quinta-feira, julho 19, 2018

Hoje é o Dia do Futebol...

Imagem: Autor Desconhecido

19 de julho, Dia Nacional do Futebol

Por Junior Lins, repórter do Universidade do Esporte

Há exatos 118 anos, foi fundado o clube mais antigo em atividade do futebol brasileiro, o Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul.
Portanto, o dia de hoje, 19 de julho, foi escolhido no ano de 1976 pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atual Confederação Brasileira de Futebol (CBF), para celebrar o dia nacional do Futebol.

COMO O BRASIL CONHECEU O FUTEBOL

O esporte mais popular do mundo chegou ao Brasil em 1894, quando Charles Miller, que estudava na Inglaterra, trouxe de lá uma bola e um conjunto de regras.
Em 1895, ocorreu em São Paulo o primeiro jogo de futebol no Brasil, entre funcionários de empresas inglesas, a Companhia Ferroviária de São Paulo, time de Miller, contra a Companhia de Gás de São Paulo.
A partida terminou em 4 a 2 para a Companhia Ferroviária.
No início, o futebol chegou como esporte de elite, mesmo sendo já jogado por operários nas fábricas da Inglaterra.
Adentrou ao território brasileiro por estudantes de classe alta que vinham de terras inglesas.
Desta forma, era de acesso restrito às camadas mais pobres e negros, que, a princípio, podiam apenas assistir aos jogos.

O FUTEBOL E O PRECONCEITO

O cenário preconceituoso no futebol foi mudando aos poucos.
Em 1900, um dos fundadores da Ponte Preta era Miguel do Carmo, um negro, considerado o primeiro negro do futebol brasileiro.
Já na história, o considerado primeiro negro na história futebolística se chama Andrew Watson, nascido na Guiana, filho de um barão com uma ex-escrava.
Ele jogou futebol pela sua Universidade até em 1880 acertar sua transferência para o Queen’s Park, equipe que era grande potência na época.
Porém, a inserção de negros e de pessoas de classe inferior no futebol brasileiro, ocorreu com mais frequência no início da profissionalização do esporte aqui, em 1933.
Clubes como Vasco e Bangu, também reivindicam o posto de pioneiro na inserção de negros no futebol brasileiro, mas, independentemente de quem realmente foi pioneiro, a importância deles na inclusão e no crescimento do esporte é indispensável.
O considerado por muitos, maior jogador de todos os tempos, Pelé, é negro, imagina só o quanto perderíamos no esporte se mantivéssemos essa cultura preconceituosa?
Essa pratica existe até hoje, porém o futebol mostrou e mostra que, no campo, as únicas diferenças são se você é bom ou mau jogador. 
Seleções com grande índice de inclusão de imigrantes e descendentes deles vêm servindo como exemplo.
A França, campeã mundial de 2018, é uma grande prova disso, boa parte de sua equipe é formada por descendentes de imigrantes.

BRASIL, O PAÍS DO FUTEBOL

Em 1958, com o título da Copa do Mundo e o início do reinado de Pelé, com apenas 17 anos, o Brasil começava a se tornar o país do futebol, vencendo a Copa seguinte, em 1962, e mais 3 mundiais (1970,1994 e 2002).
Após 124 anos da chegada deste esporte no país, a seleção brasileira é a maior campeã de copas do mundo, única pentacampeã.
Nosso país é também o maior exportador de jogadores e, segundo um estudo recente do CIES Football Observatory, são mais de 1.200 brasileiros que jogam no exterior.
Além dos 5 títulos mundiais e da grande exportação de atletas, tivemos atuações geniais de Pelé que o deram o título de “Rei do Futebol”.
Jogador vencedor de 3 Copas, visto como maior de todos os tempos, atleta com mais de 1.000 gols, não dá para falar de futebol e não lembrar do rei.
Grandes atuações de nossas seleções e de nossos jogadores em grandes clubes da Europa não deixam dúvidas de que realmente somos o país do futebol.

Heimir Hallgrímsson deixa o comando de seleção da Islândia e volta para seu consultório odontológico...

Imagem: Autor Desconhecido

Qual o clube brasileiro com mais gols em Copas do Mundo?

Imagens: Autores Desconhecidos/ Composição: Fernando Amaral

Qual clube brasileiro tem mais gols em Copas do Mundo?
Em 21 edições do Mundial, times do país cederam atletas para as seleções brasileira e internacionais
Por Lucas Mello

A Copa do Mundo já acabou, mas a maior competição do futebol continua em pauta. 
VEJA/PLACAR levantou quais clubes brasileiros tiveram mais gols em Mundiais nas vinte e uma edições da competição, de 1930 a 2018? 
Veja abaixo a lista com os principais clubes brasileiros e as posições deles na lista mundial:

1° - Botafogo
1938 - Perácio (3 gols)
1958 - Didi e Nílton Santos (1 gol)
1962 - Garrincha (4 gols), Amarildo (3 gols) e Zagallo (1 gol)
1966 - Rildo (1 gol)
1970 - Jairzinho (7 gols)
1974 - Jairzinho (2 gols)
1986 - Josimar (2 gols)
1998 - Bebeto (3 gols)

