sábado, abril 06, 2013

Lá é assim, aqui é assado... No Brasil, o errado é sempre o certo.



O trágico episódio de Heysel, na Bélgica em 29 de maio de 1985, mudou o futebol europeu, transformou seus estádios em lugares descentes e deu início a “caçada” aos hooligans.

Os 600 feridos e 39 mortos, não ficaram no esquecimento...

14 torcedores britânicos foram condenados por homicídio involuntário.

O Liverpool foi suspenso de todas as competições europeias por 6 anos e os demais clubes ingleses, afastados por 5 anos.

A tragédia de Shefield, na Inglaterra, em 15 de abril de 1989, mudou o futebol inglês, transformou seus estádios e pôs fim ao hooliganismo nas terras de sua majestade.

Os 96 mortos e os 766 feridos, não foram relegados ao esquecimento...

O relatório supervisionado por Lorde Taylor de Gosforth, forçou mudanças radicais e impulsionou o futebol na Inglaterra.

Estádio da Fonte Nova, Bahia, Brasil, 25 de novembro de 2007...

Inaugurado em 1951, o estádio jamais recebeu um reparo estrutural sequer.

Na tarde do dia 25, uma laje de concreto medindo 5 x 0,78 metros cedeu, abrindo um vão estreito suficiente para derrubar 11 pessoas, em queda livre por quinze metros até o baque surdo com o solo.

Seis pessoas morreram na hora e um, a caminho do hospital (Márcia Santos Cruz, Joselito Lima Júnior, Milena Vasques Palmeira, Djalma Lima Santos, Anísio Marques Neto, Jadson Celestino Araújo Silva e Midian Andrade Santos).

Não foi a primeira vez...

No dia 4 de março de 1971, um refletor estourou durante um jogo do Vitória provocando pânico nos presentes...

O resultado foram dois mortos e 2088 feridos.

Resultado:

Nenhum.

Nilo Júnior, engenheiro e diretor de operações da Superintendência dos Desportos do Estado da Bahia (Sudesb) e, Raimundo Nonato, o Bôbo, gestor da autarquia foram absolvidos em 2009 pelo juiz substituto da 10ª Vara Crime de Salvador, José Reginaldo Nogueira, por entender que não “havia indícios de negligência”.

O Ministério Público recorreu da decisão e, em 2010, a magistrada Aidil Conceição, na Segunda Câmara Criminal da Justiça da Bahia. 

O resultado viria a ser o mesmo proferido pelo seu par de toga, quase um ano antes: absolvição dos réus.

Conhecida nos bastidores da justiça pelo apelido de, “A Senhora dos Anéis”, em virtude de ter recebido um anel de presente e depois devolver, por ter sido o presente uma forma de influenciar nas eleições no tribunal baiano, Aidil Conceição, aposentou-se logo após manter a sentença absolvitória.

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