensiva dos brasileiros foi mais evidente e eficiente.

Com um ferrolho na frente da área inglesa, os jogadores da Amarelinha precisaram buscar os lados do campo.

Em jogadas iniciadas pelos flancos, os principais momentos da partida aconteceram.

Carlos Alberto Torres lançou Jairzinho que foi ao fundo e cruzou para Pelé.

O camisa 10 subiu e fez o movimento perfeito do cabeceio para o chão, Gordon Banks saltou e conseguiu tirar em cima da linha no lance que ficou marcado como a “defesa do século”.

Ainda com o marcador zerado, outra grande defesa marcaria o jogo.

Num cabeceio à queima roupa de Lee, Félix fez a “defesa da Copa” para o Brasil e no rebote, lançou-se corajosamente para abafar a bola.

No ímpeto de fazer o gol, Lee chutou e acertou o rosto do goleiro brasileiro.

A coragem e técnica de Félix desmentem a narrativa de “goleiro fraco” que a crônica esportiva da época colou no arqueiro.

O empate sem gols persistia até que Jairzinho trocou de lado mais uma vez.

Tostão foi para a esquerda e driblou dois ingleses para fazer a meia-volta e cruzar com perfeição para Pelé dominar e apenas rolar de lado para Jairzinho anotar o gol da vitória.

Com o gol de Jairzinho, o Brasil garantiu a segunda vitória e seguiu forte no Mundial.

Além disso, o time brasileiro descobriu que o Furacão da Copa sopraria ventos fortes capazes de derrubar até a mais sólida defesa inglesa.

Brasil 3 a 2 Romênia

No encerramento da primeira fase, a Romênia foi a adversária, no dia 10 de junho, diante de 50.804 pessoas no estádio Jalisco.

Com 100% de aproveitamento nas duas primeiras rodadas, apenas uma combinação absurda de resultados tiraria a Amarelinha das quartas de final.

Zagallo decidiu poupar Rivelino e Gérson e tirou os dois meias canhotos da partida.

Mais do que poupar, a substituição servia para rodar o elenco e deixar os jogadores motivados — se é que seja necessário algum incentivo extra do que estar numa Copa do Mundo.

Entraram o zagueiro Fontana no lugar de Gérson, o que fez com que o coringa Piazza, que jogou os dois primeiros jogos na zaga, voltasse ao meio-campo; e Paulo Cézar Caju na vaga de Rivelino.

PC Caju era destaque e titular absoluto no Botafogo, mas na seleção era difícil conseguir uma vaga entre as Feras ainda que o atacante fosse inquestionavelmente uma delas.

Era mais uma questão de ajuste das características e o grupo base com Gérson, Clodoaldo, Rivelino, Tostão, Pelé e Jairzinho era tão afinado que parecia ter nascido para jogar junto.

Apesar de talentoso, depunha contra Caju seu temperamento forte, que o colocava como um dos primeiros bad boys brasileiros.

Porém, o atacante era um driblador dos melhores de sua geração e provou que tinha lugar no grupo.

Logo nos primeiros minutos, PC Caju mostrou que tinha a chave do jogo e tratou de desarrumar o lado direito da defesa romena com uma sequência de dribles desconcertantes e num chute de fora da área acertou a trave.

A Romênia de 1970 era uma equipe representada por uma das melhores gerações do país com jogadores como Dembrowski, Lucescu e Dumitrache.

Mesmo assim, com a defesa aberta pela bagunça de Caju, Pelé abriu o marcador aos 19 minutos e Jairzinho ampliou aos 27.

Em menos de meia hora de bola rolando, o Brasil resolveu a partida e poderia descansar para a próxima fase.

Nada disso, porém, havia sido combinado com os romenos.

Os europeus passaram a pegar pesado na marcação e em algumas divididas, até com excesso de violência.

A intervenção do treinador romeno ao tirar o goleiro Adamache, que perceptivelmente nervoso dava rebote em todas as finalizações brasileiras, surtiu efeito e melhorou a equipe europeia.

A fim de não apanhar, os brasileiros passaram a explorar os contra-ataques e isso foi um erro por dois motivos.

Primeiro, porque a característica daquele time era propor o jogo, na sistemática posse de bola residia o melhor esquema defensivo da história.

Depois, porque Fontana fazia péssima partida.

A união desses dois fatores permitiu que a Romênia descontasse antes do intervalo.

Aos 34 minutos, Dumitrache era o único romeno dentro da área brasileira e aproveitou um bate cabeça generalizado da zaga para bater no canto de Félix que nada pôde fazer.

Passado o susto, na etapa final o Brasil chegou ao terceiro gol num escanteio batido no primeiro pau para Tostão desviar com o calcanhar e encontrar Pelé dentro da pequena área.

Ainda haveria tempo para Dembrowski descontar, mas a vitória brasileira estava garantida e a campanha rumo ao Tri seguia 100%.

FC Bayern München e.V... Octacampeão alemão.

