sábado, setembro 30, 2006

É justa causa e fim de papo...

O título pode parecer radical, mas infelizmente não há como tapar o sol com a peneira, todo mundo viu. Nada justifica a desmiolada atitude do atacante Júlio César diante de incrédulos 13.814 espectadores, jornalista, jogadores, árbitros, auxiliares, maqueiros, policiais militares e tantos quantos estiveram no Baenão em Belém. Admito até que o Júlio César saísse cuspindo prego do campo, admito até mesmo, um “puta que pariu Heriberto...” Mas, partir para as vias de fato, é prova inconteste de desequilíbrio mental, de falta de condições emocionais e morais para envergar a camisa do América ou de qualquer outra equipe. Treinador a beira do campo é soberano faz o que achar melhor na tentativa de conseguir uma vitória ou reverter um resultado. É chefe, e como tal deve ser respeitado. Nenhum jogador deve ou deveria ser considerado intocável, pois futebol é jogo de equipe e se uma peça não está bem, pode e deve ser trocada a qualquer momento e pelas razões que parecerem convenientes ao treinador.
Certa vez no TV U Esporte da TV Universitária, disse que Júlio César tinha pedigree de jogador da terceira divisão. Quase fui “crucificado”, por alguns moços mais sensíveis da torcida americana. Um deles, depois de Júlio fazer um ou outro gol, ligou e perguntou se diante daqueles gols e da atuação do jogador eu mantinha a minha opinião... Respondi que sim! Hoje Júlio César me deu razão. Nada como um dia após outro, nada como deixar a emoção em casa e ir trabalhar com a razão...
O fato positivo de tudo isso foi à imediata reação de Ricardo Bezerra que afastou o jogador ainda no vestiário e marcou sua apresentação para a sede social do clube na segunda-feira. Espero que o receba com a rescisão assinada e um até nunca mais.

Fernando Amaral.

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