Matéria copiada do blog do Jucá
Kfouri.
Em reportagem de Marcelo Auler, o
diário “Lance!” de hoje revela que a CBF está patrocinando um torneio de
futebol entre juízes federais espalhados pelo país na Granja Comary, com tudo
pago pela entidade.
A reportagem mostra um e-mail de
um juiz federal, Wilson Witzel, que é diretor de esportes da AJUFE (Associação
dos Juízes Federais) convidando seus pares para o evento que será realizado nos
dias 11, 12 e 13 de novembro. Witzel está lotado na 2a. Vara de Execuções
Fiscais de São João do Meriti, na Baixada Fluminense.
Não é a primeira vez que a CBF
faz gentilezas a magistrados, porque ficaram famosos os voos da alegria por ela
promovidos nas Copas do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, e em 1998, na
França, quando até desembargadores da Justiça do Rio de Janeiro, com suas
mulheres, foram convidados da CBF em hotéis cinco estrelas.
A Corregedoria do Tribunal de
Justiça fluminense chegou a se manifestar a respeito, não vendo, no entanto,
nenhum problema ético ou de conflito de interesses, embora viva julgando casos
que envolvem não só a CBF como, principalmente, seu presidente.
Como lembra o diário “Lance!”,
Ricardo Teixeira já foi condenado, em agosto de 2000, a seis anos de reclusão
por prestar informações falsas às autoridades fazendárias, mas a sentença ficou
por tanto tempo para ser decidida no STJ (Superior Tribunal de Justiça) que,
quando foi, o crime já estava prescrito e ele se livrou da condenação.
A grave denúncia do “Lance!”
surge exatamente quando o STF (Supremo Tribunal Federal) avalia a competência do CNJ (Conselho
Nacional de Justiça) para julgar magistrados.
A decisão deveria ter saído
ontem, mas foi adiada, exatamente porque a opinião pública manifestou sua
indignação com a ameaça de limites ao necessário controle externo da
magistratura.
Tudo porque, corajosa, a
corregedora-geral da Justiça, Eliana Calmon, referiu-se à “infiltração de
bandidos escondidos atrás da toga”.
Ao que tudo indica, há também
alguns que calçam chuteiras, aproveitam-se de mordomias comprometedoras e não
estão nem aí para as mulheres de César, que além de ser devem parecer honestas.
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