Imagem: Autor Desconhecido

Série A italiana recebe proposta bilionária pelos direitos de televisão...


3 bilhões de euros ofereceu a Bain Capital para negociar os direitos de televisão da Série A italiana nas próximas três temporadas, segundo a Bloomberg...

Fonte: Máquina do Esporte

terça-feira, junho 16, 2020

Estados Unidos 1x0 Inglaterra... Estádio Independência, Belo Horizonte - Bert Willliams, goleiro inglês olha desolado para bola chutada por Joe Gaetjens dentro de seu gol (correção: este não foi o gol americano - neste lance a bola está fora da rede.)

Imagem: Popperfoto via Getty Images 

Os 50 anos da Copa do Mundo do México - 1970... Parte 1.

Imagem: Arquivo Pessoal/Família Claudio Coutinho/Reprodução

Em pé da esquerda para a direita: Rogério, Cláudio Coutinho, Carlos Alberto Parreira, Félix, Joel, Leão, Fontana, Brito, Clodoaldo, Zagallo e Admildo Chirol. 

Agachados: Mário Américo, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Baldocchi, Piazza, Everaldo, Paulo Cézar Caju, Tostão, Marco Antônio e Ado. 

Sentados: Edu, Zé Maria, Dadá Maravilha, Gérson, Roberto Miranda, Jairzinho, Pelé e Nocaute Jack. (Foto: Arquivo pessoal / Família de Cláudio Coutinho / Reprodução)

A partir de hoje publico a série Copa 70: o futebol arte completa 50 anos, escrita pelo jornalista Pedro Henrique Brandão Lopes, do Universidade do Esporte...

Tenho absoluta certeza que vai agradar em cheio.
Então...
Vamos lá.

Copa 70: o futebol arte completa 50 anos — A preparação

A equipe vencedora da Copa do Mundo de 1970 é apontada como a melhor de todos os tempos, por isso, nesta semana, em comemoração ao cinquentenário do Tri, o time recheado de craques e dirigido por Zagallo será retratado aqui numa série especial de textos que abordará desde a preparação, passando por momentos da campanha até o legado esportivo e cultural

Por Pedro Henrique Brandão Lopes/Universidade do Esporte

A preparação

Marcado por uma inovadora preparação física e logística com direito a processos individuais e personalizados para os atletas, o planejamento posto em prática antes do Mundial é apontado como a base que possibilitou aos atletas uma condição perfeita para demonstrar o inigualável talento do grupo que conquistou o Tri.

O período após a Copa do Mundo de 1966 foi conturbado na Seleção Brasileira.

Se o futebol doméstico ia muito bem e vivia uma era fértil de craques e ótimos times, a Seleção havia se desestabilizado com a má campanha na terra da Rainha.

Afinal, depois do bicampeonato — 1958 e 1962 —, o complexo de vira-latas fora substituído por uma certa empáfia e obsessão por conquistas, o brasileiro estava mal acostumado quando o assunto era Copa do Mundo.

Vicente Feola, campeão de 58, fora resgatado como treinador para a Copa de 1966, mas deixou o comando para outra aposta dos dirigentes no sucesso de outrora: Aymoré Moreira.

O técnico chegou amparado pela conquista de 1962, porém, também não conseguiu engrenar um bom trabalho e Oswaldo Brandão foi contratado.

Entre a saída de Aymoré e a chegada de Brandão, o jovem Zagallo comandou a equipe nacional em dois amistosos, mas não agradou por fazer testes demais e acabou descartado pelos dirigentes.

Mesmo chancelado por inúmeras conquistas e seu grande prestígio entre atletas, Oswaldo Brandão também sucumbiu à pressão e o cargo acabou vago.

Em 4 de fevereiro de 1969, a CBD anunciou surpreendentemente João Saldanha como o treinador que conduziria o Brasil ao tricampeonato mundial.

Um espanto, pois, apesar de ter comandado o Botafogo na década de 1950, Saldanha era comentarista da Rádio Nacional e ocupava-se como jornalista esportivo longe dos clubes.

Há quem diga que a contratação foi uma tentativa de João Havelange, então presidente da CBD, para controlar as críticas da crônica esportiva com um membro da imprensa no mais alto posto do futebol nacional.

E, de fato, João Saldanha logo sanou uma das principais críticas: definiu um time base.

Assim surgiram “as feras de Saldanha”, 11 titulares absolutos que foram anunciados logo na chegada do treinador.

Nas eliminatórias para a Copa do Mundo, em seis partidas contra Colômbia, Paraguai e Venezuela, as “feras” conquistaram aproveitamento total com seis vitórias, anotaram 23 gols e sofreram apenas dois tentos dos adversários.

Nem o mais otimista torcedor esperava que 1969 terminaria com a Seleção classificada de maneira invicta e num momento tão bom do grupo e de seu treinador.

Porém, o João Saldanha de 1970 em nada se assemelhava ao João Saldanha do mágico ano anterior.