1° - Vasco
1934 - Leônidas da Silva (1 gol)
1950 - Ademir (8 gols), Chico (4 gols), Alfredo e Maneca (1 gol)
1954 - Pinga (2 gols)
1958 - Vavá (5 gols)
1978 - Dirceu e Roberto Dinamite (3 gols)

3° - Flamengo
1930 - Moderato (2 gols)
1938 - Leônidas da Silva (7 gols)
1950 - Zizinho (2 gols)
1958 - Zagallo (1 gol)
1978 - Zico (1 gol)
1982 - Zico (4 gols) e Júnior (1 gol)
1986 - Sócrates (2 gols)
2018 - Guerrero (1 gol)

4° - Santos
1958 - Pelé (6 gols)
1962 - Pelé e Zito (1 gol)
1966 - Pelé (1 gol)
1970 - Pelé (4 gols), Carlos Aberto Torres e Clodoaldo (1 gol)
2010 - Robinho (2 gols)

5° - Corinthians
1950 - Baltazar (2 gols)
1954 - Baltazar (1 gol)
1966 - Garrincha (1 gol)
1970 - Rivellino (3 gols)
1974 - Rivellino (3 gols)
1982 - Sócrates (2 gols)
2006 - Carlos Tévez (1 gol)

6° - Fluminense
1930 - Preguinho (3 gols)
1938 - Romeu Pellicciari (3 gols)
1954 - Didi (2 gols)
1986 - Romerito (2 gols)
1994 - Branco (1 gol)
2014 - Fred (1 gol)

7° - Palmeiras
1950 - Jair Rosa Pinto (2 gols)
1958 - Mazzola (2 gols)
1962 - Vavá (4 gols)
2002 - Chique Arce (1 gol)
2014 - Jorge Valdívia (1 gol)

7° - São Paulo
1950 - Friaça (1 gol)
1970 - Gérson (1 gol)
1982 - Serginho Chulapa (2 gols) e Oscar (1 gol)
1986 - Careca (5 gols)

9° - Cruzeiro
1966 - Tostão (1 gol)
1970 - Tostão (2 gols)
1978 - Nelinho (2 gols)

10° - Atlético-MG
1978 - Reinaldo (1 gol)
1982 - Éder Aleixo (2 gols)

10° - Portuguesa de Desportos
1954 - Julinho Botelho (2 gols) e Djalma Santos (1 gol)

12° - Internacional
1974 - Valdomiro (1 gol)
2014 - Charles Aránguiz (1 gol)

13° - São Cristóvão
1938 - Roberto (1 gol)

Clubes com mais gols em Copas do Mundo

1° - Bayern de Munique (Alemanha) - 76 gols
2° - Real Madrid (Espanha) - 74 gols
3° - Inter de Milão (Itália) - 71 gols
4° - Barcelona (Espanha) - 68 gols
5° - Juventus (Itália) - 56 gols
6° - Atlético de Madri (Espanha) - 39 gols
6° - Peñarol (Uruguai) - 39 gols
8° - Manchester United (Inglaterra) - 38 gols
9° - Colônia (Alemanha) - 29 gols
9° - Milan (Itália) 29 gols
9° - Tottenham (Inglaterra) 28 gols
12° - Botafogo (Brasil) - 28 gols
12° - Hónved (Hungria) - 28 gols
12° - Vasco (Brasil) - 28 gols
15° - Liverpool (Inglaterra) - 25 gols
15° - PSG (França) - 25 gols
17° - Ajax (Holanda) - 24 gols
17° - Roma (Itália) - 24 gols
24° - Flamengo (Brasil) - 21 gols
33° - Santos (Brasil) - 17 gols
45° - Corinthians (Brasil) - 13 gols
49° - Fluminense (Brasil) - 12 gols
62° - Palmeiras (Brasil) - 10 gols
62° - São Paulo (Brasil) - 10 gols
114° - Cruzeiro (Brasil) - 5 gols
166° - Atlético-MG (Brasil) - 3 gols
166° - Portuguesa (Brasil) - 3 gols
212° - Internacional (Brasil) - 2 gols
286° - São Cristóvão (Brasil) - 1 gol

A Copa do Mundo que mais uma vez escapou...

Imagem: Anthony Devlin/Getty Images

Copa do Nordeste celebra recordes...

