Creio que todo mundo já escreveu, falou e tentou descrever o que viu no Machadão na tarde de ontem (domingo 15/02) no estádio Machadão.
Vou tentar resumir as minhas impressões, pois corro o risco de acabar obrigando o leitor a ler o que já leu em muitos lugares por aí...
Foi um bom jogo, a bola rolou fácil e emoções não faltaram.
As traves e a má pontaria de alguns jogadores deram o tom ao primeiro tempo, porém, o América com um gol de Cleisson aos 18 minutos garantiu a vantagem.
Na segunda etapa, o América ampliou através de Lúcio e empolgado pelo segundo gol, pressionou a defesa alvinegra, mas, depois, caiu de produção, e ficou mantendo forte marcação na expectativa de um contra ataque.
O ABC, abalado pelo marcador adverso e sem conseguir criar nenhuma jogada, tocava a bola sem conseguir furar o bloqueio rubro, até que aos 37 minutos, Gabriel, após cruzamento de Paulinho Macaíba, penetrou entre a zaga americana e marcou um belo gol.
A partir daí, o ABC partiu para o abafa, mas esbarrou no sistema defensivo alvirrubro.
Se para a grande maioria dos torcedores alvinegros, esse jogo era tido como favas contas, para alguns jogadores americanos, era sua oportunidade de redenção, pois na véspera de partida, Marcos Meira Pires com sua sutileza de mamute, passeou pela concentração e, conversando com alguns atletas, afirmou que para eles, aquela seria a última oportunidade (Meira Pires é o sujeito ideal para confortar pacientes em UTI).
Independente da presença ou não de Meira Pires, o América mostrou que se os números indicam um ABC melhor, o confronto entre ambos mostra que alvinegros e alvirrubros se equivalem e que tanto vitoriosos como derrotados, tem muito, o que melhorar se quiserem uma participação digna na Copa do Brasil.
Um fato absurdo chegou a meu conhecimento por total acaso...
Nunca saio após os jogos, costumo voltar para casa e ler, ouvir música, conversar e me distrair...
Sempre deixo para escrever depois...
Mas resolvi sair e ao sair, encontrei um grupo de alvinegros que aborrecidos com o resultado do jogo, tentavam encontrar uma explicação.
Fiz o que normalmente faço, cumprimentei e segui meu caminho, porém, fui chamado e convidado para conversar um pouco...
Não fosse o que me contaram, algo absurdo, confesso que teria ficado feliz em saber que enquanto a bola rolava um jogador alvinegro, tomava as dores de um colega profissão ao vê-lo agredido e achincalhado por um companheiro de equipe...
Eis o fato:
Thiago Gasparino que poucas oportunidades teve no América e que foi escalado fora de sua posição no clássico (aliás, saiu-se muito bem), não só tinha que barrar as investidas alvinegras, com também, precisou manter o equilíbrio diante de seu companheiro Cleisson...
O meia, bom jogador, mas marrento e de caráter duvidoso, resolveu partir para cima do rapaz e provocá-lo, chamando-o de “juvenil” e “cabaço”...
Percebendo a estupidez do fato, Simão, esse sim, profissional e decente, intercedeu e disse para o Thiago que não se tocasse, jogasse sua bola e deixasse o idiota falando sozinho.
Parabéns Simão, você acaba de ganhar um fã.
Um comentário:
Se tal fato for verdadeiro, é inadmissível a postura do Cleisson. Pode ser o melhor jogador do elenco americano, mas não tem a mínima compostura que se espera de um jogador de tamanha experiência e idade. Me pergunto se os companheiros de equipe americanos são tão coniventes diante de algo dessa espécie, se acatam em silêncio ou sequer contestam o seu capitão. E o treinador? Que tipo de sujeito permite agressões baratas como essas? Sinceramente, estamos precisando de algum jogador para se insurgir contra isso. O Júlio Terceiro vem aí novamente, talvez seja o nome para impor uma liderança mais honesta.
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