Com a classificação assegurada, a personalidade forte de João e uma série de intrigas nos bastidores acabaram por deixar insustentável a permanência do treinador.

Muito se fala sobre o episódio em que João Saldanha ao ser confrontado com uma declaração de Emílio Garrastazu Médici sobre a escalação de Dadá Maravilha respondeu que “o presidente escala o ministério e eu escalo a seleção”.

Sobre escalar a Seleção, reside justamente aí uma controvérsia que contribuiu para a queda do treinador.

Saldanha começou 1970 em atrito com Pelé e declarou que o Rei do Futebol estava fora de forma e que não estaria enxergando bem, para completar, horas antes de um amistoso contra o Chile, o treinador avisou que Pelé não estaria entre os titulares.

O desgaste entre treinador, dirigentes e o grupo de jogadores era notório, quando aconteceu o amistoso contra o Bangu, em Moça Bonita, e tudo que já era ruim piorou.

Não havia por que marcar um jogo contra um time que não teria condições de apresentar qualquer resistência a Seleção.

Porém, a partida foi marcada e cerca de 20 mil pessoas compareceram ao campo do Bangu para ver as Feras de Saldanha.

Na verdade, viram o Bangu dominar o primeiro tempo e ainda sair na frente com gol do ilustre desconhecido Paulo Mata.

A torcida enlouqueceu com a péssima partida da Seleção e começou um protesto contra o treinador: “eu grito, eu falo, o Saldanha tem cara de cavalo”.

Os críticos subiram o tom e Saldanha se sentia perseguido, reagia mal, como no episódio em que foi ao CT do Flamengo armado para tirar satisfação com o treinador rubro-negro Yustrich que havia lhe criticado.

A soma do posicionamento político e a má fase pessoal de João Saldanha em 1970 levaram João Havelange a criticar publicamente o treinador.

Noite de 17 de março, Saldanha foi chamado para uma reunião na CBD e ouviu de Havelange que a “comissão técnica estava dissolvida”.

Estava demitido o homem que arquitetou o time que seria campeão do mundo apenas três meses depois.

Saiu do prédio da CBD fazendo troça com a frase do dirigente que o demitira: “não sou sorvete para ser dissolvido”.

Apesar da ironia de Saldanha, a comissão técnica nunca foi dissolvida.

Na verdade, o treinador foi o único demitido, o corpo técnico que trabalhava com João Saldanha foi mantido.

O preparador físico Admildo Chirol e o médico Lídio Toledo não se relacionavam bem com o treinador demitido, mas seriam fundamentais na manutenção do planejamento para o Mundial.

Horas depois da demissão de João Saldanha, o nome de Zagallo foi anunciado para comandar a equipe que tentaria o tricampeonato no Mundial do México.

A responsabilidade era enorme e com apenas 78 dias até a estreia, o jovem treinador tinha grandes chances de queimar sua carreira ainda iniciante.

Seria o começo de uma relação de amor entre Zagallo e a Amarelinha, o bicampeão mundial enquanto jogador se tornaria o Velho Lobo, um símbolo da Seleção Brasileira.

No entanto, pôde contar com a herança de um planejamento inovador de sua comissão técnica pensado por João Saldanha.

A começar pela formatação da própria comissão técnica.

Aquela foi a primeira vez que a Seleção Brasileira teve uma equipe completa com massagista, preparador físico, médico e pessoal para administrar a logística de deslocamentos e estadias durante a Copa.

Tudo que foi pensado pelo antigo treinador não foi modificado após sua demissão.

A fim de traçar a estratégia, João Saldanha contou com a competente consultoria de Lamartine da Costa, oficial da Marinha brasileira que havia sido observador dos Jogos Olímpicos do México, em 1968.

Em razão da famosa altitude do México, um processo inédito de aclimatação foi preparado e os jogadores seguiram para a cidade de Guanajuato, mais de 2 mil metros acima do nível do mar.


A sede brasileira no Mundial seria Guadalajara, uma cidade com elevação de 1500 metros, a intenção era fazer com que os atletas se habituassem a uma altitude maior da qual enfrentariam na competição para que na hora dos jogos tivessem fôlego extra.

Cláudio Coutinho foi figura importante nessa preparação. Capitão do Exército, Coutinho era um estudioso da preparação física e defensor da modernização do futebol brasileiro.

Foi Cláudio o responsável por introduzir o “teste Cooper” na preparação física brasileira.

A imprensa criticou a preparação até a bola rolar, pois quando os jogos começaram, era visível que os brasileiros estavam fisicamente um nível acima dos adversários.

Brito, por exemplo, tinha resistência de corredores de longas distâncias e foi considerado o melhor preparo físico da Copa.

O plano era oferecer mais atividade física e menos treinamento com bola.

Ao analisar, atualmente, o método é completamente compreensível, já que com a bola rolando, as feras se garantiam era preciso dar condições físicas de suportar o calor dos jogos ao meio-dia em altitudes como a de Guadalajara.