Imagem: Autor Desconhecido

Copa do Nordeste alcança 5,5 milhões e celebra recordes
Competição mostra poder mesmo sem divulgação da Globo e distribui prêmio recorde
Por Redação do Máquina do Esporte
Um dia após o Brasil ser eliminado da Copa do Mundo, a Copa do Nordeste coroava o Sampaio Corrêa pela primeira vez como seu campeão.
Um empate sem gols contra o Bahia, numa Fonte Nova com 46 mil pessoas, marcou o final da competição que alcançou 5,5 milhões de torcedores.
O número mostrou que o torneio consegue sobreviver sem a Globo.
Este ano, pela primeira vez, a competição não foi exibida pela emissora.
O SBT fechou um acordo regional, e transmitiu em TV aberta para o nordeste o campeonato, obtendo em diversos momentos a liderança de audiência em praças importantes, como Salvador, Fortaleza e Recife.
Além do sucesso na TV, o Esporte Interativo, organizador da competição, celebrou o bom desempenho comercial do torneio.
Ao todo, dez empresas patrocinaram a Copa do Nordeste: Schin, Caixa, Amanco, Germed, Vedacit, Maratá, Yes, Pitu, GBarbosa e TCL.
Dessas, a que teve maior destaque foi a Schin, que lançou uma lata com a taça da competição e criou uma campanha específica para o torneio, reforçando a ligação da marca com as raízes nordestinas e dos torcedores.
Com os contratos firmados, a edição de 2018 da Copa do Nordeste também garantiu recorde de premiação para os clubes.
Foram R$ 22,4 milhões distribuídos aos clubes (aumento de 25% em relação a 2017), sendo que o campeão Sampaio Corrêa embolsou um total de R$ 3,6 milhões.
Em setembro, a edição de 2019 do torneio será lançada em um evento festivo na cidade de Maceió, capital de Alagoas.

Matildas... Seleção da Austrália de Futebol Feminino.

Imagem: Darren Pateman/AAP 

Santos fecha patrocínio com Universidade e proporciona aos jogadores ensino superior a distância...


Hoje o Santos FC anuncia seu mais novo patrocinador, o Centro Universitário Unicesumar...
No contrato está previsto que os jogadores façam curso superior a distância.
O clube paulista, já renovou este ano com a Caixa...
E, assinou com Philco e Orthopride.

NASCAR - Daytona International Speedway - Daytona Beach - Florida...

Imagem: Ron Sanders/AP 

Quanto paga o patrocinador TOP do Comitê Olímpico Internacional?



100 milhões de euros é o valor estimado que paga o patrocinador TOP do Comitê Olímpico Internacional pelo período de quatro anos...
Fonte: Máquina do Esporte

quarta-feira, julho 18, 2018

O Gigante veio fazer uma visita... Innaarsuit, Groenlândia.

Imagem: Magnus Kristensen/Ritzau Scanpix Denmark/Reuters 

Sangue e suor na estrada... os ferimentos no Tour de France.

Imagem: FanaticaBig

Barcelona tem o maior faturamento de sua história e também do futebol...



914 milhões de euros faturou o Barcelona na temporada 2017/2018...
É o maior faturamento da história do clube e, também do futebol.
Fonte: Máquina do Esporte

Tour de France... Trecho entre Brest e Mur-de-Bretagne Guerleden.

Imagem: Stephane Mahe/Reuters 

O menino de 6 anos e a camisa do Santos FC...

Imagem: Missão África/ Publicada no Instagram de Rafaell Kalimann

Publicada no Instagram da modelo brasileira, Rafaella Kalimann, à cerca de um mês, a foto do menino Juan Chico, de 6 anos, segurando uma bola de trapos e vestindo a camisa do Santos Futebol Clube, na comunidade de Nhahminjale, Moçambique viralizou e provocou imediata reação no clube paulista...
A equipe informou que irá expor em sua camisa o logo da ONG “Missão África” nas partidas contra o Palmeiras e o Flamengo.
Além disso, para cada pessoa presente no estádio o Santos doará 1 real para a instituição...
O presidente do Santos disse que espera que a ação do clube seja efetiva na divulgação que a “Missão África” realiza.
O Santos dos anos 60, ainda vive na memória de milhões de pessoas mundo afora...
Por todos os cantos em que esteve deixou a marca de um time maravilhoso e quase imbatível.
Gilmar; Lima (Carlos Alberto Torres), Mauro, Calvet e Dalmo; Zito e Dorval; Mengálvio (Clodoaldo), Coutinho (Toninho Guerreiro), Pelé e Pepe (Edu).
Técnicos: Lula e Antoninho.
Bicampeão Mundial Interclubes (1962 e 1963)
Bicampeão da Copa Libertadores da América (1962 e 1963)
Campeão da Supercopa Sul-Americana (1968)
Campeão da Recopa Mundial (1968)
Pentacampeão da Taça Brasil (1961, 1962, 1963, 1964 e 1965)
Campeão do Torneio Roberto Gomes Pedrosa (1968)
Tricampeão do Torneio Rio-São Paulo (1963, 1964 e 1966)  
Octacampeão Paulista (1960, 1961, 1962, 1964, 1965, 1967, 1968 e 1969).
23 títulos em apenas uma década.

Os ratos que Eurico Miranda disse não existirem, existem... E, um deles apareceu para dizer olá.


Faz algum tempo o zagueiro Paulo André, num evento, afirmou que havia jogado pelo Vasco da Gama em 2002... por três meses e morado em São Januário...
 “Nesse período morei com um rato enorme e com baratas”.
Presente ao evento, o então presidente do Vasco, Eurico Miranda, fez o de sempre; chamou o atleta de mentiroso e o desqualificou como jogador de futebol.
Passado o tempo, que senhor da razão nunca tem pressa, eis que na partida entre Vasco e Bahia, em São Januário, aparece um rato – provavelmente, descendente do rato que “morou” com Paulo André – enorme, tranquilo, sossegado, senhor do território e corre feliz pelo gramado e assiste o desenrolar do jogo...
Paulo André tinha razão, Eurico, cínico, não.

