A Comissão de Turismo da Câmara
dos Deputados realizou ontem em Brasília uma audiência pública para debater o
esquema de preparação da equipe olímpica brasileira para os Jogos de 2016 no
Rio de Janeiro...
Tudo certo...
Faz parte da vida parlamentar.
O problema é quando os nossos “para
lamentar”, abrem suas bocas.
O deputado Popó, um ex-atleta,
talvez por ter algum a fazer mais prazeroso, não ficou para acompanhar a
audiência, mas fez questão de deixar suas perguntas escritas e pediu que o
deputado Romário questionasse em seu nome o presidente do COB, Carlos Nuzman.
Possivelmente antevendo o mico,
Romário atendeu ao pedido do companheiro parlamentar, mas fez questão de
ressaltar por duas vezes que as perguntas não eram dele e sim, de Popó.
Eis as pérolas do deputado
baiano, Popó:
- “Porque os atletas que perdem suas competições nas Olimpíadas retornam
logo para casa”?
- “Eles não poderiam ficar com a delegação até o final dos Jogos”?
- “Não seria possível premiar os atletas medalhistas nos Jogos Rio 2016
com um apartamento na Vila dos Atletas a ser construída”?
- “Pelo menos os medalhistas de ouro”...
Deley, ex-meio-campista do
Fluminense, hoje, também exercendo mandato federal, se derreteu em elogios ao
presidente do COB, mas nada perguntou...
Segundo o jornalista José Cruz,
presente a audiência, o pior ficou por conta de uma deputada, cujo nome Cruz
afirma não lembrar e nem tão pouco ter tido vontade para tal, que na ânsia de
bajular e sem nenhuma pergunta relevante; toda melosa e olhando com olhar
complacente para Nuzman, disse: “A imprensa é treinada para criticar”...
Com bem disse José Cruz: “Sinceramente,
deputada, diante dessa atuação parlamentar não precisa treino, não. É só ficar
olhando a manifestação das excelências que o texto surge livre, leve e solto”...
Eu, por minha vez, cada vez mais
me conscientizo que vivo no mais bizarro dos mundos, mas querem saber uma
verdade...
Não culpo os deputados.
Os verdadeiros culpados são os
nossos preparadíssimos eleitores, que cônscios da importância do parlamento, de
quatro em quatro anos, nos brindam com a cota de marmotas que infestam a vida
pública desse país de brasileiros (no sentido original da palavra).
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