Nesse intuito, foram realizados treinamentos de corrida em longas distâncias entre três e quatro quilômetros no horário em que os jogos seriam disputados — com o sol a pino do meio-dia no verão escaldante do México —, e numa altitude superior à do local dos jogos.

Era uma condição desumana, mas supervisionada pelo melhor time da preparação física brasileira em 1970.

Depois de 21 dias em Guanajuato executando a preparação desenhada por Lamartine da Costa, um oficial da Marinha escolhido pelo comunista João Saldanha em plena ditadura, o resultado não poderia ser diferente: na bola e no fôlego, os brasileiros atropelaram seus adversários.

A preparação física surgida a partir da visão extracampo de Saldanha e do planejamento técnico de figuras competentes, e preservado por Zagallo, foi o primeiro passo em direção ao Tri. O resto seria feito pela mágica das pernas dos craques.

Imagem: Autor Desconhecido

Arrumando a casa para a festa recomeçar...

Imagem: Tottenham Hotspur FC via Getty Images

Mesmo com a volta do futebol a Liga Espanhola sofrerá forte impacto financeiro sem torcedores nos estádios...


800 milhões de euros será o impacto financeiro sentido pela LaLiga, a Liga Espanhola, com a manutenção dos estádios sem torcedores até o final deste ano...

Fonte: Máquina do Esporte

segunda-feira, junho 15, 2020

Copa do Mundo de 1950... Inglaterra entra em campo no Maracanã para enfrentar e vencer o Chile por 2 a 0.

Imagem: Popperfoto via Getty Images

Arena da Baixada: de granja a palco da Copa do Mundo...

Imagem:  Reprodução/Athletico Paranaense

Arena da Baixada: de granja a palco da Copa do Mundo

Jaqueilton Gomes/Universidade do Esporte/Ludopédio

O estádio, que hoje é casa do Athletico Paranaense, nasceu antes mesmo do surgimento oficial do Furacão e foi se desenvolvendo com o clube, até se tornar um dos mais modernos do mundo

Com o nome oficial de Joaquim Américo Guimarães, o estádio foi o primeiro do Estado do Paraná e desde então é sinônimo de evolução e pioneirismo, quando se fala em palcos do futebol no Brasil. Antes, para começar a entender a história, é preciso saber quem foi o homem que dá nome a Arena.

Joaquim Américo Guimarães foi fundador e presidente do Internacional Foot-Ball Club e organizador das primeiras competições de futebol no estado do Paraná, ainda em 1910.

Para dar uma casa ao seu clube, ele alugou em 1912 uma chácara localizada no bairro Água Verde, onde seria a sede e o campo oficial do Internacional FC.

A concretização do sonho não demorou e logo foi construída uma arquibancada de madeira para abrigar os torcedores que acompanhavam as partidas dos torneios amadores realizados por Américo, antes da criação do Campeonato Estadual.

No ano seguinte, em dezembro de 1913, um grande festival esportivo, com a presença de 1.500 torcedores, inaugurou oficialmente a praça esportiva, então chamada de Baixada do Água Verde.

No ano seguinte, o estádio pioneiro do Paraná sediou o primeiro jogo oficial do Flamengo fora do Estado do Rio de Janeiro.

O Rubro-Negro carioca foi até a capital paranaense para enfrentar o Internacional, na primeira partida interestadual da história de Curitiba.

O placar do jogo foi um estrondoso 7 a 1 para os cariocas.

Primeira edição do Campeonato Paranaense

Em 1915, o estádio recebeu todos os jogos do Campeonato Paranaense.

O campo era o único com condições adequadas em Curitiba para receber as partidas.

Para coroar e acentuar o pioneirismo do campo, o Internacional, time da casa, foi o vencedor da competição com a incrível campanha de dez vitórias em dez jogos.

Aquela foi a primeira e única conquista oficial da equipe.

Dois anos mais tarde, em 1917, Joaquim Américo morreu, aos 38 anos de idade, e não teve a oportunidade de ver o seu Internacional se fundir ao América para dar vida ao Club Athletico Paranaense, oficialmente fundado em 26 de março de 1924.

O novíssimo clube de futebol curitibano acabou herdando o patrimônio de seu antecessor, e manteve a sede na chácara alugada junto à família Hauer, prorrogando o período de aluguel do imóvel.

Um ano após a fundação, o Furacão deu sua primeira mostra de que nasceu para ser um campeão, e depois de uma campanha quase perfeita, com oito vitórias, três empates e apenas uma derrota, o recém-nascido time foi campeão paranaense pela primeira vez, e jogando em seu estádio, venceu o Savóia por 3 a 1 na decisão.

Aquisição definitiva e evolução da Baixada do Água Verde

Já na década de 1930, o clube finalmente conseguiu a posse definitiva do terreno que se mantinha alugado.

Um outro terreno, localizado no Juvevê, bairro da capital paranaense, foi dado em troca do lugar onde era instalado o Furacão.