E lá se foi a ferradura...

Imagem: Mark Evans/Getty Images

Liverpool negocia com a Roma o goleiro Alisson...

Imagem: Denis Tyrin/TASS

O Liverpool abriu conversas com a Roma sobre a possível contratação do goleiro brasileiro Alisson, com uma oferta inicial de € 70m (£ 62,2m) ...

A direção do Roma espera conseguir mais 5 milhões e fechar o negócio em 75 milhões de euros.

segunda-feira, julho 16, 2018

Acabou a Copa do Mundo... Parabéns França.

Arte: Yann Dalon

Venceu a França, que não sofreu em nenhum momento da partida...

Perdeu a Croácia, que só se curvou a dura realidade depois de levar o terceiro gol.

Estragou a partida o Sr. Pitana...

Que errou muito mais do poderia ou deveria.

Felizes devem estar as autoridades russas, que podem se orgulhar de terem realizado uma Copa do Mundo quase perfeita...

Não fossem os aeroportos, segundo aqueles que lá estiveram, o governo russo poderia classificar de perfeito o Mundial realizado em seus domínios.

Por hora o povo russo sorri feliz...

Em breve deve começar a pipocar os ilícitos.

Porém, lá como cá, pouco ou nada deve acontecer...

Dirão que não há provas, só testemunhos e que sem que o corrupto de lá confesse, nada pode ser considerado.

Portanto, o corrupto de lá, ficará como o corrupto de cá, blindado por seus pares...

E, respondendo as acusações, acusando seus acusadores.

Entretanto, no campo, com a bola rolando, franceses e croatas deram o seu melhor, fizeram sua parte e brindaram que acompanhou a partida com um jogo bastante movimentado...

A Croácia começou impondo seu ritmo, buscando pressionar a defesa da francesa, mas sem conseguir finalizar levando perigo para Lloris.

Mesmo após ter sofrido o primeiro gol, os croatas não se abateram e foram buscar o empate...

O segundo gol, assim como o primeiro, fruto de erro do árbitro argentino, não arrefeceu o ânimo do time balcânico.

O choque de realidade só aconteceu depois do terceiro gol francês, foi então que a Croácia percebeu que era inútil lutar contra a fluidez do futebol da França...


 A parti daí os franceses conduziram o jogo de forma tranquila até o apito final.

Igualité, Fraternité, Felicité... França Campeã do Mundo de 2018.

Imagem: Carl Recine/Reuters

 Imagem: Kai Pfaffenbach - Reuters

Imagem: Anadolu Agency/Getty Images

Segundo dizem, os dirigentes do futebol do Rio Grande do Norte são os incompetentes mais honestos que já se viu...

Imagem: Autor Desconhecido/Manipulação: Fernando Amaral

Pelo que andei lendo ultimamente, os nossos dirigentes são incompetentes como gestores, avessos à profissionalização de seus clubes, planejam mal e gastam pior os poucos recursos que arrecadam e, além disso são não muito chegados a ideia do voto universal e democrático...

Porém, li também, que apesar de tudo são as pessoas mais honestas da face da terra, incapazes de chamuscar quem quer que seja que aposte contra sua honestidade.

Menos mal...

Um incompetente honesto é melhor que um desonesto competente.

Angelique Kerber bate serena Williams e vence o torneio de Wimbledon...

Imagem: Glyn Kirk/AFP/Getty Images 

O caos em Paris depois do apito final em Moscou...

Kolinda e Macron...

Imagem: Alexei Nikolsky/AP

Imagem: Damir Sagolj/Reuters

Imagem: Dylan Martinez/Reuters

Kolinda Grabar-Kitarović, a presidente que não envergonha seu país...

Imagem: Autor Desconhecido

A presidente da Croácia Kolinda Grabar-Kitarović desde sua chegada à Rússia, até ontem, ensopada pela chuva, na entrega da premiação, sempre foi um show à parte...

Pagou do próprio bolso sua passagem, hospedagem e deslocamento durante a Copa e descontou de seu salário os dias longe do gabinete em Zagreb.

Melhor, nas vitórias da seleção croata foi ao vestiário e sem nenhum constrangimento abraçou jogador por jogador, alguns só de calção e outros apenas de sunga...

Ontem, no entanto, deu provas de um enorme espírito esportivo ao abraçar os jogadores e técnico franceses como se fossem croatas.

Os sósias de Kim Jong-un e Vladimir Putin juntos em Moscou...

Imagem: Emmanuel Dunand/AFP/Getty Images 

A Copa do Brasil acabou há 4 anos e ainda existem dívidas, muitas dívidas que não foram quitadas...

Imagem: CBF

A Copa do Brasil acabou há quatro anos e a da Rússia acabou de acabar, porém, as dores de cabeça continuam na CBF...

O COL, ou seja, o comitê organizador do evento, ainda funciona.

