quarta-feira, julho 02, 2014

A Bélgica vai para as quartas de final e nos Estados Unidos, apesar da derrota, a seleção é festejada...

Imagem: Getty Images



A Bélgica é uma pequena nação, que no futebol vive das boas gerações que por lá frutificam...

Não foram muitas...

Em 1920, venceram em casa, Antuérpia, os Jogos Olímpicos.

Muito tempo depois, em 1980, foram vice-campeões da Euro e essa mesma geração, levou os belgas a sua melhor participação numa Copa...

No México, em 1986, foram semifinalistas...

Quem os parou foi a Argentina de Maradona, que seria a Campeã.

Agora, surge uma nova safra...

E, essa nova safra já está nas quartas de final, graças à vitória de ontem frente aos Estados Unidos, na prorrogação.

Os americanos, procurei saber...

Estão arrasados...

Seus jornais, mesmo cobrindo a equipe de merecidos elogios, lamentam a má sorte...

Acreditam que poderiam ter tido um destino melhor.

“Não conseguimos ir além na Copa do Mundo que acreditamos ser possível ficar entre as quatro melhores seleções do mundo, mas nossa equipe não ficou aquém das expectativas de todos nós”, escreveu o The Atlantic.

Eles têm razão...

O futebol começa a ganhar corpo na América...

Seus jogadores, se ainda não são fantásticos, já não são medíocres...

Ontem, mostraram ser possível sonhar com dias ensolarados.

Que grande jogo fizeram os belgas e os americanos...

Em nenhum momento dos 90 minutos, deixaram de lutar.

Na prorrogação, se lançaram em busca da vitória sem nenhum medo de perder...

Foram 30 minutos alucinantes...

Houve um momento em que os belgas pareciam ter resolvido a questão...

Num momento seguinte, os americanos lançaram uma dúvida...

Dúvida que só se dissipou quando o árbitro encerou o jogo.

A Copa do Mundo não permite intolerância... Um solitário chileno levantou sua bandeira em meio a maré amarela...

Imagem: AP/Felipe Dana

Argentina como quase todo mundo, suou para chegar às quartas de final...

Imagem: AP/Eduardo Di Baia


Essa relação do Brasil com a Argentina no futebol tem nuances bem interessantes...

A principal, é que eles são a pedra no nosso sapato e nós, a do sapato deles...

Resumindo de forma bastante simplista, eu diria que eles têm a ânsia de alcançar nossos feitos em termos mundiais e nós, uma profunda insatisfação com o sucesso continental deles.

Ontem, qualquer um que enfrentasse a Suíça passaria pelos mesmos problemas...

Portanto, não entendi algumas críticas que li e ouvi em relação à Argentina, principalmente, depois do passamos diante dos chilenos.

A Suíça não tem ilusões quanto ao seu lugar no mapa do futebol e, por essa razão, joga concentrada em não deixar que os adversários reconhecidamente mais capazes joguem...

O “cadeado” sempre foi sua marca registrada...

Não tinha razão para ser diferente ontem.

Bem postados e motivados a vender caro qualquer metro do campo, e por consequência, uma derrota, seguraram os argentinos...

Ousados, quando sentiam um vacilo ou brecha, partiam tentando surpreender, mas sempre conscientes que apenas um ou dois de seus jogadores seria capaz de ter sucesso real.

Não passam de dois ou três, os suíços capazes de meter medo nos defensores...

Os outros, são burocratas extremamente eficientes e competentes na execução da missão dada.

Já Argentina, tem sobre suas costas o peso de ser grande...

De ter a obrigação de jogar sempre bem, mesmo em tempos como os de agora, quando Messi e apenas Messi, desempenha o papel de ser o craque solitário de uma equipe que é boa, mas não, ótima.

Seus atacantes por mais fama que tenham, não amarram as chuteiras de Caniggia, mas recentemente e de Artime e Mário Kempes, no passado.

Como de costume, a vitória frente a Suíça, veio do único lugar que poderia vir...

Dos pés de Messi...

Não se deixa Messi livre...

Seja no primeiro ou no último minuto...
O passe de Messi, deu a Di Maria as condições perfeitas para marcar o gol argentino.

Mas, não foi fácil vencer os disciplinados e enjoados suíços...

Por pouco os pênaltis não vieram...

A trave impediu...

Assim como a travessão evitou que nós brasileiros não estivéssemos agora, escolhendo alguém para torcer.