Só aí, o estádio ganhou o nome de Joaquim Américo Guimarães, que mantém até hoje, em homenagem ao visionário que impulsionou o futebol no estado e fundou o clube que mais tarde deu vida ao hoje Athletico, campeão do Brasil e da Sul-Americana.

Seguindo sua linha de inovação, o primeiro estádio de futebol do Paraná partiria agora para outra fase de sua história, e as primeiras arquibancadas de madeira, construídas antes de existir o Athletico Paranaense, deram lugar a assentos de concreto em 1937, e assim permaneceu até sua ampliação, em 1967, quando foram construídos novos degraus, dando mais espaço para a torcida do Furacão que ainda iria crescer e viver muitas glórias nas décadas seguintes.

Após essa fase, o Joaquim Américo passou anos estagnado, e só no ano de 1980 viu uma novidade, quando foram instaladas as torres de iluminação elétrica do estádio, após doações de torcedores apaixonados.

No entanto, a nova reforma não foi suficiente diante de anos tenebrosos vividos pelo Furacão dentro de campo, que acabou refletindo nas finanças do clube, e isso acabou deixando o primeiro estádio de futebol do Paraná bastante defasado em relação ao Couto Pereira, a casa do arquirrival Coritiba.

Anos difíceis longe de casa

Com tudo isso, a direção do Athletico resolveu mudar drasticamente e, em 1986, optou por deixar de mandar seus jogos no lendário estádio, se desfazendo da cobertura e das torres de iluminação que há pouco havia adquirido.

A partir de então, os jogos do clube eram disputados no Estádio Pinheirão, recém reformado pela Federação Paranaense de Futebol.

Algumas propostas foram feitas no intuito de transformar a velha Baixada em um novo empreendimento, e entre elas, até a de construção de um shopping center.

No entanto, nada foi feito, e o campo que agora estava sendo usado apenas para treinamentos e categorias de base, se manteve, quase que esquecido, mas imponente e histórico.

Durante sua estadia no Pinheirão, o Rubro-Negro viveu dias difíceis, com poucas glórias.

O clube seguiu no campo da FPF até que a torcida não aguentou mais e iniciou um movimento para retornar à antiga Baixada do Água Verde.

A ideia foi comprada pelo então presidente atleticano, José Carlos Farinhaki, que deu início ao projeto da nova Baixada em 1992, com uma reforma que durou dois anos.

Finalmente, em 1994, a reforma foi concluída e o Furacão voltou a atuar na sua casa novamente.

Em 22 de maio o estádio foi reinaugurado, com uma partida contra o Flamengo, o mesmo que 80 anos antes havia protagonizado a inauguração da praça esportiva contra o Internacional, clube predecessor do Athletico.

Desta vez o clube carioca saiu derrotado, pois Ricardo Blumenau, nos minutos finais, tratou de fazer 1 a 0 para o Furacão.

Surgimento da Arena da Baixada

Pensando em voos cada vez maiores, a velha Baixada não durou muito e em 1997 a direção do clube tomou uma decisão que mudaria definitivamente a história atleticana.

O estádio octogenário seria demolido, para dar lugar a uma nova e moderna arena, que mais uma vez fez jus a sua característica de pioneirismo.

O projeto custou cerca de U$ 35 milhões e parte foi custeado com a venda dos atacantes Oséas e Paulo Rink para Palmeiras e Bayer Leverkusen (ALE) respectivamente.

A construção da nova casa rubro-negra durou dois anos, e em 24 de junho de 1999 o Athletico Paranaense inaugurava a novíssima Arena da Baixada como conhecemos hoje, considerada à época a mais moderna arena da América Latina.

Neste dia, os torcedores, em sua nova casa agora com capacidade para 32.000 pessoas, puderam comemorar mais uma vitória, desta vez contra o Cerro Porteño (PAR), por 2 a 1.

Copa do Mundo: o auge da Arena

Após o anúncio do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, a Arena da Baixada passou a ser fortíssima candidata a receber jogos da competição, por ser, ao lado do Engenhão, recém-construído, o estádio mais moderno do Brasil.

A confirmação veio em 2009, dois anos após o anúncio do Brasil como país sede.

No entanto, com toda a modernidade, a Arena da Baixada precisaria passar por mais uma reforma.

Antes de entregar a Arena para a reforma, o Furacão viveu uma página amarga da sua história, quando em 2011 foi rebaixado para a Série B do Brasileirão, mesmo tendo vencido o rival Coritiba na última partida dentro da antiga Arena da Baixada.

A reforma para ficar no Padrão FIFA durou pouco mais de dois anos, e foi concluída já no ano do mundial. A inauguração aconteceu diante do Corinthians, em um amistoso no qual os paulistas venceram por 2 a 1, no dia 14 de maio de 2014.

Evento teste feito e a próxima partida recebida já valeria pela Copa do Mundo.