Opa...

Qual o motivo?

Pendências, muitas, várias...

Rogério Caboclo, o novo presidente da CBF, eleito recentemente é o chefe do COL e responsável por fechar as pendências jurídicas e trabalhistas ainda não fechadas.

domingo, julho 15, 2018

França e Croácia, uma delas reinará por 4 anos como Campeã do Mundo.

Imagens: Autores Desconhecidos/Manipulação: Fernando Amaral

ABC goleia o Confiança por 4 a 0 e voltar a pensar em classificação...

Imagem: Autor Desconhecido

O ABC jogou bem, dominou por completo seu adversário e voltou a vencer...
Para os torcedores, melhor impossível, mas é preciso cautela.
É bom lembrar que o Confiança não jogou bulhufas...
Foi adversário disperso e incapaz de criar qualquer situação incomoda para o alvinegro.
Se a péssima atuação não desmerece a goleada aplicada pelo alvinegro, explica, o salto de qualidade entre o que se viu diante do Santa Cruz e o que se viu ontem...
Os quatro a zero foram justos, porém, é preciso ver até que ponto essa rápida evolução significa que os defeitos por todos conhecidos foram definitivamente solucionados e que os bons momentos do início da competição vão devolver a esperança de uma possível classificação.
Não acho que o ABC corra nenhum risco gigante de cair...
Minha dúvida é se vai passar de fase.

Antes do jogo Bélgica e Inglaterra o time do Manchester City se reuniu - Stones, Kompany, Delph, Sterling, Kevin De Bruyne e Kyle Walker ...

Imagem: Tom Jenkins/The Guardian 

Tratada com desdém, a "geração belga" deixa a Rússia vitoriosa... Bélgica a terceira melhor seleção do mundo.

Imagem: Toru Hanei/Reuters


Bélgica e Inglaterra encerraram suas participações na Copa do Mundo, ontem, em São Petersburgo, com os belgas garantindo seu lugar no pódio...
A Inglaterra bem que tentou, mas Meunier e Hazard colocaram um ponto final nas esperanças inglesas ao marcarem os gols da vitória dos “Diabos Vermelhos”.
O jogo foi com quase todos os jogos que decidem quem vai ficar com a terceira e a quarta colocação...
Mais aberto e mais leve.
No fim venceu a equipe mais qualificada tecnicamente, com um grupo mais experiente e comandada por um treinador que sabia exatamente o que fazer com cada peça à sua disposição...
Para os ingleses foi o fim do mundo, sua jovem equipe não fez feio, muito pelo contrário, devolveu a torcida o orgulho e a certeza de que é possível voltar a conquistar uma Copa do Mundo.

O Globo empata com o Santa Cruz no Arruda, em Recife e ainda cultiva esperança...

Os croatas vão conseguir parar Mbappé?

Imagem: Petr David Josek/AP

A Croácia é muito complexa para julgá-la dentro de "caixinhas" ideológicas...

