quarta-feira, abril 02, 2014

Jose "Pepe" Mujica, presidente do Uruguai, encurrala, os barra brvas, os clubes e a federação...

Por Leonardo Lepri Ferro


Um país como outro qualquer, que enfrenta os mesmos problemas e dificuldades de outro qualquer. 

Mas o que faz do Uruguai, e de seu presidente, um Estado especial, é a valentia em tomar decisões que nenhum outro mandatário jamais ousou colocar em prática.

Desta vez Pepe Mujica decidiu concentrar esforços para combater um problema latino-americano (e que não se trata de uma exclusividade nossa) bem comum: a violência no futebol, que ele próprio definiu como uma “causa nacional”.

“Os uruguaios não podem continuar com essa irracionalidade, consolidando a estupidez humana. Devemos reagir urgente”, declarou Mujica após os incidentes que envolveram torcedores do Nacional e policiais na última quarta-feira. 

Após a derrota para o Newell’s, partida válida pela Copa Libertadores, hinchas locais entraram em um confronto generalizado com os homens da lei. 

O saldo ficou em 40 torcedores presos, 28 policiais feridos e três torcedores argentinos esfaqueados em uma emboscada preparada por torcedores do Nacional.

O presidente anunciou sua decisão; RETIRAR O POLICIAMENTO das partidas de Peñarol e Nacional. 

Ou seja, não haverá mais controle nos estádios Centenário e Parque Central. 

“Estou disposto a parar o futebol, se for necessário, até que se tomem medidas. Para começar vamos cortar a proteção policial. Cada vez pedem mais segurança nos estádios, mas depois não respeitam nada e ainda por cima colocam a culpa na polícia”, disse Mujica.

A medida é polêmica e pode interromper o campeonato uruguaio. 

Muitos alegam que é inconstitucional e ilegal, uma vez que o Estado deve prover a proteção em espetáculos públicos e não pode renunciar às suas responsabilidades.

Pepe Mujica convocou uma reunião para a tarde desta sexta-feira. 

Ele quer ver e ouvir propostas dos presidentes de Peñarol (que inclusive cogita jogar com portões fechados caso não houver policiamento), Nacional e da Associação Uruguaia de Futebol. 

Segundo Pepe; “Os grandes são os primeiros que devem reagir pois representam 90% do país”.
 
Apesar do grande debate ao redor do tema, vale considerar que esta é a primeira vez que o Poder Executivo do país se posiciona em relação à violência nos estádios, e que algo similar nunca foi tentado antes. 

“Já sabemos que amontoando policias não solucionamos nada. Hoje parece que devemos separar (os torcedores) como se fôssemos todos leprosos”, comentou Pepe.

Enquanto muitos engravatados por aí apresentam planos mirabolantes, soluções a largo prazo, medidas educacionais, limitações para as torcidas, maior concentração de efetivos policiais em eventos esportivos, Mujica, novamente, foge da obviedade de suposições e recursos que não chegam nem perto de serem efetivos; de quebra demonstra o quanto seu Uruguai está à frente dos demais. 

Não pela proposta em si, mas pela coragem em adotá-la.


Do blog: 

Depois da decisão de José Mujica, O Conselho Executivo da AUF – Associação Uruguaia de Futebol apresentou a demissão em bloco após reunião com o presidente, Sebastián Bauzá, presidente do conselho.

Apesar de uma nova direção já ter ocupado o cargo, o presidente uruguaio não abre mão de sua decisão.

Mujica nega que tenha tentado influenciar a gestão do futebol. 

Disse apenas ter exigido dos clubes que aprovassem o regulamento da Fifa que prevê punições com pontos aos times envolvidos em brigas.

Além disso, ele quer que se defina uma data para que a AUF compre um software que permita o reconhecimento dos barra-bravas que brigam nos estádios.

Segundo o presidente, a polícia poderá voltar aos estádios se essas condições forem cumpridas.

Menina muçulmana no futebol feminino alemão...

Imagem: Dieter Mene

Quebrando tabus, aproximando pessoas...

Imagem: Autor Desconhecido


A adolescente italiana de origem marroquina Chahida Sekkafi realizou um sonho e se tornou a primeira juíza de futebol da Itália a apitar jogos com o tradicional véu muçulmano, conhecido como hijab.

A menina de 16 anos foi autorizada pela Associação Italiana de Árbitros (AIA) a apitar jogos de futebol portando o tradicional "hijab", o véu usado por adeptos da religião muçulmana, e também calças compridas para cobrir as pernas.