O jogo entre Irã e Nigéria terminou empatado em 0 a 0, mas marcou a Arena da Baixada, por sua primeira partida do mundial.

Honduras 1 a 2 Equador, Austrália 0 a 3 Espanha e Argélia 1 a 1 Rússia foram os outros jogos da Copa disputados no estádio.

Em mais de um século de história, quem olha para a moderníssima arena pode até não acreditar, mas aquele é o estádio que começou em uma granja na capital paranaense e chegou a um dos mais altos níveis do futebol mundial.

Psiu... vem cá.

Imagem: Tottenham Hotspur FC via Getty Images 

Fernando Muslera, goleiro do Galatasaray e da seleção do Uruguai fraturou a tíbia e o perônio da perna direita na partida contra o Rizespor...

Imagem: Autor Desconhecido

O goleiro uruguaio Fernando Muslera, do Galatasaray e da seleção do Uruguai fraturou neste domingo a tíbia e o perônio da perna direita, na partida contra o Rizespor, válida pelo campeonato turco de futebol...

Muslera, de 33 anos, lesionou-se na sequência de um choque com o atacante Skoda, que o obrigou a ser substituído logo aos 24 minutos.

Face à gravidade da lesão, o jogador foi atendido durante mais de 10 minutos, antes de ser transportado ao hospital após ter a perna direita imobilizada...

Os exames realizados no hospital constataram a fratura da tíbia e do perônio de Muslera.

Segundo a imprensa turca, será operado nesta segunda-feira (15), em Istambul...

A previsão é que a recuperação do goleiro dure cerca de seis meses.
Galatasaray, abalado, jogou mal e acabou derrotado pelo Rizespor por 2 a 0, gols de Skoda...

A equipe que tenta o tricampeonato está agora a seis pontos dos líderes Trabzonspor e Basaksehir, após 27 rodadas.

Thibaut Courtois, na vitória do Real Madrid por 3 a 1 frente ao Eibar...

Imagem: AP

Futebol mexicano perde um de seus ídolos para a covid-19...

Imagem: Autor Desconhecido

O ex-jogador da seleção mexicana e do Pumas Aaron Padilla, que disputou os Mundiais de futebol de 1966 e 1970, morreu neste domingo aos 77 anos, vítima de covid-19...

O anúncio foi feito pela Liga mexicana em comunicado.

Padilla disputou 55 jogos pela seleção mexicana, marcando oito gols...

No Mundial disputado no México em 1970, jogou 3 das quatro partidas da seleção na primeira fase.

El Gansito', como era conhecido em seu país, trabalhou como diretor do Pumas após encerrar sua carreira, tendo sido ainda porta-voz da associação de árbitros da Liga mexicana, que hoje lembrou o extraordinário ser humano e ícone do futebol nacional...

O ex-jogador morreu aos 77 anos após complicações causadas pelo novo coronavírus, que no futebol mexicano já causou cerca de 30 infeções entre atletas profissionais, além do presidente da Liga MX, Enrique Bonilla.

Imagem: Autor Desconhecido

domingo, junho 14, 2020

Colin Grainger marca o segundo gol da Inglaterra na goleada sobre o Brasil por 4 a 2, em Wembley, 1956...

 Imagem: PA

Imagem: Ian Hodgson/Rex/Shutterstock

O racismo se torna tema obrigatório no mercado...

Imagem: Autor Desconhecido

Análise: Racismo se torna tema obrigatório no mercado

Pesquisa mostra que consumidores americanos esperam posicionamento das empresas sobre o tema

Por Duda Lopes para o site Máquina do Esporte

Diversas empresas têm abordado o tema do racismo e abraçado as mais recentes manifestações nos Estados Unidos.

No esporte, o cenário não é diferente.

Somente nesta quinta-feira (11), a Nascar proibiu a bandeira confederada, os clubes da Premier League anunciaram que vão jogar com a frase "Black Lives Matter" nas camisas e o COI afirmou que debaterá a possibilidade de manifestações políticas nos Jogos Olímpicos.

Mais do que de fato abraçar uma causa social, as empresas e as entidades esportivas têm reagido a um clamor popular.

De repente, se posicionar contra a violência aos negros se tornou uma iniciativa obrigatória no mercado.

O que pode ser uma evolução ou simplesmente transparecer oportunismo.

Essa imposição do consumidor não é um mero palpite, ao menos para o mercado dos Estados Unidos.

A agência de relações públicas Edelman fez um levantamento com 2 mil pessoas para medir como o público tem enxergado a atuação das marcas.

No atual contexto da série de protestos no país, 63% da população se mostra preocupada com o racismo, número que sobe para 70% nas pessoas entre 18 e 34 anos.

Os números vão além: 56% acham que as empresas têm obrigação moral de se posicionar sobre o racismo e 60% acreditam que elas têm que investir no combate à desigualdade racial.

Por fim, 82% dos consumidores americanos entendem que tomar uma posição sobre o tema ajuda na confiança deles na marca.