Imagem: Autor Desconhecido

A Croácia, o nacionalismo e os perigos de atribuir rótulo de fascista em um país tão complexo
Por Felipe Lobo para o Trivela
A Croácia é a grande história da Copa do Mundo de 2018, caminhando até a final de forma surpreendente.
E quanto mais longe vai um país na Copa, ainda mais um que nunca chegou tão longe, maior o interesse por ele.
Assim, uma das polêmicas que a Copa trouxe foi a relação entre o fascismo e a Croácia, por episódios durante o Mundial.
O país dos Bálcãs é o mais jovem entre todos os 32 participantes, com uma república que completará 27 anos em outubro.
Rotular o país, ou os jogadores, como fascistas pode ser um erro para analisar um país que é muito mais complexo do que rótulos ou caixinhas ideológicas possam explicar.
Unidade de sangue
A Croácia é independente desde 1991, em um plebiscito.
A Iugoslávia, porém, não aceitou a separação de uma parte do seu território e tentou manter a unidade à força.
Uma guerra civil que durou até 1995, com muitas vítimas nesse processo.
A região dos Bálcãs passou por muitas mudanças e disputas ao longo da história e questões étnicas e religiosas tiveram uma grande influência.
E a separação da Iugoslávia deixou muitas feridas abertas.
As duas grandes guerras no início do século 20 mudaram muito o que era a Croácia.
Na Primeira Guerra Mundial, a Croácia era parte do território do Império Austro-Húngaro.
Já naquela época, havia uma doutrina que permearia a região por décadas a fio: o pan-eslavismo.
A ideia é que haja um território unificado unindo todas as etnias de origem eslava.
Assim, seria um Estado eslavo, em última instância.
E foi dessa ideia que surgiu a Iugoslávia (“Eslavos do Sul”, enquanto os eslavos do norte são os poloneses, ucranianos e russos), logo depois do fim dos conflitos.
O problema da Iugoslávia era ser de maioria sérvia, algo que outras nações, entre elas a Croácia, contestava.
A unidade era frágil e isso causava instabilidade.
Em 1941, a região foi invadida por países do Eixo, em meio à Segunda Guerra Mundial.
E isso criaria uma marca.
A Croácia foi separada da Iugoslávia, tornando-se um Estado Independente e que tinha Ante Pavelic à frente.
General do exército, ele foi o fundador da Ustase, em 1929, uma organização ultranacionalista croata.
Foi essa organização que foi alçada ao poder pelos nazistas alemães e fascistas italianos.
A Ustase praticava atos terroristas e Pavelic articulou com a Organização Revolucionária Macedônia.
Por isso, foi condenado à morte pela primeira vez.
A segunda condenação veio depois de um atentado em 1932, que culminou na morte do rei da Iugoslávia, Alexandre.
Exilado na Itália, foi condenado à morte em um julgamento na França, em que ele não estava presente.
Pressionada, a Itália o prendeu por 18 meses, mas o manteve vivo.
Ele chegaria ao poder em 1941 para ser um Estado fantoche dos nazistas.
Pavelic estabeleceu um governo, portanto, similar ao dos nazistas, com ambições de expansão territorial, querendo anexar a Bósnia e parte da Sérvia, além de políticas contra sérvios e antissemita.
O governo praticou crimes de guerra como a limpeza étnica, com a morte de 500 a 700 mil sérvios, judeus, muçulmanos e ciganos, entre outras minorias, além de torturas e campos de concentração.
A sede de sangue de Pavelic era tamanha que até o Estado alemão nazista tentou intervir para tentar restringir as ações genocidas.
Nem mesmo a rendição alemã, em maio de 1945, fez Pavelic parar.
Ele mandou as tropas continuarem lutando.
Quando não havia mais o que fazer, ele ordenou que as tropas fossem até a Áustria e se rendessem ao exército britânico.
Mas os britânicos se recusaram a aceitar a rendição e ordenaram que ela fosse feita diante dos Partisans, um movimento de resistência à invasão do Eixo na Iugoslávia.
Parte desse movimento armado surgiu do partido comunista da Iugoslávia.
Em vez disso, a Ustase lutou contra os Partisans. Pavelic, por sua vez, fugiu para a Áustria e depois para a Argentina, com abrigo oferecido pelo então presidente Juan Perón, que recebeu diversos criminosos de guerra nazistas.
Um dos mais proeminentes líderes dos Partisans era o Marechal Josip Broz Tito, que comandou a resistência e a retomada do poder em Belgrado, em 1944, antes de conquistar a Croácia em 1945, com a poderosa ajuda da União Soviética.
Tito, croata de nascimento, era um pan-eslavista.
Foi o ponto crucial da criação do Estado da Iugoslávia depois da Segunda Guerra Mundial, agora em um regime socialista e com ligações com a União Soviética, mas com muito mais independência em relação a outros países do leste europeu.
Com um regime autoritário, Tito manteve o país sob uma mesma bandeira, mas o caldeirão sempre ferveu.
Com a morte de Tito, em 1980, o caldo entornou.
Os movimentos separatistas, sempre combatidos por Tito, emergiram.
A Iugoslávia, socialista, sofreu a influência da derrotada soviética e de regimes socialistas sob sua influência.
A queda do Muro de Berlim, em 1989, com a Alemanha unificada em 1990 e a dissolução da União Soviética, em 1991, aconteciam, enquanto a Croácia declarava a sua independência por plebiscito.
Assim como a União Soviética, a Iugoslávia era uma panela de pressão prestes a explodir, o que nos Bálcãs aconteceu a partir da morte de Tito.
O renascimento da Croácia e o futebol
Como um país jovem, com menos de 30 anos de vida independente, é de se esperar que a vida dos jogadores presentes na Copa tenha muito a ver com o violento processo que levou à independência croata.