Talvez por isso, ao ouvir o apito do árbitro, os argentinos tenham comemorado tanto e os suíços ficado tão perplexos com o que o destino preparou para eles.

terça-feira, julho 01, 2014

Tem horas que bate uma saudade...

Imagem: Autor Desconhecido

Alemanha vence a brava Argélia...

Alemanha e Argélia protagonizaram uma grande partida...

O primeiro tempo foi argelino...

A Alemanha sofreu e sofreu muito para manter o placar em branco.

Na segunda etapa, a Alemanha foi a frente, cansou de perder gols...

Um monte deles, mas nunca deixou de correr o risco de sofrer um gol que colocaria os argelinos muito  próximos de um feito histórico.

No prorrogação, sem pernas, restou a Argélia tentar um resistência ferrenha...

Porém, os alemães acabaram por vencer, não como esperavam, mas como deu.

O dois a um foi justo, se levarmos em conta o caminhão de gols perdidos, mas sempre haverá quem fique com a sensação que poderia ter sido diferente.

Fala muito...

Charge: Mário Alberto

A França derrota a boa Nigéria...

Não era mesmo para ser um jogo fácil...

A Nigéria tem uma boa equipe.

Os nigerianos são competitivos, habilidosos, fisicamente fortes, mas infelizmente, ainda são pouco objetivos.

O futebol africano carece de maior objetividade...

Eles são rápidos e envolventes, mas pecam na hora de definir.

Já a França, hoje, decidiu entrar com Giroud, abriu mão da velocidade e da criatividade...

Mesmo mais incisiva, a França sofreu.

Com a entrada de Griezman as coisas mudaram...

Os Nigerianos operaram milagres, mas acabaram não resistindo...

Uma pena o primeiro gol francês ter saído de uma falha do goleiro Eneyama, um ótimo goleiro.

Já o segundo, foi apenas uma questão de tempo e sorte dos franceses.

domingo, junho 29, 2014

Vou ali ver o jogo e volto já...

Imagem: AP/Silvia Izquierdo

A Costa Rica sofreu, mas venceu a frágil Grécia na penalidades e avançou...

A Grécia é um time ruim...

Seus jogadores são incapazes de realizar qualquer coisa além do básico...

Mas, não se pode dizer que não são disciplinados.

A Costa Rica, ao contrário, tem jogadores que vão além do bê-a-bá da bola...

E não fosse a falta de rodagem de alguns deles, poderiam ter sofrido menos, hoje à tarde.

Começaram a Copa como surpresas...

Não por serem geniais, galácticos ou qualquer coisa parecida...

Surpreenderam por jogar sem medo e por não fazerem medo aos seus oponentes...

Ninguém em seu grupo os levou a sério e isso, custou caro, muito caro aos arrogantes adversários.

Os coitadinhos, perdidos entre italianos ingleses e uruguaios, não levaram em consideração o tamanho de seus concorrentes e passaram para às oitavas sem nenhum arranhão...

Entretanto, nas oitavas, diante da Grécia, sofreram...

Sofreram diante de uma defesa incansável e da sua incapacidade furar o bloqueio aramado.

Sofreram e fizeram sofrer que assistiu à partida...

Que coisa medonha esse jogo.

Você que está lendo esse texto e viu o jogo: tente lembrar de mais de uma defesa do goleiro grego...

Karnezis, levou um gol, mas não quase tocou na bola o jogo inteiro.

Na segunda etapa, Óscar Duarte foi expulso e aí, a Grécia encurralou...

Só restou a encurralada Costa Rica, esperar o tempo passar, confiante que a bola venceria os gregos na luta que eles travavam para dominá-la...

Próximo do fim, um chute à queima roupa, proporcionou um rebote que Socratis Papastathopoulos, meio com o pé, meio com a canela, aproveitou.

Veio a prorrogação...

Repetição do jogo...

Insistência grega...

Incompetência grega e uma heroica resistência da Costa Rica.

Nos pênaltis, quem me surpreendeu foram os gregos...

Os três primeiros cobradores, bateram na bola como gente grande.

Até que chegou a vez de Gekas e esse lembrou que era grego...

Azar o dele...

O goleiro Keylor Navas, pegou e Michael Umaña definiu a favor dos centro-americanos.

Surf na tempestade... Melbourne, Austrália...

Imagem: AFP/Getty Images/Mal Fairclough

A Holanda corre 20 minutos e vence o México...