Essa emergência, no entanto, faz com que entidades esportivas se coloquem em situações peculiares.

É o caso do COI, que parece não saber para onde ir, mas sabe que terá que ser mais flexível do que o costume.

O pior, no entanto, foi o CEO da NFL, Roger Goodell, que na última semana admitiu que errou ao ignorar as manifestações contra o racismo em 2016.

Os escândalos eram os mesmos, mas a repercussão era outra.

À época, era razoável fechar os olhos para os problemas e reprimir uma causa no mínimo justa. 

Hoje, não.

Patético.

Para sorte das entidades esportivas, existe uma fórmula simples de evitar fazer esse tipo de papelão.

Ela envolve valores mais nobres e fazer o que é certo, mesmo sem necessariamente ter unanimidade pública.

Pela própria imagem, o esporte precisa ser o propulsor da mudança, não o contrário.

sábado, junho 13, 2020

1993 Division One (segunda divisão)... play-off final - Swindon 4x3 Leicester - Swindon Town FC na Premier League.

Imagem: Colorsport/Shutterstock/Paul Bodin 

Família de Cristiano Ronaldo rifa camisa do atacante para ajudar atingidos pelo covid-19 na região de Gramado e Canela no Rio Grande do Sul...

Imagem: SAPO Lifestyle

A família de Cristiano Ronaldo colocou esta semana para sorteio a camisa utilizada pelo atacante partida contra o Sassuolo, pela temporada 2018/19, com a qual o ele marcou o seu primeiro gol pela Juventus...

O objetivo do sorteio é levantar fundos para ajudar as famílias afetadas pela pandemia do coronavírus na região de Gramado e Canela, na serra gaúcha, onde Kátia Aveiro tinha um restaurante aberto até há poucas semanas.

A camisa, que será sorteada, estava exposta no restaurante da irmã do jogador, sendo que naturalmente era alvo das atenções dos visitantes...

Percebendo o sucesso, Kátia Aveiro decidiu usar a camisa para tentar ajudar as famílias em dificuldades que residem na região, organizando a campanha funciona num esquema de 'rifas'.

Os interessados fazem uma doação no valor de 30 reais (5,26€) em uma plataforma criada para o sorteio, garantindo assim sua chance de ganhar a camisa...

Logo após o site para receber as doações ter sido colocado on-line, cerca de cem participantes já garantiam uma arrecadação inicial de dois mil euros.

Tottenham acelera o ritmo...

Imagem: Tottenham Hotspur FC via Getty Images

Nike fecha patrocínio com a jogadora norueguesa Ada Hegerberg...

Imagem: BBC

1 milhão de dólares ao ano pagará a Nike à jogadora de futebol norueguesa Ada Hegerberg por um contrato de dez anos de patrocínio, segundo a AFP...

Fonte: Máquina do Esporte

sexta-feira, junho 12, 2020

O volante Baltasar Germano está internado com Covid-19 na Promater...

Imagem: Twitter do jornalista Rubens Lemos Filho

Luxor Hotel... Praia de Copacabana, Posto 4... Local em que a Inglaterra ficou hospedada na Copa do Mundo de 1950 - Reparem a casa ao lado.

Imagem: mauritius images GmbH - Alamy - Luxor Hotel RJ

A Liga da Espanha voltou nesta quinta-feira, e com ela o cabo de guerra entre Barcelona e Real Madrid...

Imagem: Autor Desconhecido


O cabo de guerra entre Barcelona e Real Madrid

Com 11 rodadas e 33 pontos para serem disputados, o Campeonato Espanhol retorna nesta quinta-feira, 11, e desde a temporada 2014/2015 a diferença entre líder e vice-líder não era tão pequena na vigésima sétima rodada.

Por Taís Viviane/Universidade do Esporte

Apenas dois pontos separavam Barcelona e Real Madrid quando o Campeonato Espanhol foi pausado há mais de três meses por conta da pandemia do Covid-19.

Mas, se a diferença entre os eternos rivais é pequena, a distância dos dois para o Sevilla, terceiro colocado, é grande o suficiente(doze pontos para o Barcelona e nove para o Real Madrid), para que seja altamente improvável que os andaluzes fiquem com o título do campeonato nacional nesta temporada.

Assim, com o iminente retorno do Campeonato Espanhol é bom relembrar como foram as trajetórias de Culés e Merengues até a vigésima sétima rodada da liga espanhola.
O Barcelona

Mesmo sendo líder, o clube catalão passa pela sua pior temporada em mais de 10 anos.

Com 58 pontos, são dezoito vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

O Barcelona nunca dependeu tanto de Lionel Messi, 31 dos 63 gols que os blaugrana marcaram neste Campeonato Espanhol tem participação direta do argentino, 19 gols e 12 assistências, fazendo dele o líder do campeonato espanhol e do Barcelona em ambos os quesitos.