As marcas de uma guerra nas vidas das pessoas são indeléveis e deixam sequelas que são importantes demais para serem ignoradas.
E mais do que isso, os símbolos nacionais possuem um peso muito diferentes de outros países. Alguns jogadores nasceram em uma Iugoslávia em que se sentiam perseguidos, sofreram com a guerra e viram nascer o Estado para a sua nação.
E isso significa muita coisa.
O futebol sempre foi uma forma altamente politizada de expressão nacional na Croácia pós-socialista.
Franjo Tudman, que lutou pela independência da Croácia desde 1989, era um líder nacionalista e anticomunista, como ele mesmo se descrevia.
E aqui é importante pontuar: ser contra o regime iugoslavo pan-eslavista era, quase necessariamente, ser alguém oposto ao socialismo ou ao comunismo apregoado por Tito.
Enquanto Tito e o seu regime minimizava os sentimentos nacionalistas dentro do Iugoslávia por algo acima disso, um Estado pan-eslavista, os opositores incitavam o nacionalismo.
Por isso, não é surpresa que o líder que queria a separação da Iugoslávia fosse dessa matriz ideológica.
Afinal, política se faz não só por semelhança, mas também por oposição ao que se estabelece.
Franjo Tudman se tornou o primeiro presidente da Croácia e tinha uma relação com o futebol que era muito militarizada.
Os jogadores eram tratados como heróis e guerreiros e vistos como símbolos nacionais.
“Vitórias no futebol moldam a identidade da nação tanto quanto as guerras”, dizia Tudman.
Algo que se aproxima do que um grande escritor já dizia.
George Orwell afirmava que o futebol era “a guerra sem os tiroteios”.
Não é por acaso que muitos dos termos usados como metáforas no futebol são bélicos.
O esporte tornou-se uma manifestação nacional, o que para uma nação recém-criada era fundamental.
“Atletas são os melhores embaixadores do nosso país”, afirmou Tudman.
A Croácia disputou as Olimpíadas de 1992 já como um país independente, mesmo em meio ao caos.
No futebol, a questão foi um pouco mais complicada.
Os sucessos do esporte, e especificamente do futebol, eram estendidos ao país.
Futebol, na Croácia, nunca foi só futebol.
Sempre foi uma forma de unidade nacional em um país que sofreu muito para ser o que é.
Com tantas feridas abertas, o nacionalismo é uma faca de dois gumes, com faces bastante afiadas dos dois lados e muito menos óbvios do que pode parecer ao olhar de quem está de fora.
A cicatriz do craque
Em meio à guerra pela independência, uma cidade foi atingida pelo conflito.
Ali, no vilarejo de Modrici, um senhor levava o gado subindo a montanha em um dia, como fazia todos os dias.
Era dezembro de 1991 e a Croácia tinha declarado independência, após um plebiscito.
Como a Iugoslávia não aceitou, o país viva uma guerra civil.
Enquanto alguns guerreavam, outros tentavam apenas sobreviver.
Como era o caso daquele senhor, que subia o gado na montanha, cuidando como sempre fazia.
Alguns homens uniformizados apareceram.
Supostamente policiais, mas não se sabe.
Levou aquele senhor, junto a cinco outros, para o vilarejo seguinte a Jesenice.
O crime dele, e de todos aqueles ali, não era nada do que eles tinham feito.
Era algo que eles eram.
Eram milicianos sérvios e o crime daqueles capturados era serem croatas.
Aquele senhor deixou uma família que o amava.
Entre eles, um garoto de seis anos de idade, que ele ajudava a criar enquanto os pais trabalhavam em uma fábrica de roupas.
O garoto era Luka Modric, com 32 anos em 2018, prestes a capitanear a sua seleção a uma final de Copa do Mundo.
Um sonho realizado em uma vida que teve um início que mais soava como pesadelo.
O assassinato do avô era um método de intimidação em meio à guerra.
Não foi o único.
A casa onde a família morava foi queimada, como tantas outras.
Os pais fugiram, levando Luka Modric, para Zardar, onde moraram em um hotel abandonado que serviu como abrigo para diversas famílias que viviam situação similar.
Em meio ao caos de uma guerra, de viver em uma situação limite, Luka Modric jogava futebol no que era o estacionamento do hotel.
Às vezes sozinho, às vezes com outras crianças.
“Quando a guerra começou, nós nos tornamos refugiados e foi um tempo muito difícil. Eu tinha seis anos de idade. Aqueles eram tempos realmente muito duros. Eu lembro deles vividamente, mas não é algo que você queira lembrar ou pensar a respeito. Nós vivemos em um hotel por muitos anos, já que nós sofríamos financeiramente, mas eu sempre amei futebol. Eu lembro das minhas primeiras caneleiras que tinham o brasileiro Ronaldo neles e eu as amava”, contou Modric em 2008, quando chegou ao Tottenham.
“A guerra me fez mais forte. Foi um momento muito difícil para mim e para a minha família”, disse Luka Modric ao The Sun.
“Eu não quero carregar isso comigo para mim, mas eu não quero esquecer também”.
A Croácia se tornou finalista passando por muitas batalhas – em mais uma metáfora bélica, tão comum no futebol.
Contra Dinamarca, vitória nos pênaltis, depois de ver o seu capitão, o próprio Luka Modric, perder um pênalti na prorrogação.
Nos pênaltis, Modric não teve qualquer medo de cobrar novamente.
E marcou.
No final, vitória da Croácia.
Ivan Rakitic declarou, após o jogo, que o time fez tudo para vencer por Modric.
“Lukita já nos salvou tantas vezes. Era a hora de retribuir”, disse o meio-campista.
Os croatas enfrentaram os russos e tiveram que passar novamente por prorrogação e pênaltis. E venceram.
Veio a semifinal e mais um duelo duro contra a Inglaterra.
Mais uma prorrogação.
Desta vez, sem pênaltis.
Vitória.
Os croatas chegam com três prorrogações nas costas.