A Holanda tinha uma proposta...

“Esfriar” o sol.

No primeiro tempo, foi espremida e por pouco, não saiu gravemente ferida... 

Os mexicanos, criaram as chances...

Mas não souberam aproveitar.

É mera adivinhação, mas imagino que os holandeses quisessem “cozinhar a pimenta” mexicana por noventa minutos e depois, em trinta, degluti-la...

“Os planos” acabaram não dando certo...

Giovani Santos, não permitiu.

Susto grande, tomaram os holandeses...

Não podiam mais esperar o sol se "acalmar"...

Teriam que correr debaixo do sol escaldante e do calor saariano (para eles, é claro) de Fortaleza, se não, fatalmente, fariam companhia a Espanha, sua algoz em 2010.

Foram à luta, mas contaram a seu favor, com um velho vício que habita a alma de todo treinador; o medo de definir o jogo e o horror de perder...

Herrera, ao substituir Giovani Santos, sinalizou que era hora de estancar os ataques e buscar resistir na fortaleza imaginária que todos os defensivistas acreditam, podem construir, inexpugnável.

Lá se foram os holandeses a recordar velhos tempos...

A atacar fortes e destruir barricadas.

Partiram decididos e usaram sua melhor arma...

O aríete, chamado Robben.

O norte-americanos, tentaram se manter...

Ochoa, fez o que podia, mas Ochoa, não é invencível.

No final, o tiro certeiro de Snjeider derrubou o portão e Robben completou a missão de destroçar os focos de resistência ao infernizar o lado direito da zaga mexicana e conseguir um pênalti...

Coube Huntelaar a honra de selar a sorte do México, dinamitando o último bastião.

A Holanda segue seu caminho e o México, cumpre o seu destino.

sábado, junho 28, 2014

Praia de Iracema ao entardecer... Fortaleza, Ceará.

Imagem: GYI/Michael Steele

A Colômbia joga um futebol feliz... por essa razão, venceu o Uruguai por 2 a 0.

O Uruguai faz tempo, joga assim:

Primeiro entra para não perder...

Depois, quando sofre um gol, joga para empatar...

Se consegue...

Volta a pensar em não perder.

Os uruguaios são valentes, mas só isso não basta...

Quanta faz Pedro Rocha.

Cavani, é um desses jogadores que o futebol inventa e que as pessoas por serem passionais, acreditam na invenção...

Luís Suarez fez falta?

Talvez...

Mas não mudaria o resultado do jogo.

O Uruguai vive de seu passado glorioso, da velha mística e da coragem que nunca perdeu.

A Colômbia é até aqui, a seleção que jogou o futebol mais alegre, mais vistoso e menos comprometido com um sistema defensivo viril e rigoroso...

Joga e deixa jogar...

Quando se defende, fecha espaços e não sai distribuído porrada...

Quando retoma a bola, é objetiva diante dos espaços oferecidos...

Caso encontre uma “parede”, toca a bola com paciência e qualidade.

Seu goleiro é muito bom...

Sua zaga é competente...

James Rodrigues, ainda vai dar o que falar...

Seu azar?

Radamel Falcao, não pode vir.

Pôr do sol em Fortaleza...

Imagem: Getty Images

Júlio César vence o Chile nos pênaltis e o Brasil vai para as quartas de final....

- A seleção brasileira foi medíocre...

Fato.

Entretanto, David Luiz e Thiago Silva, como sempre, estiveram acima da média...

Hulk, hoje, foi importante e jogou como parte de um time, de uma equipe...

Foi solidário, combativo e participativo....

Errou no lance do gol chileno?

Sim...

Todo mundo erra.

- A seleção chilena é o que sempre foi; limitada e medrosa...

Tocam, tocam e não chutam...

Não arriscam...

Vivem da espera de uma falha...

Devem sentir saudades de Caszely, Zamorano e Marcelo Salas.

Repito o que já escrevi anteriormente...

É bom ver no gol d Chile, alguém que est muito próximo de Sergio Livingstone, Escuti e Rojas.

- Neymar é um grande jogador, mas quando some, desaparece...

- Nada é mais patético e irritante que esse “Eu sou brasileiro com muito orgulho e muito amor...” 

Os argentinos deviam criar cursos de correspondência para ensinar a torcer.

- Galvão Bueno faria imenso sucesso como roteirista de novelas mexicanas: qualquer brisa se transforma num tufão – tudo para ele é um imenso dramalhão.