A última vez que o Barcelona chegou para a 28ª rodada com cinco derrotas foi na temporada 2007/2008, os culés terminaram aquela campanha na terceira colocação com 67 pontos e nove derrotas, foi a última vez que o Barcelona marcou menos de 85 pontos no campeonato nacional.

Com uma tabela mais fácil que a do seu rival, a equipe da Catalunha terá seis jogos fora de casa, um a mais que o Real, e cinco em casa.

Os blaugrana enfrentarão quatro times do Top 10 (Sevilla, Atlético de Madrid, Villarreal e Athletic Bilbao), e são nesses confrontos que a equipe catalã tem encontrado mais dificuldade nesta temporada, em 14 jogos são oito vitórias, dois empates e quatro derrotas contra esses times, resultando em um aproveitamento de 61,9%.

Nos outros sete confrontos com os times fora do Top 10, dois estão no meio da tabela e livres de risco de rebaixamento (Osasuna e Alavés), e cinco equipes estão da 15ª colocação para baixo (Valladolid, Celta de Vigo, Mallorca, Leganés e Espanyol), contra esse grupo o rendimento do Barça sobe consideravelmente, são dez vitórias, dois empates e apenas uma derrota nas 13 vezes que os culés enfrentaram a parte de baixo da tabela, totalizando um aproveitamento de 82,05%.

A partida contra o Atlético de Madrid, que busca entrar na zona de classificação para Champions League, e o derby catalão contra o Espanyol, devem ser os confrontos mais complicados, apesar da fase extremamente negativa dos periquitos.

Outro ponto interessante é que partidas que seriam em campos complicados como Ramón Sánchez Pizjuán, casa do Sevilla, e La Cerámica, casa do Villarreal, podem acabar se tornando mais simples devido à ausência da torcida rival.

Em busca do vigésimo sétimo título, a equipe de Quique Setién, conseguiu recuperar jogadores como Jordi Alba, Arthur e Luís Suárez, que em condições normais são titulares na equipe catalã, apesar do uruguaio ainda não ser uma certeza para o jogo da volta contra o Mallorca.

Quem ainda ocupa o departamento médico é o francês Ousmane Dembélé, que só deve voltar em meados de agosto.

Real Madrid

Caçando o trigésimo quarto título, o clube merengue vem em uma temporada melhor que a anterior, e liderava a competição até a 26ª rodada.

Com 56 pontos, são dezesseis vitórias, oito empates e três derrotas.

No Campeonato Espanhol, Karim Benzema é o destaque da equipe na temporada com 14 gols e 6 assistências, Sergio Ramos é o vice-artilheiro com 5 gols.

Luka Modric e Toni Kroos, com 5 assistências cada, ocupam a segunda posição no ranking de assistências merengue.

Com seis partidas em casa e cinco fora, o Real Madrid terá pela frente seis confrontos contra o Top 10 (Getafe, Real Sociedad, Valencia, Villarreal, Granada e Athletic Bilbao), mas aqui estão os adversários contra os quais os madridistas tem o melhor desempenho.

Das 12 partidas contra essas equipes, até agora, são sete vitórias, cinco empates e nenhuma derrota, contabilizando um aproveitamento de 72,2%.

Contra os rivais da parte de baixo da tabela é que os merengues encontram a maior dificuldade, são nove vitórias, três empates e três derrotas, em um aproveitamento de 66,66%.

O Real Madrid enfrentará os três times que estão, atualmente, na zona de rebaixamento (Mallorca, Leganés e Espanyol), um que ainda corre risco de ser rebaixado (Eibar), e um que, teoricamente já está a salvo (Alavés).

Para os madridista, os derbys e clássicos já passaram então as partidas não devem ter doses a mais de rivalidade, porém jogar contra o Athletic Bilbao em San Mamés sem sofrer com a pressão da torcida rival, pode ser um bônus para o time de Zidane.

Para a retomada do campeonato, o Real Madrid recuperou jogadores como Hazard e Asensio, que podem ser muito importantes para a etapa final da temporada.

O belga tem um rendimento muito abaixo do esperado até agora, apenas 1 gol e 4 assistências no campeonato, e não joga desde 22 de fevereiro quando se machucou contra o Valencia, mas voltou em boa forma da quarentena.

Já o espanhol, que se rompeu o ligamento cruzado anterior e lesionou o menisco externo do joelho esquerdo, em julho de 2019, tem a chance de voltar ao futebol e marcar a diferença para o clube da capital.

O departamento médico dos merengues está ocupado apenas pelo defensor Nacho e o atacante Jokic.

Mallorca X Barcelona, sábado, 13/06, às 17h.

Real Madrid X Eibar, domingo, 14/06, às 14h30.

A desilusão de Jack Wilshere na FA Cup de 2013...

Imagem: Shaun Botterill/Getty Images

Fortaleza tem ótima arrecadação na pré-venda da nova camisa...


900 mil reais arrecadou o Fortaleza com a pré-venda da nova camisa do clube, lançada no último dia 30 de maio em live com convidados especiais...

Fonte: Máquina do Esporte