É difícil imaginar o que ser croata representa para esse time e o que esse time representa para os croatas.
Só mesmo os jogadores podem sentir o que é poder representar um país que se sentiu tantas dores recentes da guerra.
O valor de poder vestir a camisa da Croácia, para esses jogadores, é algo que nós, que não somos croatas, sequer podemos imaginar.
A história croata tem capítulos sombrios com as relações com fascistas, os nazistas e tudo isso. Mas tem também uma história de dores que muitos dos jogadores viveram na pele.
Jogadores como Dejan Lovren, ou como Ivan Perisic, que se tornaram refugiados na Alemanha antes de serem obrigados a voltar ao país após o fim da guerra.
São marcas difíceis de tirar.
O ultranacionalismo croata era terrível, em vários aspectos.
Mas quem pode condenar alguém que sente o orgulho de ser croata, de ter a liberdade de gritar, a plenos pulmões, pelo seu país?
Ainda mais na Rússia, um país que tem ligações com aqueles que os perseguiram.
E os croatas sabem que a população russa não tem nada a ver com isso.
Eram questões de governo.
“Eu não gosto de voltar para essas coisas. Está tudo no passado”, afirmou Modric, na coletiva de imprensa antes da final da Copa.
“É claro, tudo influencia você. Isso nos fez resilientes como pessoas, como nação”.
Nacionalismo, então, é uma questão muito mais complexa do que uma relação com fascismo.
O caso da presidente
A Croácia tem uma presidente e um primeiro-ministro, que é quem tem o maior poder.
A presidente se tornou uma figurinha carimbada na Copa do Mundo.
Kolinda Grabar-Kitarovic foi vista durante todo o torneio com a camisa da Croácia e comemorando.
Ela é candidata à reeleição nas próximas eleições presidenciais, em 2019.
O governo do país atualmente é de centro-direita e tem um discurso economicamente liberal e capitalista.
Como forma de manutenção de governabilidade, deu espaço a alguém como Zlatko Hasanbegovic, que se tornou ministro da cultura e é uma figura conhecida de grupos de extrema direita que tem discurso que minimiza os crimes da Ustasa.
O primeiro governo, liderado por Tihomir Oreskovic, caiu ainda em 2016, com essa e outras controvérsias – por lá o regime é parlamentarista.
Depois da vitória suada contra a Dinamarca, nos pênaltis, pelas oitavas de final, Grabar-Kitarovic foi vista no vestiário.
Algo inesperado para uma chefe de Estado, que foi cumprimentando um a um, a começar pelo técnico, sendo que alguns jogadores sequer estavam completamente vestidos enquanto se filmava o evento.
Luka Modric foi quem recebeu o mais longo abraço, além de palavras trocadas com a presidente. Enquanto o ato foi visto por seus pares como algo patriótico de alguém que gosta muito de futebol, os opositores viram como um grande golpe de marketing político para capitalizar em cima do time.
E eis quando o caldo engrossa.
Zdravko Mamic, o dirigente mais poderoso da Croácia dos 10 anos, foi condenado à prisão dias antes da abertura da Copa.
Ele fugiu para a Bósnia, país onde também tem nacionalidade e, assim como o Brasil, não extradita seus cidadãos.
Figura controversa, ele foi um apoiador da campanha da presidente Grabar-Kitarovic, financiando e promovendo jantares em favor dela.
A presidente alega que não conhecia as práticas criminosas do dirigente.
Modric também foi condenado por perjúrio justamente pelo processo contra Mamic, onde ele mudou o depoimento para não prejudicar o dirigente.
Seu julgamento será após a Copa.
Certamente como destaque do time croata e do país.
Talvez como campeão.
Desilusão no país, esperança no futebol
Tudo isso está ligado.
O sentimento nacionalista croata é muito ligado ao futebol e isso ficou evidente na campanha de 1998.
A empolgação com o que fez o time na Copa do Mundo de 1998, na França, causou uma enorme euforia no país.
Era uma empolgação com o país, que estava batendo às portas de entrar na União Europeia.
A campanha na França servia como uma propaganda do país, um símbolo de união que faria a Croácia integrar a comunidade europeia – algo que só aconteceu em 2013, aliás, depois de se candidatar oficialmente em 2003.
O clima de empolgação não é o mesmo em 2018.
Se há 20 anos o olhar era para o futuro, agora se volta ao passado.
Naquela campanha, a promessa era de um futuro de estabilidade e prosperidade econômica.
A esperança era parte da política, tanto quanto era do time.
Mas esse futuro nunca chegou e a desilusão tomou conta.
Estudos mostram que muitos croatas são muito menos otimistas sobre o futuro do país e há uma enorme desconfiança da população em relação às instituições do país, políticas, judiciais e outras coisas.
Há constantes conflitos entre políticos, a economia mostra poucos sinais de melhora e a imigração cresce em uma medida preocupante.
Se nos anos 1990, depois da independência, o sentimento de nacionalismo emergia como uma forma de orgulho e símbolo de um sonho de país realizado, 20 anos depois a situação é bem diferente.
A Croácia de 2018 é uma nação bem mais dividida em muitas questões e o futebol não é uma exceção.
A economia e a sociedade do país vivem uma crise, com imigração em grande número e 43% de desempregados entre os jovens.
Os jogadores podem sentir a sombra do confronto com a França, olhando para a derrota de 1998, mas a sombra que assola a Croácia é a de uma transição do socialismo para o capitalismo que fracassou.
E, assim como tantos outros países de terceiro mundo, o futebol é a única esperança de uma vitória.
É a única coisa capaz de causar uma empolgação coletiva no país.
A esperança que falta na política sobra no futebol.