- Quem já viu os atacantes que vi, ver Jô é para matar qualquer um de tristeza.

- Por fim, aos críticos de Júlio César um recadinho...

Fiquem mais atentos à posição, aprendam e só depois façam suas críticas, comentários e diagnósticos...

Júlio César é bom para cacete.

O fiel torcedor de Portugal... Primeiro feliz, depois decepcionado.


sexta-feira, junho 27, 2014

Juntos na derrota... Ao fim do jogo com a Costa Rica a torcida inglesa apoiou sua equipe eliminada da Copa...

Imagem: AP/Martin Meissner

Neymar e Messi...

Neymar costuma brilhar contra grandes equipes, mas, quando encontra facilidades, como contra Camarões, aproveita para dar show, com seu imenso repertório técnico, recheado de enfeites e de efeitos especiais.

Já Messi é mais contido.

Atua do mesmo jeito em qualquer partida.

Messi não tem a volúpia de querer ser craque em todos os lances, como Neymar.

Messi é mais racional, estratégico.

Espera o momento certo, às vezes único, de fazer um golaço.

Já fez dois.

Tostão em sua coluna na Folha de São Paulo.

Costarriquenses...

Imagem: Reuters/Mike Blake

Bastidores do futebol... quatorze anos depois uma triste história vem a tona.

Antônio Boronha, ex-vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol e responsável pela Seleção Nacional, comentou na última quarta-feira, na sua página do Facebook, o que aconteceu com a seleção do Gana.

#Indignados com a ganância dos ganeses?", questionou. 

E depois contou o que aconteceu em 2000, antes do embarque para o Euro.

- No dia 5 de Junho de 2000, segunda-feira, pelas 8.30 da manhã no Hotel Tivoli onde nos encontrávamos concentrados, dia da partida da Seleção Nacional de futebol para o 'Euro 2000' marcada para as 15.30, o então treinador nacional Humberto Coelho abordou-me e disse-me...

"-Ou vocês me pagam, também, a quantia de 6.000 contos (mais ou menos 30.000€, hoje) ajustada para todos os jogadores ou...não embarco para a Holanda!"

Estupefato perante a 'chantagem' contestei-lhe que os valores que (ele) iria receber, decorrentes da nossa participação no 'Europeu', estavam desde há muito contemplados no contrato que livremente celebrara com a FPF/Gilberto Madail pelo que nada que envolvesse esse assunto, naquele momento, deveria ser colocado em cima da mesa.

Respondeu-me: "A minha decisão é irreversível! Fala com o Madail."

Assim fiz. 

Dispensando-os à sordidez dos restantes pormenores digo-lhes que pelas 14.30 da tarde, no 1º andar de um espaço no Parque das Nações, junto à escada rolante e na minha presença, no local onde tinha acabado de ser servido um almoço de despedida à comitiva nacional, o então Presidente da Federação disse-lhe: 

"O que você está a exigir não é legítimo nem oportuno!Contudo, atendendo à delicadeza do momento, eu vou ceder.Mas, atenção! O assunto fica entre nós e evite de comunicar esta minha condescendência aos outros elementos da equipe técnica!”

E assim lá fomos para a Holanda cantando e rindo.

Boronha concluiu:

- Continuam indignados com a ganância dos ganeses?


- Com o mercenarismo subjacente a esta exigência que nada tem a ver com a defesa das cores de um país?


Eu, não!


Caçadores de vampiros...

Charge: Mário Alberto

Uns trocados graças à mordida de Luís Suarez...

Quem disse que não houve quem ganhasse com a mordida de Luís Suarez em Chiellini?

Claro que houve!

Mats Johansson, um apostador imaginou um novo ataque do "vampiro" Luís Suarez durante o Mundial e por isso apostou 10 coroa suecas (1,095 euros) que o atacante do Uruguai iria cravar os dentes num adversário, ganhou 175 vezes mais, ou seja 191 euros (1.750 coroas). 

Foi um grande "negócio" que Johansson fez questão de publicitar no Twitter:

“Obrigado, Suarez, por me dar um lucro de 1.750 coroas...”

Escreveu Mats, revelando ainda que um amigo seu esteve quase apostou 50 coroas (5,47 euros) no mesmo tema, mas como teve receio que Luís Suarez não mordesse ninguém... decidiu recuar, deixando de ganhar 8.750 (958 euros).