Chahida mora na cidade de Sesto e Uniti, na província de Cremona, norte da Itália. 

Segundo sua mãe, que emigrou do Marrocos, ela sempre sonhou em apitar partidas de futebol. 

Gian Mario Marinoni, presidente da seção de Cremona da AIA, diz que a garota "passou brilhantemente por todas as provas necessárias para a obter a licença de árbitro" e agora está apta a apitar jogos das categorias amadoras juvenis. 

"Ela tem talento", disse Marinoni, tutor de Chahida nos primeiros jogos.

Aproximar culturas

A aparição de uma árbitra com véu nos gramados italianos foi festejada pela mídia italiana como uma prova de que o futebol ajuda a aproximar as culturas. 

"Chahida combina as regras do mundo do esporte com o respeito pela cultura islâmica", comentou o respeitado jornal italiano La Repubblica.

Para poder apitar com o véu a juíza teve que obter uma permissão especial, que foi concedida pela AIA sem maiores problemas. 

Em seus primeiros jogos no campeonato amador juvenil de Cremona, a adolescente mostrou que pode impor respeito aos jogadores masculinos.

Chahida Sekkafi conta com o apoio da família: a mãe, que a acompanha a todos as partidas, jogou futebol no Marrocos quando era jovem e se declara apaixonada pelo esporte.

Fonte: Corrieri dello Sport 
 

terça-feira, abril 01, 2014

Agora, corre...

Imagem: Getty Images/Russel Wilson

Mais vaselina, impossível...

O jornalista Miguel Medeiros, publicou no “Portal no Ar”, o desabafo do goleiro Danilo do Alecrim logo após a partida em que seu time foi derrotado pelo América por 2 a1...

“A gente praticamente não tem diretoria. Não temos um grupo de diretores para conversar com a gente. Tem que ter uma participação. Muitas vezes temos alguns problemas e não tem a quem recorrer.”

“Precisamos fazer alguns tratamentos por conta própria, pois o time não tem um Departamento Médico e isso atrapalha bastante. Perdemos vários jogadores machucados no fim do campeonato. Isso tudo atrapalhou muito, já que nosso plantel é reduzido.”

“O mínimo é dado, que é a alimentação e salários em dia, mas precisamos de mais organização para colher resultados nos campeonatos que disputamos. O Alecrim é meu 18º clube e tem que melhorar bastante.”

Essas foram algumas frases de Danilo, segundo Miguel Medeiros.

São declarações fortes e que mostram um barco à deriva, sem timoneiro e principalmente, sem capitão.

No entanto, ao continuar lendo a matéria, me deparei com as declarações do treinador Romildo Freire...

Questionado pelo jornalista sobre o que havia sido dito pelo goleiro Danilo, Romildo, subiu no muro, saiu pela tangente e deixou Danilo falando sozinho...

Eis o que disse Romildo:

“Eu conheço o Alecrim de longas datas, trabalhei em 2009 aqui e sempre houve dificuldade. Não é de agora que sabemos dessa situação. Tivemos o primeiro turno para ganhar e não conseguimos, de lá para cá demos uma desandada. Sabíamos que seria uma dificuldade muito grande. Algumas coisas não se podem dar porque é coisa de longa data. Acho que o que pode ser feito, estão fazendo”, disse.


Team Mercedes-Benz...

Imagem: EFE/David Gray

Futebol uma caixinha de surpresas, em alemão...

Conversando com o um amigo alemão, perguntei a ele como ficaria em sua língua natal, a expressão, “O Futebol é Uma Caixinha de Surpresas” ...

Ele riu, pensou um pouco e disse:

”Fussball ist ein Überraschungskistchen".

Ri, pedi que escrevesse e, aí está...

Só fiquei chateado por não ter lembrado de acrescentar o seguinte:

O futebol é uma caixinha de surpresas e impurezas.

Senhores, o intervalo acabou, os senhores podem levantar por favor...

Imagem: Eroll Popova

Humanidade e Fair Play não constam nas regras, mas fazem parte dos princípios dos homens decentes...




Jaba Kankava, meio campista, nascido na Geórgia e que joga no Dnipro Dnipropetrovsk, da Ucrânia, percebeu a gravidade do choque de seu goleiro, Jan Laštuvka, contra Oleh Husyev do Dinamo Kyiv...

Agiu rápido, saiu ferido, mas salvou a vida de seu companheiro de profissão ao desobstruir as vias respiratórias, de Husyev, após este, ter caído desacordado.